Stronger feeling escrita por Iza


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoal, como estão vocês?
Estou de volta com mais um capítulo, espero que vocês gostem. Obrigada Lika Trevas, Dark Angel e Andy Hide pelos comentários, vocês são demais.
Boa leitura pessoal...
E aos fantasminhas um olá também.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679613/chapter/12

POV Natasha

Ainda acho que é perda de tempo ir escutar o cara, precisei só ouvir seu discurso enquanto colocava os Dixons para lutar um contra o outro para saber que o cara é psicopata. Total e completamente. Mas se Rick acha que vale a pena ir lá ouvir, quem sou eu para discutir? Observo Daryl e Rick conversarem  com Merle, discutindo possíveis estratégias do tal governador e balanço a cabeça. Beth me entrega Bravinha para poder fazer a mamadeira dela e fico andando de um lado para outro segurando a pequena.

—Quem diria- brinca Glenn parando ao meu lado- Você cuidando de um bebê.

—Pois é- concordo e solto um suspiro- Glennie, vou precisar de um favor.

—Diga.

—Não deixe as coisas saírem do controle por aqui- peço e ele fixa os olhos puxadinhos em mim- Eu sei que odeia Merle. E entendo, você sabe. Mas não podemos nos dar ao luxo de brigar.

—Eu sei- diz sério e depois solta um suspiro cansado- Não vou deixar que ele faça nenhuma merda, mas também não vou matar o cara.

—Que bom- solto um sorriso

—Você estava certa- diz bruscamente, e olho para ele confusa- Sobre Maggie. Você e seus concelhos, vivem me salvando. Eu queria ter dito, mas esqueci. Fizemos as pazes um pouco antes de quando os tiros soaram.

—Eu sei. Deu pra ver com vocês se agarrando sabe.- ele ri

—Acho que você e o Dixon deviam se resolver logo- reviro os olhos e ele ri.

—Concordo com ele- diz Beth brotando do nada e pegando Judy no colo.

—Vocês são uns idiotas- aviso e aceno em despedida quando vejo que estão me chamando

—Tasha?- Beth me chama e olho para ela- Traz meu pai de volta.

—Trago- respondo dando uma piscadinha.

Odeio esse tipo de promessa difícil de cumprir, mas eu sempre faria o possível por cada um deles.

O caminho até o ponto de encontro é tranquilo, e ocorre sem problemas.  Eu e Daryl  fazemos uma busca pelo terreno, procurando possíveis pontos de emboscada, mas está tudo aparentemente limpo.

Rick entra para o galpão para começar a tal conversa e o resto de nós fica sentado na porta.  Uma camionete chega em alta velocidade e dela salta uma Andrea apressada que entra para fazer parte da conversa, um cara bem armando e um outro de óculos.

—Então vocês são o pessoal que invadiu- diz o cara bem armado- Grande coisa.

Observo Daryl cerrar os olhos e minutos depois Andrea sai com cara de poucos amigos .

—O que aconteceu?- pergunto desconfiada

—O governador prefere tratar disso sozinho- diz o cara de óculos com uma expressão toda serena que meio que incomoda. Andrea concorda.

— Que ótimo ele trouxe o empregado- diz Daryl todo debochado e sinto cheiro de encrenca. Arrumo a postura pronta para parar alguma confusão.

—Para sua informação sou um grande amigo do governador, o que é muito melhor do que ser um capacho.- responde e ajo rápido segurando Daryl pelo braço antes que ele pule no pescoço do cara.

Hershel age rápido também e pede calma, acabando com a confusão e olho para ele agradecida.

Daryl senta ao meu lado mal humorado e sinto o olhar do outro cara fixo em mim. Me seguro para não perguntar se ele perdeu algo ou lhe mostrar o dedo, porque sei que qualquer deslize  vai trazer a maior confusão.

Vejo ao longe uns errantes aleatórios se aproximando e cutuco Daryl com o cotovelo. Ele se levanta ao mesmo tempo em que o cara.

—Você primeiro- diz Daryl debochadamente para o cara.

