Uma História que Renasce escrita por Caroline Bottura


Capítulo 22
Cap 22


Notas iniciais do capítulo

Oi, estamos chegando ao fim dessa história, esse é a ultima parte do penúltimo capitulo.

Espero que gostem e comentem, que ai o prox sai rapidinho.

Bjsssss



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Luiza parou em frente ao lugar em que Carlos estava, suas mãos estavam apertadas no volante, tremia, precisava tirar sua filha de lá. Fez tudo o que ele disse, não contou para ninguém, saiu do carro, o lugar era uma casa abandonada um pouco afastada da cidade, olhou para o céu antes de entrar, rogou a Deus que protegesse seus filhos e ela. A porta estava aberta, entrou devagar, fechou a porta atrás de sí, ele estava na frente da janela, o ódio que ela sentiu ao vê-lo a cegou. Ele se aproximou dela com um sorriso cínico nos lábios.

— Minha querida, que saudades.

Luiza deu um tapa na cara dele, deixando marca, gritou. – Você é um ser desprezível, confiei em você desgraçado, onde esta minha filha?

— Eu te amava tanto, não sabe como sofri esses anos todos. – Levantou a mão e acariciou a fase dela, sentiu novamente o peso da mão em seu rosto.

— Não encosta em mim, você não sabe o que é amar, o amor é um sentimento para homens não  para um monstro, quero minha filha, já não basta tudo o que fez?

— Pra quem esta com a filha na mira de uma arma esta muito valente Luiza.

Ela gelou, e gritou. – Eu já estou aqui, não é o que queria, quero minha filha.

— É você viveu muitos anos longe dela, vou ser um cara bonzinho. – Sorriu perverso. – Traga a Clarinha.

Luiza olhou para o corredor, Clara estava sendo guiada por Lívia. – Você, meu Deus. – Viu que a filha estava com o rosto machucado, tinha um corte na testa, correu ate ela, colocou a mão em seu rosto. – Meu amor, esta tudo bem, mamãe esta aqui.

— Nossa que linda cena, mas vamos ao que interessa. – Foi até Luiza, a puxou com força para longe de Clara.

— Solta a minha mãe desgraçado. – Foi para cima dele, sendo segurada por Lívia, que estava apenas observando.

— Tal mãe, tal filha, hoje Otávio me paga por tudo.

Luiza viu o olhar de ódio, ficou com medo. – Eu já estou aqui, solte ela.

— Não, hoje seu marido vai saber a dor de perder tudo.

— Você é louco, completamente desequilibrado. – Tentava se soltar dele, sem sucesso.

— Você não viu nada ainda. – A jogou no chão, ela caiu de bruços - Mãe. – Quando Clara foi se aproximar, Lívia a puxou e a jogou no sofá, ela olhou para Carlos. – O que quer afinal?

— Destruir seu papai, e nada melhor do que tirar o que ele mais ama.

O celular de Luiza tocou, ele sorriu para ela, pegou o celular, olhou quem era. – Olha, é o marido, vamos deixar ele se preocupar, pra depois achar as duas...mortas. – Entregou o celular para Lívia, que colocou no bolso.

— Amarra as duas no sofá, vai pegar mais corda. – Lívia foi buscar mais uma corda, ele foi até Luiza, a pegou com força e colocou do lado de Clara. Lívia voltou com a corda, e amarrou Luiza, deixando um pouco frouxo.

Carlos pegou a arma que estava em cima de uma mesinha, se aproximou. - Vamos acabar logo com isso, tenho um voo para pegar. – Colocou a arma na cabeça de Luiza, sorriu. – Não, primeiro a filha, porque quero que você veja ela morrer de verdade.

— Carlos, por Deus não faça isso. – Suplicou chorando. – Não mata minha filha, já basta o sofrimento que me causou por mais de 20 anos, e pra que?

— Porque você não me amava. – Gritou ele, com a arma apontada para Clara. – E você vai sofrer de novo, mas é só por um tempo, vou te dar o golpe de misericórdia depois. – Voltou a atenção para ela, engatilhou a arma, mas não conseguiu atirar, Luiza se jogou na frente dele o derrubando, segurando o braço que estava a arma, que disparou para o teto, Lívia deixou o nó bem frouxo o que ajudou ela a se soltar, Carlos como era mais forte virou e ficou em cima dela, estavam em uma luta. Clara gritava desesperada, via ele dando tapa no rosto dela, ele conseguiu imobilizar as mãos dela e com a outra apontou a arma para atirar, quando sentiu uma pancada na cabeça, caiu de lado, Luiza olhou para cima, era Lívia, tentou levantar, mas sua barriga começou a doer muito, Lívia soltou as mãos de Clara que correu para mãe.

