Uma História que Renasce escrita por Caroline Bottura


Capítulo 2
Cap 2


Notas iniciais do capítulo

Oi, olha eu de novo.

Cap 2, tentei seguir o conselho da BaldiniTekilaZ, espero que gostem.

E obrigada pelos comentários.



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Aquele sobrenome, só poderia ser o mesmo, não era comum. Sentiu como se todo aquele sentimento anos guardado voltasse a tona, mas ela tinha que manter a calma, podia ser só uma coincidência, ela torcia para ser.

Clara percebe seu silencio, e inicia novamente a conversa.

Clara: Esta tudo bem senhora Luiza?

Luiza tenta se recompor, precisava agora mais que nunca continuar a entrevista, necessitava saber se essa menina sentada a sua frente era a filha do homem que a fez imensamente feliz e também foi o causador de seu sofrimento. – Desculpe, e que seu sobrenome não e estranho, qual os nomes de seus pais?

Clara – São Raquel e Otávio, na verdade meu sobrenome e parte do meu pai. – Terminou a resposta com um sorriso, não imaginava o que se passava com Luiza.

Luiza confirmou suas suspeitas, não aguentaria ficar mais tempo naquela sala junto com ela, iria explodir. Respirou fundo, e tratou de terminar aquela entrevista. – Clara eu... gostei do currículo, vamos combinar assim... vou conversar com meu cunhado e te damos um retorno em breve.

Clara se levantou se despediu e saio da sala, ficou com um pouco de receio, achou a atitude de Luiza um pouco estranha, mais pensou que era besteira, estava ansiosa mais confiante sé não sabia o porque.

Luiza não conseguia ficar na sala, se sentia sufocada com aquele sentimento, sabia o que tinha que fazer para arrumar seus pensamentos, saiu da sala e foi em direção aos estábulos, pediu ao peão para laçar seu cavalo, precisava cavalgar, so assim se sentia livre. Deus graças a Deus que seu Haras era grande e podia se esconder ao ar livre.

Com o cavalo pronto ela foi em direção ao uma montanha pequena que tinha no Haras, necessitava ficar lá em cima, pensar e por incrível que pareça recordar o passado.

Escritório Belmonte

Clara saiu da entrevista e foi direto para o escritório do pai, prometeu que almoçaria com ele, chegando ela entrou na sala.

Clara – Oi papai. – se dirigiu a ele e deu um beijo no rosto.

Otávio – Oi filha, me conta como foi a entrevista? – Ele se levantou da cadeira pegou as mãos dela e levou para sentarem no sofá.

Clara – Na verdade foi boa, eu acho. Adoraram meu currículo, e pediram para esperar que entrariam em contato.

Otávio – Tenho certeza que vai da tudo certo, vamos almoçar.

Sairam do escritório e foram para um restaurante próximo a empresa.

Haras.

Luiza chegou ao topo da montanha, desceu do cavalo o prendeu na arvore e sentiu em baixo da mesma, foi quando ela se deu conta que estava chorando. Como o destino é traiçoeiro, a filha de Otávio, ele tinha uma filha, com Raquel, será a mesma com quem ele me traiu e abandonou para ficar? Ela tinha certeza que sim, lembrou quando o conheceu, ele era de família humilde, os pais tinham uma cantina na faculdade em que ela estudava, a  primeira vez que o viu sentiu que seu coração fosse parar, ele era lindo, porte atlético, olhos claros e um sorriso que deixavam suas pernas bambas. A partir do momento em que começaram a conversar nunca mais se separaram, mesmo ele sendo de família pobre e ela era umas das alunas mas ricas da faculdade, mais isso não impediu de viverem um grande amor, ela o amava com devoção e ele também, pelo menos era o que ela acreditava.

Namoraram escondidos por algum tempo, sabia que se seu pai soubesse não aceitaria, ele era um homem implacável, criou um império, criou as duas filhas depois da morte da esposa, para Luiza ter perdido a mãe com 10 anos de idade foi cruel, foi cuidada pela nana Rosário e sua irmã que e 5 anos mais velha que ela. E de fato quando seu pai descobriu virou um monstro, colocou segurança para acompanhar ela na faculdade, a trancava dentro de casa, se não fosse Helena e sua nana ajudarem não conseguiria se encontrar com Otávio, e foi e uma dessas escapadas que ele a levou a uma cabana simples que ficava a uma hora da cidade, ela aproveitou que seu pai tinha ido viajar e conseguiu despistar o segurança.

Até um tempo atrás ela ia para essa cabana, ficava do lado de fora, recordando tudo de maravilhoso que aconteceu ali, a primeira noite de amor deles, a primeira e a ultima, foi mágico, ela e ele se uniram com amor e paixão, ele a amou, a fez dele so dele, marcou sua pele e seu coração para sempre, não apenas pelo amor e paixão mas também porque foi naquela noite que ele lhe deu sua filha.

