Barriga de Aluguel escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 9
"Se apaixonar? Nunca!"


Notas iniciais do capítulo

AMOREEEEEEEEEES, TO DE VOLTA BRILHANDO MAIS DO QUE O SOL!
BRINCADERINHAAAAA... Nem é pra tanto haha'

Uma coisinha importante... Eu queria muito mesmo ter postado esse capítulo antes, pois eu prometi que se tivesse um numero considerável de comentários eu postaria antes, mas não consegui... Estava muito ocupada com minhas provas. Minhas leitoras antigas com certeza já ouviram essa desculpa milhões de vexes mas é a pura e triste verdade!

Bom, Ari Dominguez, sua loucaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Muito obrigada por favoritar a fic e pelos 365721178529471487 comentários haha' você me fez uma escritora/leitora mais feliz! Nossa, eu fiquei loucaaaa com tantos comentários. Sua diva! Ps.: Desculpa se eu esqueci de responder algum... estou muito perdida e eu sei que exagerei nos números ali em cima mas é culpa da minha animação!

Caah Stoessel, pelo amor de Deus, nunca vi comentário tão grande! não vou responder por que sou má... Brincadeira Amore! Li cada palavrinha lá e amei ele por completo! Me desculpe por não conseguir responder, estou sem tempo nenhum mesmo. Eu levei a sério tudo o que disse e tentei de verdade postar esse capítulo antes mas... O mundo não é perfeito lindas do meu coração!

Nossa, no capítulo anterior tivemos muitos comentários e eu amei cada um amoreeeeeeeeeeeeees! Vocês me fazem cada vez mais forte e mais apaixonada por todas vocês! Eu to até emocionada com tanta ajuda, tanto carinho e tanto amor... E podem ter certeza que eu compartilho do mesmo sentimentos por vocês!

Desculpem a nota grande... Relevem!

E então, bora ler?



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Eu soube naquele momento que eu não estava grávida.

Um tracinho apenas riscava cada um dos três visores e uma pontinha de tristeza me atingiu. Como eu contaria isso para León? Ele estava tão confiante de que havia dado tudo certo e agora essa verdade vem e destrói tudo de alegre que se passava naquela cabeça séria e focada. Aquilo era o pior dos pesadelos para Leonard e eu, de uma forma ou outra, fazia parte dele como a protagonista da história

— E então, o que deu? — Ele perguntou atrás de mim e eu me encolhi.

— Eu queria tanto que tivesse dado certo, León! Eu fiz tudo o que pediram, tomei os remédios, vitaminas, mas... — Eu ia terminar de falar mas ele me interrompeu segurando o meu queixo e o levantando.

— Ei, não se preocupe. Eu também estou chateado mas não é o fim... Tentaremos novamente. — Ele sorriu fraco e então me abraçou.

Naquele momento eu não pensei em mais nada, só em continuar abraçada a ele eternamente. Aquilo me transmitia algo tão bom... Tão tranquilizador! Pena que aquele abraço não era infinito.

— Tu-Tudo bem — Respondi um pouco melhor.

— Já ía me esquecendo de avisar... Amanhã temos hora marcada com o Dr. Soarez, às nove horas. Não se esqueça.

— Tá legal, obrigada.

— A janta será servida daqui a uma hora, Olga mandou avisar também que a sobremesa será bolo de chocolate.

— Meu favorito... — Disse quase em um sussurro e ele sorriu. Acho que ouviu o que eu disse.

Decidi relaxar um pouco na banheira para sumir com toda a tensão do meu corpo. Joguei alguns sais de banho e sabonetes com o cheiro que mais me agradavam e entrei na água quente. Estava bem relaxante. Dava até para pensar um pouco sobre o que estava acontecendo sem me sentir tão mal com isso.
Dei-me ao luxo de fechar os olhos e fingir que aquele era o meu "paraíso". Eu feliz, sem passar por nenhum aperto, sem magoar ninguém e até me divertindo um pouco com amigos, também imaginários. Aquilo sim me fazia bem...

...

Todos comiam em um total silêncio. Só se ouviam os talheres chocando-se levemente sobre os pratos de porcelana. As taças com vinho não diziam muita coisa, apenas que estávamos a jantar algo comum acompanhado de uma bebida nem tão popular e improvável em qualquer mesa.

Vez ou outra meu olhar se encontrava com o de León e por poucos instantes nos encarávamos um tanto sem graças. Ludmila sussurrava algumas coisas no ouvido do rapaz e ele apenas dava uma pequena risada abafada para não deixá-la envergonhada com a atenção que não estava disposto a lhe dar. Uma música clássica tocava bem baixo ao fundo mas ninguém parecia se importar. Ninguém parecia se importar com nada naquela casa.

Levei a última garfada à boca e bebi um pequeno gole do maravilhoso vinho que enchia minha taça quase até a metade. Como de costume, levantei-me e levei meu prato até a pia para lavá-lo. Encontrei Olga, que estava a limpar mais uma vez aquela bancada. Será que ela nunca estaria satisfeita com a limpeza desses armários?

— Coloque dentro da pia, meu anjo. Deixa que eu lavo. — Ela disse calmamente indo guardar os produtos de limpeza que estavam espalhados pela cozinha.

