Saimos correndo pelo corredor da casa, Lemeth tinha me dito que nos fundos da casa tinha um portal de emergência, corri para fazer minhas malas ( Ou melhor pegar o que desse para pegar e o que fosse mais importante ), peguei a carta de minha mãe, o retrato e algumas mudas de roupas. Desci correndo as escadas e fui para os fundos, onde encontrei Lemeth e sua mochila.

— Ele ira destruir tudo não é ? - Perguntei para ela.

— Sim ele ira, esse planeta sera apenas fogo apartir de hoje – Ela disse meio triste.

— Me desculpa, se não fosse por mim você ainda estaria em paz aqui.

— Não faça isso Clarissa, eu posso amar esse planeta, mas eu ainda sim escolheria você a isso – Disse ela com carinho nos olhos – Planetas podem ser recontruidos, mas você não, você é única, e é especial para mim.

— Obrigada – Disse ficando vermelha.

— Agora vamos.

Lemeth proferiu umas palavras e um buraco negro apareceu, em cima estava escrito “Apenas em caso de emergências”, realmente ela não estava brincando quando disse que era apenas para emergência. Lemeth começou a entrar no portal, quando eu segurei seu braço, ainda tinha uma dúvida.

— Para onde nós vamos ?.

— Para casa de seu amigo Luis, ou qualquer lugar que ele esteja – Disse ela, por um segundo fiquei feliz mas depois me lembrei o motivo de estar indo para o Luis.

Lemeth fez sinal para que eu fosse primeira já que eu conhecia Luis melhor de que ninguém. O céu estava em chamas, a cada minuto era ouvido uma explosão. Eles estavam destruindo tudo. Não poderia deixar ele destruir a casa de Lemeth, olhei para seu rosto, seus olhos estavam cheios de lagrímas, isso cortou meu coração em várias partes, não poderia deixar isso acontecer, tinha que fazer alguma coisa.

— O que você esta fazendo ?, temos que atravessar logo – Disse ela meio preocupada e meio triste.

— Eu não vou deixar esse canalha destruir seu lar.

— Clarissa eu já falei para você, lar nós reconstruimos, mas vidas, não, você só tem uma – Disse ela me empurrando para o portal.

— Lemeth eu consigo derrotar ele, apenas me deixe ir até ele e tudo estara ac…

— Não precisa, eu já estou aqui – Disse Victor Reivel, Lemeth parou de me empurrar para entrar na minha frente, como se pudesse me proteger com seu próprio corpo.

— Deixe-a em paz seu canalha.

— O que é Lemeth, por que esta assim ?, até parece que você esta afeiçoada a essa criatura – Ele tinha uma voz grave e seca, seus olhos eram vermelhos e o cabelo também, sua pele era palída, quase transparente, seu rosto era belo, mas maldoso, seu corpo era definido, ele vestia uma blusa preta, calsa também preta e uma capa que ia até o chão vermelha com um simbulo de uma caveira pegando fogo – Vamos me entregue ela, que deixarei seu planetinha em paz.

— Nunca – Disse Lemeth já estendendo as mãos – Tera que passar por mim primeiro – Pude ver que Victor Reivel tinha ficado com medo, mesmo que remoto, mas tinha ficado. Ele temia que Lemeth o pudesse derrota-lo – Esta com medo de mim, posso ver isso em seus olhos, vamos covarde venha – Victor disse umas palavras e do nada fogo jorrava para todo o canto e ia em direção a mim e a Lemeth, o que me deixou um pouco confusa, sim sabia que ele era um Reivel, mas pelo que minha mãe contou em sua carta, ele não continha os poderes dos Reivels, ele tinha se tornado um mago. Lemeth esticou as mãos e do nada um escudo identico ao meu nos protegeu, fazendo o fogo desviar, Victor ficou claramente estupefato com isso.

— Mas o..o que significa isso – Disse ele gaguejando – É impossível, você é uma Trambony, não pode conseguir fazer um escudo estelar – Lemeth nunca tinha me dito se era de algum clã, tinha pensado que ela era uma espécie de pessoa imortal, com alguns poderes – Seu dom deveria ser da terra, das pedras preciosas e de flores, a não ser que você…- Victor estava claramente alarmado, seu medo tinha ultrapassado tudo, agora ele estava apavorado – Não pode ser, eu te matei, eu me lembro disso te matei – Disse ele como se a visão de Lemeth fosse uma miragem do passado, que o estava assombrando.

— Você matou muitas pessoas Victor Reivel, mas nunca chegou a fazer nem sequer um arranhão em mim – Lemeth disse.

— Não posso acreditar nisso, você era para estar morta – Ele repetia sem parar, até que seus olhos brilharam e fúria se instalou nele – É claro aquela vadia, deve ter fe….

— Cale-se – Disse Lemeth, ela elevou as mãos para o alto e do nada estrelas começaram a cair em direção a Victor, que ficou paralisado, as estrelas vinham em chamas, onde ela atingiam a destruição era certa, mas nenhuma acertou Victor, Lemeth abaixou as mãos o que cessou a chuva de estrelas mortiferas.

— Nunca pensei que te veria novamente – Disse um homem por trás de Victor Reivel, que obviamente deveria ser Lorde Bron Reivel, ele não era diferente do filho, tembém tinha olhos vermelhos e cabelos vermelhos, sua pele era um pouco mais escura que a do filho e seu rosto era mais afilado – Jurava que estava mrota, bem pelo que sabia estava, né Victor – O nome ele disse com odio, como se fosse mata-lo a qualque momento – Infelizmente não posso deixar você matar esse idiota, ele é o único herdeiro que tenho. Nunca fui afavor disso, pois ele não tem poderes de um verdadeiro Reivel, apenas é um mago pacata, que gosta de fazer labaretas sair de suas mãos e dizer que é um Reivel, mas como não tenho outro filho e nunca mais terei, não posso deixar você matar ele.