Junto com essas lembranças de amor e carinho era inevitável não lembrar do maior sofrimento de sua vida, na verdade dois. Algum tempo depois daquela escapada ela descobriu que estava grávida, contou apenas para Helena e Nana, mais tinha que contar ao Otávio  e ao pai, sabia que Severiano ficaria possesso, mas não tinha escolha quem sabe com isso ele aceitaria minha relação e deixasse eu ficar e viver esse amor. Ilusão a minha, contei a ele antes de contar a Otávio, a reação dele me assustou, não por ter sido agressivo, pelo contrario apenas pediu para eu subir para o quarto, eu subi, e foi ai que veio o golpe que me dilacerou, meu pai subiu com um envelope nas mãos, sentou na minha cama e me entregou sem dizer nada, quando eu abrir não pude acreditar no que via, era Otávio com uma mulher juntos, se beijando, seu nome era Raquel, lembro perfeitamente quando ouvi a voz de meu pai longe me dizendo o nome dela, jamais irei esquecer. Depois disso foi como um borrão, fui para a fazenda com a Nana para ter minha filha, e depois eu ia para o exterior criar-la, mas esse sonho nunca se tornou realidade, minha filha morreu no parto, eu acabei desmaiando e quando acordei louca para pegar minha menina no colo, beijar e abraçar, meu pai veio me dar a noticia, disse que pediu para enterra-la no fundo da fazenda e colocou uma cruz para que eu pudesse ir visitar sempre que quisesse. Depois de alguns meses regressei e nunca mais ouvi fala no nome de Otávio Belmonte Lascurain, e justo a filha dele veio ao meu Haras, ele tem uma filha e eu perdi a minha, pela idade dela ele engravidou a Raquel quase na mesma época, como pude amar um homem desses e pior de tudo seguir amando, mais vou te enterrar Otávio, meu amor se tornara ódio.

 Ela limpou as lagrimas, precisava se recompor e voltar ao Haras, por mais difícil que fosse essas lembranças ela teria que enterrar novamente como enterrou a mais de 25 anos junto com a filha, mais que com a própria filha dele voltaram das cinzas.

Luiza subiu no cavalo e voltou ao Haras.

Carlos – Luiza estou a horas te procurando onde estava? – Carlos percebeu que ela estava um pouco abatida. – O que houve? Esta abatida.

Luiza – Não é nada, estou apenas cansada, fui espairece um pouco, andar a cavalo, mais o que quer falar comigo?

Carlos ficou preocupado mas sabia que era melhor deixar quieto – Como o que quero Luiza, quero fala de Clara, o que achou dela? Vamos contrata-la?

O nome Clara a deixava apreensiva, não podia contratar a filha dele, mais o tempo não estava a seu favor, precisava urgente de uma veterinária para substituir Isabel e não podia negar ela tinha potencial, o que faria meu Deus. Ela saiu dos pensamentos com a voz de Carlos. – Luiza esta me escutando, precisamos de uma veterinária, Isabel vai embora final da semana, sei o que esta pensado que ela nova e pode não aguentar a pressão, mais acho que temos que tentar, ela parece ser ótima. Mais a decisão é sua.

Ela tinha que decidir e era agora, não tinha alternativa tinha que contrata-la, não sabia o porque mais sentia que o passado voltaria junto com os segredos.

Luiza -  Ok Carlos pode ligar e dizer a ela que esta contratada, por favor.

Carlos – Ótimo Luiza, vou ligar agora.

Carlos saiu deixando Luiza sozinha, ela foi para sala pegou a bolsa e avisou a secretaria para dizer ao Carlos que estava cansada e foi para casa mais cedo, sabia que não ia conseguir se concentrar em nada.

Mansão Belmonte.

Clara estava sentada na sala lendo um livro, quando seu célula toca, ela olha e não conhece o numero mas como estava esperando a ligação do Haras ela atende.

Clara  - Alo?

Carlos – Oi, Clara Belmonte?

Clara  - Sim, quem é?

Carlos – Sou Carlos do Haras Coração de Ferro, estou ligando para dizer que passou na entrevista e se puder te esperamos amanha de manha para conhecer o Haras e o trabalho, podemos contar com você?

Clara estava radiante, tinha conseguido, iria trabalhar no melhor Haras do País. – Sim claro que podem contar comigo, amanha mesmo estarei ai.

Finalizaram a ligação no momento em que Otávio entrou na sala, viu sua filha sorrindo. – O que houve para te deixar com esse sorriso?

Clara – Papai o Haras me contratou, acabei de desligar o celular começo amanha.

Otávio da um abraço na filha – Parabens meu amor, sabia que conseguiria, mais me fala qual Haras? Onde é? Sobre os donos?.

Clara senta no sofá puxando o pai junto com ela. – É o melhor Haras do País, o dono na verdade é uma mulher, Luiza Carbajal, e o Haras chama Coração de Ferro, a fica...

Depois de ouvir Luiza Carbajal não escutou mais nada do que a filha falava, não podia ser, sua filha trabalharia com a mulher que mais amou na vida, a mesma que partiu seu coração da forma mais cruel possível.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Continuo querendo opiniões e sujestões.

Aproveitem, acho que consigo postar outro ainda hoje.

bjs.