— Obrigada, Olguinha. — Agradeci e fui em direção a porta para então seguir para o meu quarto, mas Olga me chamou antes que eu atravessasse metade do cômodo.

— Vilu, você está bem? — Perguntou preocupada e eu me limitei a apenas mexer a cabeça em afirmação  — León me contou que não deu certo e que tanto ele quanto você ficaram um pouco abalados com isso.

— Estou bem... Na verdade, na medida do possível. Eu podia ver nos olhos dele a tristeza e isso me destruiu. Eu não sei porquê, mas vê-lo daquele jeito mexeu comigo.

— Você não acha que está começando a se... — Não deixei que ela terminasse a frase.

— Me apaixonar por ele? Já disse que é impossível, Olga! — Percebi que estava entrando na defensiva e então respirei fundo e comecei a rir. Não entendi o que era engraçado na história, apenas ri e Dona Olga se juntou a mim com suas altas gargalhadas — Não brinque com isso!

— O que de tão engraçado está havendo aqui? — Uma voz masculina adentrou à cozinha e nos duas nos calamos imediatamente — Segredos? Detesto segredos...

— Não é nada disso, León. Nós só estávamos conversando sobre assuntos aleatórios e bobeiras, nada demais.

— Vocês estavam rindo muito, fiquei curioso. Do que, em especial, falavam? — Ele perguntou sorridente, parecia mesmo estar muito curioso. Não sei o motivo, mas ele querendo saber tanto do que estávamos falando já estava me irritando um pouco. Tia Olga deu uma disculpa boba e foi embora para seu quarto.

— Já disse que não é nada demais, não importa — Disse quase em um sussurro e ele se aproximou de mim com um sorriso lindo em seus lábios. E eu podia me perder naquela imensidão verde... Huh, por que estou pensando nisso?

— Mas eu quero saber! — Ele chegou mais perto de mim e eu fui obrigada a recuar. Minhas costas bateram na parede e então percebi que não tinha saída — Do que falavam? Era algo sobre mim? — Suas perguntas saíam com um tom de brincadeira e seu olhar era malicioso. Eu não entendia o que ele poderia querer com essa ceninha mas eu estava começando a ficar com medo.

— Não te interessa, Leonard! — Gritei com raiva e ele soltou uma risada abafada.

— Como é fácil irritar você, Violetta. Acho que tê-la por aqui por mais nove meses não será algo ruim... — Ele brincou e saiu de perto de mim. Ajeitei-me e bufei de raiva pela palhaçada que ele havia feito. Que vontade de socar a cara daquele mauricinho...

— Tenha uma boa noite, Senhor Vargas. — Disse saindo da cozinha andando o mais rápido que podia. Minha voz havia saído com uma pontinha de raiva mas eu não tinha total culpa disso, León conseguia me tirar do sério mais rápido do que a Alemanha marcando gols em cima do Brasil na Copa do Mundo.

Minha cabeça se perdia em pensamentos enquanto o sono não chegava. Ficava imaginando como seria se aqueles testes tivessem dado positivo e por um lado até tinha me sentido mais aliviada pelo resultado ter sido negativo. Ainda precisava de um tempo para me acostumar à ideia de emprestar meu útero a alguém.

De repente, minha mente se focou em outra imagem. Era León. Seu sorriso, seu péssimo senso de humor, seus cabelos sempre penteados parecendo que haviam sido domesticados por uma fábrica de gel capilar, e finalmente... Seus olhos. De verdade, eu não saberia dizer ao certo porque comecei a pensar nele do nada. Talvez tivesse sido o fato de que um assunto leva a outro, mas não fazia sentido. Eu não podia mais negar... A única coisa que persistia em passar pela minha mente nesses últimos tempos era Leonard e seu estranho jeito de socializar comigo.

Por mais que eu detestassem admitir isso, ele mexia comigo. Era impossível passar uma hora sem que pelo menos o seu nome pairasse sobre meus pensamentos ao menos uma vez. Aquilo me deixava com medo. Nunca na minha vida eu me peguei pensando tanto em alguém a ponto de querer tê-lo comigo para sempre. Era como se eu precisasse olhar para ele pelo menos um segundo para conseguir respirar o resto do dia aliviada.

Oh, não!

Não... Não... Não... Não... Não... Não...

Eu não posso estar me apaixonando por ele... Não mesmo! Isso acabaria comigo e estragaria tudo o que eu havia planejado para esse emprego. Eu só queria dar a ele o filho que tanto almejava e se eu começar a me apaixonar pelo meu patrão, tudo o que eu me preparei psicologicamente para aguentar será jogado fora ralo abaixo.

Isso definitivamente não pode acontecer!

...

