—Cindy, você precisa levantar mais a bandeja enquanto anda, se não vai bater nos outros – falou Boa, andando pela sala onde o pessoal da turma estava reunido.

—Mas se eu levantar mais eu vou derrubar! – grunhiu a loira – Onde eu estava com a cabeça quando aceitei participar disso?

—Você não treinou? – Boa a encarou, espantada – Faz semanas que estamos ensaiando!

—É claro que eu treinei – Cindy revirou os olhos – Mas é muito difícil!

—Como pode ser difícil para a capitã das líderes de torcida equilibrar uma bandeja – Dany, sentada sobre uma mesa, suspirou longamente – Sendo que joga outras meninas para cima com facilidade?

—Ah, você estava aqui? – Cindy a encarou sobre o ombro, e depois seguiu falando – Eu sou uma princesa, diferente de muitos não tenho nenhuma obrigação de saber lidar com bandejas e talheres.

—Irônico isso vindo de você, já que a sua mãe é... – Dany falou, seguindo até a porta – A gata borralheira!

Andrew riu, parando ao lado de Cindy – Essa você mereceu.

—Ah, cale a boca – grunhiu a loira – Ou quer que eu conte pros seus pais o que você anda fazendo?

—Minha Fada Madrinha, parem de brigar vocês dois! – ordenou Boa, voltando para onde eles estavam – Andrew, onde está sua gravata? Cindy...

—Eu vou procurar Laurent – anunciou à loira, antes que ao falasse qualquer coisa – Aquele idiota foi até a cozinha pegar pratos ou preparar o jantar?

—Tudo bem, faça isso – suspirou Boa, cansada – Muito bem pessoal, acabem de se arrumar, entramos em quinze minutos!

...

Maison, Carly, Ethan e Jullie entraram no salão um pouco atrasados, a maioria dos convidados já estava acomodada em seus lugares, embora alguns ainda estivessem chegando. Havia um grande palco em frente ao salão, e as mesas estavam acomodadas com perfeição ao fundo, deixando bastante espaço disponível para o baile que ocorreria após o jantar.

Enquanto isso, adultos e jovens andavam despreocupadamente entre a pista e as mesas de doces e bebidas distribuídas nas laterais.

—Pela areia do deserto – falou uma mulher árabe, extremamente bela, com longos cabelos negros e uma menina no colo, parando ao lado de Jullie – Seu vestido é fantástico!

—Ah, obrigada! – ela sorriu um pouco constrangida, e puxou Ethan pelo braço – Foi um amigo quem fez!

—Sério? Você é tão jovem... Mas é muito talentoso! – ela sorriu, ainda fascinada tocando a saia do vestido de Jullie – Eu sei que está um pouco em cima da hora, mas você aceita encomendas para a coroação?

Jullie riu, ela sabia que com a habilidade de Ethan ele poderia fazer seis, talvez até sete vestidos de festa em apenas um dia. Com uma semana? Não estava nada em cima da hora!

—Hã... Eu...

Jullie revirou os olhos – Ele aceita!

—Maravilhoso, eu passo na escola amanhã mesmo para falar com vocês... – exclamou ela, maravilhada.

—Ethan – Jullie completou.

—Ethan – ela concordou, se afastando.

—Espere – Chamou Jullie, antes que ela se afastasse – Por acaso, você seria...

—Jasmim, de Agraba – falou ela, sorrindo, e se afastando como o bebe no colo.

—Parece que alguém fez amizade – falou Carly, se apoiando nos ombros de Jullie – E justo com que?

—Quieta, cachorrinha – riu Jullie, batendo na cabeça de Lady – Onde está Maison?

—Foi pegar uma mesa para nós – falou Carly.

—Por falar em amigos – Ethan olhou em volta – Onde estão nossos colegas de classe? Não vejo ninguém por aqui?

—E quem você queria ver no momento? – riu Jullie – Cindy?Ou Dany?

—Sinceramente, Jullys? Nenhuma! – ele suspirou, seguindo pelo salão – Vamos achar o Maison, certo?

...

—Parem com isso – grunhiu Maison, enquanto Jullie e Carly brigavam pelo último chocolate na tigela sobre a mesa – Estão passando vergonha em frente a toda Auradon.

