Temos Coxinha escrita por Sebastian Benkor
Notas iniciais do capítulo
Olha elaaaaaaaa, o lerdo aqui usando meme atrasado... Mas é por uma boa causa, a melhor fic de todas está aqui com um capitulo lindo, até chorei escrevendo... hahahaah
— O que estamos fazendo aqui no telhado? - Diz Camila enquanto fita o céu estrelado.
— Trouxe a Rafa aqui ontem pela manhã, mas ela é muito ogra para entender meu romantismo. - Diz Ale deitado ao seu lado.
— Que fofo, vamos ficar aqui admirando as estrelas?
— Não seja idiota, nós vamos cantar!
— Ah! - Suspira Camila desanimada.
— Eu estou brincando. Olha pra mim. - Diz ele pegando em sua mão. - Você é muito especial para mim Camila, quero te dar tudo o que você desejar. - Ele se levanta e continua a falar. - Você quer a Lua?
— Você vai laçar ela para mim e trazer pra terra? - Camila o interrompe.
— Está me achando com cara de Bruce Nolan? - Exclama ele com os ombros caídos.
— Quem?
— Esquece, vamos descer! - Suspira ele enquanto anda em direção a porta de saída. Os dois descem as escadas e entram no apartamento de Alexandre que se encontra completamente mobiliado.
— Olha, você conseguiu seus móveis! - Diz Camila.
— Achei em um bazar, estavam bem baratos então os comprei. - Diz Alexandre enquanto se encaminha até a cozinha.
— Estranho, não tinha reparado na sala cheia quando subimos para o telhado. - Diz Camila olhando para o teto com ar pensativo.
— Isso se chama erro de continuidade, só lembrei dos móveis depois que subimos. - Responde ele abrindo a geladeira e notando que ela estava vazia com exceção dos jarros de água.
— Engraçado, eles se parecem muito com os anteriores.
— Está querendo insinuar alguma coisa? - Diz ele pegando um copo com água e indo em direção ao quarto de Rafaela.
— Não, não. Só uma curiosidade. - Diz ela alisando o estofado do sofá. Alexandre a ignora e segue até o quarto de Rafa onde entra sem bater. Ele se depara com Rafa e Myria na cama acompanhadas de uma terceira pessoa.
— Você não bate? - Diz Rafa irritada enquanto as três moças se escondiam atrás das cobertas.
— Eu não, não tenho vocação para pugilista.
— O que você quer?
— Se veste, temos que conversar. - Diz ele saindo do quarto e voltando para a sala com o copo vazio, então ele nota que Camila havia ido embora. Ele se senta no sofá e pega seu notebook para escrever quando Rafa chega na sala acompanhada de Myria e uma menina de pele morena, cabelos negros e seios tão fartos que cobriam seu rosto. Sim! ela era gostosa!
— O que você quer? - Diz Rafa com os braços cruzados.
— Quem é essa? - Pergunta Ale se levantando e indo em direção a menina de seios fartos.
— Eu sou a Jack, prazer. - Diz ela estendendo-lhe a mão.
— Você se parece muito com a Aline, noiva do Jessie. - Diz Ale olhando-a dos pés a cabeça.
— Não é mais, ela voltou a viver. E é Jessé.
— Vocês pronunciam o nome dele errado, é Jessie. - Diz Ale enquanto caminha novamente ao sofá e se senta.
— Esses móveis se parecem muito com os antigos? - Indaga Rafa.
— Você quer dizer algo com isso!?
— Sim! Você não tem criatividade para descrever cenário.
— Que calúnia. - Responde Ale.
— Então Alexandre, por que nos interrompeu, tem que ser algo muito importante - Diz Rafa.
— Eu to desesperado! - Grita Ale olhado para Rafa com olhar triste. - Temos apenas cinco dias e eu ainda não escrevi nem o “era uma vez”.
— Não entendi o “temos”.
— Você não ousaria me abandonar.
— Eu tentei te alertar, como você se compromete em fazer um livro em dez dias, nem 50 Tons de Cinza foi escrito em tão pouco tempo.
— Eu achei que conseguiria, eu tenho ideias toda hora, eu respiro ideias, mas não consigo escrever uma vírgula! Não sei como iremos cumprir esse contrato, eu to… - Dizia Alexandre desesperado quando Rafa o interrompe.
— Contrato? - Rafa o interroga.
— Quê?
— Você disse que não conseguiria cumprir o contrato.
— Não lembro disso.
— Você assinou um contrato? Você ficou louco? - Grita Rafa e então se acalma. - Espera, você disse no plural. Você colocou meu nome nesse contrato? - Ela volta a gritar ao ponto de ficar descabelada.
— Olha, em minha defesa, sua assinatura não é muito difícil. - Diz Ale enquanto se levanta e afasta-se cuidadosamente.
— Eu vou arrancar a sua cabeça! - Grita ela com o rosto completamente vermelho e sendo contida por Myria e Jack.
— Tinker! Digo, Rafa calma! Nós vamos resolver isso.
— Como? Como você vai escrever um livro em cinco dias!? - Diz ela se acalmando.
