Rin tomou coragem e começou a explicar para Sesshomaru o como surgiam os Espíritos Guias.

— Espíritos Guias são seres espirituais que podem ser usados como auxiliares em batalhas e feitiços de maior escala por sacerdotisas e monges de alto nível que possuam elevado controle de seus poderes espirituais. E no meu caso o que aconteceu por eu já ter morrido e revivido. Duas vezes para agravar o problema. - dizendo isso Sesshomaru a interrompeu.

— Espere um momento.... Quer dizer que quando te trouxe de volta a vida da primeira vez e minha mãe te trouxe da segunda vez nós a tornamos um Espírito Guia?! – Sesshomaru estava sem entender como ter salvado a vida dela duas vezes lhe fez aquilo. Percebendo a dúvida nos olhos de Sesshomaru, Rin começou a lhe contar tudo.

{História ONN}

É muito raro surgirem espíritos guias e quando surgem são protegidos em segredo absoluto que deve ser guardado com a própria vida – pois seus poderes e função nunca devem cair em mãos erradas.

Existem dois tipos de espíritos guias: os de batalha e os independentes. Os espíritos de batalha são os que precisam da manipulação obrigatória de um monge ou sacerdotisa para liberarem seus verdadeiros poderes e, enquanto isso não ocorre, eles ficam em suas formas “restritas” – elas podem ser animais ou objetos. Esses espíritos são os mais comuns entre os guias.

Os independentes são os mais raros. São espíritos versáteis que não possuem uma forma específica, seu poder não precisa de um controlador para ser despertado e geralmente o reflexo de seus poderes surge quando suas vidas correm perigo ou suas vontades sobressaem seu próprio controle.

No meu caso eu sou um Espírito Guia independente. Como eu fiquei morta por muito tempo antes de ser trazida de volta a vida, os métodos utilizados para este fim implicavam em cortar a ida para o mundo espiritual – ela se referiu a habilidade de cortar os mensageiros do outro mundo com a Tensseiga – e reconectar minha alma que estava no mundo espiritual com meu corpo através de um objeto espiritual – ela se referia a pedra do Meidou que Irasue carregava –  e eu morri e fui revivida em curtos espaços de tempo, minha alma estabeleceu uma conexão com os dois mundos e foi isso que me fez um Espírito Guia Independente.

*A expressão de Sesshomaru ficava cada vez mais surpresa, perplexa e até assustada com forme Rin continuava sua explicação. *

Descobri isso quando voltei de minha primeira missão e um ataque que recebi tina um pouco de veneno que começou a me fazer ter reações muito diferentes do que deveria estar tendo naquela hora e Kagome-sama reagiu na hora quando comecei a emanar uma Luz Purificadora.

Ela chamou o Miroku para ajudar e avisou a Kaede para nos acobertar. Os dois cuidaram de mim por 1 semana até que tudo se acalmasse. Quando eu voltei ao normal e me recuperei Kagome-sama me explicou tudo sobre o que aconteceu e me mostrou isto.

*Rin abaixou as mangas de seu kimono para que Sesshomaru visse a marca de selamento que Kagome lhe fizera. *

Ela disse que eu tinha que aprender a controlar esse poder o mais rápido e cedo possível, mas eu recusei. Achava que se tivesse um poder desses eu não conseguiria mais acompanha-lo nas viagens ou o colocaria em perigo quando viesse me buscar. Então eu meditava para me concentrar em conter o poder, mas nunca aprendi a usá-lo e controla-lo.

Kagome-sama e Miroku se dispuseram a estar a meu dispor quando a hora chegasse e eu decidisse aprender a usar meu poder. E agora eu terei mesmo que ir até ela aprender estas coisas para não arriscar a vida de ninguém do Clã.

{História OFF}

Sesshomaru ficou estático por alguns minutos tentando digerir e processar o que Rin havia falado.

— Entendi a parte que não devo contar sobre sua condição para minha mãe, Jaken ou qualquer outro membro do Clã..., mas Rin…. Você vai mesmo embora!? – Sesshomaru não queria que ela fosse. Os dois tinham seu relacionamento agora, Rin estabelecera uma relação profunda com o Clã e tinha seu emprego e amigos para cuidar.

— Eu também não quero ir embora. Estou muito feliz de estar com você, ter feito amizade com Irasue, Shira, Yoru, Utsuki e todos os outros membros do Clã. Mas o que menos quero ainda e me faz tremer de medo é colocar a todos em risco com meus poderes. – confessou Rin para ele.

— Rin... – antes que Sesshomaru dissesse qualquer coisa ela o interrompeu roubando-lhe um beijo (que durou até ambos perderem o folego).

— Independentemente de ir ao vilarejo para treinar eu vou voltar para cá não importa o que tenha que fazer para isto; e vou ter certeza de que minhas cartas cheguem sempre até você para te manter atualizado. Vou ser tão persistente que você não vai ter que sentir saudades e eu também não. – Rin e ele estavam abraçados e sentados entre as árvores próximas ao lago do jardim – Eu juro que vou voltar para você! Não importa quantas vezes seja necessário fazer isso.

— Então eu estarei sempre aqui para que você possa voltar. – respondeu Sesshomaru a ela; e com estas palavras e o encontro de seus olhos dourados com os lindos chocolates de Rin eles mais uma vez trocaram um longo e apaixonado beijo.

Percebendo que Rin ainda estava muito cansada, Sesshomaru a levou em seus braços para seu quarto para que descansasse – ao menos ele tentou.

— Espere, por favor. A noite esta muito bonita e eu terei que ir embora logo..., então podemos ficar juntos aqui mais um pouco? – Rin teria que partir o mais cedo possível para não correr riscos e queria passar aquela noite com Sesshomaru.

— Está bem. – respondeu ele levando-a para a cobertura de uma árvore que possuía uma vista linda do lago e o reflexo da luz da lua em suas águas.

Rin e ele não precisavam de palavras para se comunicarem maioria das vezes seus olhares e ações diziam tudo um para o outro. E assim passaram aquela noite juntos. Quando o cansaço de Rin a venceu ela adormeceu nos braços de Sesshomaru – que a levou para seu quarto para que descansasse apropriadamente.

No quarto, Sesshomaru a deitou delicadamente na cama e deitou-se ao seu lado – cobrindo ela e ele logo em seguida para que ela não passasse frio e ambos pudessem dormir em paz. Ele aproveitaria cada segundo restante daquela noite observando e memorizando os delicados traços de Rin – pois sabia que ela iria embora no dia seguinte.