—Frouxo- diz passando por ele com um taco de beisebol estendido. 

Acaba com um, Daryl com outro e vejo indignada aquilo virar uma espécie de competição masculina idiota. O ultimo deles é atingido pela faca de caça de Daryl e só consigo olhar para cena com cara de idiota porque foi tudo muito ridículo.

—Isso foi ridículo- diz Andrea dando voz aos meus pensamentos. Concordo com a cabeça e me levanto andando ao redor do galpão.

Quando volto, para minha surpresa, Daryl e o cara conversam civilizadamente. Rolo os olhos e encosto-me a uma parede.

—Moça te avisaram que o apocalipse começou? – pergunta o cara e olho para ele com a testa franzida.

—O que?- pergunto confusa.

—Nada disso te atingiu – diz rindo e continuo olhando confusa- Continua absurdamente linda. Parece que está no antigo mundo.

—Essa foi sua melhor cantada?- pergunto com um meio sorriso divertido

—O mais perto disso – responde dando de ombros e Daryl fecha a expressão.- Sou Martinez.

—Natasha-digo de má vontade.

Me sinto inquieta com toda a situação, mas admito que se não fossem pelas circunstancias eu não teria Martinez como inimigo. Ele começa a contar para mim e Daryl a sua historia, que é igual a tantas outras dessa nova realidade: perdeu esposa, filhos, família.

No momento em que sentei ao lado de Daryl e entrei na conversa ele passou o braço ao redor de minha cintura, como que em um gesto automático e não tirou mais, e quem sou para reclamar?  Sua expressão continua fechada e dá alguns cortes desnecessários. Andrea conversa conosco e tenho consciência de Hershel e Milton conversando também. Meus olhos constantemente vão para o galpão, e fico preocupada com o que pode estar sendo discutido ali.

Tanto Rick quanto o tal governador saem em silêncio do galpão. Não preciso ser a pessoa mais  observadora do mundo para saber que não foi exatamente o que Rick esperava. Me levanto sem esperar mais e vou em direção ao carro, sinto Daryl me seguindo de perto. Dessa vez pego o volante, e o caminho de volta é silencioso pois Rick disse que prefere contar para todos juntos.

(... )

—E então, como foi a estadia por aqui com Merle?- pergunto me sentando ao lado de Glenn e Maggie.

—Começou a sair do controle- confessa o coreano e aperto os olhos para ele que dá um sorriso sem graça- Maggie ajeitou as coisas.

—Essa é minha amiga- brinco levantando a mão que ela bate- o que importa é que estão todos inteiros.

—Falando na peste, onde ele se meteu?-pergunta Maggie passando os olhos pelo espaço.

—Deve estar por ai com Daryl- digo sem me importar realmente. Observo Michonne no lado oposto, distante de todos como sempre. Soube que foi bem com Rick e Carl na busca por armas, mas entendo que se sinta uma intrusa.

—Acham que vamos embora?- pergunta Carol aparecendo do nada. Parece preocupada, e eu entendo. Ter que sair daqui é complicado, sabemos bem como é passar muito tempo na estrada.

—Não sei- respondo ainda pensando nas possibilidades.- Talvez. Seja la o que aconteça nós vamos lidar, juntos.

Só a possibilidade de ter que sair da segurança que custamos conseguir é difícil, mas aceito isso. Tudo pode acontecer e quero estar preparada para o que vier.

Caminho para fora com a intenção de sentir o vento do começo da noite, sem saber ao certo o porque disso.  Estou completamente distraída, mas sinto a aproximação de Daryl. É estranho, não só o fato de eu saber quem é , mas por ser ele quem se aproxima.

—Acho que tem alguém que está viajando- diz com aquela voz rouca de sempre- Volta pra cá, menina.

—Menina?- pergunto com um sorriso, balançando a cabeça negativamente- Achei que tivesse aprendido meu nome.

—Talvez.- dá de ombros, e quando começo a me inclinar para encostar minha cabeça em seu ombro como geralmente faço ele se afasta, o que faz com que eu quase caia.