Acordei com a luz do sol atingindo o meu rosto. Levantei-me ainda com os olhos fechados e me espreguicei antes de levantar. Olhei o horário do relógio no celular e marcava quinze para as oito da manhã. Olhei pelas gigantescas janelas do quarto e vi que o céu estava limpo, o que talvez significasse que hoje não choveria.
Fui em direção ao banheiro tomar uma chuveirada rápida antes de descer para tomar meu café da manhã. Despi-me e segundos depois já estava debaixo da água gelada, tentando sumir com qualquer resquício de sono que ainda havia em mim. Sequei-me e segui até o closet para pegar uma roupa que servisse para ir à Clínica do Dr. Soarez, mais tarde. Peguei uma regata branca e uma calça leggin preta simples, que eu usaria com uma sapatilha beje bem fofa que eu havia comprado semana passada.

Desci as escadas lentamente e andei até a cozinha rezando para que León não estivesse descido ainda. Eu não estava com a mínima vontade de encarar aqueles olhos - que tanto admirava, querendo ou não - e ouvir suas piadas sem sentido algum. Mas estava tudo silencioso. Tia Olga estava a preparar algum tipo de suco e não percebeu minha presença até eu falar com ela.

— Olguinha? — Chamei-a e ela me encarou sorridente largando o que estava fazendo para ter comigo — Bom dia!

— Bom dia, meu amor! O café da manhã está na mesa e León pediu para te lembrar que tem consulta marcada hoje.

— Eu me lembrei, Olguinha, mas obrigada. Bom, acho que é melhor eu ir em jejum... Não sei se serei submetida a algo lá.

— A senhorita é quem sabe, não quer levar nem uma frutinha na bolsa pra comer depois?

— Acho que vou fazer isso mesmo... Tem maçã? — Perguntei olhando para as fruteiras em cima das bancadas.

— Vermelhas e verdes, qual prefere?

— Verdes! — Disse com convicção e Olga riu indo pegar a fruta.

— Violetta? — Uma voz masculina me chamou e eu me virei para ver o que León queria — Bom dia, já está pronta?

— Bom dia. Estou sim, mas que horas são? — Perguntei guardando a maçã na pequena bolsa que carregava.

— Quase oito e meia.

— Anh, tudo bem. Vamos? — Perguntei e ele assentiu se despedindo de Olga com um aceno simples com a mão.

Adentramos ao carro e seguimos à frente, rumo à clínica. Durante algum tempo só se podia ouvir a respiração um do outro por causa do silêncio constrangedor que dominava o ambiente.  Até que a brincadeira de "quem respira mais lentamente" ficou cansativa e León resolveu ouvir algo e colocou uma música de sua preferência no rádio. Por mais que eu tentasse, não conseguia me controlar. Eu ia cantarolando partes dela e León entrava no ritmo batendo os dedos no volante. Por um momento me senti à vontade com ele. Um momento que eu não precisava pensar em como ele podia ser tão... Ele.  Nada importava naquele momento, apenas a música. Aquela música...

— Sua voz... É linda! — Ele disse quando parou o carro obrigatoriamente no sinal vermelho e me encarou sorridente.

— Ehr, obrigada. — Respondi um tanto envergonhada e ele percebeu.

— Não se envergonhe com tudo o que digo, sou seu patrão mas não precisa me tratar como tal.

— Ainda é um pouco complicado para mim discernir essas mudanças todas. Há um pouco mais de um mês eu tinha um chefe tão ruim que nenhum dos empregados conseguiam olhar na cara dele.

— Não é tão complicado... Finja então que não sou seu chefe, e sim um amigo que te paga para ser sua barriga de aluguel. — Ele respondeu e um sorriso brotou em meus lábios inconscientemente. Ele era meu amigo...

León estacionou o carro e como uma cena já vista antes, ele repetiu seu gesto de cavalheirismo e abriu a porta para mim e me acompanhou até quando já estávamos dentro do consultório do Dr. Soarez.

A porta da sala se abriu mas quem entrou foi um homem alto, loiro e bem jovem. Tudo ao contrário do Dr. Soarez. Ele carregava uma pilha de relatórios e pastas e parecia estar bem confuso com tudo aquilo. Jogou os papéis em cima da mesa e só então nos encarou.

— Olá, vocês devem ser o senhor e a senhora Vargas, não? — Ele Perguntou e eu corei de imediato pelo fato dele ter me chamado de Senhora Vargas.

— Eu sou Leonard Vargas e ela é Violetta Castillo, minha... Amiga. — Ele piscou para mim e eu sorri pelo fato dele não me tratar mais como uma simples "barriga de aluguel", e sim como sua amiga.

— Ah, sim. Perdoem-me pelo erro... — Ele disse encarando a pilha à sua frente. Abriu quatro relatórios em cima da mesa e os encarou. — Devem estar se perguntando onde está o Senhor Soarez, não? Ele teve um problema familiar e tirou alguns dias de folga para resolvê-los. Logo logo estará de volta. Eu espero... — Sussurrou a última parte e eu me segurei para não rir do seu pequeno desespero — Então, por onde começamos?


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Notas finais do capítulo

E então, amores do meu coração, o que acharam? O capitulo satisfez vocês? Quero a pura verdade por mais que doa hein! Comentem, favoritem e recomendem...

Eu farei meu máximo para postar o próximo capítulo talvez numa quarta ou quinta... Por aí.. Mas até lá quero muitos comentários lindos, divosos, maravilhosos que vocês capricham sempre em fazer!

Um beijão e até a próxima!



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