Os últimos meses estão sendo torturantes, Peg não fala comigo, Callie está sempre por perto e, eu estou sempre saindo nas incursões.

Segundo Doc, Callie estava no sexto mês de gestação quando saí na ultima incursão, nós passamos pouco mais de duas semanas fora. Agora estamos chegando em casa, nessa incursão fomos Jared, Carl, Lilly e eu. Eu não paro de lembrar das incursões que Peg estava conosco.

Assim que chegamos as cavernas Jared veio falar comigo.

— Ian vamos ver como as nossas grávidas estão. - Ele sorriu. Jared as vezes não pensa no que diz.

— Vai na frente. Eu vou começar a descarregar. - Digo.

Enquanto descarregávamos os caminhões, Peg apareceu, ela sorriu e disse:

— Lilly. Carl. Que bom ver vocês, posso ajudar a descarregar? 

— Ajude com o caminhão do Ian, Jared deixou ele sozinho. - Respondeu Lilly sorrindo.

— Está bem. - Ela respondeu com um suspiro. - Ian como posso ajudar?

— Oi Peg, como você está? - Pergunto na tentativa de conversar.

— Bem, posso pegar essa caixa? - Ela aponta para uma caixa de cheetos.

— Só se você não comer todos no caminho para o depósito. - Digo sorrindo, para minha surpresa ela sorriu de volta. Nós caminhamos juntos em direção ao depósito. - Como estão as coisas por aqui?

— Estão bem, eu acho. Mel vai ter o bebê a qualquer momento. E sua esposa está fazendo amizades.

— Ela não é minha esposa Peg. - Respondo.

— Então por que ela mandou Kyle pegar suas coisas no quarto dos meninos e colocou no seu antigo quarto?

— Espera, no nosso quarto? - Pergunto sentindo-me com raiva.

— Eu saí do quarto, estou com Candy agora que a Lacey não está mais com ela.

— Por que você saiu de lá?

— Callie está grávida Ian, ela precisava de um lugar confortável para ficar. - Ela responde. Nós começamos a andar novamente.

— Ian. Que bom que você já voltou. - Callie aparece ao nosso lado e me segura pelo braço. Eu observo enquanto a Peg segue em direção ao depósito. 

— Por que você mandou levar minhas coisas para o quarto que você está? - Pergunto.

— Você está solteiro e eu tinha um quarto só para mim, então mandei por suas coisas lá, não era isso que a Peg queria? - Ela pergunta.

— Ela não quer isso, estava só tentando fazer o que achava o certo. E eu não vou ficar com você.

— Tudo bem. - Ela começou a dizer, mas eu já estava andando.

Segui pelo túnel até o deposito e quando cheguei lá Peg estava sentada na entrada. Coloquei a caixa no chão e sentei-me ao lado dela.

— E então? - Perguntei.

— Lembra que foi aqui que você quase me matou? - Ela está imóvel.

— Lembro, me arrependo muito por aquilo até hoje.

— Eu sei. - Ela responde. Ela se vira para mim e diz. - Sinto sua falta Ian, me preocupo todas as vezes que você parte em uma incursão, não posso evitar.

— Eu também sinto sua falta Peg. - Respondo eu ponho minha mão na lateral do rosto dela, ela deita o rosto nela. Nós nos beijamos e ficamos aquele noite juntos. Assim que acordei ela não estava mais comigo, levantei-me e sai a procura dela pelas cavernas.

Quando a encontrei na sala de jogos, percebi sem mesmo chegar perto dela que ela estava chorando.

— Peg o que houve? - Pergunto me aproximando.

— Ian, o que estou fazendo? Isso não deveria ter acontecido. Nós dois... Não podemos mais ficar juntos, você tem um relacionamento com Callie agora. Eu lamento Ian, mas acho que vou embora das cavernas.

— Não, você não pode. Eu não te procuro mais, se é assim que você quer, mas prometa que não vai embora. - Digo.

— Eu prometo, mas vou ficar longe de você.

Ela saiu ainda chorando e eu fiquei lá com a minha tormenta...