Depois que voltamos em nosso estado normal, minha mãe veio toda amorosa e carinhosa conversar com Sophy. Agora ela estava aceitando melhor a idéia de ter uma nora grávida, por mais que fosse nascer um vampirinho.

Eu sabia que minha mãe seria mais compreensiva  do que Leah, e como Sophy me disse, poderia ser que ela pensasse melhor e voltasse. Não estava me importando com  a volta de Leah mais, desde que ela não me fizesse mal, tudo estava bem.

A festa foi ótima! Enfim consegui esquecer o problema chamado Leah e aproveitar tudo. Tinha muitas coisas para comer e beber.

Chegou meia noite e trocamos presentes. Isso era mais hábito dela do que meu, na minha casa eu recebia os presentes de manhã, não à noite. Eu e Sophy ganhamos várias coisas.

Ganhei dela um computador, adorei! Claro que ela poderia me dar um rato e eu ia gostar da mesma maneira. Mas um computador era algo que sempre quis ter, mas nunca pude por causa do baixo orçamento da família Clearwater.

Para ela dei um colar de ouro com alguns detalhes em diamante... Pelo meu ponto de vista, era algo lindo. Ela amou, me mostrou com seu toque. Sua expressão quando viu a denunciou, eu a conhecia tão bem que as vezes nem precisava do poder de Renesmee.

Demos para Ian muitas roupinhas, era mais simbólico, pois sabíamos que ele não ia usar agora. Fora que, nem sabíamos como ele nasceria, se teria o mesmo tamanho e tudo mais!

A festa foi maravilhosa até as 4 horas da manhã. Algo que eu temia estava para acontecer, Ian estava crescendo, bem na hora errada, na frente das pessoas erradas!

- Seth, ele está querendo expandir agora, estou sentindo...

Quando ela disse isso, pensei automaticamente em Charlie ali do lado. Para ele, Sophy estava grávida normalmente.

- Calma! Você não pode ficar aqui! Charlie não sabe!

- Sim, não posso! Vamos dar uma desculpa!

- Sim... preciso pensar rápido... e se falarmos que você precisa dormir? Não sei, mas isso parece ser coisa de grávida.

- Ótima idéia, as grávidas tem sono.

Levantamos e bem na hora que íamos nos despedir com nossa desculpa, ela começou a gritar. Eu a peguei no colo, olhei para todos e corri levá-la longe dali.

Eu não tinha idéia do que eles iriam falar para Charlie, eu só cuidei dela nesse momento. Como todas as vezes, não tinha maneiras de fazer a dor parar, só me restava esperar.

Fique abraçado a ela um bom tempo, logo a dor passou e isso me tranqüilizou. Acabei dormindo, como sempre, na hora errada.

Acordei de manhã e os convidados já tinham ido embora. Prontamente perguntei qual foi a explicação de Charlie.

- Bom dia meu amor!

- Bom dia querido!

- O que houve com Charlie?

- Ah sim! Falamos que minha gravidez era de risco e que isso acontecia com freqüência.

- E ele acreditou?

- Ah, pelos seus pensamentos, ele ficou meio na duvida... mas acreditou. Acho que ele já sabe a verdade, é meio óbvio que sua neta de 7 anos tem tamanho de 17.

- Menos mal. – Murmurei. – Também acho que ele já sabe tudo.

Esse foi o nosso primeiro Natal juntos...

Os dias passaram, não apenas dias, mas foram bons meses. Leah tinha voltado, isso era bom e ruim. Nós não conversávamos mais um com o outro, mas ela pareceu aceitar a idéia.

Minha mãe falou com ela também, isso ajudou um pouco. Mas ela ainda continuava não olhando para minha cara, continuava com seu ciúmes bobo.

Sophy estava com 10 meses de gestação. Olhávamos para a sua barriga e parecia ter no máximo 6. Isso nos deixava muito preocupados.

Carlisle estava mais calmo, ele acreditava que nosso neném iria demorar mais tempo que o normal para crescer.