—Dixon- rosno indignada e ele me surpreende com um sorriso divertido.

—Vá deitar no ombro do cara lá.- rosna para mim, agora sem o sorriso.

—Que cara, maluco?- tento encontrar logica em sua fala, mas estou perdida.

—O capataz do governador. Tenho certeza que se pedir para entrar na cidade te aceitam- olho para ele atordoada e então começo a gargalhar.

—Está com ciúmes, Dixon?- pergunto bagunçando seu cabelo que cresceu um pouco desde que o conheci.

—Está louca?- diz indignado e horrorizado e eu só consigo rir mais.

—É mesmo uma gracinha- digo ficando de frente para ele e fazendo carinho em seu rosto. Ele fica tenso, e começa a fugir, mas algo o faz parar. Os olhos ficam fixos nos meus e ele me puxa para um beijo. Sinto meu corpo todo reagir, se contentar,e uma sensação boa se espalhar.

—Sou muitas coisas- diz agora contra o meu pescoço- Mas uma gracinha não.

Sorrio com isso, sentindo minha pele arrepiar.

—Então são mesmo um casalzinho?- debocha Merle , quase me matando do coração. Daryl me empurra para longe no susto e eu teria me esborrachado no chão se o outro Dixon não tivesse me firmado pelo braço.

Pisco atordoada com a interrupção e vejo que Daryl também não tinha ouvido a aproximação do irmão, o que é uma surpresa, pois o cara faz o maior barulho ao andar.

—Não, não somos nada- a fala me faz parar por um segundo e me incomoda. Tudo bem, tudo bem, nós nunca fomos nada rotulado, mas somos alguma coisa, certo?

Balançando a cabeça negativamente para mim mesma, entro deixando os dois sozinhos.

(...)

O dia amanhece em um clima tenso estranho, e não consigo saber o motivo. No café da manhã a sensação de que Rick esconde alguma coisa me atormenta ainda mais e penso seriamente em ir perguntar diretamente. Reparo pequenas coisas, como ele conversando separadamente com Hershel,  estar inquieto e até mesmo culpado.

Estou procurando algo para fazer quando Merle me para.

—Ei, loirinha- chama e olho para ele esperando que diga o que quer que seja- deveria convence-los a ir embora.

—Por que eu faria isso?- pergunto arqueando a sobrancelha.

—Porque se ficarem vão morrer. Eles tem vários atiradores bons que eu mesmo treinei. Se ficarem vão morrer.

—Se você treinou então sabe das falhas. Vamos lá Dixon, nos dê informações que podem ajudar realmente.

—Se ficarem vão morrer. Essa prisão idiota vai ser o túmulo de vocês, vai ser o túmulo daquela criança.

—Vai ser o seu também?

—Se meu irmão ficar eu fico- diz sério e convicto e não duvido nem um pouco.

—Então acho que vai ser o seu também.

—Você faz algo com ele- diz balançando a cabeça, sua voz com aquele tom de deboche. Ele vária o olhar entre mim e seu punho de metal- Você o mudou.

—Não faz sentido- aviso e então começo a sair.

—Eles não vão fazer o que tem que fazer- me avisa quando já estou de costas.

—Quem?- pergunto me virando.

—Rick e Daryl- responde e só fico mais confusa.- Rick quanto ao que ouviu ontem e Daryl quanto a você.

—Ouviu ontem?

—Você não sabe? Talvez você não seja tão confiável assim.- diz com um dar de ombros.

E então some, me deixando perdida.  E eu odeio ficar perdida.  Ao dizer que Rick ouviu algo ontem eu capto que realmente tem algo que não estão me contando, e ele adora jogar na minha cara que sabe o que é.

Saio a procura de Rick totalmente irritada pois  o que  quer que tenham dito para ele ontem  ele disse para Merle Dixon mas não disse para o resto de nós.

Não encontro o maldito xerife em lugar nenhum, e isso só me deixa ainda mais irritada. Vejo Daryl em um dos corredores, mas passo direto porque meu assunto não é com ele. Bem, pelo menos planejei passar direto.

