Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 61
Atendimento #061: Máfia


Notas iniciais do capítulo

Você acha que não existe máfia hoje em dia? Você está muito enganado quanto a isso meu caro... Venha comigo até o outro lado da linha...

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #061: Máfia

Você já ouviu falar da máfia? Bom caso você não faça a minima ideia, ou simplesmente viva em Júpiter eu vou explicar rapidinho. Mafiosos são os indivíduos pertencentes a um grupo que usa meios violentos e sem limites para prevalecer suas vontades. São como administradores que não seguem todos os limites da lei e por isso são tratados como criminosos.

É nesse momento que você deve estar se perguntando, o que diabos a máfia têm haver com atendimentos. Você verá…

Aquela ali sentada em sua mesa atendendo é Catherine, a primeira vista ela era apenas uma colega de setor de Ezequiel, porém por baixo daqueles fios prateados a se destacar e a flor presa a orelha, existia um segredo.

— Ei... — Fabiana, a atendente que fora pupila de nosso herói no atendimento #027, chamava atenção de Amanda. — Já reparou que esse corredor tem sempre um vai e vem de pessoas.

— Só um momento por gentileza senhor. — Amanda colocou o telefone no mudo enquanto abri um sorriso. — Você é nova, inocente… deveria se manter assim minha querida.— A garota de cabelos raspados voltou a falar com seu cliente. — Isso é problema seu senhor, eu só estou aqui para prestar suporte.

Catherine era observada pela novata de maneira discreta. Fabiana não demorou muito para ver que várias pessoas de diversos setores indo e vindo por aquele corredor, notou que todos iam diretamente a mesa da colega de cabelos rajados de branco, demoravam pouco e saiam de lá sorridentes; alguns chegavam de mãos vazias, outros chegavam com pequenos envelopes lacrados de cor vermelha. Este segundo tipo sempre saia com outro pacote, sendo este geralmente maior.

— Psiu! — A novata chamou por Ezequiel que se aproximou sobre a cadeira com rodinhas. — O que aquela mulher faz para todo mundo vir até a mesa dela?

— A Fabi...acho que você ainda não está preparada para isso.— Respondeu nosso herói com uma seriedade nunca antes vista. — Não fique querendo se meter em coisas que não sabe se vai saber conviver depois…

— Como assim? — Ele ao invés de extinguir conseguira incendiar ainda mais a chama de sua curiosidade. — O que está acontecendo aqui.

Naquele instante Igor e os encarregados acima dele surgiram no corredor, surpreendidos como ratos os atendentes se ajeitaram em suas mesas. O superior imediato não era o problema, entretanto os que lhe acompanhavam eram muito mais poderosos em termos de hierarquia, eram coordenadores gerais da empresa. O grupo avançou lentamente enquanto Fabiana os seguiu com a visão periférica. Notou que a colega nem se abalara com a presença ilustre dos superiores.

— Dona Catherine. — Igor a chamou em tom formal. — Eu trouxe os gestores do estado como pediu.

Ela ofereceu-lhe as costas da mão. O superior sem demora beijou suavemente.

— Obrigado Alastor querido, pode pegar seu brinde com a Jasmin mais tarde. — Anunciou ela dispensando o supervisor com um sorriso e um aceno sutil.

Igor a respeitava de maneira singular, ela ainda era seu superior imediato, entretanto não demonstrava sua superioridade quanto aquela figura.

— Dona Catherine, você ainda têm um pacotinho com você? — Um dos gestores, uma mulher jovem na casa dos vinte e dois perguntou baixinho. — Eu nunca mais consegui viver sem aquele produtinho.

—  Claro que tenho meu anjo. —  A funcionária ajustou a flor a orelha prendendo o cabelo. Abaixou-se e buscou algo em próximo aos pés da mesa. —  Aqui está. —  Retornou com um saco pequeno semelhante aos de doces em festa de criança. — Mas da próxima vez não vai sair tão baratinho estamos entendidos?  

A mulher meneou a cabeça afirmativamente enquanto entregava-lhe um envelope vermelho lacrado. Catharine o pegou sorridente e virou-se para sua mesa, uma ligação caíra em seu telefone.

— Catherine bom dia, com quem eu falo por gentileza?

Fabiana sabia que algum tipo de comercio existia ali, mas não sabia ao certo o que. Vender produtos dentro da empresa era crime e a punição era passível de justa causa e processo.

— Ei, ei. — A garota cutucou a colega ao lado. — Amanda, me diz, porque ninguém demitiu ela?

— Você quer mesmo descobrir? —  Amanda a encarou com um ar sombrio. —  Se realmente quiser saber saiba que não vai ter volta…

—  O que pode ser tão absurdo assim? —  Questionou-se a novata em seu âmago. —  Quero, estou curiosa de mais.

—  Você que sabe. —  Amanda a puxou para perto. Fabiana sentiu um aroma doce sendo exalado pela garota. —  Ela é a funcionária mais antiga da empresa, pela experiência dela já deveria ser gestora geral, se não sócia… Mas ela nunca aceitou nenhuma promoção.

— O que? —  Fabiana virou-se para Catherine, antes que seus olhos se encontrassem Amanda a puxou novamente. —  Por que ela fez isso?

—  Você acha mesmo que o salário de atendente é o suficiente? Sim ela vende aqui dentro. Mas ninguém têm a coragem de bater de frente com ela, ainda mais por que ela têm muito poder.

— Como assim? —  A atendente iniciante ficara assobrada.

— Foi ela que colocou Igor onde ele está, foi ela que colocou aqueles gestores nos cargos que estão… —  Fez uma pausa. —  Ela vende para todos, desde as faxineiras até o dono da central… Catherine nunca aceitou promoção alguma apenas para continuar com suas vendas.

Ezequiel ouvia a conversa com cautela, controlava-se para não intervir na iniciação da pupila.

—  Ela não foi demitida por que não tem ninguém que o faça, ninguém têm mais influencia aqui que ela. Então...—  A esposa de Ezequiel ajustou a roupa da colega. —  A menos que você não queria mais trabalhar aqui...apenas deixe-a fazer o que faz...

Fabiana se deu conta naquele momento do poder que a colega tinha. Sem perceber, ela a fitou diretamente. Catherine devolveu o olhar com um sorriso e um aceno.

— E o que ela vende, amiga? — Indagou Fabiana ainda com os olhos fixos na colega.

— Avon, Natura e Jequiti...— Respondeu Amanda ao pé do ouvido.

 


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Notas finais do capítulo

"Não existe mulher feia...existe mulher que não pertence a nossa família"
"A poderosa chefona dos cosméticos"

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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