— Nós vamos escrever ele juntos. - Ele ri lhe estendendo a mão.
— Claro, você fez o favor de me envolver nisso, colocando meu nome naquele contrato. - Ela lhe arremessa o copo que se encontrava na mesa próxima ao sofá.
— Ei! - Diz Ale se desviando do copo. - Acabei de recuperar nossas coisas.
— Não quero acertar sua cabeça, você ainda precisa escrever para nos tirar dessa. - Rafa pega um livro. - Eu só quero ti muito machucado. - Ela tenta arremessar o livro porém Myria a impede.
— Não machuca o livro! Nossa, finalmente tive uma fala, quando essa história for adaptada para uma série, minha dubladora quase não terá trabalho. - Brinca Myria.
— Rafa, vamos conseguir, vou escrever o melhor livro de todos e voltaremos a ser famosos! - Diz Alexandre com olhar vitorioso.
— Não precisa me prometer isso, porque eu sei que você vai fazer. - Ela se aproxima de Ale enquanto ele tenta se afastar cuidadosamente. - Porque se você não tiver uma ideia hoje, eu vou extrair essa ideia com as minhas próprias mãos. - Diz ela com olhar psicótico e então as luzes do apartamento se apagam e uma lanterna se acende iluminando apenas seu rosto. - E eu sou uma pessoa de palavra! - Ela então se vira e caminha em direção ao quarto enquanto as luzes se ascendem novamente.
— Nossa, ela sabe sair de cena! - Diz Jack.
À noite caiu, o apartamento estava completamente revirado, Alexandre se encontrava sentado em frente ao notebook aberto, a sua volta milhares de papeis amassados, na mesa além do notebook, uma garrafa de café e vários pacotes de salgadinhos, todos vazios. Logo ele sente alguém o sacudir, despertando-o e levanta a cabeça quando avista Rafa. Ele se assusta e se levanta rápido em posição de combate.
— Calma, vim ver como você está. - Diz ela com voz tranquila.
— Não sai nada, eu já tentei de tudo. - Ele relaxa e volta a se sentar. Eu não entendo, eu sempre tive uma mente super criativa, mas esse bloqueio me pegou de jeito e eu não consigo nem pensar nos personagens.
— Eu também não entendo, nunca vi você sem ter uma ideia, pode demorar a escrever e as vezes ter uma escrita horrível ou cansativa.
— Rafa! - Ale a interrompe. - Pode pular logo para a parte do “mas”!?
— Mas, você sempre teve uma imaginação fértil, mesmo não sabendo início, meio e fim, você sempre teve muitas ideias do que escrever e sempre são ideias muito boas. - Diz Rafa passando a mão em seus ombros enquanto Ale fita a tela branca do notebook.
— Você lembra quando tive a ideia de “Ainda Existe Amor”? - Diz Ale sorrindo com ar pensativo.
— Lembro! - Diz Rafa sorrindo ao lembrar. - Você me mandou um áudio da narração em primeira pessoa da cena do estupro. - Rafa puxa uma cadeira e se senta ao seu lado.
— Eu lembro que fiquei apavorada quando ouvi. - Diz Myria se aproximando. - Achei que tinha acontecido alguma coisa com você.
— Eu queria causar o impacto que a cena real causaria. - Diz Ale.
— E deu certo, aquela cena arrepia e toda a história é emocionante e surpreendente. - Diz Rafa.
— Como todas as suas histórias. Você tem uma facilidade de prender o público e surpreender com seu enredo. - Diz Myria se posicionando atrás de Rafa.
— O que vocês estão fazendo? - Indaga Ale.
— Te ajudando, temos fé em você Ale, você vai conseguir escrever e vamos sair dessa sim! - Diz Rafa com convicção.
— Obrigado. - Diz Ale com os olhos marejados. - Eu já sei! - Então ele grita e se entusiasma. - Vou escrever um porno sobre vocês duas! - É nesse momento que Rafa o soca e se levanta.
— Você é inacreditável, brinca até nessas horas. - Diz Rafa se levantando e indo em direção ao quarto.
— Eu precisava manter o teor cômico dessa história. Mas agora vamos voltar ao trabalho, eu preciso da sua ajuda.
— Você precisa sair e se divertir, vamos vou te levar a um lugar. - Rafa pega na mão de Alexandre e o empurra para seu quarto para que ele troque de roupa.
Os dois saem arrumados, descem as escadas e caminham pela calçada até chegar a porta de uma boate, os seguranças abrem as portas e colocam pulseiras coloridas em suas mãos. Eles adentram o lugar escuro com luzes coloridas que piscam o tempo todo quase os cegando. Logo Alexandre nota uma quantidade incrível de pessoas bêbadas se pegando. Ele então se vira para Rafaela e diz:
— Eu entendo que eu preciso sair e me divertir, mas precisava ser em uma boate gay!? - Indaga Alexandre enquanto dois homens se beijam bem a sua frente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Preciso nem perguntar se gostou, tenho certeza que sim e quero o seu comentário, fale comigo e vamos comer coxinhas juntos...