Otávio acordou com o sol entrando pela janela, olhou pra baixo e viu Luiza dormindo com a cabeça repousada sobre seu peito, não queria acorda-la mas a vontade de sentir o cheiro dela para ter certeza que aquilo não foi sonho falou mais alto, ele cheirou os cabelos, fechou os olhos pedindo a Deus que esse momento não terminasse nunca. Ele sentiu ela se mexendo e abriu os olhos, ela levantou a cabeça e o encarou.

Olhando nos olhos de Otávio ela só conseguia ver um amor que a muitos anos estava ali, sabia que de agora em diante não teria como negar a esse sentimento, quando seus olhos se cruzaram ele lhe sorriu e ela viu que esse sorriso transparecia inseguridade, medo de que ela se arrependesse do que tiveram, ela devolveu um sorriso tranquilizante e se aproximou o beijando para que todo aquele sentimento dele fosse embora.

Cessando o beijo Otávio acariciou o rosto dela. – Luiza meu amor, como eu te amo e sempre amei, tenho medo de sair daqui e você se arrepender e me desprezar de novo. – Luiza se sentou com o lençol a cobrindo, olhou com carinho pra ele.

— Eu nunca me arrependeria de me entregar a você Otávio, também te amo e por mais que tentei te odiar e desprezar nunca consegui, você esta cravado no meu coração de todas as maneiras. – Ela se inclinou e deu um pequeno beijo nele, selando aquela declaração.

— Sei que tem muitas coisas que precisamos esclarecer, que não acredita sobre aquela carta, mas vou te provar... – Luiza delicadamente o calou com um selinho.

— Não me importa, quero por uma pedra sobre isso, depois do que tivemos aqui não conseguiria  mais não ter você comigo Otávio. O que sei é que não escrevi carta nenhuma e se você acredita em mim, também vou acreditar em você. – Ela contornou com as pontas dos dedos os lábios dele. – Eu quero escrever uma nova história com você, quero poder viver esse amor.

Otávio a puxou para seus braços. – Nos vamos viver, vamos ser felizes. – Selaram esse acordo com um beijo calmo e cheio de amor.

Mansão Belmonte

Clara chegou na mesa de café e cumprimento sua avó. – Bom dia vovó, meu pai ainda não acordou ou já foi para a empresa? –

— Não Clara, na verdade seu pai teve uma viajem de emergência mas volta hoje.

— Viajar? Mas esta tudo bem, aconteceu alguma coisa? – Perguntou preocupada.

— Sinceramente não sei meu amor, vamos ter que esperar ele voltar para sabermos.

Clara ficou preocupada, ligaria para o pai assim que terminasse o café, esse sábado não precisaria ir para o Haras. O celular começa a tocar, ela se retira da mesa para atender, era Victor a convidando para um passeio que de bom grado ela aceitou, e o plano de ligar para o pai foi saindo de sua mente. 

Fazenda Carbajal

Depois de terem se amado mais uma vez, sendo abençoados pelo sol que entrava pela janela, Otavio levantou da cama com cuidado para não acordar Luiza e foi fazer uma surpresa para a mulher da sua vida.

Despertando Luiza sentiu um vazio ao lado dela, abriu os olhos e viu que Otavio não estava no quarto, ela se levantou vestiu o roupão, saiu do quarto, quando estava descendo as escadas ouviu um barulho vindo da cozinha, abriu um sorriso, sabia o que ele estava tentando fazer, de novo. Foi devagar ate a porta parou e ficou o observando tentando fazer um café da manha. Ele estava todo atrapalhado e ela achou uma graça, ele estava de costas para a porta em frente a pia, ela queria ficar mais um pouco sem ser vista só que não era possível, senão Otavio ia colocar fogo na cozinha, ela foi ate o fogão e desligou o leite pois ele estava quase caindo, foi quando ele se virou e a viu com um sorriso encantador, vendo a cara dele ela não agüentou e soltou uma risada que ele sonhava em ouvir de novo.

— Queria te fazer uma surpresa. – Disse encolhendo os ombros.

