Beatriz escrita por Revoltada


Capítulo 1
A Promessa


Notas iniciais do capítulo

Oiiie meus coelhinhos!
Não vou demorar muito, são só duas coisas que preciso falar:
1º Bem Vindos;
2º Aproveitem.



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— Mamãe, o que é aquilo?

— É a felicidade, meu bem.

— Por que ela está com a boca aberta?

— Porque ela está sorrindo.

— Sorrindo?

— Sim, é como demonstrando quando estamos felizes!

— Por que papai não é feliz?

— Ah meu amor, por que as vezes as pessoas se esquecem de que apesar de acontecimentos que nos deixam tristes ainda há motivo para sorrir.

— Isso foi quando ele parou de te ver?

— Sim, foi quando eu fui para dar lugar a você, meu anjo!

A menina olhou para mãe agora com ar de entendimento, e a beijou. Suas mãozinhas rodearam o pescoço dela em uma abraço apertado. Uma lágrima caiu pelo seu rosto. A mãe limpou-a com o dedo.

— Filha, agora tenho de ir, mas lembre-se: eu sempre te amarei! Não deixe seu pai esquecer que ainda há motivos para sorrir, lembre-o. Eu te amo, meu amor.

— Tchau mamãe, também te amo muito. Fale para deus o quão maravilhosa você é, tenho certeza de que ele vai deixar você entrar no céu.

«««

O pai já estava fora há doze horas trabalhando, a menina na tentativa de fazer uma surpresa colocou o antigo avental de sua mãe, que ficava demasiadamente grande em seu pequeno corpo, e se dirigiu a cozinha para tentar preparar um bolo. O moço na televisão ditava os ingredientes e a garotinha os pegava de acordo. “Não pode ser tão complicado preparar um bolo! Papai de certo ficará feliz com o seu aniversário, mamãe mandou lembrá-lo de como é sorrir”. Porém, apesar de toda a determinação a tarefa parecia muito mais complicada do que ela pensava. Ela era muito pequena para alcançar o fogão e a pia, o que dificultava sua tentativa. Além do mais, tinha certeza de que estava no tamanho certo para alguém com seis anos. Era esperta sim, não superdotada como as crianças das suas histórias, estava começando aprender a ler e adorava tentar lê-las. Conseguiu juntar todos os ingredientes e bater à mão, já que não fora possível alcançar a batedeira, como o sujeito do programa culinário falava. O problema surgiu na hora de ligar o forno, isso sim a assustava! Mais do que seu pai, quando chegava do trabalho e se sentava em frente à janela, no chão, por horas sem mesmo lhe dirigir uma palavra. Como ela conseguiria acender o forno? Isso não sabia, mas como dito, podia não ser super inteligente, mas isso não a tornava menos esperta do que era. “Colocarei no microondas! Mas quanto tempo? O senhor disse para deixar trinta minutos no forno”. No final decidiu por colocar 15 minutos, sabia que o aparelho era mais potente que um forno, mesmo não sabendo nem acender esse último.

O homem com seus trinta e cinco anos chegava em casa, no primeiro momento não percebeu, mas em seguida começou a estranhar o silêncio e a escuridão de seu lar. Abriu a porta e sentiu um cheirinho bom, tinha um toque de queimado, ainda assim bom. Chamou pela filha... e nada. Começou a se preocupar, perdera a esposa e agora a filha? Quão desgraçado seria? Será que a vida só lhe guardava tristezas? “Por que me castigas assim, Senhor?”. O desespero começou a se instalar, correu em direção ao quarto da menina, vazio. Pensou no quintal, ela gostava de lá. “Assim como Kiera!”. A saudade apertou em seu peito, morria à cada vez que relembrava da falecida amada. Seguiu em direção ao jardim, e por alguma razão que não entendia mudou o rumo

para a cozinha. Quando estava quase perto a luz foi acesa e a pequena pula em seu colo, cantando parabéns. O ato o surpreendeu por um tempo.

— Olha papai, fiz um bolo para você!

Em cima da mesa se via um bolo redondo, lambuzado de chocolate com duas velinhas em cima. O homem olhou para o bolo e depois para filha, lhe deu um beijo na cabeça e colocou no chão. Agradeceu a ela e foi para o quarto. Da cozinha podia se escutar os soluços que o pai soltava com seu choro, a tristeza era palpável no ar. A linda garotinha soprou as velas e pegou um pedaço do seu bolo. Correu em direção ao jardim, sentou no mesmo lugar em que havia visto a mãe pela última vez.

— Por que ele chora tanto mamãe? Eu fico tão triste quando escuto seu choro e não há nada que eu faça que alivie. Desculpa mamãe... desculpa por não conseguir fazer o que a senhora pediu!

Os seus olhinhos ficaram marejados e ela começou a chorar também.

Não desista querida!

E o barulho das lágrimas sendo derramadas ecoava pela casa, do quarto ao quintal, encontrando-se em um tristeza mútua, mas não pelos mesmo motivos. O pai chorava, pois o seu casamento era no seu aniversário, e uma data que antes o fazia tão feliz agora só lhe causava tristeza.


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Notas finais do capítulo

Eaí, gostaram? Tentarei postar o mais rápido possível, mas lembrando que como qualquer autora adoro comentários, e no meu caso sou movida a eles.
Pra começar, gostaria de fazer um joguinho, pois adoro meus leitores. Vamos lá:
*Descrevam o capítulo em uma palavra.
*Digam o nome de vocês.
Beijinhos