Uma História que Renasce escrita por Caroline Bottura


Capítulo 15
Cap 15


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde menias.

Particularmente não gostei muito desse cap, não tão inspirada, mas e essencial para a historia, espero comentários, pq eles são os combustíveis da história kkkk.

Bjsss



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Otávio olhou para Clara e Luiza, se aproximou da mesa, não teria como fingir que não as tinha visto, chegando a mesa ele cumprimentou. – Boa noite.

— Boa noite papai, que surpresa encontrá-lo aqui. – Ela olhou para sua mãe esperando que ela falasse algo.

— Boa noite Otávio. – Luiza foi discreta no cumprimento. Queria perguntar quem era aquela mulher, o que faziam juntos, mas não podia, afinal aquela história dos dois havia acabado.

— Quem é sua acompanhante pai? – Luiza agradeceu mentalmente a filha.

— Ela é Lívia, nova advogada do escritório, Lívia essa é Clara minha filha e Luiza mãe dela.

Livia olhou Luiza, viu os olhares e resolveu jogar verde. – Prazer, não sabia que era casado Otávio.

Luiza olhou para Otávio, percebeu o interesse dessa mulher e se manifestou. – Não somos casado, sou apenas a mãe de Clara.

Clara sentiu o clima pesar e por educação convidou os dois para se juntar a elas. – Por favor, sente conosco papai.

— Não princesa, você e sua mãe tem muito o que conversarem, vamos para outra mesa, bom apetite. – Otávio deu um beijo na testa de Clara e olhou para Luiza, saiu sentando duas mesas a frente de onde elas estavam.

Clara pegou a mão de Luiza. – Mãe se quiser podemos ir para outro lugar.

— Não se preocupe meu amor, vamos jantar e ter nosso momento.

O jantar nas duas mesas ocorreu tranqüilo, Otávio e Luiza não conseguiam ficar sem se olhar por muito tempo, o que não passou despercebido pelas suas companhias.

Hotel da cidade.

Raquel estava ao telefone. – Deu tudo certo, Luiza acreditou em mim?

 – Sim, terminou tudo, você foi ótima Raquel, essa duvida sempre vai atormentar Luiza.

— Estou esperando a recompensa, não posso ficar aqui se o Otávio ou Luiza me encontram não vai ser nada bom.

— Não se preocupe já depositei o dinheiro, mas lembre-se, isso morre com você.

— Não se preocupe, a minha maior alegria é esses dois separados, mas ainda não entendi o porque de entregar a filha a ela tao cedo.

— Você não precisa entender, eu sei o que faço, tome cuidado Raquel, as vezes nós tropeçamos e caímos sem volta.

— Não me ameace, porque se acontecer alguma coisa comigo, tem uma pessoa que esta com as provas e se eu aparecer morta ou ficar dias sem me comunicar Luiza vai saber toda a verdade. – Raquel desligou o telefone, sabia que corria risco, mas tinha essa carta na manga.

Mansão Carbajal.

Luiza chegou em casa depois do jantar, encontrou sua irmã e seu sobrinho no sofá conversando. – Boa noite.

—  Boa noite tia, como foi o jantar com a Clara?

Luiza se senta no sofá junto deles. – Foi ótimo, estou amando conhecer minha filha, queria tanto ela aqui comigo.

— Você sabe como isso pode acontecer né Luiza. – Helena olhou para irmã, Victor percebeu que estava sobrando, deu boa noite e foi para o quarto ligar para Clara.

— O que você quer que eu faça Helena, esqueça tudo o que aconteceu? – Perguntou Luiza levantando do sofá.

— Luiza, porque não acredita no Otávio, ele seria incapaz de fazer isso.

— Não posso estando com essa duvida, e demais pra mim, e pelo jeito ele já esqueceu rapidinho o que houve entre nós, como fez a 26 anos.

— Do que esta falando? – Helena se perguntou chegando perto da irmã.

