Barriga de Aluguel escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 10
"Tentar novamente... Não custa nada!"


Notas iniciais do capítulo

AMOREEEES, OLHA QUEM VOLTOU ATRASADÉRRIMA??? EU, EU MESMA, EUZINHA, YOOOO!

QUERO PEDIR MIL DESCULPAS PELA DEMORA... ESTOU MESMO SE TEMPO NENHUM PARA POSTAR. A ESCOLA ESTÁ CADA VEZ MAIS PESADA E SE EU NÃO ESTUDAR MINHAS NOTAS VÃO CAIR...

PRIMEIRAMENTE: UMA SALVA DE PALMAS PARA NOSSA LINDA, PERFEITA E MARAVILHOSA BÁRBARA OLIVEIRA POR NOS DAR NOSSA TERCEIRA RECOMENDAÇÃO!!!
BABIIII, MUITO OBRIGADA DE CORAÇÃO... SUA RESPOSTA COMENDAÇÃO FOI INCRÍVEL MESMO! MUITO OBRIGADAAAAAAAAAAA AMORE!
CAPÍTULO DEDICADO A VOCÊ!
Ps.: Desculpa não ter ido falar com você por msg, to mesmo se tempo nenhum!

Preciso pedir desculpas para todas as princesas lindas que comentaram mas não consegui responder... Em um outro momento responderei, tudo bem? Estou fazendo de tudo para que vocês não me abandonem haha' mas estou ocupadérrima e um pouco dodói... Farei meu máximo!

***E um agradecimento especial para Isadora, que favoritou nossa fic! Muito obrigada Amore, fiquei extremamente contente!

E então, bora ler?



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— Bom, viemos aqui duas semanas atrás para fazer a inseminação mas não deu certo. Como tínhamos horário marcado hoje, gostaria de saber se podemos tentar novamente... — León disse calmo e o Dr. Toledo assentiu, ainda confuso com as fichas em cima da mesa. Acho que nunca vi nenhum médico tão desorganizado como ele.

— Hum... Sim, podemos — Ele disse olhando para nós dois sorridente — Mas primeiro vamos fazer um exame de sangue para termos total certeza de que não há nenhum bebezinho aí para então podermos prosseguir.

O Doutor nos levou até onde eu teria que fazer o exame de sangue e uma enfermeira coletou a quantidade necessária e disse que nos avisaria quando o resultado chegasse.

Depois de mais ou menos uma hora, o resultado já estava nas mãos do Dr. Toledo. Ele lia atentamente todo o conteúdo escrito e nós assentíamos em certas partes. No fim, o que realmente importava foi dito: o resultado dava negativo, como já esperado.

— Já que não é a primeira vez que faz isso, já sabe mais ou menos como funciona, não é? — Ele perguntou a mim e eu assenti pegando aquela camisola gigantesca para vestir no banheiro — Uma médica estará te esperando na sala 4F, segundo corredor, segunda porta à direita. — Ele deus as instruções e voltou sua atenção à bagunça de cima de sua mesa de trabalho.

Troquei de roupa e fui procurar a sala onde ocorreria o processo desta vez. León estava do lado de fora da clínica conversando com outro empresários sobre a queda na taxa de imposto dos automóveis, ou coisa do tipo. Bati na porta e uma enfermeira a abriu e disse para eu entrar e me deitar na maca. Ela não era igual a outra e isso já me deixou com certa dúvida em relação ao procedimento.

— Olá, Violetta. Vamos começar? — A médica simpática perguntou e eu fiz que sim com a cabeça — Sou a doutora Mónica. Não vai demorar muito, é um processo rápido mas nosso estoque de anestesia bloqueadora acabou... Teremos que utilizar a anestesia geral dessa vez. Não dói, tudo bem? Apenas respire devagar. — Ela pediu se aproximando dom um tipo de mascara com gás anestésico e eu a encarei sem entender. Da última vez eu não tive que usar anestesia e o processo parecia ter sido feito de uma maneira muito diferente.

