Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 125
Atendimento #125: Metade do caminho


Notas iniciais do capítulo

A vida é sempre cheia de imprevistos não? Estamos na metade do caminho, já percebeu? Não sei quantos de vocês andam por ai acompanhando de maneira quieta, passiva essa história, gostaria de explicar um pouco da importância dos números...

Com o numero de visualizações, comentários,acompanhamentos, favoritos etc...Eu poderei chegar em alguma editora e apresentar esse livro como algo que um grupo de pessoas julgou interessante, por isso apresentar os números ^^ Se você estiver acompanhando até aqui peço que me diga se está gostando da história e... desculpem pelo rumo que esse personagem teve de tomar...


Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679050/chapter/125

Atendimento #125: Metade do caminho

 

Na rotina maçante dos atendentes fica difícil conseguir pensar em algum tipo de evolução ou mesmo caminho a ser trilhado. Porém não importa se você está estudando para ingressar na faculdade ou mesmo para chegar na churrascaria mais próxima, sempre existe uma estrada a caminhar.

O homem moreno do sol sabia disso. Sentado em sua cadeira ele refletia sobre muita coisa ao mesmo tempo, pensava em sua carreira até ali, pensava no dia que se seguira e imaginava o que sua mulher faria para jantar. Sua calça jeans, camiseta entre aberta  e aneis brilhantes nos dedos denotavam sua personalidade.

Um operador se aproxima dele e o chama.

— Igor.

O supervisor aponta seus olhos castanhos para ele e amoroso responde.

— Que foi filho? Deu ruim?

— A cliente disse que o filho dela colocou fogo no monitor, encaminhou para a autorizada e a mesma não quer fazer o reparo.

Igor Alastor Junqueira tinha trinta e três anos, mas a sua idade mental era muito mais próxima de um moleque de dezessete anos.

— Vem aqui. — Chamou o operador próximo e falou ao seu ouvido. — Manda ela se foder e se reclamar fala que eu que mandei. — Bateu de leve nas costas do operador.

O rapaz saiu da mesa do supervisor com um sorriso na face, claro que ele não diria aquilo, por isso Igor não se preocupava. Mas sempre que um operador provava da personalidade de seu supervisor seus ânimos se elevavam.

— Senhora, o meu supervisor mandou você ir se foder. — Mas Kauã não perdoava a zoeira do encarregado.

Igor arregalou os olhos em surpresa, mas logo em seguida abriu  um sorriso.

— Sua mãe é uma filha da mãe sabia disso? — Deixou escapar uma risada baixa. — Não era para ter falado mesmo seu otário.

O subordinado deu de ombros retornando a chamada. Ezequiel, nosso heroi, chegara naquele instante com sua esposa. A barriga saliente da garota a deixava mais bonita aos olhos dele. Para Igor todos ali eram suas crianças, filhos que ele nunca teve, que não viu crescer.

— Bora trabalhar galera? — O superior ao colocar-se de pé mostrava toda sua estatura de um metro e noventa.

— Nem cheguei já quer mandar ? — Falou Amanda arrumando os cabelos.

— Calma chefe deixa respirar primeiro. — Ezequiel e Amanda seguiram de mãos dadas até suas respectivas mesas.

Monitorando em seu computador ele logo viu ambos acessando seus sistemas e atendendo os clientes. Não demoraria para um deles voltar e perguntar alguma coisa. Cinco minutos depois Ezequiel chamou o superior para falar com um cliente.

— Olha é um absurdo. — A cliente tinha a indignação em suas palavras.

— É um absurdo sim. — Interferiu Igor elevando a voz. — Eu to vendo o que o senhor disse sobre meu operador. “Sua mulher está te traindo com três vizinhos agora” Você acha que isso é coisa que se fale para um cara que está recebendo para resolver seu problema?

— Você vai colocar palavras na minha boca é?

— Senhor, não seja trouxa!  — Os operadores levantaram-se, o show do supervisor acabara de começar.

— Você não têm mendo de ser mandado embora não?

— Você acha que eu tenho? Amigo eu vou deixar uma coisa bem clara pra você eu tenho meu taxi em casa, não dependo só desse esquema pra viver não chefe. — Estralou o pescoço. — Eu posso puxar a ligação colocar em um pendrive e enfiar na sua goela a baixo?

— Ma-ma-ma-mas como.

— Mas o que chefe? Vem insultar meu operador e acha que vai sair daqui normal parceirinho? Teu problema que tá escrito aqui, televisão com o controle fincado na tela. — Citou o protocolo. — Acha que somos imbecis? Eu to ligado que você jogou esse controle ai por que pegou tua mulher com seus três vizinhos, Ninguém usaria esse argumento com mais ninguém. — Levantou-se com os braços erguidos. — Só por que tua galha têm ramificações não quer dizer que meu operador tenha seu trouxa! A mulher dele é honrada aliás ela está aqui se liga!

Igor fez a empolgação se elevar ao passar o headphone para Amanda.

— Vai se foder seu otário respeita a Major!

— Tá vendo? — O supervisor voltou a falar com o cliente.— Aqui chefe ou você é sincero e faz os esquemas como queremos, ou você é chamado de corno por toda a minha operação.

E com a ideia levantada Igor ergueu o headphone para os demais operadores.

— Corno! — Falaram a uma só voz.

— Pois é amigo, aqui ninguém meche com as minhas crianças.

Com o botão do Drop pressionado ele mandou o cliente pastar. Uma salva de palmas soou em coro tomou toda a operação, não só o setor de Igor, mas todos os outros seguiram a onda.

As chamadas foram colocadas no mute  até o ruido diminuir.

O supervisor sentia-se querido e com lágrimas nos olhos ele foi até sua mesa.

— Eu vou sentir falta de todos você meu filhos...— Sussurrou ele para si mesmo.




 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mais uma vez, espero que me desculpe... Mas vocês vão ver que isso é por uma boa razão...
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do outro lado da linha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.