— Hoje no restaurante que estava com Clara, ele chegou lá com uma mulher agarrada no braço dele, apresentou como nova advogada do escritório, até parece.

Helena percebeu o jeito de Luiza, deu um sorrisinho. – Esta com ciúmes.

— Como, esta louca Helena, não temos mais nada, como posso ter ciúmes. – Luiza virou de costas, sabia que se continuasse a olhar para irmã iria se entregar, ela a conhecia muito bem.

— Se você esta dizendo, mas lembre-se, pra mim você não consegue mentir, boa noite minha irmã.

Luiza sentou no sofá, era tão obvio que estava com ciúmes? Claro que era, amava aquele homem mais que tudo.

Subiu para o quarto, precisava encontrar Raquel, mas parece que essa mulher tinha sido engolida pela terra.

E assim a noite se passou, e nas duas mansões dois seres não conseguiam dormir pensando um no outro.

Haras

O dia já havia começado, no Haras todos já estavam cada um no seu posto de trabalho, Luiza estava no escritório quando sua secretaria entra.

—Luiza o senhor Pedro esta aqui fora, disse que veio para o emprego de capaz do Haras.

— A sim, pode pedir para entrar por favor. -  O capaz antigo tinha se aposentado e indicou um novo.

 Pedro entra no escritório, Luiza o cumprimenta. – Bom dia, sou Luiza, o José falou muito bem de você.

— Bom dia senhora, eu trabalhei muito tempo nessa área, mas a um ano sofri um acidente de carro e só pude voltar agora.

— Bom como foi indicação dele, vou confiar em você, vou pedir para minha secretaria te levar na sala do Carlos ele vai te mostrar tudo. -  Luiza sai do escritório com Pedro para falar com a secretaria, quando vê sua irmã se aproximando.

— Bom dia Luiza.

— Bom dia, o que faz aqui tão cedo?

— Vim fala com Carlos, sobre a viajem da Débora para levarmos ela no aeroporto.

— Então me faz um favor. Esse é o Pedro novo capataz daqui, acompanha ele até a sala do Carlos, ele sabe o que fazer.

Helena olha para Pedro, sorri. – Claro, depois volto aqui, vamos.

Os dois saíram em direção a sala de Carlos. Luiza voltou para a sala dela.

Escritório Belmonte.

Otávio olhou para o relógio, já era quase hora do almoço, tinha combinado com Clara que ia com ela, se levantou para arrumar a mesa, hoje a manha foi corrida, quando batem na porta ele pede para entrar.

— Oi, hoje o dia foi corrido. – Lívia se aproximou da mesa.

— Verdade, vim saber se você quer almoçar comigo.

— Desculpa Lívia, marquei com a minha filha, estou indo buscá-la no trabalho dela, deixamos para outro dia.

Lívia ficou com raiva, mas não deixou mostrar. – Claro sem problemas, bom almoço.

— Obrigado. – Otávio se despede e sai da sala.

Lívia pega um porta retrato de Clara. – Igual a mãe, mas seu papai vai ser meu Clarinha. – Ela colocou o retrato no lugar e saiu.

Otávio acaba de chegar no Haras, estava a caminho dos estábulos, quando se aproximou viu Clara e Luiza conversando, parou um pouco pra observar. As duas eram muito parecidas, admirou sua amada, estava linda, com uma calça jeans colada, uma bota preta e uma blusa leve, que mostrava suas curvas, resolveu se fazer presente.

— Boa tarde. -  Ele chegou perto de Clara.

— Boa tarde papai. – Deu um beijo no rosto dele.

— Oi Luiza.

Luiza respondeu com um aceno discreto.

— Vou pegar minha bolsa, vamos almoçar conosco mamãe?

— Obrigada meu amor, mas já tenho compromisso.

Clara saiu para pegar a bolsa deixando eles sozinhos.Otávio olhou para ela. – Sou tão má companhia que recusou almoçar com nossa filha?

— O mundo não gira ao seu redor, eu tenho um compromisso já disse.

