Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 40
Atendimento #040: Prostíbulo


Notas iniciais do capítulo

Clientes são todos iguais aos olhos do atendente, não importa se você é um funcionário público, ou mesmo dono de um prostíbulo.

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00..



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Atendimento #040: Prostíbulo

 

Postura, profissionalismo e pizza de queijo. Os atendentes passam horas sentados em cadeiras mais desconfortáveis que ossos de mamute, ainda assim muitos conseguem ser extremamente profissionais em atender os clientes. E a pizza de queijo, bem...Ezequiel adora mussarela!

Para um atendente não importa o que você faz da sua vida, sério mesmo. Já vimos que o cliente pode falar o quanto quiser que, se o atendente não estiver interessado, ele simplesmente poe no mute e tira o head da cabeça.

— Certo senhora Débora, já resolvemos o problema da senhora no seu telefone celular, têm algo mais que eu possa fazer. — Ezequiel tinha conseguido solucionar com exito o problema do aparelho da cliente.

Tocava uma musica eletrônica em um volume razoável ao fundo, a cliente parecia estar em algum bar ou restaurante, um baladinha talvez. O atendente não reclamou, afinal eletrônica não é ruim, vai...

— Meu amor eu tenho um probleminha aqui com monitores, meu estabelecimento depende deles pra funcionar e precisamos abrir em meia hora. Pode me ajudar?

— Claro senhora, estamos aqui para isso. — O atendente não demorou a juntar os palitos e ver que ela estava em seu estabelecimento. — Senhora Débora.

— Não querido, me chama só de Deby está bem?

— Certo. — Ezequiel se sentia mais tranquilo quando o cliente lhe dizia seu apelido. Era como ganhar uma permissão para relaxar na cadeira de ossos de mamute. — Deby se me permite a perguntar, o estabelecimento é uma casa de shows?

A cliente soltou uma risadinha.

— Não, não querido aqui é uma casa de entretenimento adulto, mas com um foco maior no tato. Se é que você me entende. — Deby deixou a frase no ar dando margem a interpretação. Não queria ser explicita na explicação e por isso usou metáforas.

— É do prostíbulo? — Ezequiel, no entanto, era tão sutil quando um elefante com prisão de ventre. Nem mesmo notou que elevou o tom da voz. Ancelmo lá em sua mesa conseguiu ouvir a indagação. Surpreso engasgou com o leite achocolatado que bebia. — Não por que se for, tranquilo estou aqui para atender e não julgar.

— Eu não queria colocar dessa maneira, mas sim.

— Então perfeito, então vamos lá o que acontece com eles? — O atendente já se prontificava a ajudar a cliente quando alguma coisa em sua mente lhe fez perder o foco. Não, ele não é autista, só divagou mesmo... —  Até onde eu me lembro quem vai no protibulo não vai ver televisão. Isso seria o mesmo que ir na churrascaria e pedir salada. Não faz sentido! — Pensava ele em seu intimo enquanto a cliente dizia os problemas nos monitores.

— Depois disso eles pararam de funcionar.

— Er...Deby, desculpa se isso soar meio inadequado mas… como é que monitores são usados em uma casa das sete letras? — Como eu disse, sutil igual ao godzilla na balada.

— Nosso estabelecimento têm uma atração muito bacana envolvendo esses monitores. Eles ficam em cima do bar e os cliente que chegam para se “divertir” — As aspas ficaram claras pela voz. — ficam vendo o que acontece nos quartos. Um cliente a muito tempo apelidou de:

— Janela da felicidade. — Ezequiel completou o título da atração sem nem perceber.

— É isso mesmo, você já veio aqui? — A mulher não era burra, conseguia reconhecer um cliente de longe.

— A muito tempo quando eu era solteiro e bem mais moleque eu passei em um lugar desses que tinha isso. Me diverti muito ai Deby. — O atendente viu Amanda retornar para a operação com um café e um bolo de coco com noses. — Mas retomando o foco aqui senhora Débora, os monitores estão conectados a energia?

 

Sagaz a garota reparou a mudança de postura de Ezequiel ao entregar-lhe o café. Sutilmente ela leu o nome da cliente e a empresa por qual ela era responsável. Nosso herói sorveu um pouco da bebida.

— Deby’s Bar…— Murmurou ela baixo. — Não foi nessa casa das sete letras que aos quinze você perdeu a virgindade?

Ezequiel cuspiu a bebida quente em spray para o lado. Olhou com uma expressão de horror para garota. Sua voz foi alta o suficiente para todos os colegas e até mesmo a cliente escutarem.Ela ergueu o ombro.

— O que? Esqueceu que crescemos juntos? Sua mãe me conta as coisas tá..


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Notas finais do capítulo

Eu mesmo cuspi o refri que eu tava bebendo quando eu escrevi isso ahahahaha

Certas coisas saem tão aleatórias que eu mesmo surpreendo.

Ainda bem que a sogra de Amanda é gente fina.

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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