Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, como vocês estão? Aqui estou com um capítulo fresquinho para vocês...
Quero agradecer os comentários de Andy Hide, Lika Trevas e Dark Lady, que como sempre me fizeram uma pessoa mais feliz.
Fantasminhas, que tal dizer um oi? kkkkkkk
Boa leitura pessoal, espero que gostem
Nesse capitulo aconteceu de termos algumas coisas do outro novamente, mas agora no pov do Daryl, de modo que possamos entender melhor as coisas, ok?



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POV Daryl

Vejo a distância Natasha sair da prisão, indo em direção ao pátio sozinha e não consigo me obrigar a ficar aqui, então vou atrás dela. Ela está distraída, olhando para o nada e não consigo evitar de reparar o quão linda está. Ela e suas malditas curvas, seu maldito cabelo, seu maldito charme.

—Acho que tem alguém viajando- brinco e ela se vira para mim segurando um sorriso- Volta pra cá, menina.

—Menina?- pergunta com um sorriso de canto, balançando a cabeça negativamente e me hipnotizando- Achei que tivesse aprendido meu nome.

Seu nome? Garota, eu aprendi tudo sobre você, e acredite, foi contra minha vontade. Aperto os lábios e a encaro.

— Talvez – respondo dando de ombros e negando meus próprios pensamentos.  Ela começa a se inclinar e sei que vai deitar a cabeça em meu ombro como sempre faz, mas a lembrança daquele cara idiota falando com ela e recebendo um sorriso ou outro passa por mim e me afasto. Ela quase cai e me olha indignada.

—Dixon- sai como um rosnado e não seguro um sorriso divertido.

—Vá deitar no ombro do cara lá- digo a contra gosto, e ela me olha confusa.

—Que cara, maluco?- ela franze a testa e balanço a cabeça negativamente

— O capataz do governador. Tenho certeza que se pedir para entrar na cidade te aceitam na hora- ela me olha atordoada, fecha a cara e depois começa a gargalhar. Agora quem está confuso sou eu.

—Está com ciúmes, Dixon?- diz com um sorriso enorme e fecho a cara para ela. Ciúmes, aham tá.

—Está louca?

—É mesmo uma gracinha- diz ficando de frente para mim e começando um carinho em meu rosto.  Fico desconfortável, sem saber como reagir e começo a me afastar, mas algo em seus olhos me fazem parar. Não tem como fugir dela mais, não tem o que enganar. O que diabos está acontecendo? Com os olhos fixos nos dela a puxo para um beijo, ao qual ela corresponde instantaneamente. Aperto sua cintura e encontro uma brecha para entrar em contado com sua pele. Sinto o desejo tomando proporções absurdas, meu corpo reagindo sem controle.

O ar se faz necessário então me afasto de sua boca, mas sem forças para deixa-la realmente ir vou para seu pescoço, lugar que aparenta ser seu ponto fraco. Seu cheiro concentrado ali me deixa sem rumo.

—Sou muitas coisas- digo contra seu pescoço e sorrio ao ver sua pele se arrepiar- Mas uma gracinha não.

Ela inclina o pescoço aparentemente sem perceber, me oferecendo mais pele, e eu beijo o local, gostando de ve-la tão entregue a mim.

—Então são mesmo um casalzinho?-debocha Merle e assustado empurro ela para longe. Ela cambaleia para trás, tão atordoada quanto eu e meu irmão a firma no instante que ergo o braço para com essa intensão. Assim que a empurrei para longe me arrependo.

—Não, não somos nada- digo ainda confuso com a súbita interrupção, e só depois que digo isso me dou conta do que significa.

Ela me olha por um instante, balança a cabeça e some prisão adentro, e ela ter ido me deixa com uma sensação de perda. O fato de não sermos nada incomoda de um jeito absurdo e penso em ir atrás dela e dizer que somos alguma coisa, mas não sei o que dizer.

(...)

Verdade seja dita, não dormi nada essa noite. Depois da interrupção brusca, e de ter falado que eu e Natasha não somos nada eu me senti estranho. Quero ser alguma coisa, mas não sei o que é.Quero ser alguma coisa importante, mas não sei porque. Tudo isso me irritada, e me levanto xingando por entre a respiração. Merle também não perdeu sua chance de falar besteiras intermináveis para mim, merda atrás de merda.

Vejo ela a distância, parecendo estar incomodada com alguma coisa, e isso me deixa incomodado e preocupado. Depois de passar a noite toda pensando nela, no que somos, no que me provoca, me irrita eu ainda ficar preocupado. Não entendo o que acontece, mas quero ficar perto dela, quero que esteja bem, quero que sorria.

