Dissidia: Final Fantasy – O fim de uma guerra? escrita por Warrior of Light


Capítulo 4
A área desolada de Midgar


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Desculpem por ter demorado um pouco mais pra ter postado esse, esperem que tenham uma boa leitura. E eu agradeço pelos primeiros comentários, obrigado, Blondie.



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      É uma área deserta, mesmo ficando perto de uma cidade. Não há prédios ou um piso bem construído, nenhum tipo de construção. A única coisa que se vê naquele lugar são rochas e pedras espalhadas pelo chão. Ao fundo, uma ponte leva a cidade de Midgar, e é uma das poucas coisas que diferenciam do chão rachado e com pouca vegetação. A pouca quantidade de mato é escura, parece algo morto, chega a ficar quase cinza ao invés de verde. O vento naquela região é mais forte, e traz consigo uma grande quantidade de pó, capaz de fazer com que aqueles mais sensíveis tampem a visão. O céu é mais escuro e não passam muitos raios de sol por lá e as montanhas causam a impressão que podem desmoronar a qualquer momento. Devido a tudo isso, é uma área silenciosa, e quase nunca tem alguém por lá.

      No terreno baldio de Midgar, Cloud verifica seu celular, talvez na esperança da, mesmo que pequena, probabilidade de Tifa ter deixado uma mensagem. Porém, como esperado, não tinha nada, por mais que ele quisesse ao menos alguma pista. Ele guarda seu celular, não sabendo ao certo para onde seguir agora. O céu já está ficando nublado, e já está pra anoitecer. Já tinha a procurado por horas e mesmo assim não tinha nem uma noção de como prosseguir, visto que nem em Midgar ela estava. É curioso que, depois de tantas jornadas, ter abandonado por um tempo o contato com as pessoas e preferindo viver sozinho, por algumas pessoas ele sempre volta. Tifa é sua amiga de infância, e depois de tanto tempo, não é surpresa que ele tenha ao menos certo carinho especial por ela. Talvez seja também pra sanar sua culpa pelas perdas no qual se considera responsável. Ao lembrar-se disso, decide aproveitar que está nesse lugar e “falar” novamente com um amigo. Ele prepara sua moto e avança mais a frente no cenário.

      ...

      Em uma montanha daquele lugar deserto, uma figura desconhecida observa Emperor falando com os peões de Cosmos. Depois de tantos ciclos, é impressionante ver que a deusa da harmonia continua invocando nada mais que meros insetos pra guerra. Ele vê apenas uma criança, um lobo solitário e um ingênuo atrás de sonhos inalcançáveis. Observa cada movimento, cada gesto de seus inimigos, mas também mantém seu olhar em Emperor, pois nem ele e nem os outros são confiáveis. Mantém-se no mesmo lugar, parado, até que uma quantidade alta de poeira passa fortemente pelo seu rosto, fazendo com que direcione seu olhar para outra direção. Ele enxerga alguém loiro em uma moto passando rapidamente. Estava na hora de sair dali, ainda não é à hora certa pra lutar contra qualquer um deles, e nenhum dos ali presentes é seu rival, não tendo motivo pra revelar-se, ainda não. A figura misteriosa então dá meia volta, e some do lugar.

      ...

      Chegando a onde deseja, Cloud faz uma parada antes de prosseguir sua jornada atrás de Tifa. Ele desce de sua moto e sobe a montanha que, apesar de não ser estável, em nada o preocupa, levando em conta seus passos fortes, apesar de sua caminhada lenta. Ao chegar ao topo, ele passa a mão levemente na espada grudada no chão, estava cheia de pó e toda suja, um pouco desgastada com o tempo e pelo cenário a que ela fica. Ele observa a espada com um olhar desapontado, decepcionado consigo mesmo.

      -Eu disse que viveria a vida de nós dois. Fácil fazer promessas. – Ele começa a falar, lembrando-se de um amigo, lembrando dos últimos momentos de Zack. Aquele foi o cenário onde ele morreu, protegendo Cloud de todo o perigo, e pagando um preço alto por isso. “Minha honra, meus sonhos... Eles são seus agora. Você será meu legado vivo”. Essas foram as últimas palavras dele, que morreu com um sorriso no rosto, como um herói. – Eu prometi que nunca esqueceria. Eu tentei, mas eu...

      Seu momento é interrompido quando ele vê quatro pessoas pouco à frente, abaixo da montanha em que está. Eles discutem, e seus tons de voz aumentam significativamente, fazendo com que Cloud escute até mesmo do alto da montanha. Mera coincidência ou não, é a segunda vez que algo o distrai no mesmo dia, primeiro em Midgar ao ver uma batalha acontecendo em um trem, agora isso.

      ...

      -E aqui estão vocês. Um suposto rebelde, ainda perseguindo seus patéticos sonhos, agora trazendo mais insetos consigo. Vocês ao menos sabem o que devem fazer? – Emperor tenta manipulá-los.

      -É claro que sabemos. Estamos lutando para por um fim nesse conflito – Firion diz sem hesitar.

      -Esse é realmente seu desejo? É por isso que vocês são fracos. Vocês só lutam por que alguém os mandou fazer isso. Vocês não são nada se não apenas os instrumentos de guerra de Cosmos.