—O que importa? Em algumas semanas estaremos... – Jullie começou a falar, mas recebeu um olhar de advertência do menino de cabelos roxos e calou a boca, entregando o bombom para Carly – Pode ficar, não preciso de mais calorias antes do jantar!

—Finalmente vocês... – Ethan começou a falar, mas neste momento todas as luzes se apagaram – O que ouve?

—Oh, o que ouve? – a voz de Boa encheu o ar, silenciando todos – Acho que foi uma falha no sistema, não?

—Acredito que sim – a voz de Andrew concordou – É uma pena, a noite estava apenas começando...

—Espera... Quer dizer que acabou a festa? – perguntou Boa.

—Não vejo outra opção! – suspirou Andrew – Eu queria tanto dançar. Pratiquei a semana inteira.

—Mas a festa não pode acabar! – Boa exclamou... Talvez se acendêssemos algumas velas...

Imediatamente, centenas de velas nos candelabros em volta do salão, e em cima das mesas, se acenderam sozinhas. Em cima do palco, estavam Boa e Maison, com roupas que lembravam garçons.

—Bem melhor! – sorriu Boa – Acho que podemos continuar a festa!

—Sem música? Impossível – Exclamou Andrew – Acho melhor cancelarmos tudo!

Varias pessoas fizeram sons de tristeza, aparentemente tentando contar o riso.

—Mas a comida está pronta! – falou Boa – Pelo menos deveríamos jantar.

—Bem, agora que comentou... Esqueci-me de avisar que os garçons não vieram! – falou Andrew.

—Sem garçons e sem música? – exclamou a menina – Acho que vamos mesmo ter que acabar com a festa. Apaguem a luzes!

Os candelabros se apagaram imediatamente, deixando o salão na mais completa escuridão.

Boa: Minha cara Senhorita, é com o mais profundo orgulho e o maior prazer que a recebemos esta noite. E agora, convidamos você a relaxar, permita-nos puxar uma cadeira enquanto a sala de jantar orgulhosamente apresenta o seu jantar.

 Os candelabros se acenderam de novo, revelando todos os alunos da turma de Boa e Andrew, posicionados entre as mesas, perfeitamente uniformizados e segurando bandejas com taãs, pratos, ou tapadas.

Be Our Guest - Pentatonix

Andrew: Be our guest
Be Our Guest
Coloque o nosso serviço à prova
Aperte o seu laço em volta do seu pescoço e coloque o seu vestido favorito

 Todos os alunos saem dançando, servindo seus pratos para os convidados na mesa, dando giros e fazendo passos fenomenais em meio a isso, enquanto Boa e Andrew cantam no palco.

Boa: luzes cintilantes
Eles são tão brilhantes
É uma noite muito especial
Olhar em volta
Que multidão temos
Estamos alegres e muito orgulhoso

Boa: Cantaremos
Vamos dançar
Por favor, aqui é a França.
E esperamos que você desfrute do nosso melhor
Não há mais necessidade de pressa
Apenas relaxe, não se preocupe.
Be our Guest
Be Our Guest
Be Our Guest

Boa e Andrew descem do palco, pegando uma bandeja cada um e se juntando aos outros.

Todos: Woah ...
Oh ...
Woah ...
(Be our Guest)

Todos soltam as bandejas, se dedicando a coreografia, liderados por Cindy e Laurent.

Todos: Be our, be our
Be our guest
Be our, be our
Woah...

O público ri, prova os pratos sobre suas mesas, canta e dança junto, até mesmo a fada madrinha, para a vergonha de John, que esconde o rosto nas mãos, enquanto a mãe ri.

Todos: Be our, be our
Be our guest
Be our, be our
Oh oh oh oh oh oh

Os meninos se reúnem em volta do palco, onde Cindy e Laurent estão para o seu grande passo, que faz todos vibrarem, e logo em seguida Laurent pula do palco para se juntas aos outros meninos na coreografia solo.

Todos: Woah-oh-oh-oh-oh-oh-oh...

Boa e Andrew voltam ao palco, enquanto os outros se reúnem na pista de dança em frente a ele, em uma coreografia excelente.

Dueto: (Woah ...)
Um por um
Você nos mostrou algo muito divertido
Então vamos cantar para você dormir enquanto faz a digestão
Esta noite você vai colocar os pés para cima
Mas, por enquanto, vamos comer
Be our Guest
Be Our Guest
E Our Guest
Please, Be our guest!
Woah ...
Oh ...

