Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 126
Atendimento #126: Cilada


Notas iniciais do capítulo

Já armaram para você? Festa de aniversário, encontro surpresa com alguém de duas vezes sua idade ou mesmo te embriagaram para ficar com alguém a contra gosto? pois é... eu sei como é..

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679050/chapter/126

Atendimento #126: Cilada

 

Você mora em um lugar barra pesada? É você entendeu, eu estou me referindo aquele lugar sinistro onde até as pombas têm medo de pousar para soltar um barro na cabeça dos outros. Você sabia que esse tipo de região é tão tensa mas tensa, que os correios vão entregar as encomendas com escolta?

Pois é amiguinho se você acha que as empresas não sabem que você tá no meio de uma faixa de gaza se enganou, existem vários mapas onde eles têm a relação da criminalidade e do risco de implantar seus serviços.

— Amanda bom dia com quem eu falo? — A garota usava um vestido largo que ia até os tornozelos, a pele clara como a neve ficava a mostra  a medida que balançava os pés descalços e inchados.

— Falae Amanda aqui é o Jadson da assistência da zona leste. — Fato curioso, todos os técnicos que ligam para a central sempre acham que o serviço fica em seu estado. — Cê têm como verificar o mapa de risco para mim? — A solicitação incomum deveria ser tratada pelos supervisores, porém, por alguma razão que a garota desconhecia, seu encarregado não viera.

— Tá certo, você que sabe. — A garota se levantou calçou as sandálias leves e foi até a mesa da supervisão. No dispositivo a mesma encontrou várias coisas bem constrangedoras; listas de compras em supermercados que incluíam litros de azeite, panfletos de prostíbulos contendo a foto de seus sogros, até um comprovante de compra de uma sex shop existia. — Gente… — Falou ela tirando os papeis e acessando o dispositivo, copiou o mapa e enviou para seu computador. — O que você quer saber, garotinha?

Os técnicos geralmente trabalham com um carro. Isso! Você agora deve ter se lembrado daqueles carros que têm escadas na parte de cima, cabos amarrados e símbolos das empresas,pois é, são esses mesmos. O homem relutou a falar, parecia nervoso com algo ou alguém. Deitou no banco, respiração acelerada.

— Ou, Jadson? tá ai criança? — A garota sacou um chilete duro e começou a mascá-lo.

— Tô sim, — Valou diminuindo o tom da voz.— vê ai pra mim se aqui é uma zona de risco e se for me diz de que grau.

—  Tá bom.— No mapa de Amanda existiam várias linhas de diversas cores, azul, amarelo, laranja, vermelho e preto. No grau de periculosidade azul era sem risco e preto era risco máximo em ordem crescente.  — Ta tudo no azul pelo que eu vejo. Por que você tá tão nervoso assim cara?

— Azul? Jura mesmo? Quer dizer que se eu continuar avançando por essa rua, onde têm sete homens fortemente armados de fuzis bloqueando qualquer carro que passe, eu não vou tomar um tiro?

Amanda ficou muda, seu colega de empresa estava só um pouco ferrado considerando que ele estava em uma rua de uma única direção e os carros atrás dele buzinavam para ele andar.

— Tá, eu entendi. — Falou Ezequiel se levantando. — Só um segundo que eu vejo. — Colocou a chamada no mudo. — Droga cade o Igor quando eu preciso desse corno?

Amanda colocou o colega no mute, que se dane o que aconteceria com ele.

— Que foi mocinha.

— O cliente aqui tá falando que o técnico ainda não chegou na casa dele, preciso ver o telefone desse corno. — Conferiu o nome do prestador de serviços. — Jadson Lorenzo.

— É esse corno aqui. — Amanda apontou para o telefone. — Acho que teu cliente não vai poder ser ajudado.— A garota explicou o caso para nosso herói elevando o medo do colega.

— Então ele tá se mijando né...— Deu de ombros. — Fazer o que… — Tirou a chamada do mute.— Senhor, ao que tudo indica existe alguns homens armando uma cilada no começo da sua rua, acho que não vamos poder mandar nosso técnico devido aos riscos da tarefa…

— A é só por isso que o cara tá demorando? — O sotaque carioca inundou a chamada. — Só um segundo parcerin. — O cliente pegou um rádio comunicador e pressionando o botão chamou alguem. — Aê seus panaca, tão vendo algum? Carro de algum técnico por aí?

E sem demora alguém do outro lado respondeu.

— Chefe têm um cara se tremendo todo aqui no carro, tá parado no meio da rua e não deixa ninguém passar. — E após um breve instante de silêncio o rapaz continuou. — Quer que a gente passe ele?

— Não pô, deixa o cara passar. — Falou o cliente para seus subordinados.

Na rua a formação de homens armados se desfez, um deles apontou para o carro do técnico que entrou em desespero. Jadson largou todas as funções do corpo e quando os homens finalmente chegaram à sua janela o cheiro era insuportável. Amanda escutou tudo horrizada até a chamada cair.

— Ezequiel? — Chamou o homem

— Sim? — Respondeu nosso herói travando todos os orifícios do corpo de maneira a não deixar passar nem wi-fi.

— Todos os técnicos de vocês trabalham cagados ou é só esse?







 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não sei, posso estar errado, mas eu acho que o técnico teve de tomar um banho na casa do cliente...

Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do outro lado da linha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.