Depois dos pedidos de casamento a festa acontecia normalmente, Luiza e Otávio se afastaram um pouco do pessoal, precisavam ficar a sós. Foram para atrás da casa, onde tinha a piscina, ele se sentou na cadeira, encostou as costas no encosto e a puxou para seu colo, ela deitou a cabeça em seu peito de frente para água cristalina, ficaram em silencio contemplando aquele momento, aproveitando a companhia um do outro.

— Eu fiquei com tanto medo que você não aceitasse meu pedido. – Confessou Otávio. Luiza levantou a cabeça e o olhou.

— Como eu não aceitaria, sou completamente apaixonada por você, te amo. – Ela o beijou.

— Eu sei...mas tudo o que aconteceu. – Ela o calou com um beijo terno, carinhoso e cheio de amor.

— Acabou, todo esse sofrimento é passado e agora o que realmente me importa e o futuro. – Ele a abraçou, e ela disse. - Me leva para o nosso lugar, quero ser tua, sentir suas caricias, seu amor, seus braços ao meu redor, quero ser amada a noite toda. – Ela se afastou e o olhou provocante, mordendo o lábio inferior.

— Você me enlouquece. – Beijou o pescoço dela, ela saiu dos braços dele e esticou a mão, com um sorriso, ele pegou em sua mão e fora em direção a festa, encontraram Clara do lado de Helena, avisaram que estavam saindo se despediram e foram para o lugar deles. Saindo com o carro da casa, no meio das sombras, Carlos os observava.

Já na cabana, nos braços um do outro depois de fazerem amor, Luiza estava deitada no peito de seu amado.

— Quando vamos nos casar? – Pergunta Otávio, ela levanta a cabeça e fica de bruços, com os cotovelos apoiados na cama, o olha com carinho.

— O quanto antes, porque eu quero dormir e acordar todos os dias nos seus braços. – Ele abre um sorriso, e com um movimento só, a vira e fica em cima dela.

— Então, o que acha de dois meses?. – Deu um sorriso.

— Eu acho ótimo, em dois meses serei a Senhora Belmonte Lascurian. – Se beijaram, naquela noite comemoraram o amor.

Havia se passado quase dois meses, faltava um dia para o casamento, Clara não aceitou o pedido da mãe de se casar no mesmo dia, sabia o quanto os pais sofreram para chegarem até aqui e era o momento deles. Nesses dois meses tudo estava tranquilo, helena assumiu o romance com Pedro, sendo aceitado pelos seus filhos, Clara e Victor juntos decidiam a data certa para o casamento deles e Luiza e Otávio não se desgrudavam, faziam todos os preparativos do casamento juntos, ela estava com 4 meses, a barriga já estava aparecendo, estava mais linda que nunca. No dia anterior ao casamento as meninas não deixaram os dois se verem, esse dia era apenas a preparação de cada um. Depois de passar o dia todo sem nem se quer se falarem, já a noite no quarto Luiza liga para ele.

— Meu amor, achei que aquelas malvadas não deixariam você nem fala comigo por telefone. – Luiza riu.

— Eu consegui fugir delas só agora, estava louca para ouvir sua voz, para você me fazer acreditar que tudo isso é real. – Luiza estava emocionada, além dos hormônios da gravidez também estava finalmente perto, muito perto de se unir com o homem da sua vida.

— Não é um sonho minha vida, e a nossa realidade. Agora nada e nem ninguém vai nos separar, juntos vamos viver nosso amor.

— Tenho medo Otávio...não sei porque mas...estou com um mau pressentimento, precisava tanto de você aqui para me abraçar e levar todo esse medo embora. – Ela estava chorando, colocou a mão na barriga, acariciou de leve.

— Isso é ansiedade, não se preocupe, amanha você sera minha.

— Sempre fui, desde o primeiro momento em que te vi, atrás daquele balcão, ali eu fui sua e nunca mais deixei de ser. – Os dois sorriram.

— Quando você sorriu a primeira vez pra mim, parecia que meu mundo tinha parado, seu sorriso e seus olhos sempre foram a debilidade mais gostosa da minha vida. Meu amor, seu medo já foi embora ou você ainda deseja que eu te abrace?

— Eu sempre vou querer seus braços ao meu redor. – Respondeu Luiza, sentindo aquela necessidade de tê-lo ali com ela.

— Então me deixa entrar.

— Como assim Otávio, te deixar entrar? – Perguntou confusa.

— Olha pela janela. – Saindo da cama, ela foi até a janela, ele estava lá, ela abre.

— Meu Deus, o que faz aqui? – Estava feliz.

— Eu estou aqui para te abraçar e tirar todos os seus medos. – Ele se aproximou da janela, tinha um jeito de subir ate o quarto, ele foi escalando sobre a madeira onde ficava rosas dentro, chegou até em cima e entrou no quarto.

— Você ficou louco, podia ter caído. – Ele passa o braço pela cintura dela, e a abraça.