      -Nós podemos passar por você, somos três contra um. – Onion Knight sendo arrogante como sempre.

      Emperor começa a rir, é simplesmente patética a forma como os guerreiros de Cosmos agem. Em uma guerra entre deuses, é surpreendente que eles ainda estejam vivos. Porém, mesmo assim, ele não demonstra querer lutar, não no momento, por mais que considere que a batalha seria fácil pra ele. Mesmo assim, nada faz se não apenas falar. Depois percebe que mais alguém desce da montanha atrás dele.

      -Outro inseto de Cosmos, pelo visto – Emperor vira seu rosto, mas não se preocupa em preparar-se para uma luta, é perceptível que o outro não irá lutar. O mesmo permanece quieto, se parecendo até um pouco com o de jaqueta preta de couro, que também foi o único que nada falou.

      -Muito bem. – Emperor então direcionou seu olhar para Firion novamente – Você ainda não está pronto pra me desafiar.

      Ele desaparece rapidamente, se desmaterializando. Sua risada é a última coisa ouvida de Emperor antes de ele sair de lá. Apesar de não terem lutado, tinha conseguido seu objetivo e implantado a semente da dúvida em Firion. Será que eles realmente são apenas peões de Cosmos? Acabar com o conflito é mesmo o desejo dele, ou de sua deusa? Mesmo com essas perguntas em mente, ele tenta não pensar nisso e se cumprimenta para aquele que apareceu antes que Emperor fizesse mais alguma coisa.

      -Obrigado por aparecer na hora certa. Porém, ainda não sei seu nome.

      -...Cloud. – Ele responde.

      -Cloud, eu sou...

      -Eu não importo em saber quais são seus nomes. – O interrompe, balançando a cabeça negativamente – Eu já terminei o que tinha que fazer aqui... E vou embora.

      -Espere, lutamos ao lado da deusa da harmonia para por fim a uma guerra. O que acha de se juntar a nós?

      -Não estou interessado – Disse, enquanto já se preparava pra sair dali com sua moto.

      -Precisamos do máximo de ajuda possível para por um fim nesse conflito – Firion continua tentando convencê-lo.

      -Não é problema meu. – Cloud então avança com sua moto, não se preocupando nem com o pó que vai ao rosto de Firion ao sair.

      Com isso, os três então continuaram avançando pelo cenário. Mantinham seus passos fortes, mesmo com o chão rachado e o cenário, no geral, acabado. O vento estava forte, ainda mais depois que começou a anoitecer. Parecia ser um deserto sem fim, mesmo com os guerreiros caminhando em uma velocidade considerável. Tentando manter-se acordado, pois estavam cansados devido o longo dia sem dormir, Firion tenta conversar.

      -A quantidade de inimigos parece ser grande, acabar com esse conflito não vai ser tarefa fácil. Precisamos escolher nossos caminhos cuidadosamente. Eu fico pensando onde estão os outros.

      -Terra... – Onion pronuncia o nome de sua aliada, em um baixo tom de voz e um pouco preocupado com o que pode estar acontecendo.

      -Disse algo?

      -Hã... Ah, não, não, nada. Disse nada, não. Vamos continuar – Responde, enquanto Squall permanece sem dizer uma palavra.

      Eles continuam andando, até que finalmente chegam a um cenário diferente. As gramas pareciam serem mais verdes e o vento, mesmo estando de noite, é mais fraco naquela área. Ainda tinha grandes pedras pelo cenário, mas estavam no canto, não atrapalhando na passagem como no lugar que a pouco passaram, e o centro do cenário estava limpo, e linear, como se levasse a algum lugar. Seguirem por esse caminho, até que uma grande montanha barrou o caminho deles. Porém, essa tinha uma passagem aberta, fazendo parecer ser uma caverna. Sem escolha ou outros caminhos possíveis, eles entraram.

      ...

      Ainda avançando com sua moto, Cloud procura um novo lugar pra procurar por Tifa. Sem sorte, ele continua em frente, até sentir penas negras caindo em seu rosto e um vulto passando voando pela sua cabeça. Ele para a moto imediatamente, já sabendo de quem se tratava.

      -Bom te ver, Cloud. – Sephiroth desce vagarosamente até o chão.

      -Sephiroth.

      -Eu disse que voltaria com uma razão pra você lutar. E como você ainda não achou o que procura, vá até a cidade esquecida. Ela estará lhe esperando.

      -Tifa! Não... – Exclamou na mesma hora, sabendo a quem ele se referia – O que você fez com ela?!

      -Então agora você tem sua razão. Venha até mim. Estarei esperando. – Voou pra longe, provavelmente pro lugar que sabia que Cloud iria.

      Preocupado, sabendo do que ele é capaz, Cloud preparou sua moto e prosseguiu pra cidade esquecida. Pode Sephiroth tentar fazer o mesmo que fez com Aerith em sua frente? Por se tratar do mesmo lugar, é uma boa probabilidade. Mas ele não vai cometer o mesmo erro de novo. Desta vez, ele irá salvar aqueles que lhe são importantes. Desta vez, ele vai acabar com tudo sem perdas. Desta vez, Sephiroth será derrotado. E então quem sabe ele possa se perdoar de seus pecados...


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, voltamos ao que acontece com Warrior of Light, Terra e Lightning. Obrigado a todos que leram e até a próxima.



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