—Ei ei- me para segurando meu braço e como já estou irritada abaixo o olhar para sua mão em meu braço e fecho a cara- O que aconteceu?

—Nada que seja da sua conta- rosno e puxo meu braço para fora do alcance dele. Além de tudo a presença dele me irrita, depois de ontem, e isso acontecer também me irrita. É irritação demais para pouca Natasha.

—Você está quase soltando fogo pelo nariz- acusa e só  balanço a cabeça começando a andar novamente.- Natasha.

—Quer me ajudar? Me diga onde diabos Rick se meteu.- digo parando bruscamente e me virando para ele.

—Rick? Por quê?

—Quero saber o que diabos ele está escondendo e vou saber agora.

—Como você...?- diz e então sei que ele também sabe o que é,

—Você também sabe- acuso e ele desvia o olhar- Não acredito nisso.

—Não é nada pessoal- diz e só fico mais indignada

—Tem razão- rosno – Não é pessoal, é do grupo inteiro e quero saber o que é.

—Eu não acho que...

—Você não tem que achar nada- corto-o  no meio da frase – ou me diz o que ele está escondendo de ontem ou me diz onde ele está, porque dessa vez o assunto não é com você.

—Governador prometeu nos deixar em paz se entregarmos Michonne.

—Desculpe- digo não acreditando no que ouço- acho que ouvi errado.

—Você ouviu certo.

—Isso é a maior mentira que já ouvi. Rick é mais esperto que isso. - isso é estupidez, é claro que aquele psicopata não vai deixar que fiquemos em paz pela vida da mulher.

—E se não for mentira, Natasha? – pergunta com os olhos fixos nos meus.

—Por Deus, que tipo de pessoas nós somos? Estamos negociando a vida de uma mulher.- rosno indignada.

—Nem a conhecemos direito- rosna Daryl- É claro que é algo a se considerar.

—Ela nos ajudou. Provou ser leal com Rick. Isso não vale nada?

—Quer a verdade? Prefiro acabar com a vida dela do que com a nossa. – diz querendo expressar convicção mas não chega nem perto de me convencer. Vejo a batalha em  seus olhos.

—Não minta para si mesmo, Daryl. Vai contra os seus princípios negociar a vida da mulher também.

—Vou apoiar Rick.- avisa, desistindo de tentar me fazer achar que acredita na possibilidade.

—Pois essa decisão eu não vou apoiar- aviso em alto e bom som.

—Que bom- diz Rick virando o corredor do qual estávamos quase virando quando paramos para discutir. - Nem eu estava aceitando essa decisão.

Olho para ele surpresa e ele me lança um sorriso.

—Eu não estava me sentindo bem com isso- confessa me encarando e ouço Daryl suspirar aliviado ao meu lado- nenhum de nós estava, mas era uma possibilidade a ser considerada.

—E considerou ela com Merle, mas não comigo e com o resto do grupo?- pergunto cruzando os braços.

—Ele não tem problemas com esse tipo de coisa- diz e sei que tem razão.- Conversei com Hershel também.

—E ele concordou?

—Estávamos todos olhando no ponto de uma vida de alguém que gostamos pela vida de alguém que não conhecemos- explica e para pensativo- Acho que deveria ter conversado com você primeiramente, pois você me jogaria as verdades na cara de uma vez.

— Eu não vou negar que trocaria a vida de um desconhecido pela de vocês- confesso passando a mão pelo meu rosto nervosa- Não me afetaria a questão de certo ou errado, mas eu vejo a coisa em um sentido mais geral, e o Governador é um manipulador que não nos deixaria em paz nunca. Iriam fazer um grupo para entregar Michonne e ele mataria todo mundo.

—Provavelmente. Eu estava pensando no caso de que cumprisse.

—Não acho que seja o caso- aviso  e balanço a cabeça.

—Eu sei.- concorda e deixa os ombros caírem em um gesto que demonstra cansaço- vou falar com o resto de vocês e com a própria Michonne.