— Que pena pois eu matarei do mesmo jeito e você ira junto – Bron Reivel riu da ameaça, Lemeth estava claramente chocada por ele estar lá.

— Você sabe que não pode, a muito tempo venho tentando superar os Cronarianos, nunca nada deu certo, até o dia em que espeirimentei o sangue de Azazel, um demonio, e percebi que poderia ter esse poder que tanto queria agora, bem veja só, se me entregar ela prometo que não farei mal a você, deixarei que retome o seu clã, devolverei suas terras e sua nobreza, junto da coroa claro, mas em troca quero a garota, ela não pode viver, existe muito poder dentro dela e eu quero ele para mim. Então ou você me entrega ela e sai daqui viva ou eu te mato e pego ela do mesmo jeito.

— Tente se quiser – Disse Lemeth, agora o medo que estava em seus olhos tinham passado, no lugar continha uma raiva, até mesmo odio – Você não me assusta mais Bron, fiquei anos me escondendo de você e de sua laia, mas veja só, agora tenho ela devolta, e nada, entendeu ?, nada ira tira-la de mim novamente – Esse papo estava estranho, como assim novamente, desde quando Lemeth me conhece assim ?.

— Você ainda é aquela imbecíl de sempre pelo que vejo – Disse ele com desdém no rosto – Vejamos então, você morrera e ela vira comigo, para morrer também e depois disso bem serei imortal e ivensivel – Ele fechou os olhos e uma nevoa negra começou a sair dele, ela subia por seu corpo e quando ele os abriu novamente estavam negros, não existia parte branca mais, apenas o negro – Agora você morrera queridinha – Lemeth deu um passo para trás.

— Vá agora, eu cuido deles.

— Ma..ma..mas você morrera se ficar aqui – Disse quase chorando, não queria ir sem ela.

— Um risco que correrei por você novamente – Ela disse – Clarissa agora, vá por favor – Disse ela se virando para me empurrar pelo portal, passei por ele, mas nada aconteceu, tentei voltar mas estava presa, Lemeth deveria ter tida a mesma impressão que eu – O.. o que é isso ? - Disse se virando para encarar Bron Reivel.

— Você é muito idiota mesmo né é sua garotinha que esta fazendo isso, ela não ira até que você vá, mas também não saira pois já entrou – Disse Victor se recuperando do susto.

— Filho agora que tal revelarmos para nossa querida Clarissa quem realmente é Lemeth, e outra quero ter o prazer de fazer o que você não teve capacidade para fazer – Victor ficou vermelho de raiva, mas não disse nada ele proferiu umas palavras que fez com que o rosto de Lemeth ficasse todo distorcido, ela parecia não estar sentindo nada, mas deveria aver dor, o rosto dela estava ficando desfigurado, até que ele mudou. Seu cabelo não era mais branco e sim vermelho, igual aos meus, seu olhos continuaram pretos, mas seu rosto ficou igual ao meu, apenas um poco mais velho, não pera esse rosto era o de minha mãe, mas como ?, ela estava morta e Lemeth era apen… Minha mãe tinha dito na carta que minha tia era uma feiticeira poderosa e que tinha lançado um feitiço de camuflagem nela e em meu pai, é claro agora parecia óbvio, minha mãe nunca morreu apenas se escondeu, de tudo até de mim – Bem acho que agora podemos parar de te chamar de Lemeth não é Susana Cronarius – Minha cabeça latejava, eu queria muito chorar, correr para abraçar ela e bater por ter me deixado pensando que estava morta, mas não podia, esse maldito portal estava me prendendo. Minha mãe se virou para me encarar e sorriu.

— Me desculpa minha filha, por não ter te contado quem eu era, nunca tive a intenção de machuca-la nem de abandona-la, mas era para o seu próprio bem, tinha que me afastar – Ela disse com lagrímas nos olhos.

— Que lindo – Disse Bron – Chega até fazer meus olhos chorarem, oh espere, não, não chega mesmo – Disse ele com um sorrisinho maldoso no rosto, ele apontou para minha mãe e duas cordas negras a prenderam, jogando-a no chão com tudo – Bem não irei matar ela agora Clarissa, mas também não irei poupa-la por muito tempo, vá embora não a procurarei de novo, mas saiba você tem dez dias para resolver o que fara, se você se entrgar para mim eu a liberto caso contrário ela morrera e eu te casarei.

— Vá minha filha e não volte, reuna suas forças e acabe com eles, não volte por mim, nunca ouviu, nunca .

E com isso tudo ficou preto, não conseguia ver minha mãe mais, queria gritar, mas minha garganta estava fechada, fechei os olhos pedindo para que a morte viesse, mas em vez disse acertei o chão com um enorme baque, me levantei devagar, minhas costas estavam doloridas pelo tombo. Olhei em volta e percebi que estava em um quarto de frente para a janela que dava diretamente para a janela do meu quarto, só ai cai na real de que estava no quarto do meu visinho, olhei para trás e quase gritei ao ver ele e Luis deitados na cama juntos e o pior de tudo ( Claro né! Nunca melhora ), eles estavam apenas de cueca.