Do outro lado da linha escrita por LcsMestre
Notas iniciais do capítulo
Finalmente!!!!!!!!!! Você sabe aquele estilo nojento de falar que os atendentes possuem?????
Então!! Sinto dizer que ele não é o natural, ao menos não todo o tempo.
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)
Atendimento #147: Gerúndio
Ê beleza... você não achou mesmo que eu passaria o livro inteiro sem mencionar esse hábito tão tenso dos atendentes não é? Vou contar uma coisa para vocês, senta aqui no puff do tio. Ao contrário do que se pensa o gerúndio é algo completamente desencorajado nas empresas, claro que existem aquelas completamente sem noção que obrigam seus atendentes a falar desse jeito, mas essas são a grande minoria.
— Para o próxima manobra bora ressuscitar a língua proibida.— Igor anunciara a todos os atendentes sem nem se quer sair de sua mesa.
— Língua proibida? Isso aqui vai virar alguma seita macabra por acaso? — Amanda era relativamente nova na operação e portanto não conhecia a expressão.
— Não sua maluca. — Ezequiel massageava seus tornozelos inchados.
— Ué, e por que não? — Com a resposta todos a encararam com uma expressão de horror. — A gora não pode mais zoar nessa joça ?
Nas operações sempre existem pilastras grossas de sustentação, estas geralmente servem para esconder secretárias e chefes se pegando, mas no caso do setor de nossos herois, além de ter Kauã e uma gestora se atracando muito pesadamente, via-se um monitor. O aparelho mostrava os níveis de serviço, a quantidade de atendentes disponíveis sem atender e até quais tipos de produtos os que estavam em linha atendiam.
— Vou estar começando agora ein parceragem. — Igor apontou para o monitor. — Quero ver os níveis de serviço lá no esgoto!— Tirou do mute. — Lá vem o negão, cheio de paixão. Te catá, te catá, te catá.
— Olá estimado, venho aqui humildemente lhe informar que meu nome é Laurence.
Sentindo uma vontade incrível de pegar um carro, atravessar a cidade e invadir o presidio só para fazer Antônio atender aquele cliente, Igor constatou quem era aquele homem.
— Senhor, vou estar verificando seu registro mas acredito tê-lo visto no atendimento Atendimento #045: Formalidade. — Após uma rápida busca mental ele concluiu. — De acordo com as informações que tenho estado vendo você falava de uma maneira pomposa.
— O senhor é Antônio?
— Quanto a isso senhor vou estar respondendo agora.— Propositalmente o ex encarregado ficou em silêncio. Como sua fome surgiu mais violenta que mulher de tpm, sacou da mochila uma lancheira daquelas que as crianças levam para o ensino fundamental e de dentro dela retirou uma banana descascada presa dentro de uma rosca açucarada. — Não não sou, aliás colega meu almoço tem estado representando bem a situação desse ex-colega.
O cliente não compreendera a simbologia universal por simplesmente não vê-la.
— Ora estimado então como eu poderia chamar vossa persona?
Como o intuito era baixar o nivel da operação tudo era válido.
— O senhor pode estar me chamando de Susy.
E naquele momento o cliente começou a clicar uma caneta em nervoso, entretanto, igor tinha o objetivo de fazer o cliente ter vontade de enfiar um prego em cada olho de tanto ódio, portanto aquilo era só o começo da tortura auditiva.
— Se o senhor não sentir-se confortável pode estar chamando de Maria, ou estar chamando de Ingrid, ou mesmo estar chamando senhor lancheira.
— Olha estimado, está tão forçado seu gerúndio que custo a crer que você fala assim normalmente em seu dia a dia. — O cliente pigarreou tornando a voz mais grossa.— Peço por gentileza que pare de atender de maneira jocosa e me trate com respeito.
— Claro senhor, pode crer que vou estar fazendo isso.— Amanda cutucou seu marido e o ex supervisor ao notar que, Kauã saíra todo desgrenhado de trás da pilastra. — Isso tá estranho demais, nego nem se preocupa em disfarçar mais aqui não é?
— Olha aí, você não estava falando com gerúndio agora. isso é a prova que você está forçando.— Sentindo-se o Sherlock, Laurence apontava orgulhoso para o telefone, claro que Igor não via isso, mas ainda assim a cena era bem ridícula de se assistir.
Amanda, que ouvia a chamada no auto falante tirou o headset de Igor.
— Laurence, você tava falando que nem fresco até agora pouco, mas na ultima frase ficou mansinho igual a cachorro castrado.
— Veja bem er isso não muda o fato de seu colega está ...
Igor pressionou o autofalante.
— O senhor tem estado fingindo esse tempo todo? — Igor conseguia com maestria manter a pose de atendente incrédulo. — Sinto dizer mas terei de estar encerrando essa ligação.
— Você não está fingindo? Esse jeito de falar é seu mesmo?
Os três ficaram em silêncio por um instante, Alastor se corroia para revelar sua real maneira de falar.
— Alo?
— É que ele têm uma doença senhor, ela se chama phonogerundiofagia. Quem tem isso não consegue estar falando normalmente. — Anunciou Amanda enquanto dos dois homens aos seu lado se controlavam para não rir.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que se lembre desse atendimento quando você for tratar com um atendente com gerundismo...
Peça que el provavelmente irá parar. A menos que ele tenha phonogerundiofagia
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D