Conforme eu respirava naquela espécie de máscara, mais sonolenta eu ficava, até chegar a um ponto onde dormir parecia ser a respostas para todos os problemas da vida (se já não fosse mesmo sem anestesia).

...

Acordei em um quarto branco sem entender nada. O lugar era extremamente simples, com três macas, duas poltronas e um pequeno vaso de planta em um dos cantos do cômodo apenas. Percebi que não tinha nada ligado a mim, ou seja eu estava lá apenas para me recuperar da anestesia. A porta foi aberta e eu pude ver a médica entrando com uma prancheta em suas mãos.

— Está se sentindo bem? — Ela perguntou e eu assenti — O seu marido teve que ir resolver uns problemas, acho que na empresa dele, mas pelo tempo que passou já deve ter voltado.

— Ahn, Leonard não é meu marido...

— Oh, me desculpe! Na ficha está senhor e senhora Vargas, por isso confundi. — Senhor e senhora Vargas? Isso estava muito estranho.

— Pode me informar as horas, por favor? — Perguntei ainda um pouco zonza e ela mirou o relógio de pulso.

— Três e vinte e sete da tarde — Nossa, eu havia ficado muito tempo "apagada".

— Posso ir encontrar o Dr. Toledo? — Perguntei e ela assentiu.

— Pode sim. Mas uma coisinha... É comum se sentir um pouco incomodada mas isso passa com o tempo, tudo bem?

— Sim, obrigada. — Agradeci e saí do pequeno quarto e fui em direção à sala do Dr. Toledo.

Abri a porta e encontrei os dois conversando calmamente sobre algo aleatório. Ao ouvir meus passos, os dois se viraram para me encarar. Sorri em retribuição à atenção e peguei minha roupa para poder me trocar logo.
Com a roupa já vestida, voltei para a sala onde os dois se encontravam e sentei-me na cadeira ao lado de Vargas, para poder ouvir o que o médico tinha a dizer.

— Bom, a primeira parte está feita. Terão que voltar daqui a dois dias para terminarem o processo.

— Como assim terminar o processo? — Perguntei sem entender. Pensei que a fertilização tinha sido feita hoje...

— Hoje foi apenas uma preparação, para que daqui a dois dias possamos fazer a inseminação novamente.

— Com o Dr. Soarez foi bem diferente... — León disse e eu concordei.

— Eu tenho uma visão diferente da dele, é bom que entendam desde o começo. Depois da inseminação só voltarão para ver como o bebezinho estará, eu lhes garanto.

— Então tudo bem. Voltamos daqui a dois dias, Dr. Toledo. Até logo. — Leonard apertou sua mão e eu me despedi apenas com um aceno.

— Continue com os medicamentos, tudo bem? — Ele perguntou e eu assenti antes de sair da sala.

Paramos pelo balcão de informações onde uma secretária ficava para marcar os próximos procedimentos e marcamos tudo para daqui a dois dias, para facilitar e agilizar tudo como o médico havia dito. Seguimos até o carro e voltamos para casa em quase total silêncio como sempre. Umas quinze palavras foram trocadas entre eu e ele durante todo o trajeto e o restante do tempo eu me peguei pensando em tudo o que estava acontecendo comigo.
É difícil aceitar o fato de que eu possivelmente estar começando a gostar do meu patrão. Por mais perfeito que ele seja, isso tudo me parece algo impossível. Eu estou aqui apenas para gerar o filho dele, mais nada. E agora, quando eu menos espero, estou desejando que ele puxe qualquer tipo de assunto comigo na mesa de jantar apenas para que eu possa trocar algumas palavras com ele. Até olhar para ele estava ficando difícil... As vezes, eu me perdia em seus olhos e até me esquecia de respirar. Isso estava ficando muito estranho, um estranho que que chegava a incomodar.