— Certo, deve ser importante. – Provocou, colando as mãos no bolso da calça.

Luiza olhou pra ele, pela primeira vez desde que ele chegou ali. – Não entendi a ironia.

— Claro que não, você só entende o que lhe convém não e? – Chegou mais perto dela.

— Seja mais claro Otávio, não jogue indiretas. – Não desviou os olhos dos dele.

— Você acreditou em uma mentira Luiza, isso acabou com nossa historia.

— Sera que foi  mentira, tenho minhas duvidas, afinal ontem você não estava pensando nisso na hora do jantar.

Otávio deu um sorriso de lado. – Esta com ciúmes Luiza? – Se aproximou mais, sentindo a respiração dela, queria puxar ela para ele e beija-la, esquecer esse assunto e fazer o amor deles da certo, mas não era fácil, ela não acreditava nele e ele estava ferido com isso.

— Ciúmes, como dissemos uma semana atrás, nossa história acabou, você pode fazer o que quiser... e eu também. – Luiza s afastou e andou na direção das costas dele, quando ele se virou viu ela dar um abraço em um homem que ele não conhecia, mas já sentia raiva, viu como ele a tocava, gostava dela, viu eles se afastando se sentiu impotente.

Clara voltou em seguida , se desculpou pela demora, precisou medicar um cavalo, eles saíram, os dois almoços ocorreram bem.

Algum tempo depois.

Se passou mais de um mês, nesse tempo algumas coisas mudaram, Otávio e Luiza estavam mais afastados, só conversavam o necessário, ele se aproximou mas de Lívia, ela estava conseguindo o que queria, por enquanto era apenas amizade. Luiza e Oswaldo também se aproximaram, mas ela não queria nada. A relação de Clara e Luiza estava perfeita, elas estavam sempre juntas, como mãe e filha. Helena estava sempre com as duas, curtindo a sobrinha, já que a filha viajou para fora, o casamento dela não estava bem, Carlos havia mudado, estava distante e ninguém entendia o porque. Clara e Victor estavam felizes, namorando, ele queria pedir ela em casamento e estava planejando uma surpresa.

Mas a calmaria das duas família estava acabando, uma descoberta iria surpreender e acabar com a paz de todos, mas por um lado iria trazer alivio para muitas pessoas.

Haras.

Luiza estava saído dos estábulos para ir ao escritório, estava corrido, Carlos não tinha ido de novo trabalhar, estava indisposto, chegando a sala de espera do seu escritório, uma mulher que ela não conhecia estava a esperando.

—  Você não me conhece senhora, mas o que tenho para te contar é de seu interesse.

Luiza a olhou, viu que era humilde, já de idade, pediu para acompanhá-la, entrara no escritório, pediu para senhora se sentar no sofá, Luiza ficou em pé.

— Como se chama senhora e o que quer comigo?

— Dona Luiza, sou Joana, avó de Raquel.

Luiza ficou surpresa. – Avó de Raquel, onde ela esta?

— Morta senhora.

Luiza colocou a mão na boca, se sentiu ao lado de Joana, estava em choque. – Morta, meu Deus. – Ela suspirou. – Como aconteceu?


— Raquel antes de morrer, me deu algumas coisas para guardar, disse que se acontecesse algo com ela era pra entregar para senhora, a uns dois dia por policias fiquei sabendo que ela havia sido assassinada, em hotel e junto dela tinha mais um corpo de um homem, eu o conhecia, era amigo dela. Parece que ela deixou as mesmas provas com ele também, mas o assassino descobriu e matou os dois achando que não tinha mais provas guardadas, mas ela me deu também.

Luiza se levantou, surpresa com tudo aquilo, se virou para a senhora. – Você me trouxe essas provas?

A senhora abriu a bolsa e tirou um envelope e uma fita pequena, que Luiza identificou como uma gravação de áudio, se aproximou de Joana e pegou as provas.

