Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 66
Atendimento #066: Dúvida


Notas iniciais do capítulo

Você já ligou em uma central apenas para sanar uma duvida? Pois é... é perfeitamente normal perguntar, mas certas coisas são melhores quando não tem respostas.

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #066: Dúvida

Quem já foi aluno sabe o quão difícil é estudar, quando um assunto não entra em nossa mente de primeira o que temos de fazer é perguntar. Porém muitos não o fazem por uma simples razão, vergonha. Levar uma dúvida para casa é fazer o professora falhar em seu trabalho, desperdiçar o seu tempo em uma sala de aula. Se você não sabe como fazer algo ou tem alguma dúvida, não importa onde você esteja; em casa, na escola, na faculdade, ou mesmo perdendo a virgindade...pare e pergunte.

— É isso ai senhora Tamires, — Respondeu Ezequiel com boa vontade. — Então podemos fazer o procedimento de reenvio do seu produto? — A cliente tinha encaminhado um aparelho para a autorizada, entretanto este no pôde ser reparado.

— Eu não estou satisfeita, mas não têm outra maneira mesmo? Não têm como eu pagar um valor a mais para que concertem?

— Olha, eu não queria dizer moça, mas se uma televisão vai para uma autorizada espera-se que ela estejam no MINIMO com as duas metades unidas.

Fabiana que estava prestes a sair para o almoço surpreendeu-se com a afirmativa. AO voltar para o colega a mesma cogitou perguntar o que ocorrera, mas achou melhor não interromper.

— Não têm jeito? Não tem como? — A cliente Tamires tinha a voz bem triste, o produto não era muito caro, provavelmente ela compraria outro parecido. —  Olha eu sei que o produto tá com defeito, mas eu pago…

Ezequiel não estava irritado mas sim assustado. No sistema do operador existiam as fotos tiradas pela autorizada, estas mostravam a imagem do televisor da cliente. O dispositivo só não fora dividido por que estava preso a base.

— Senhora… — O atendente estava boquiaberto. Fabiana levara a mão a boca em uma mistura de horror e surpresa. Teria gargalhado, mas se conteve. — Foi um corte perfeito que deixo o aparelho inoperante, eu acho que não vai ter como arrumar. Parece até que a televisão foi cortada por uma...

— Foi uma espada. — A cliente se adiantou. — Crianças com katanas não são uma combinação muito boa para os eletrodomésticos.

— Deu pra perceber... — O atendente passava as fotos sem acreditar no corte perfeito que a estrutura e a tela tinham. —   Senhora Tamires, o que a senhora fez com seu filho?

A cliente amarrara o jovem adolescente com uma corda e passara nele cera quente , isso mesmo, a depilatória. Ezequiel não imaginava uma cena desta, porém, alguns dias mais tarde o caso ganharia a mídia com os seguintes dizeres “Mãe enfurecida tortura filho: Depilação completa foi apenas o começo!”. O que ela fez com o guri depois....bom eu acho melhor não dizer. Mas eu posso dizer que foi muito mais do que nosso herói já sofreu nas mãos capazes e sádicas de Amanda.

— Socorro! — Gritou o filho de Tamires em um gemido de desespero.

A cliente pigarreou.

— Nada. — Anunciou enquanto abafava os gritos do garoto recém livre das mordaças. — Não é assim que eu o educo.  —Completou ela com uma entonação amorosa e doce.

— Eu tenho uma dúvida senhora. — Ezequiel sentira que o garoto estava sofrendo, não que ele se importasse com isso na verdade, o estado do aparelho era precário e isso justificava a ira da mulher.— A senhora vai ficar muito chateada se receber seu produto sem reparo?

Tamires soltou uma risadinha, mas não daquelas alegres, sabe? Estava mais para uma mãe psicótica em um estado de controle temporário de seu humor.

— Eu tenho outra duvida meu doce. — Ela não respondeu, o tom ficou mais amoroso. — Se eu decapitasse meu filho agora você falaria alguma coisa?

— Tamires eu tenho outra dúvida. — A tensão cresceu, a resposta errada poderia fazer uma cabeça rolar, literalmente. — A senhora se importa se eu encerrar a chamada?

Ao fundo o jovem se debatia, ouvia o atendente e rezava para que ele não desligasse. Enquanto isso Fabiana ainda tentava acreditar como aquilo era real, ela fora contratada para atender casos normais, mas aqui fugia de seu controle.

— Ai! — A mulher sentiu a dor da mordida de seu filho.

— Me ajuda! Socorro! — Esperneou o garoto antes de ser silenciado por um baque seco.

— Ezequiel. — Anunciou ela.

— Sim senhora Tamires?

— Eu tenho uma dúvida…. — A chamada ficou silenciosa o operador estava nervoso pelo o que poderia vir. —  Pode me passar o protocolo?


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Notas finais do capítulo

Eu não sei, posso até estar enganada, mas eu acho que esse moleque se lascou de leve...

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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