Faço um sinal positivo  e assisto ele ir em direção ao bloco C.

(...)

—Viu o Merle?- me pergunta Daryl, largo o que estou fazendo e me viro para ele

—Só de manhã, por quê?

—Porque ele sumiu- diz e sinto que está preocupado- Acho que ele pode ter saído.

—Duvido muito que ele tenha ido embora sem você – Digo pensando que ele pode estar pensando que o irmão o abandonou e depois da conversa  de hoje não acho que ele o faria.-Perai, você viu a Michonne?

—Não, mas o que tem haver?- franze a testa para mim, confuso.

—Cacete- xingo ligando os pontos- Ele foi leva-la. Disse hoje cedo que Rick não faria o que tem que fazer e acho que ele pegou a responsabilidade para si mesmo.

—Inferno- grita chutando o chão – Avise o Rick, vou atrás dele.

—Epa epa- paro ele segurando-o pelo braço com força- Você não vai sozinho.

—Um grupo só atrasaria- diz puxando o braço para longe de mim grosseiramente.

—Quem falou em grupo? Eu vou com você.

—Não mesmo- diz parando e me encarando.

—Não é um pedido, você já deveria saber que eu faço o que eu bem entender. Vou avisar o Rick e você vai me esperar aqui.

—Ah, vai nessa- diz voltando a andar.

—Ou você me espera ou eu vou sozinha depois- aviso e me viro correndo para a prisão.

Grito de qualquer jeito para Rick e Glenn uma explicação resumida e corro de volta para o portão onde Daryl me espera impaciente.

Não falamos nada enquanto vamos apressadamente em direção a Woddybury. O caminho é longo e o percorremos a passos rápidos e sem paradas.

Em algum momento avistamos Michonne caminhando em direção a prisão, a espada nas costas e expressão séria. Corremos em sua direção.

—Ele...?- tenta perguntar Daryl mas se enrola nas palavras- Você fugiu?

—Não, ele me deixou ir e continuou o caminho.

—Ah inferno. Volte com ela- pede se virando bruscamente para mim- E não deixe que ninguém venha atrás de nos.

—Não estou deixando você sozinho- aviso e me viro para Michonne- Continue indo para a prisão e não deixe que venham atrás de nós.

Ela concorda com a cabeça entendendo a situação e me junto a Daryl aos passos rápidos. Encontramos alguns rastros de um carro e seguimos. Não vamos exatamente em direção a entrada principal da cidade mas uma secundaria, para uma espécie de galpão.

A cena que encontramos nos mostra que ele trouxe vários zumbis para cá. Vários zumbis estão caídos, assim como  vários corpos recentes acabados por tiros certeiros e alguns poucos se alimentam. Entendo só de olhar para os corpos que Merle acabou com a linha de frente de tiro da cidade. Saco minhas saís instantaneamente, e Daryl arruma a besta mas nem sequer chega a mirar em alguém.

Um errante que comia as tripas de um dos corpos recentes se levanta e meu coração falha uma batida ao ver que é Merle.  Daryl deixa a besta cair, empurra o corpo para longe, grita para que vá embora, e sinto sua dor. É tão intensa e palpável, não á nada que eu possa fazer então assisto ele enfiar a faca repetidas vezes no irmão, em um ato desesperado. Tudo o que faço e acabar com os outros zumbis para que não cheguem até ele.

Deixo que sinta sua dor e não interfiro, mas a noite começa a se aproximar então vou até ele. Coloco minha mão em seu ombro e ele olha para mim, então lhe ofereço a mão e ele aceita. Fica de pé a minha frente e desvia o olhar parecendo constrangido.

Não digo nada, porque ele não quer que eu diga nada, então o puxo para mim e o abraço. Inicialmente ele fica parado, os braços caído ao lado do corpo, mas depois me abraça de volta com força, o rosto em meu pescoço.

—Tudo bem, Daryl.- sussurro fazendo carinho em suas costas.

—Vamos embora- diz se afastando, mas continua segurando minha mão, concordo com a cabeça e começamos a ir em direção a prisão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?