— Senhora, jamais diga meu nome, eu corro risco também, como minha neta e o homem que morreu pode acontecer comigo.

— Não se preocupe, não vou deixar nada te acontecer, vou ver o que tem aqui, a senhora vai ficar em hotel que apenas eu e meu capataz de confiança vão saber.

Luiza pediu a secretaria que chamasse Pedro, ela deu as ordens do que era para ele fazer, assim os dois saíram da sala, ela pediu para que a secretaria não passasse nenhuma ligação, ela não estava para ninguém.

Quando trancou a porta ela se sentou no sofá e pegou o envelope, de dentro tirou uma carta, de imediato ela reconheceu a letra era do seu pai, começou a ler.

‘’ Minha filha, Luiza, estou escrevendo essa carta no leito de minha morte, para te pedir perdão, perdão por tudo, pelas mentiras e enganos. Me arrependo de tudo, mas agora já é tarde, só peço a Deus misericórdia e que Ele toque no seu coração para poder me perdoar, vou te contar tudo.

Nunca fui a favor do seu namoro com Otávio, então forjei uma carta que você dizia que não o amava e que não ia ficar com alguém de classe baixa e que eu tinha razão, assim contratei Raquel para segui-lo, seduzir e tirar aquelas fotos. Ai descobrir que estava grávida, não podia deixar estragar sua vida com uma criança, era muito nova, então novamente chamei a Raquel e combinamos de roubar a criança e fingir para você que ela estava morta, tudo foi mais fácil, porque ela tinha conseguido ficar com Otávio, ele era todo certinho e quando viu que havia ‘’desonrado’’ uma mulher aceitou se casar, ela disse que estava grávida mas não queria atrapalhar os estudos dele então foi para Aruba, ele ia vê-la de vez em quando, ela dava a desculpa que não estava bem, não deixava o tocar na barriga, como ele evitava intimidades não se incomodava, quando a bebe nasceu, fizemos o combinado, sem que Otávio desconfiasse. Depois de 5 anos a vida me cobra, não sei onde estão.

Não agimos só eu e ela, Carlos me ajudou, em troca dele se casar com você, ele nunca amou Helena, sempre foi você, mas como nunca deu esperança a ele não viu outro modo de se aproximar e ficou com sua irmã que se apaixonou por ele e por Victor, não confie nele, ele é um crápula tanto quanto eu fui.

Você e Otávio foram cruelmente separados, por mentiras, me perdoe minha filha.

Vou pedir para Maria guardar essa carta, sabe que ela é minha secretaria de confiança e assim que a morte me levar ela vai entregar a ti.

Te amo minha princesa, me perdoe.

Seu pai. ‘’

Luiza estava chorando, toda aquela revelação era demais, ela não acreditava que seu pai seria capaz dessa monstruosidade e Carlos, ela confiava cegamente nele, sua irmã ia ficar acabada. Lembrou que Maria a secretária de seu pai havia sumido misteriosamente, será que Carlos também a matou, o cunhado que ela tanto confiou era um assassino. Ela estava desnorteada, pegou mais uma vez o envelope tinha um gravador, pegou a fita e colocou, assim que deu o play reconheceu a voz de seu cunhado. Naquela fita era ele combinando com Raquel como ela iria agir na festa de aniversario de Clara, Luiza ouviu tudo co lagrimas nos olhos, depois que terminou de ver as provas, chorou, chorou pelo pai que ela admirava, pela irmã que iria sofrer, por ela pois ficou sem seus dois amores por anos e anos e chorou por Otávio, como foi injusta e chorou porque sabia que não seria perdoada, mas precisava engolir o orgulho e ir pedir perdão.

Guardou tudo em sua bolsa e saiu do Haras antes de ir até Otávio, foi para casa, tinha que enfrentar aquele desgraçado do Carlos, a farsa dele tinha acabado.

Continua.


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Notas finais do capítulo

OBS: Pedro (Oswaldo Rios).

Comentarios... Amo vcs.

bjs...