A Herdeira do Infinito escrita por Cabeça de Alga


Capítulo 11
Sem Palavras




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A vida tinha me proporcionado várias coisas, na maioria ruins, na verdade sempre eram ruins. Acabei de descobrir que minha mãe estava viva, mas agora estava presa por um idiota que a iria matar se eu não me entregasse para a morte, irônico né, se eu vivesse ela morreria se ela vivesse eu morreria. E ainda por cima descubro que meu vizinho que eu tanto “amava” era gay e que meu melhor amigo Luis ( Quem eu considerava tudo menos gay ) era seu namorado, a cena foi horrível, ver os dois daquele jeito, tinha acabado ainda mais comigo. E ainda dizem por ai que nada pode piorar mais do que já esta, bem tenho uma nova concepção para vocês, sim queridos pode sim, e piorar para o pior dos piores. Ah calma que ainda não acabou, quando eu cai aqui dei um belo de um grito, que acabou por fazer Luis e Cristian ( Sim esse era seu nome ), levantarem num susto, não sabia se corria e abraçava Luis ou se tacava fogo nele ( Sem quere falar, mas já falando, que DESPERDICIO ).

E se não bastasse, o Luis acreditou em toda a minha história, não por ele ser meu melhor amigo, mas por que ele fazia parte de um desses clãs exilados e olha que legal ele sempre soube quem eu era, ai que bate aquela vontadezinha de matar ele. Ele disse que ele e o Cristian tinham sido banidos por estarem juntos ( O que por mais que fosse um desperdício era errado ), Luis me disse que pertencia ao clã Viviorn, um clã que era podre de rico em seu planeta e obviamente nesse, já o Cristian era do clã Crepitas, que fica em Morbidus, os dois eram os herdeiros, o clã do Luis dominava a direção ( Creio eu que você pensou a mesma coisa que eu, como assim direção, tipo onde os pedestres vão ? ), ou seja, eles poderiam mudar o destina de algumas pessoas, mas apenas aquelas que aceitavam isso, o de Cristian dominava a eletricidade. Os dois tinham sido expulsos depois que descobriram que estavam juntos, o pai de Luis tinha sido a favor por isso tinha sido expulso junto com ele.

Já se faziam dois dias que eu estava na casa do Cristian, ah esqueci deste detalhe, eu estava morando com ele, mas enfim. Eu estava muito aflita com Leme… quer dizer Susana, minha mãe, tinha que me acostumar com isso. Luis tinha me dito que ele e Cristian se juntariam a minha causa, mas eu teria que arrumar um jeito para os dois recuperarem o clã deles, já que eram seus primos que estavam no poder.

 

— Clasissa, posso entrar ?— perguntou o Cristian

— Claro, entre o quarto ainda é seu.- Ele abriu a porta do quarto e entrou, séria ele era ainda mais lindo de perto, o rosto todo parecia ter sido esculpido por anjos, ele foi até a cama e sentou-se ao meu lado.

— Sabe já tem dois dias que você esta aqui, e eu quero co….

— Que eu vá embora né ?.

— Não de jeito algum, o que eu quero é conversar com você.

— Sobre o que ?– Perguntei meio insegura do que ele queria conversar, não sabia o que Luis tinha contado para ele.

— Luis me contou que você gostava de mim e que me via trocando de roupa pela janela – Naquele momento meu rosto ficou vermelho vivo de tanta vergonha, Luis aquele cretino ele me paga.- Não precisa ficar com vergonha – Disse ele sorrindo – Isso é uma coisa comum, sinto muito se dei esperanças para você algum dia, nunca foi minha intenção – Ok! Já queria pular pela janela, fui dispensado sem nem começar nada e ainda por um gay – E queria te pedir uma coisinha apenas.

— O que ?– Perguntei sem querer saber a resposta.

— Que você não fique mais me espionando pela janela, sei lá se algum dia eu estaja pelado aqui – Dá essa era a intenção seu besta, pensei e não falei claro.

— Pode deixar, Luis é meu melhor amigo e como vocês estão juntos nunca farei mais nada, prometo.

— Sabe se você quiser depois que recuperar o meu clâ e o de Luis eu te apresento uns amigos que tinha em Morbidus, todos de altos clãs, não nobres claro, mas uns dos mais altos e bonitos.

— Acho melhor não – Vai que eu acabe gostando de algum, mas dai descubro que ele tem namorado - É muito gentil de sua parte, mas eu prefiro eu mesma a escolher alguém.

— Tudo bem então, mas aqui já sabe quando você voltara para Morbidus ?.