— Precisava disso também, vou acabar com seus medos. – A beija.- E vim também para ter certeza que não vai desistir.

Ela da risada. – Desistir jamais, não espero mais nenhum minuto para ser sua esposa. – Ela o puxa para cama, e se sentam. – Hoje eu quero dormir nos seus braços, para ter certeza que é tudo real.

— Amanha elas vão me matar.

— Não vão não, eu te defendo. – Com uma risada, ela o beija, deitam juntos e adormecem. Bem cedo eles acordam e Otávio vai embora sem ser pego pelas meninas

Depois de um dia de ansiedade estava muito próximo, a cerimonia seria na fazenda, estava tudo decorado, Otávio já estava no altar a espera de sua amada, Victor iria leva-la, estava posta na frente da igreja, linda, um vestido tomara que caia, com pedras nas pontas, caia como uma luva em seu corpo, mostrava sua barriga perfeita de 4 meses, cabelos soltos com cachos bem feitos e uma maquiagem magnifica que realçava seus olhos, a marcha nupcial iniciou, ela e Victor entraram lentamente e seus olhos já se encontraram com os de Otávio, em todo o percurso não pararam de se olhar, era como ima, uma forma de que tudo aquilo era realidade, chegou finalmente junto a ele no altar, ele pegou em sua mão e lhe deu um beijo terno em sua testa, se viraram para o padre que começou a cerimonia. Trocaram olhares, sorrisos, voltaram a atenção para o padre quando ele pediu as alianças, fizeram os juramento de se amarem eternamente, no final selaram com um beijo. Encaminharam-se para a festa. Os dois ficariam na fazenda aquela noite e depois iriam para Lua de Mel que seria em Cancún. Tudo saiu como queriam, os convidados já tinham isso embora, estava apenas Clara, Luiza e Otávio.

— Parabéns aos dois de novo, não sabem como estou feliz. – Abraçou os dois e foi embora junto com Victor.

Os dois entraram na casa, Otávio a pegou no colo e a levou para o quarto, este estava todo decorado, com velas e pétalas vermelhas espalhadas pelo chão e cama, ele a colocou no chão, a admirou, passou as pontas dos dedos em seu rosto, ela fechou os olhos.

— Não sabe como estou me sentindo, é uma felicidade sem tamanho. – Luiza sorriu para ele, já tirando o terno, sentiu as mãos dele em suas costas, descendo o zíper do vestido, em nenhum momento pararam de se olhar.

— Eu sei o tamanho da sua felicidade, porque é a mesma que a minha. – O beijou terno, carinhosa, passou as mão em seu peitoral, desabotoando a camisa com calma e delicadeza, enquanto seu vestido já estava no chão, retirou a camisa, Otávio a abraçou pela cintura e a trouxe para ele, a beijou com desejo, desceu para o pescoço, sem deixar de passa a mão por todo seu corpo, sentindo sua pele macia e como ela tremia com cada beijo e caricia sua, encaminhou ela até a cama, ele estava agora só de cueca e ela apenas com sua calcinha, a deitou e beijou o corpo inteiro, da boca aos pés, ela estava louca de desejo, gemia e o arranhava. Ele parou o beijo na barriga dela, acariciou o ventre, dando beijos mais suaves, descendo por suas coxas, ele queria provar a sua mulher por completo, tirou a ultima peça dela, beijou sua intimidade com loucura, enquanto ouvia ela pedir mais e mais. Luiza estava entregue, sentia um prazer nos braços de Otávio, sentia ele provando sua intimidade, estava a ponto de explodir, quando escuta a voz de desejo dele.

— Vem meu amor, deixa eu provar seu gosto. – Ela se entrega ao desejo, e se liberta, gozando na boa dele, ele vai até ela e a beija.

— Quero você agora, entra em mim, preciso de você. – Atendendo prontamente ao pedido dela, ele se encaixa dentro dela, e a vira a deixando por cima, queria ver ela enquanto se moviam, Luiza subia e descia em ritmos alternados, sentia seu corpo cheio de tesão e desejo, ele amava ela nessa posição, ainda mais gravida, juntos chegaram ao clímax, um sentimento inexplicável, fizeram amor como marido e mulher.

A lua de mel foi perfeita, lugares lindos, ficaram um mês, voltaram a rotina normal, Luiza estava morando com Otávio na casa dele junto com a filha, Helena estava na mansão com os filhos, ela estava de quase 6 meses, hoje seria a descoberta do sexo do bebe, infelizmente Otávio não poderia ir com ela tinha uma reunião que não poderia faltar, mas ela estava em ótima companhia, ela sai de seus pensamentos  com uma batida na porta.

— Oi mãe, vamos já esta quase na hora. – Ela se levantou, foi até Clara a abraçou e as duas foram até o consultório. A barriga estava enorme, linda, ela usava um vestido até os joelhos verde claro, uma sandália baixinha. Não demorou muito elas chegaram para a consulta, depois dos exames de rotina, ela foi para o ultrassom.