A encontro no corredor, soltando fogo pela boca, irritada. Soube que Rick está escondendo a proposta do Governador e está absurdamente irada.

O rosto geralmente branco fica mudando em tons de vermelho, ela é seca, grossa e tem que controlar o tom de voz, e ainda assim está absurdamente linda. Os olhos verdes faíscam e parece que vai me enforcar a qualquer momento, e  tudo o que quero é puxa-la para um beijo. Ou melhor, para uma cama.

Controlo-me, deixo que se acalme, e principalmente que eu me acalme. Esses pensamentos estranhos estão me deixando louco. Porra. Observo ela se afastar e novamente tenho aquela sensação estranha de perda.

A vejo de longe, enquanto estou colocando madeira em uma das passarelas, e ela está rindo de alguma coisa com Maggie, os cabelos soltos caindo em cascata até o meio das costas, os olhos brilhantes  e finalmente entendo. Natasha Wayland entrou em minha vida, virou tudo de cabeça para baixo, me irritou, ignorou meu mau humor, minha grosseria e falta de paciência. Me conquistou aos poucos com cada provocação, cada beijo intenso e cada risada. Me conquistou com sorrisos descarados, empurrões, brincadeiras  e carinhos. Me conquistou sem pedir licença, e fez com que algo que nem eu nem sabia que era possível acontecesse. Estou estupidamente gostando dessa loira louca e não consigo encontrar um jeito de reverter isso. Quero que seja minha.

“-Pense bem, Daryl- diz  Hershel- Estamos em guerra, admita pelo menos para você, antes que seja tarde demais.” A frase do velho maldito ecoa em minha cabeça e odeio o fato de que está certo. Maldição dos infernos, isso que é.

 

(...)

Em algum momento do dia eu finalmente ganhei minha luta mental e consegui deixar Natasha de lado e comecei a me forcar no que tem que ser feito, em preparativos para evitar os ataques do governador, e só quando já é fim da tarde volto a pensar no assunto.

Vejo Maggie e Glenn se beijando em um canto da área principal do bloco C, e tomo uma decisão: vou dizer a ela. Não faço ideia de como vou me expressar, mas agora que negamos a proposta do governador podemos morrer amanhã e não quero morrer sem ter falado para ela. Não importa o quão idiota isso seja.

Estou exatamente procurando por ela quando me perguntam por Merle. E é ai que eu percebo que tem alguma coisa errada. Começo a procura-lo por toda a prisão e só chego a conclusão de que ele foi embora.

Depois de perguntar a todos, por ultimo encontro Natasha do lado de fora e pergunto se ela o viu. Ela diz que só de manhã, para pra pensar por um instante me joga a bomba de que ele pode ter ido entregar Michonne, o que faz todo o sentido. Xingo todos os nomes feios que consigo me lembrar e começo a ir em direção ao portão. Ela briga comigo, avisa que vai, tento argumentar para que fique, mas ela me ignora completamente. Tenho a ideia de ir enquanto ela vai avisar os outros, e ela deixa bem claro que se eu não espera-la ela vai sozinha. Sei que ela é louca o suficiente para fazer algo assim, então espero em frente ao portão andando de um lado para outro pensando em possibilidades.

É como se ambos tivéssemos ligado o modo caçador, pois avançamos rapidamente e em silêncio. No meio do caminho encontramos a ultima samurai e acho que ela pode te-lo matado. Ela esclarece que ele a deixou ir e eu apresso o passo, agora mais preocupado que nunca.  Tento fazer Natasha voltar para a prisão mas ela se recusa.

Encontramos um rastro de carro indo para a lateral da cidade e faço sinal de cuidado para Natasha , seguimos em silêncio. Merle claramente fez  uma armadilha, pois vários corpos tanto de zumbis quanto de pessoas estão no  chão. Um carro está batido no galpão, e apenas uns poucos zumbis ainda estão de pé se alimentando dos corpos mais frescos.

Ouço o barulho dela sacando as saís e ajeito a besta em meu braço pronto para atirar no primeiro que apareça, mas perco o chão totalmente quando um zumbi que comia as tripas de um corpo qualquer se ergue e vejo que não é um zumbi qualquer. É o meu irmão.

Ele, que sempre foi forte, estar ali reduzido a uma dessas coisas nojentas é como um murro no estômago e quero socar e quebrar qualquer coisa. Empurro o corpo do que um dia foi meu irmão para longe, grito para que vá embora, mas a coisa continua a voltar então pego minha faca e enfio na cabeça. E de novo e de novo e de novo. Enfio a faca pela vida idiota que ele teve, enfio a faca pelas vezes que me abandonou, enfio a faca pelas vezes que esteve lá, enfio pela raiva, pela perda.