— Eu não posso voltar para Morbidus, tenho que ir direto para o planeta dos Reivel, que eu não sei onde é.

— O nome é Gliuron, um planeta antes habitado pelos Brendis, um clã que destruiu a sí próprio. Os Reivel reivindicaram ele depois do sumiço da Rainha – É claro a Rainha, tinha que arranjar um jeito de resgata-la.

— Falando em Rainha, eu sei onde ela esta.

— Onde ?– Perguntou Cristian esperançoso.

— Em um planeta que era dos Bongolis, não me lembro se Lem.. quer dizer, se minha mãe me disse seu nome.

— O seu nome é Brimoudo – Disse ele com uma expressão sombria – Esse planeta foi exilado e destruido, não é possível que a Rainha esteja lá.

— Bem, mas ela esta, e agora tenho que saber como chegar nesse planeta, que sera onde eu a encontrarei.

— Olha Clarissa quera poder te falar como você chega lá, mas apenas um dos anciões pode fazer isso, eles que detem a chave para tudo isso, já que são eles que coordenam para onde eles irão.

— Cristian, posso te fazer uma pergunta ?.

— Claro.

— A quanto tempo você e Luis foram banidos ?.

— Cerca de 5 anos atrás.

— Hum, aqui se não for pedir muito, você poderia me contar mais sobre os anciões ?.

— Claro que sim – Disse ele voltando o sorriso no rosto – Bem vamos lá, pelo que aprendi no tempo em que estava em Morbidus, é que os anciões são um grupo de oito líderes de clãs, o Alto ancião era sua tia Rainha Iven Cronarius, do clã Cronarius, ela era a cabeça de todos, até hoje seu lugar não foi reocupado, que não foi por falta de tentativas claro, mas sempre que tentavam dava errado. O Ancião sucessor é a Rainha Irys Loriel, do clã Loriel, o terceiro mais importante é Bron Reivel, do clã Reivel, esses são os três que se sentam nos grandes tronos do Palacio Branco, os outros cinco são dos clãs, Quitifer, Cartains, clã Zararia, o clã Voltys e por último o clã Lombres. Todos juntos conseguem reunir o poder branco, que pode restaurar qualquer planeta e também destruí-lo. A lenda é que anjos desceram do céu e esclareceram que esses seriam os clãs a fomarem o grupo de anciões, como foi perdido dois anciões, Cronarius e Loriel, o Palacio Branco esta vazio, o poder dos anciões esta parado, não podem fazer mais nada, pelo que soube, eles tentaram colocar outras pessoas no lugar dos que perderam, mas por serem de outros clãs não funcionou.

— Então quer dizer que se eu recuperar meu clã eu terei que tomar no Palacio Branco ?.

— Sim, se você conseguir recuperar ele, dai você terá que retomar o lugar de seu clã, que esta vazio a 20 anos.

— Bem, então é outro motivo para eu resgatar a Rainha Irys, por ela ser a última Loriel, também é necessária.

— Como um Reivel – Aquilo realmente me desagradava, mas ele tinha razão, tinha que arrumar algum Reivel de sangue para ocupar esse lugar, se eu conseguisse ter exito no meu plano claro.

— Esse é o problema, como vou destruir meus inimigos, sendo que preciso deles no conselho dos anciões ?.

— Do mesmo jeito que primos meus tomaram o controle do meu clã, primos dos Reivels podem.

— Bem por agora esta bom, não adianta discutir quem vai ficar no lugar de quem, sendo que eu nem recuperei meu clã e o Reino de Morbidus. Tenho mais uma perguntinha, por que minha mãe tinha o poder das estrelas, sendo que apenas um Cronarius pode ter o poder, para que seja líder do clã ?.

— Bem, ela provavelmente pegou o poder de sua irmã, quando ela morreu deve ter liberado seu poder, pois sabia da existência de sua mãe, dai o poder passou para ela.

— Mas então eu não deveria ter herdado os que tenho.

— Isso eu também não entendi, pelo que você me contou sua mãe engravidou de você logo depois que sua irmã morreu, então já deveria conter esse poder, não a veria motivos para que você herdasse nada. Mas como ela disse na carta que você me mostrou, você é diferente é especial – Ele falando daquele jeito até parecia que eu era alguma coisa, nada de bom aparecia em minha vida, sempre que alguma coisa parecia dar certo, vinha algo e estragava, eu deveria pertencer ao clã Azar e não Cronarius.

— Então quer dizer que ela retomara a liderança do clã Cronarius e que ela se sentara na cadeira do Alto Ancião não eu – Aquilo até me deixava feliz, saber que isso não pesaria mais minhas costas, que o destino de todo um clã não estaria mais apenas sobre mim – Basta que eu a resgate – E com aquilo minha animação acabou, como resgataria minha mãe sendo que não sabia nem como chegar lá.

— Para resgatar ela vamos precisar abrir um portal para Gliuron, bem pelo que eu sei é la que eles estabeleceram sua base, mas seu planeta de origem mesmo era outro, ninguém mais sabe o nome, somente alguns anciões, os mais velhos, mas pelo que soube ele foi destruído pela Eryna e seu exercito.

— Nossa ela era perfeitamente forte né!, parece até que ela era invencível, só me faltam falar que ela não morreu, que virou uma espécie de Deusa – Poderia parecer inveja, mas não era posso garantir, é que todos falavam dela como a destruidora fodastica. Cristian apenas riu.   

— Olha posse te dizer com certeza que ela esta morta, mas sim, ela era a mais forte da época, nenhum clã nunca foi contra ela. Ela simplesmente controlava qualquer que fosse o estado da água, liquido, gasoso, entre outros, olha só, ela conseguia controlar qualquer partícula de água, conseguia matar uma pessoa tirando seu oxigênio, já que continha partículas d'água nele.

— Ok!, chega já intendi, ela era a fortona da época, mas até intão ninguém mais conseguiu fazer o que ela fazia ?.

— Não, ela foi a única. Igual ao seu clã, Prometheus foi o único a controlar todos os dons do clã Cronarius e claro você também, mas você tem algo a mais, tem a telecinesia de seu pai, o que é realmente incomum, nunca aconteceu, você é a primeira.

— Bem serei a única se conseguir controlar né – Eles dois tinham tentado me treinar, mas tinha sido um fracasso, quando eu conseguia ativar algum eu destruía algo, o pior foi quando ativer o poder das estrelas e do nada um monte estavam vindo em nossa direção, começamos a correr de um lado pro outro, até que Luis gritou comigo: Cara você controla isso, não corre, faz parar”, foi ai que cai na real, de que eu quem estava “controlando” aquilo, mas o problema foi que, ao invés de acabar com a chuva de estrelas eu fiz foi uma chuva de estrelas mortíferas das trevas, o que quase acabou com o campo de futebol onde estávamos, depois disso nunca mais voltamos lá.

— Você vai conseguir. Bem agora eu já vou indo, tenho que sair.

— Você vai onde ?, sei que não é da minha conta, mas só em caso de emergência.

— Vou para a casa de Luis e talvez eu passe a noite lá – Disse ele – Qualquer coisa é só ligar para o meu ou para o celular de Luis.

— Ta bom, até amanhã então – Tinha que me acostumar logo com aquela ideia. 

— Até – Disse ele já saindo do quarto e fechando a porta.

 

Bem não sabia mais o que fazer, o dia ia ser chato pelo visto. Fui para a cozinha para fazer alguma coisa para comer, estava morta de fome. Abri a geladeira e peguei sorvete, um bolo de chocolate e chantili, fiz uma mistura e fui para a sala, para ver TV, sentei e coloquei em um filme de terror, nunca gostei muito, mas de um tempo para cá eu queria ver só isso, quanto mais terror e mortes melhor. Comi até a metade, foi quando comecei a sentir uma dor de cabeça horrível, deveria ser a mistura que eu fiz, deveria estar me fazendo mal, desliguei a TV e fui para o quarto, onde peguei um comprimido e tomei, depois disso eu prendi meu cabelo, pois estava sentindo muito calor e me sentei no sofá, esperando o remédio fazer efeito, parecia que ia explodir, cada vez mais forte, deveria ser o cansaço, apesar de eu ter dormido até tarde, meu Deus acho que minha cabeça vai explodir. Como se não bastasse meu estomago estava revirando todo, sentia a comida voltando na boca, corri para o banheiro certa de que eu iria vomitar, dito e certo, quando cheguei perto da privada eu joguei tudo para fora, e o remédio junto, dei descarga depois que tudo tinha saído, minha cabeça tinha melhorado um pouco, o que provou que era realmente o meu lanche doido, fui para a pia e lavei meu rosto, quando levantei a cabeça que olhei para o espelho dei um grito, meu cabelo estava ficando negro, começava da raiz, cinco minutos depois estava todo negro e meus olhos mesmo sendo pretos, também mudaram, eles ficaram como duas orbitas negras, onde não se via mais branco, como a noite mais escura, mas isso não me assustava mais, eu agora era aquilo que tinha nascido para ser, agora eu irei me vingar de todos que eu queira e com isso destruir todos.


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