Ela se aproximou dele deu um selinho carinhoso em seus lábios. – Depois de tanto tempo você ainda não sabe fazer um café da manha?.

Ele sorriu – Você se lembra.

— Como me esquecer, você quase nos matou asfixiado.

— É acho que tenho que parar de tentar fazer isso. – Ele a abraçou pela cintura e falou baixo em seu ouvido. – Mais a intenção vale, não vale? – Ele se afastou e sorriu pra ela.

— Vale e muito, igual a mais de 25 anos atrás, eu sempre vou me encantar em ver você tentando me... matar. – Eles riram e ela o abraçou forte.

Depois que Luiza preparou o café, eles se sentaram na mesa. Otavio sabia que a conversa não podia esperar, precisava saber o que aconteceria quando eles voltassem para a cidade.  Luiza soube o que ele estava pensando, pois ela também pensava sobre isso. Ela sentiu Otavio pegar sua mão e o olhou.

— Luiza, eu te amo... esses anos sem você foram os piores, senão fosse pela minha filha eu não sei o que faria, depois de tudo que passamos aqui não posso mais ficar sem você meu amor. Quero poder te beijar, te abraçar, te amar e te fazer minha sempre. – Ele beijou a mão dela e com os olhos cheios de esperança ele perguntou. – Vamos por uma pedra no passado e viver nosso amor, esse amor que esta preso pela eternidade?

 Luiza amava aquele homem a sua frente, sabia que a dor de perder a filha jamais saira dela, mas também entendeu que foi uma fatalidade e o vendo ali, com o coração aberto soube que jamais conseguiria dizer não, precisava viver esse amor como ele mesmo propôs. E sem a menor sombra de duvidas ela respondeu. – Uma vez eu te disse que você não era mais ninguém na minha vida, não sabe a dor com o que falei aquelas palavras, porque você foi, é  e sempre será meu grande e único amor, a pessoa que entreguei meu coração e minha alma. Esse amor alem de ter ficado preso na eternidade ficou preso dentro de mim e quero libertá-lo para entrega a ti meu querido.

Ouvindo essas palavras Otavio não se conteve, se levantou levando Luiza com ele, a abraçou e a beijou, um beijo que selava a libertação desse grande amor, a pegou no colo, necessitava fazê-la sua pra ter certeza que não era um sonho.

Já no quarto ele a colocou na cama com delicadeza, a admirou, não podia acreditar o quão sortudo era, ele a beijou com calma e desejo, ela já estava entregue, ele baixou os beijos para seu pescoço, chegando ao colo e olhando em seus olhos desatou o nó do roupão deixando seus seios a mostra, Luiza passou a mão em seu rosto enquanto ele a apreciava, ele baixou a cabeça e tomou u dos seios na boca o provando, saboreando, os gemidos de Luiza o deixavam querendo mais, passou as caricias para o outro seio, sentia as mão dela em seus cabelos pedindo que ele não parasse. Ele desceu os beijos jamais deixando de acariciar com as mãos, ele subiu para olhar novamente para aqueles olhos que eram sua perdição, viu alem de desejo um amor sem igual, a beijou explorando cada pedacinho de sua boca. Luiza passou as mão sobre o peitoral, os ombros e tirou o roupão, acariciou as costas aprofundando o beijo, sentiu o quanto ele a queria, precisava dele.

Ele desceu a mão, passou pela coxa, queria estar dentro dela, passou os dedos pela intimidade dela, puxou a calcinha para baixo e a tirou. Voltou para cima dela, queria sentir ela molhada só para ele, passou os dedos pelo clitóris sentiu ela pronta, estimulou mais e mais, Luiza já estava enlouquecida, gemia e pedia pra que ele a possuísse, a tomasse por completo, prontamente ele a atendeu, tirou a cueca box e se encaixou, Luiza abriu as pernas e o recebeu, ele a penetrou devagar, sentindo cada parte dela, começou a se movimentar lento, enquanto sussurrava em seu ouvido. – Você me enlouquece Luiza, minha Luiza, pra sempre minha.

Luiza o abraçou com as pernas pela cintura e puxou mais. – Otavio... por favor...mais rápido...preciso de você...vem meu querido, mais forte, quero sentir todo você. – Ele intensificou mais os movimentos, indo mais rápido, sentia que Luiza viria para ele logo e ele também não agüentaria muito tempo, e com mais alguns movimentos rápidos e fortes os dois chegaram ao êxtase. Otávio saiu de cima dela a puxando para ele, Luiza deitou a cabeça em seu peito, ele fazia carinho em seus cabelos e deu um carinhoso beijo em sua testa.

— Minha Luiza, sou o homem mais feliz do mundo.

Luiza olhou para ele com um sorriso maravilhoso, leve. – E eu a mulher mais feliz do mundo... sua pra sempre. – O beijou com um selinho demorado.

Já na hora do almoço eles desceram para comer alguma coisa. – Luiza meu amor vou ter  que voltar hoje para a cidade, a Clara deve estar preocupada não sei nem como ainda não me ligou, você vai ficar até quando?

— Costumo ficar até dom que seria amanha, mas vou com você pra cidade, afinal não posso te deixar assim tão solto né. – Eles riram. – Mais meu amor, é melhor por enquanto ninguém saber sobre nos, afinal Clara nem sonha o que aconteceu conosco no passado e tem sua ex esposa também que não é flor que se cheire.

— Não queria mas tem razão, por pouco tempo, não quero esconder esse amor nunca mais, já basta ter escondido anos atrás e viu o que nos aconteceu, quero gritar para todos que te amo. – Eles se inclinaram e se beijaram.

— Por pouco tempo, pelo menos até Clara entender essa nossa aproximação, gosto muito da sua filha não quero que ela me veja com maus olhos.

— Minha filha te  admira e adora, nunca vi ela assim com ninguém, quando for a hora de revelar nosso relacionamento vou contar toda a verdade a ela e quero você comigo... sempre. – Otavio pegou a mão dela e deu um beijo.

— E eu estarei, que horas vamos sair daqui?  - Perguntou Luiza, terminando de comer e levando os pratos para a cozinha, Otavio a seguiu.

— Como esta chovendo ainda e não podemos aproveitar esse lugar maravilhoso estava pensando em arrumar as coisas e já irmos, mas se quiser ir mais tarde e aproveitar mais aquele quarto ótimo la em cima também é uma grande ideia. – Disse pegando ela pela cintura com um olhar sapeca.

Luiza o beijou, - Proposta tentadora mais é melhor irmos agora, a chuva pode piorar. – Otávio assentiu, deu um selinho e foram arruma a cozinha. Terminando foram para o quarto se arrumarem para irem. Aproveitaram para toma banho juntos, entre caricias e beijos. Quando estava tudo pronto, Luiza pediu que Otavio desse alguns minutos para ela ficar sozinha no tumulo da filha e disse que ele poderia encontra-la dentro de 10 min para  se despedir também.

A frente do tumulo, a chuva já havia cessado, Luiza se abaixou colocou uma única flor. – Minha filha, hoje inicia um novo ciclo para mamãe, seu pai voltou e juntos vamos ser felizes agora, deve estar feliz de ver sua mãe sem ódio e sem rancor, estou feliz meu amor so precisava de você aqui para a felicidade ser completa. Mas te juro me emprenhar para não ter mais esses sentimentos ruins dentro de mim e sentir só amor. Feliz aniversario adiantado de novo minha princesa.

Luiza sentiu Otavio atrás dela, ela o olhou e estendeu a mão, de bom grado ele pegou e se aproximou, abraçou Luiza e depois ficou com os braços nas costas dela olhando para a terra que cobria o corpo da pequena filha. – Aqui na frente desse lugar, eu prometo que sempre vou estar ao seu lado mesmo quando você não quiser, te prometo fazer feliz e dedicar todo meu amor e minha vida para recuperarmos o tempo perdido. – A olhando com carinho, o olhar dele transmitia o maior amor do mundo, ele a beijou, ali selando a promessa que tinha feito de frente para o tumulo da filha deles, sem saberem que esse mesmo tumulo esta vazio.