- Carlisle, hoje faz 10 meses de minha gestação... será que ele ainda está vivo? – Sophy perguntou aflita.

- Está, ele é um ser diferente, e onde ele se encontra também não é propício, ele tem que se adaptar.

- Eu entendo, mas não teria como tirar ele antes? – Perguntei ansioso.

- Não, de maneira alguma. Não sabemos como ele está agora, seria arriscado.

Resolvemos não ficar mais tão preocupados. Iríamos confiar em Deus, estávamos nas mãos dele, se ele quisesse seu nascimento, tudo correria bem.

O relógio parecia que andava mais rápido, hoje faria um ano que nos casamos. Ela não queria festa, dessa vez ela queria apenas um momento comigo, um programa para nós dois...

Já fazia tempo que não saíamos, não podíamos aparecer em público com uma gestação de 12  messes. Também não fazíamos amor muito, eu tinha medo de machucar o neném.

- Meu amor... já que vamos fazer um programa a dois, você tem algum lugar especial que queira ir? – Perguntei, tentando agradá-la.

- Só existe um lugar que eu quero ir com você!

- Onde? Onde é tão especial assim? – Perguntei totalmente ausente de onde ela se referia.

- Quero ir para o nosso ninho de amor!

- Você realmente gosta de lá? – Falei mais como uma afirmação.

- Amo, não tanto como você, mas amo!

- Realmente eu não sabia dessa sua paixão...Vamos então minha querida!

- Vamos! – Sorriu.

Pegamos coisas básicas para passar o dia, alguns alimentos, água e uma toalha para colocar em cima, como se fosse um piquenique. Iríamos voltar à noite.

Olhamos para ver se não faltava mais nada, colocamos todas as coisas no carro, depois fomos. O caminho todo foi guiado por muitas reminiscências. Falávamos dede a época que nos conhecemos na floresta, até os dias de hoje.

- Puxa... Já vivemos tudo isso? – Perguntei meio espantado.

- Já, e eu gostaria de viver mais ainda...

- Temos a eternidade minha querida!

Chegamos a nossa caverna, ela estava exatamente idêntica. Cada rocha estava no mesmo lugar que a deixamos... ela ficou maravilhada com isso.

- Seth, ela está linda!

- Está, não mudou nada!

Já era a hora do almoço, peguei as coisas para comer. Hoje ela não tinha fome, isso era bem raro. Sobrava  mais para mim, isso era bem bom.

Enchi minha barriga, comi o dobro por ela não comer hoje. Depois deitamos no chão da caverna, eu para descansar. Continuamos conversar.

- Ah Sophy, você nem imagina como foi quando contei para a minha mãe que estava namorando...

- Tadinha Seth eu sou um desgosto para ela!

- Claro que não é!

- Ah Seth, você lembra quando eu te dei o carro?

- Mas é claro que lembro! Eu fiquei tão feliz... Você lembra quando te dei a pulseira?

- Claro que lembro, eu achei tão linda... – Ela acariciou a pulseirinha em seu braço. – Perfeita. Lembra quando você achava que eu estava louca?

- Nem me lembre! Eu gostaria de nunca ter feito isso com você! Me perdoe!

- Imagine meu amor, isso já passou, eu já até esqueci isso... – Ela acariciou minha mão para me confortar.

- Mesmo assim não foi justo!

- Vamos mudar de assunto... Lembra da nossa lua de mel? – Ela ergueu as sobrancelhas duas vezes.

- Se lembro, foi perfeito!

- Foi... Não só aquela vez...  Toda a vez!

- Claro, você é perfeita para mim.

- Ah Seth, eu te amo tanto...

- Eu também te amo, muito!

- Ei Seth lembra...

- Lembra?

- Seth!

- Fala meu amor!

- Seth, SETH! IAN... – Nesse momento eu levantei do chão e olhei em seus olhos.

Seus olhos não focavam mais nada! Olhei para a sua barriga e estava expandindo. Tentei tranqüilizá-la.

- Amor, calma, ele só quer espaço!

- Não! Ele quer sair!