León estacionou o carro em uma das suas duas vagas no enorme estacionamento do apartamento e então saímos silenciosamente do veículo. Caminhamos até o elevador e rapidamente apertei um botão com a letra "C" de cobertura impresso e León encarou o painel por uns dois segundos antes de se virar para olhar nos meus olhos. Eu poderia ficar a minha vida inteira estudando seus finos traços facias e encarando seus olhos verdes de tirar o fôlego... Espera, do que eu estou pensando?!

— Você acha que essa tática do Dr. Toledo vai dar certo? — Ele perguntou com um semblante preocupado e eu sorri fraco, sem saber ao certo o que responder.

— Eu não sei... Sinceramente, espero que sim por que tudo isso é muito cansativo.

— Concordo — Ele disse olhando para o relógio de pulso — Cansativo de todas as formas. Chegamos lá às nove da manhã e estamos chegando em casa às cinco da tarde... Só de pensar já cansa, eu imagino você como deve ficar.

— Exausta... — Foi a única coisa que eu consegui falar e ele riu fraco da careta estranha que fiz.

Ouvimos alguns barulhos vindo talvez das engrenagens do elevador e eu me assustei. Num impulso, pulei para perto de León e o abracei o mais forte que consegui e nem pensei em sair dali por vergonha ou algo do tipo, eu estava realmente com medo de que aquilo estivesse caindo. Outro barulho, um pouco mais alto, pôde ser escutado e poucos segundos depois as luzes se apagaram e logo o elevador parou num solavanco.

LEONARD VARGAS

Tudo o que se podia ver era um breu total e nenhum barulho de funcionamento. Ótimo. O elevador havia quebrado. Senti os braços de Violetta sorrateiramente soltarem da minha cintura e admito que aquilo me decepcionou um pouco. Tateei um dos bolsos traseiros da minha calça para encontrar meu celular e o peguei. Liguei a lanterna e a posicionei para focar em Violetta. Uma das suas mãos estava sobre os olhos por causa da súbita claridade que te atingiu. Abaixei um pouco o smartphone e ela me encarou com um sorriso ainda um tanto amedrontado no rosto.

— Achei que fosse querer que eu ficasse cega — Ela disse tão baixo que eu quase não ouvi mas ri do mesmo jeito.

— Eu? Te deixar cega? Preciso da sua visão cem por cento. — "Para que você nunca pare de me olhar nos olhos" eu provavelmente diria se fosse um louco apaixonado por ela e se esse sentimento fosse recíproco. Nem um, nem outro.

— E posso perguntar o por quê? — Ela fez uma careta boba e levantou uma das sobrancelhas esperando minha resposta. E essa resposta não veio.

Sorri de volta para ela e voltei minha atenção para o painel do elevador. Por mais que esse momento estivesse "ao meu gosto", tinha que arrumar um jeito de avisar a alguém que o elevador dois estava quebrado. Apertei quatro botões, respectivamente e esperei algum tempo. Nada aconteceu. Olhei para a tela do celular e constatei que não havia sinal ali, seria impossível ligar para alguém. Então voltei a encarar Violetta, que estava sentada no chão quieta, vendo algo em seu celular. Talvez ficar aqui sozinho com ela por alguns minutos não seja algo tão ruim.
Sentei ao seu lado e ela me mandou um sorrisinho simples. Enfiou a mão dentro da bolsa e de lá tirou uma maçã verde. Encarou-a por alguns instantes antes de levá-la a boca e saborear um pedaço da fruta. Foi então que eu lembrei: ela não havia almoçado. Eu tive uma reunião com alguns empresários e fomos a um restaurante comer, mas ela não. Ela não havia comido nada desde ontem e já se passava das cinco da tarde.

— Quer um pedaço? — Ela perguntou olhando para mim e então me liguei que estava encarando a fruta sem perceber. Neguei com a cabeça e ela deu outra mordida na maçã.

— Está sem comer desde ontem? — Perguntei preocupado e ela me olhou curiosa.