Dói, e eu me descontrolo, sinto as lágrimas descerem silenciosamente pelo meu rosto e tudo o que ouço é o som de Natasha acabando com o resto de errantes que tem por perto enquanto estou pateticamente caído de joelhos no chão próximo ao que um dia foi meu irmão. A vida é uma merda sem fim.

Vou vinga-lo. Vou matar aquele filho da puta, vou fazer aquele desgraçado pagar, e sofrer muito. O governador vai virar ração para esses desgraçados.

Ouço seus passos leves virem em minha direção, e ela coloca a mão em meu ombro. Agradeço mentalmente pelo tempo que ela me deu e me forço a levantar, aceitando a mão que me oferece. Ficamos frente a frente, e constrangido pelo meu momento de fraqueza desvio o olhar.

Ela me puxa para perto e me abraça, sou rosto fica na altura de meu ombro e me sinto bem assim, mas não sei como retribuir. Meus braços ficam caídos ao lado de meu corpo até que eu os ergo e a abraço de volta desajeitadamente. Alivia um pouco o aperto em meu peito e decido que sempre vou retribuir os abraços, porque é bom senti-la em meus braços. É onde ela deve estar.

Ela não me cobra nada, não pergunta nada, nem diz que sente muito.

—Tudo bem, Daryl- sussurra enquanto faz carinho em minhas costas.

—Vamos embora- digo finalmente me afastando, mas continuo segurando sua mão. Ela não reclama disso, e então seguimos para a prisão.

(...)

Ninguém da prisão dava a mínima para Merle, mas eles me respeitam e acho isso muito bonito da parte deles. Ao chegarmos deixo que Natasha conte com suas poucas, porém claras palavras, o que aconteceu e o que vimos.

—Eu não posso mais decidir sozinho-diz Rick depois de ouvir tudo o que tínhamos a contar- Não cabe mais a mim, então quero saber o que querem fazer. Podemos ir embora ou ficar. O que vai ser?

Os membros começam a discutir entre si e fica- se decidido que vamos tentar manter a prisão, mas sem arriscar a vida de Bravinha e de Carl, por mais que essa parte não seja dita claramente.

—Nesse caso podemos separar o grupo- diz Natasha e ela tem toda a atenção- Hershel, Carl e Beth ficam do lado de fora, com um carro com suprimentos e armas. Se as coisas derem errado quem conseguir sair da prisão vai até eles e foge.

—Parece bom. Sabemos que eles estarão usando pessoas inexperientes então temos vantagem sobre isso- diz Glenn- Já que Merle claramente cuidou da maioria que sabia atirar. No último ataque tivemos noção dos atiradores e não eram muitos. Lembram de Andrea comentando que estavam treinando novas pessoas? São novatos nisso.

—Exatamente, Glennie- concorda Natasha e assisto seus olhos faíscarem enquanto sua mente trabalha a mil- Podemos ter alguma vantagem assustando-os então.

—O que sugere?- pergunta Rick interessado.

—Errantes no primeiro pátio nós já temos, já que eles nos deixaram alguns de presente e nós não limpamos- aponto e ela concorda com a cabeça. Posso ver que ela tem algo se formando em sua mente.

—Aquelas pessoas que entraram aqui pela fenda- diz pensativa- passaram por muitos errantes também. O que quer dizer que aquela parte também não está limpa. O único subsolo limpo é a caldeira, mas podemos abrir a porta que dá para a parte onde uma pequena horda deles está e deixar que venham. São poucos mas vai dar o efeito desejado. Só o medo vai fazer com que fraquejem.

—Se ganharmos vamos ter muito o que limpar- diz Maggie com uma careta e seguro um sorriso com sua linha de pensamento.

Fica decidido que Glenn,Maggie e Carol vão ficar escondidos cada um em uma passarela, Rick, Michonne,Natasha e eu  escondidos cada um em uma sala da caldeira. Não gosto muito disso dela ficar sozinha em uma sala, mas aceito sem discutir. Nós três vamos ter a missão de fazer barulho e atrair o resto de errantes que tem por lá, até a entrada. Cada um de nós pega uma arma de longo alcance, e discutimos até os mínimos detalhes do que é possível. Carl fica com sua pistola de sempre e um revolver, Hershel com uma escopeta.  A função principal de Beth é proteger Bravinha, até porque ela não é muito boa em combate, mas ela não fica muito satisfeita com isso. 

Pela nossas contas teremos o dia seguinte todo para nos organizar, pois o governador também tem muito o que organizar e a emboscada de Merle desestruturou muito para ele. Um dia é o mínimo, para que ele se organize e isso é muito bom para nós.

 O plano vai sendo aperfeiçoado até que tenhamos uma boa possibilidade de vencer, e só então vamos dormir.


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro