Viver a vida escrita por Deh


Capítulo 8
Emily


Notas iniciais do capítulo

Há há dia da mentira, rs.
E uma informação não tão relevante, faltam 10 dias para meu niver.
Espero que gostem *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679110/chapter/8

Emily

Além da aparência

“Ser forte é ouvir algo que te destrói por dentro e ainda sim sorrir” Autor Desconhecido

Estou trabalhando em alguns arquivos, quando meu celular começa a tocar, sem verificar o identificador, já atendo logo “Prentiss” “Oi Em” eu sorrio ao perceber a voz de Penélope “Oi Garcia, está tudo bem?” percebo que Garcia hesita em me dizer algo “Cupcake preciso de você aqui na UAC o mais rápido possível” Um leve frio percorre minha espinha, antes que eu possa responder, a ligação cai. Junto minha papelada e enfio tudo na minha bolsa, passo por Stevens e aviso a ele que estou saindo mais cedo e assim sigo logo para a UAC.

Quando chego percebo que eles estão na sala de reuniões, meus sentidos gritam que há algo errado. Quando adentro percebo que só há Penélope com um olhar culpado, JJ me olhando fixamente, Reid olhando para Aaron e bem Aaron me olhando com o rosto sem expressão. Morgan e Rossi não estavam ali. “Sente-se” ele disse e eu fiz, ele fez sinal para Garcia começar. Ela limpa a garganta chamando atenção para si “Há quatro horas, Luke Wilson se entregou a polícia local de Los Angeles confessando ser o autor de alguns assassinatos e que mantem uma mulher como refém.” Aproveitando o tablet que estava em minha frente eu vi os assassinatos que ele reivindica, foi um caso que trabalhamos há alguns anos, mas antes que tivéssemos respostas a polícia local nos despachou. “Decolamos em vinte minutos” Aaron disse e esse foi o sinal para Garcia, Reid e JJ saírem e nos deixarem a sós. “Sua mala está no carro?” ele me perguntou e eu fiz que sim com a cabeça, sempre deixo uma mala pronta no carro. “Aaron, qual a necessidade de que eu vá nesse caso?” ele me olha com o rosto ainda sem expressão, como eu odeio quando ele faz isso “O suspeito disse que só fala com a agente Prentiss” uau, essa me surpreendeu.

No jato revisamos o caso, quando finalmente chegamos a delegacia, encontramos o detetive responsável pelo caso, Brian Couson, que parecia prestar mais atenção em mim do que no restante da equipe. Fomos para uma sala onde Rossi e Morgan já nos esperavam, eles tinha as fotos dos antigos homicídios, então Morgan começou “Há oito anos, quando viemos aqui, ele só matava prostituas e viciadas, depois que viemos, ele parou de matar, mas todos os anos, ele sequestra uma mulher geralmente de classe média-alta, em empregos intimidantes, fica com ela por três dias e depois mata e desova o corpo” Rossi disse. “Além do que ele disse, como sabemos que os crimes de antes e agora estão ligados?” eu perguntei “Os corpos são sempre deixados no beco em que encontram as outras mulheres”. “Morgan e JJ entrevistem a família da vítima atual” “Reid quero que repasse todos os casos” agora ficou apenas eu, ele e Rossi “E nós?” Rossi perguntou, fomos até o vidro da sala de interrogatório, enquanto ele observava o suspeito do outro lado ele disse “Emily vai lá, tente descobrir sobre as primeiras vítimas” então eu questionei “Não deveríamos tentar descobrir primeiro onde está a mulher sequestrada?” Ele não me olhou no rosto para responder “Ele quer contar a história dele para você, então comece do início”.

Entrei na sala de interrogatório e assim que o suspeito me viu ele sorriu. “A verdadeira agente Prentiss” mantive-me sem expressão, será que eles tentaram engana-lo? Se sim e não funcionou, isso só prova que ele me conhece de algum lugar, “Você queria falar comigo, então eu vim” ele parecia se divertir com a situação “Jura que não está aqui por Barbara Foster?” ele citou a o nome da atual desaparecida, “Estou aqui por que você quer que eu esteja aqui” ele riu “Sabia que você e a senhora Foster tem muito em comum?” eu ergui a sobrancelha para ele “Sério e o que temos em comum?” ele balançou a cabeça se divertindo com a situação “Além da aparência, vocês tem filhos pequenos, me diga com quantos anos sua criança está agora? Sete?” Eu não disse que tinha filhos, forçando minha memória, eu me lembrei de visitar a primeira cena de crime anos atrás com Morgan, eu pedi licença a ele para vomitar e um dos peritos veio até mim me perguntando se eu estava bem “Você era da perícia” agora fazia sentido, um perito não deixaria evidencias e se fizesse ele mesmo poderia sumir com elas, já que estava no caso. Ele pareceu satisfeito agora “Agora você se lembra de mim” “Por que aquelas mulheres?” ele parecia entediado falando delas “Elas eram sujas, a cidade precisava ficar limpa” até aí uma vitimologia depois passa para outra bem diferente, forcei-me a lembrar mais sobre o antigo caso, elas eram morenas, as atuais são morenas, eu sou morena, ele é moreno... “Sua mãe era uma prostituta” ele não se mexeu, “O que ela fez com você? Te vendeu? Ou te abandonou?” Ele estava começando a ficar nervoso “Isso ela te abandonou, e depois você foi para um desses orfanatos em que ou você bate ou apanha. E ela?” Ele se levantou e bateu as mãos na mesa “Isso não é sobre ela!” estava chegando perto, mas antes que eu pudesse continuar, Aaron entrou na sala acompanhado do detetive Couson e alguns policiais que fizeram o suspeito se sentar e Aaron me deu aquele olhar para segui-lo e assim eu fiz, mesmo que contra minha vontade.

Quando cheguei na sala onde os outros estavam, Garcia estava no viva voz “Garcia garotos locais que o serviço social encontrou na rua na década de oitenta, o mais perto das cenas dos crimes” “Sim senhora, desligando” ela disse. “O que descobriram?” eu perguntei a ninguém em especial “Barbara foi levada enquanto estava sozinha em casa” JJ disse o que já sabíamos, “Ele esteve perto de nós o tempo todo?” Morgan disse um pouco impassível. “O perfil não estava errado, ele dizia que ele tentaria entrar nas investigações” Aaron disse “Ele entrou primeiro que nós” eu disse o obvio. “Mas por que a mudança de vitimologia?” JJ perguntou “Ele ficou mais cauteloso e mais seletivo, por que?” o telefone tocou e Morgan atendeu “Diga mama, Querido não fique com ciúmes, mas Emily você é de mais. Em 87 por meio de denúncias o serviço social encontrou um garoto morando naquele beco, eles o levaram para orfanatos, e bem não é um final feliz, ele apanhava muito, saiu quando completou dezoito anos em 96, fez cursos técnicos e acabou trabalhando para a perícia” ela parou para respirar “Só isso?” eu perguntei “Você nunca se contenta com pouco em Emily, então pesquisei mais. Em 2006 uma alcoólatra morreu, não tinha família, mas ligaram seu DNA com o do nosso suspeito.” “O gatilho” JJ disse. “Pessoal acho que sei onde ele está mantendo Barbara” Reid disse finalmente “Assim como o local de desova tem significado para ele, eu acho que o local em que ele mantem as mulheres também tem. Juntei isso ao fato de que o orfanato não está mais funcionado desde 2004, ela só pode estar no orfanato” Agora o detetive Couson parecia estar ficando feliz. “Vamos lá” Aaron disse, eu estava prestes a acompanhar o restante da equipe, mas Aaron disse “Prentiss fique aqui com JJ” eu olhei para ele e apenas disse “Ok” ótimo na reserva novamente.

Quando Reid ligou para JJ informando que tinham encontrado Barbara, eu não resisti ao impulso e acabei indo novamente a sala de interrogatórios. Entrei e fiquei encostada na porta “Está com medo?” Luke Wilson me perguntou “Não, estou com pressa. Achamos Barbara e ela voltara para casa sã e salva Luke” ele me olhou não muito surpreso “Bom para ela e você Prentiss? Vai voltar para casa e ficar por quanto tempo, até o próximo trabalho? Ela é uma mãe ruim, você é uma mãe ruim, todas vocês são mães horríveis.” Eu realmente estava com vontade de esgana-lo, mas resistindo ao impulso, eu apenas sorri para ele e sai dali.

Caso encerrado, ou seja, hora de voltar para casa. Iremos chegar de madrugada, mas é muito melhor do que passar a noite lá. Quando entro no jato, vejo Morgan mais afastado com seus headfones, Reid está deitado no pequeno sofá lendo algo e JJ, está sentada ao lado de Rossi, me junto a eles, sentando de frente a JJ e ficando ao lado da janela. “Quando você está tirando licença JJ?” ela sorri e Rossi comenta “Eu já perguntei isso a ela Em e ela sempre diz em breve” nos sorrimos, nesse meio tempo Aaron senta ao meu lado. “Bom, para sua infelicidade Rossi esse é meu último caso até o bebê nascer” Rossi riu e disse algo como “Finalmente”.        


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Antes de tudo, peço desculpas em relação ao desenvolvimento do caso.
Não é o meu forte desenvolvimento de casos, mas espero que tenham ficado pelo menos razoável.
O que eu quero nesse capítulo é fazer uma ligação com o passado, de quando ela trabalhava na UAC e as questões dela ser mãe.
Esperando os comentários ;)
Bjss e até breve :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Viver a vida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.