— Espero que dessa vez ele ou ela não fiquem com vergonha. – Brincou a médica, era a 3 vez que tentavam ver o sexo, o bebe sempre estava com as pernas fechadas. Na terceira tentativa Luza descobriu, estava radiante. Saíram do medico, Clara voltou para o Haras e ela foi para casa, tinha que fazer uma surpresa para contar a noticia ao marido.

Otávio chegou em casa o mais rápido possível, estava desesperado Luiza não atendeu as inúmeras ligações dele e muito menos ligou para contar como foi a consulta, não tinha ninguém na sala, subiu direto para o quarto, encontrou a esposa dormindo tranquilamente, se aproximou da cama quando ia acorda-la ele viu um embrulho do lado dela, pegou com cuidado e abriu, era um bolo, viu a faca do lado, em cima da tampa do bolo tinha um recado, corte um pedaço e descubra o que sou papai, ele pegou a faca sorrindo, apoiou o bolo na cama novamente e cortou, tirou um pedaço com o recheio na cor azul, lagrimas começaram a escorrer de seus olhos, deixou o bolo de lado e se aproximou de Luiza, ela estava apenas com um top e um shorts, ele agachou e colocou a mão em cima da barriga, beijou carinhosamente ela. Luiza despertou mais ficou em silencio vendo a reação de seu marido, e escutou quando ele começou a fala.

— Ei garotão, até que enfim resolveu se mostrar...não posso acreditar que tudo isso é real...meu filho quero que saiba o quanto é amado, você e sua irmã são frutos de um amor verdadeiro. – Passou a mão pela barriga toda beijando novamente. – Vou te ensinar tantas coisas, jogar bola, pegar as gatinhas. – Luiza deu risada, foi quando ele olhou para cima e percebeu que ela estava acordada, estava com os olhos cheios de lagrimas, sorriu para ela e voltou a fala com o filho. – Mas principalmente te ensinar como ser um homem de bem, tratar as mulheres com respeito e quando você encontrar um amor como o meu e da sua mãe vou estar do seu lado te apoiando em tudo, te amo tanto meu garoto. – Beijou novamente a barriga e se aproximou do rosto de Luiza, a beijou.

— Você é um homem maravilhoso, agradeço a Deus todos os dias por ter me trazido de volta, te amo tanto. – O puxou pela gravata e o beijou.

Fizeram um jantar para dar a noticia a todos, a felicidade era plena mas queriam acabar com ela.

Apartamento Lívia.

— Dois meses, faltam dois meses para colocar nosso plano em prática, Otávio ficara sem os dois filhos e viúvo.

— Porque não deixa ao menos essa criança nascer?

— Já deixei o suficiente, dois meses Lívia e espero que não me decepcione pois sabe muito bem do que sou capaz.

Ela tinha medo, não podia voltar atrás agora mesmo querendo, sabia que morreria se fizesse isso.

Haras.

Luiza estava tentando fala com Clara, ela não atendia, passou a mão na barriga já estava de quase 8 meses. Sentia um aperto no peito, saiu da sala e foi em direção ao estabulo, encontrou Pedro vindo em sua direção.

— Luiza você viu a Clara, tem um cavalo que ela precisa ver.

— Ainda não chegou Pedro, estou tentando fala com ela, assim que ela chegar já mando ela direto para lá. – Pedro assentiu e saiu, Luiza sabia que tinha algo errado, quando pegou o celular para ligar para Otávio ele tocou, numero restrito estranhou mas mesmo assim atendeu.

— Alo?

— Minha querida Luiza, quanto tempo não escuto essa linda voz.

Ela gelou, reconheceu quem era, o homem que ela confiou e a traiu da maneira mais cruel.

— Carlos... o que quer? – Respirou fundo, criou força. – Eu ainda não desistir de te encontrar, vai pagar por tudo o que fez.

— Você não esta em condições de jurar vingança Luiza. – Carlos riu, aquela risada deu calafrios nela. – Estranho querida, sua filha nunca se atrasa para chegar ao trabalho, o que será que houve?!

Luiza sentiu seu mundo vir abaixo. – Do que esta falando? – Perguntou morrendo de medo da resposta.

— Seria tão triste se a mentira que eu e seu pai inventamos a mais de 20 anos se tornasse realidade agora. – Respondeu sarcástico.

— Seu desgraçado, deixa a minha filha em paz. Você não se aproxime dela nunca mais.

— Tarde demais meu amor, sua filhinha esta comigo e se você não fizer exatamente o que eu quiser a mentira do passado vai se tornar realidade no presente.

Ela ouvia a respiração dele, tremia toda, sentiu tontura e se apoiou na parede, sua filha, sua pequena estava em perigo e o medo de perde-la novamente e dessa vez para sempre era um sentimento de medo imensurável.  Respirou fundo e falou...

— O que você quer?

Continua...