— Mãe, como esta? – Se ajoelhou, viu a expressão de dor em Luiza. – Mãe fala comigo por Deus.

Luiza a olhou. – Minha barriga, doi muito. – gritou de dor, colocou a mão no ventre, Lívia e Clara a ajudaram a levantar.

— Saiam daqui, antes que ele acorde, Otávio deve estar chegando, mandei uma mensagem avisando o local do seu celular Luiza, vão logo.

Antes de chegarem até a porta, Carlos despertou, pegou a arma e apontou para as três que estavam de costas para ele, não falou nada apenas atirou em Lívia, Luiza e Clara se encolheram.

— Agora é vocês.- Se levantou meio tonto, e apontou para Clara, a porta abriu com um baque, olharam era Otávio. – Nossa agora a reunião de família ficou completa.

— Solta essa arma, você não tem saída, a casa esta toda cercada.

— Não me importa, se for pra te ver chorar lagrimas de sangue vou pra cadeia com prazer. – Ele não pensou dessa vez, e puxou o gatilho na direção de Clara, e logo em seguida foi derrubado por Otávio que deu o primeiro soco ele apenas não bateu mais nele porque ouviu o grito  de desespero da filha, saiu de cima de Carlos e olhou em direção as duas e viu sua esposa caída nos braços de Clara ensanguentada correu para elas e não se deu conta que estava na mira de Carlos, antes de conseguir atirar nele, Carlos recebeu tiro do policial que entrava na casa, caiu no chão.

Otávio estava do lado de Luiza que estava desacordada. – Meu amor aguenta, por favor. – Acariciava o rosto dela, enquanto Clara tentava estancar o sangue.

— Mãe, mãezinha, segura firme vai dar tudo certo.

Os dois foram afastados dela pelo resgate, fizeram os primeiros socorros e colocaram ela dentro da ambulância, pai e filha foram no mesmo carro juntos seguindo a ambulância. Chegaram no hospital, e já levaram ela para dentro, Otávio estava desesperado, Clara avisou a todos da família que já estavam indo para lá.

Otávio estava sentado com as mãos na cabeça, lagrimas caiam de seus olhos, Clara se aproximou sentou a seu lado se abraçaram, um consolando o outro, o amor da vida dele e seu filho corriam risco de vida e por outro lado uma dor de poder perder a mãe e o irmão.

Já fazia mais de duas horas aquela angustia, Otávio perguntava para todos que passava sobre sua esposa e filho, mas ninguém dizia nada, apenas que ela estava sendo cuidada, a família inteira já havia chego, Victor estava abraçado com Clara que chorava em silencio, Helena sendo ampara por Pedro e Otávio estava andando de um lado para o outro com sua mãe observando. O médico se aproximou, todos os cercaram.

— Como esta meu filho e minha esposa doutor? – Perguntou desesperado.

— Seu filho esta bem, esta na incubadora, precisa de cuidados especiais por ser prematuro mas vai ficar bem.

— E minha esposa, quero vê-la, contar que nosso filho esta bem, onde ela esta, como ela esta?

O médico olhou para Otávio sem expressão, balançou a cabeça, ouvia o choro de todos na sala de espera.

Algum tempo depois.

Ele andava devagar entre as flores, todos os dias ele ia vê-la, como prometeu, caminhou até onde ela estava e jamais sairia, seu coração sangrava de tanta dor, o amor dele por ela e dela por ele era único e mesmo com o que aconteceu jamais acabaria. Seria como os 25 anos que passaram separados, só que dessa vez não teria o reencontro desejado, nem o beijo roubado e a noite de amor cheia de desejo e saudades, seria apenas ele com a saudade que matava lentamente e as lembranças nunca esquecidas. Ele chegou na frente dela, agachou e passou a mão sobre a lapide, ainda desesperado e inconformado de tê-la perdido de novo e dessa vez para sempre.

Realmente a frase era certa, pensou ele e disse em voz baixa. – ‘’ As vezes o destino é traiçoeiro, e não ficamos com o amor de nossas vidas’’.   

Continua...


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Notas finais do capítulo

OPS... Até o prox cap.
Que estará bem emocionante, não percam, ainda não acabou.

bjs...



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