— Não, fiz uma boquinha de madrugada.

— Então, tudo bem. Estava ficando preocupado.

E realmente, eu estava muito preocupado. Não era de hoje que eu me via pensando nela várias vezes ao dia. Alguma coisa ela tem que parece ser inesquecível. Sua voz fina e delicada? Seu nariz levemente arrebitado? Seus olhos castanhos tão hipnóticos e lindos?
Eu não podia mais mentir, estava começando a sentir algo por ela. Por mais que eu a desejasse secretamente, talvez nada daquilo que eu sonhasse junto a ela pudesse acontecer. Ela estava ali por um único propósito: gerar o meu filho, e por mais que eu desejasse que ela fosse mais do que apenas a barriga de aluguel, sabia que ela não compartilhava do mesmo sentimento.

— Você me deixa curiosa... Por que ficou preocupado comigo? Sou apenas uma funcionária sua — Ela disse e eu me espantei por dentro. Ah, se ela soubesse que me deixa louco toda vez que me olha nos olhos com um sorriso bobo. Ou então quando resolve relaxar apenas de biquíni no deque, me deixando louco... Do que eu estou pensando?

— Eu seria louco se não quisesse zelar pela saúde da única pessoa que pode me trazer a felicidade — Respondi olhando-a nos olhos e quando terminei a frase ela arregalou os olhos e se engasgou com a saliva.

— O... Quê? — Ela tossiu mais algumas vezes antes de respirar fundo e voltar a me encara com um sorriso meigo nos lábios — Um filho... — Ela sussurrou para si mesma e eu ri ao ouvir. Ela havia entendido errado e agora havia se tocado.

Parte de mim dizia "ela vai te dar o que você tanto esperou para conseguir ter", mas mil e um significados surgiam para essa frase. Sim, ela me daria um filho, algo que eu esperei muito para ter. Mas, poderia enfim ser uma mulher para mudar mesmo o rumo da minha vida e bagunçar minha cabeça? Aquela pessoa que me faria sorrir apenas com uma troca de olhares?

Violetta estava me enlouquecendo sem ter feito absolutamente nada. Eu respirava e seu nome vinha à minha mente. Nos meus sonhos, ela aparecia para fazer uma visita... Eu não conseguia de jeito nenhum tirá-la da cabeça.

Eu realmente estou começando a me apaixonar pela barriga de aluguel...

Nossos olhos se encontraram de novo e um enorme sorriso se abriu em minha face. Ela mordeu o canto do lábio inferior e corou, talvez estivesse com vergonha do mal-entendido que tinha acabado de acontecer. Por um momento tive vontade de provas seus lábios carnudos e envoltos de brilho labial incolor. Era errado um patrão desejar tanto beijar uma "empregada"? Eu jamais saberia responder... Naquele momento eu só queria beijá-la e só. Só queria poder encostar meus lábios nos dela e sentir a sua textura aparentemente macia e sedosa.
Meu rosto ía se aproximando do dela sem que eu tivesse controle algum sobre meus atos naquele momento. Ela se aproximava com um semblante suave e calmo, como se já esperasse essa minha atitude à anos. Encarei-a por mais alguns segundos, sentindo sua respiração bater no meu rosto. Nossa, como eu queria beijá-la! Fechei os olhos e apenas esperei que nossas bocas se tocassem...

Mas isso não aconteceu...


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Notas finais do capítulo

QUASEEEEEEEEEEEEEEEE... MEU PAI DO CÉU, ESSE PRIMEIRO BEIJO NÃO VAI ROLAR NUNCA? Haha' comentem aí o que estão achando do andamento da história. O que poderia ser melhorado. O que querem que aconteça...
Vocês são livres pra fazerem o que quiserem aqui rsrs' mas não estrapolem

Se quiserem podem favorita e recomendar... Só me fariam uma autora mais feliz rsrs'

Um beijão e até logo...



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