Ao som do incontrolável choro de Rin Sesshomaru ficara sem reação. Tinha certeza que maioria do castelo havia escutado ela lhe dar bronca e confessar como se sentia. Ele então colocou sua mão direita em seu rosto e enxugou as lágrimas da jovem que se surpreendeu.

— Não chore e faça este semblante tão triste. – disse tentando conforta-la de alguma forma. Percebendo que não funcionara tentou desviar a conversa – Esta coisa que disse que aprendeu... são realmente verdade? Certo? Porque para que tenha conseguido ferir meus guardas, matar um deles, despistar mais da metade dos protetores e servos do castelo e, ainda por cima, enfrentar Kira daquele jeito você tem que ter treinado muito e de diversas formas.

— Eu aprendi muita coisa com todos para me preparar para o dia em que pudesse ficar com você de novo. – disse a menina feliz por Sesshomaru reconhecer seu esforço.

— Vou me retirara pois tenho muito que fazer. Irei decidir se você ficara ou não e então conversaremos sobre isto novamente. – disse ele ao perceber o cansaço de Rin e perceber que logo o médico viria vê-la mais uma vez.

                Ela tinha tanto que queria lhe falar e perguntar, mas realmente se sentia esgotada e o tempo que passaria lá seria muito útil para tentar convencer Sesshomaru. Sendo assim ela assentiu sua decisão e o viu sair de seu quarto. Ele fora substituído pouco depois pelo médico que veio trata-la.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 2 semanas depois xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

Os primeiros raios de sol ainda não apareciam no horizonte quando Rin já estava de pé se arrumando com Kirara ao seu lado. Ela pegou sua espada e como já estava melhor iria fazer uma sessão de treino matinal para desenferrujar em algum local isolado. Ela andou bastante pelo terreno do castelo e encontrou um campo de treinamento nos fundos do castelo; era o local perfeito para ela e Kirara treinarem.

Quando o campo de treinamento já estava arrumado para a sessão que tinha em mente os primeiros raios de sol já apareciam no horizonte. Então ela e Kirara começaram sua sessão. Kirara era que atacava primeiro e Rin defendia e se esquivava e depois elas trocavam de papel.

Sesshomaru, junto de Jaken e sua mãe, acompanhava uma vez por semana o treino matinal do exército; porém, quando chegaram ao campo de treino se depararam com Rin e Kirara prestes a se enfrentar e, antes que pudessem dizer algo, as duas começaram a batalhar.

                Seus movimento e aptidão eram incríveis! Em um certo ponto Irasue chamou a atenção para um objeto (ampulheta que Kagome lhe dera) de vidro e madeira onde escorria areia e percebeu que quando a areia acabou Rin, em uma sequência rápida e ágil de movimentos virou o objeto e passou a atacar Kirara que passou a se defender e esquivar de Rin.

O treino seguia até que a areia da segunda virada do abjeto havia acabado de escorrer. Ao pararem Rin e Kirara perceberam as presenças que lhes observavam. Então ambas foram na direção de seus expectadores. Chegando a frente de Sesshomaru Rin fez uma reverência e disse:

— Sinto muito! Não tinha a intenção de interromper o treinamento rotineiro de vocês! Por favor perdoem minha intromissão! – disse a menina de cabeça baixa para mostrar respeito com todos que estavam ali.

— Está tudo bem. – assentiu Irasue após uma breve troca de olhares com Sesshomaru – Foi interessante ver como o treinamento de um humano pode ser intenso e focado; além de comprovar o fato que você REALMENTE aprendeu técnicas de batalha. – riu Irasue realmente impressionada com tudo aquilo.

Após retirar-se Rin foi escoltada por Jaken até um banheiro onde poderia se refrescar e depois preparar-se para o café que Sesshomaru instruiu que tivesse comida humana e youkai a mesa. Tendo se passado todos os assuntos da manhã que precisavam da tenção de Sesshomaru e sua mãe Rin foi pega de surpresa com Jaken lhe dizendo que Sesshomaru queria almoçar com ela a sós para conversarem. Mesmo que extremamente sem reação por um convite assim de Sesshomaru, Rin o aceitou com alegria e foi a seu encontro guiada por Jaken.

Durante o almoço houve um silêncio que preocupava Rin a cada segundo que passava. Ao terminarem Sesshomaru a encarou sério e frio assustando-a com o que poderia vir disso; contudo ele deu um longo suspirou, tomo um pouco de sua bebida, respirou fundo, a encarou com ternura e um sorriso discreto e começou:

— Eu admito! Você realmente aprendeu muitas coisas e cresceu muito nestes anos que não te vi. – confessou ele enchendo Rin de alegrei e esperança – Eu, minha mãe, os generais e Jaken conversamos e decidimos que você poderá sim ficar aqui comigo. – a expressão de felicidade e surpresa de Rin era radiante e só aumentava com as palavras de Sesshomaru – Contudo você irá ter que ajudar na parte médica do castelo, pois se ficar sem nada para fazer e ajudar a interagir com aqueles que vivem aqui pode ser perigoso aqui. – e ainda completou – Ah! E respondendo a sua pergunta da semana passada: eu não voltei a vê-la, pois, minha mãe insistia que tomasse posse do comando do Clã dos Youkais Cachorros do Oeste. Com isso tive tantas ocupações que não tive tempo de sair ou tentar pensar na mínima possibilidade de visita-la.

Rin estava sem palavras. Era tudo que sempre esperou ouvir dele nestes últimos anos – bom quase tudo..., mas ela sabia esperar a hora certa das coisas – então ela fez a única coisa que lhe ocorreu: agradecer muito Sesshomaru e abraça-lo o mais forte que podia. O melhor de tudo naquela situação foi que Sesshomaru lhe retribuiu o abraço com o carinho que apenas a ela ele dedicava.

O sorriso de Rin era incessável pois agora tudo voltaria a ser perfeito como ela imaginara e estaria começando uma nova realidade.