—O Jantar está servido! – anuncia Boa, enquanto todos se curvam e os convidados aplaudem.

...

—Estava tão linda – falou Bela, para a filha, enquanto todos os pais se reuniam com os ditos filhos em meio à pista de dança – Nem acredito que preparou tudo isso.

—Cindy e Andrew fizeram tanto quanto eu – ela deu os ombros.

—Isso não tira seus créditos – falou o Rei Fera – A garotinha do papai está crescendo!

—Pai, para... – ela corou.

—Mas isso não quer dizer que nos esquecemos do que você fez – falou Bela, colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha – Não tínhamos combinado que não sairia de moto até a coroação?

—Sim, mas...

—Uma foto! – O fotógrafo se aproximou, enquanto os três se arrumavam para serem fotografados.

—A propósito, eu tenho um namorado novo – ela falou.

—Verdade? Bem, eu nunca quis falar nada, mas aquele menino, Andrew, sempre me pareceu tão... Eu não sei... – Bela deu um suspiro – Não parecia certo para você, entende?

—Acho que sim – ela concordou – Mal posso esperar para que vocês conheçam o Maison... Olha ele ali! MAISON!

O Flash estourou em suas caras, focando no rosto espantado da Rainha Bela.

—Você estava incrível – falou Maison, a abraçando – Não sabia que cantava.

—Já deveria ter se acostumado, eu sou cheia de surpresas – ela riu – Quero lhe apresentar aos meus pais! Mamãe, papai... Esse é o Maison! Da Ilha. Meu namorado!

—Olá! – falou a Rainha, um pouco mais alto que o normal.

—Majestade – Maison curvou a cabeça

—Olá – cumprimentou o rei, e deu uma olhada para Boa, que piscou inocentemente.

—Achei que Maison talvez pudesse jantar conosco – ela propôs, sorrindo.

—Oh, claro. Quer dizer, seria muito bom nós o conhecermos melhor, e... – O rei começou a falar, com aquela cara que dava medo a qualquer garoto que se aproximasse de Boa quando ela tinha doze anos.

—Eu iria adorar. Mas eu vim com meus amigos, eles devem estar me esperando – falou Maison, sorrindo – Quem sabe na próxima?

—Por que não chama eles também? – perguntou Boa, mas ele fez que não.

—Você sabe como eles são... – Maison revirou os olhos, e deu um beijo na bochecha dela – Nos vemos depois.

Os três olharam Maison se afastar, e Boa suspirou – Tudo bem podem falar!

—Vamos conversar sobre isso – garantiu o rei – Mas antes, a moto. Para a mesa, mocinha.

—Posso trocar de roupa antes? – perguntou ela, se virando para ele.

—Vá! – suspirou a Rainha Bela, e Boa saiu correndo, embarrando em algumas pessoas no caminho – Querido, acho que não estou passando bem...

—Vamos nos sentar.

...

Boa parou a caminho do salão, esbarrando com Dany.

—Nossa... Você está... – Boa olhou a menina de cima a baixo – Nem parece você nesse vestido.

—Obrigada... O que um vestido não faz, não é mesmo? – Brincou Dany.

—Ou um garoto – Boa lhe deu um empurrãozinho.

—Você sabe disso melhor do que eu, não é? – Dany riu – Você e Maison ficam tão bonitos juntos... Quem diria que a nossa princesa fera viveria seu próprio conto de fadas?

—Isso está bem longe de ser um conto de fadas, Dany – Boa suspirou – Acredite.

—Não diga isso até que a história acaba – garantiu Dany - Então? Onde está nosso príncipe encantado?

—Provavelmente tentando colar os cacos do coração – Boa fez uma careta, mas Dany não pareceu entender – Andrew e Jullie brigaram...

—Garanto que eu sei de quem é a culpa.

—Eu também, só espero que Cindy não faça mais nada por hoje – suspirou Boa – Eu tenho que ir, meus pais estão esperando!

—É melhor correr, ou vai perder meu show! – riu Dany.

—Você... Você vai tocar? – Boa a olhou, espantada – Mas você morre de vergonha de tocar em público.

—Algumas coisas mudam alteza – brincou Dany – e hoje eu vou fazer muito mais do que tocar piano!