Amores Proibidos escrita por Kikyo, SwanQueenRizzles


Capítulo 6
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Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Quero agradecer o carinho e motivação, vocês são suuuuuper fofos.

OBS: No final temos uma pergunta importante referente aos dois próximos caps

Só um detalhe... Esse cap é focado na relação de Jane e Emma, a personalidade mostrada aqui é apenas entre elas. Sabe aquela amiga(o) que quando vocês estão juntos parecem dois idiotas, tipo isso. Nossa intenção é mostrar as duas mais leves, uma ao lado da outra, brincando mais, zuando... Coisas assim (porém apenas entre elas)



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Emma & Regina



— Ei loirinha! - Jane chamou por Emma, e como um imã todas as  adolescentes correram ao encontro da morena.
Emma aproximou mais do vidro abaixado do carro, quase sussurrando para Regina

— Por favor, vamos pra outro lugar, Regina. Gostei muito da Jane, mas... Mas ainda está cedo pra acabar essa noite não acha? - Emma sorriu nervosa enquanto Regina a olhava confusa.

— Volta para sua noiva, Swan - Regina deu partida no carro, se arrependendo antes de chegar a esquina, deu uma ultima olhada no retrovisor e sentiu um nó se formando em sua garganta ao ver Emma abraçada a Jane para tirar fotos com algumas fãs.



***

Jane & Maura... e Emma


— É verdade que você gostaria de ser jogadora de beisebol quando era mais nova, Jane? – As adolescentes bombardeavam Jane e Emma com perguntas sem darem tempo de resposta.

— Quanto terá fotos de vocês juntas no instagran de vocês? 

— Emma beija bem?

— Por que vocês não respondem no Twitter?

— O que suas famílias pensam desse casamento?

— Meu Deus, Emma!!! Que tanquinho é esse?! Olha esses braços!!! Larga a Jane e casa comigo?

— Me sigam no tik tok, por favor?

— Emma, você está com medo da sua luta de sábado?

— Mandei nudes no direct de vocês!

— Vocês já pensam em filhos?

— Jane chupa gostoso?

            Emma e Jane não sabiam o que fazer, se pousavam para fotos, davam abraços ou respondiam as várias perguntas que estavam sendo feitas para elas. 
Maura pegou a chave com o manobrista indo em direção a algumas adolescentes literalmente se jogando em cima do casal, principalmente de Jane que não parecia nem um pouco desconfortável com a situação.

“Mas essas meninas estão muito abusadas pro’ meu gosto!” Maura pensou  “Pra tirar uma foto não precisa colocar as mãos nos glúteos de uma pessoa, ou nos seios, ou nas coxas!!!! Elas estão aproveitando da situação.” Então foi tirada dos seus pensamentos por uma voz bem fina e irritante puxando a manga do seu vestido.

—Hey tia, tem como tirar uma foto nossa aqui, por favor?- Perguntou umas das tietes que correu e colocou a mão em cima do bumbum de Jane e agarrou a cintura de Emma um pouco mais forte do que deveria.  “Ah como eu queria que a Regina estivesse aqui agora. Essas garotas correriam uma semana sem olhar pra trás de medo!” Maura resmungou

            Pegou a câmara com nenhuma vontade para tirar a foto que as “fãs” pediram. Uma menina baixa aproveitou o meio fio e roubou um beijo de Jane. Todas as outras olharam no mesmo instante para Emma que ainda estava um pouco cega pelo flash e ria com a situação do “beijo”.
Maura bufou e aproximou dando um leve tapa na mão que estava no bumbum de Jane.

—Vamos embora. Depois vocês tiram mais fotos — Segurou Jane e Emma pelo braço, praticamente arrastando as duas para o carro.


—Hey!- Uma das adolescentes gritou para Maura quando ela entrou no carro.

— Acho que elas querem mais fotos - Emma sorriu e acenou para as meninas assim que Maura deu partida.

— Vão continuar querendo. Já não aproveitaram demais não?- Maura pisou com força no acelerador

— Elas estão correndo atrás do carro Maura - Jane falou olhando no retrovisor. - Será algum problema?

— Não sei do que está falando Jane, isso é normal.  Vocês são a noticia do momento e elas não se contentam em somente tirar algumas fotos ou pedir autógrafos, sempre ficam querendo mais, e ainda por cima algumas são até abusadas sabe... 

            Maura reclamava, as vezes atropelando as palavras e Jane não estava entendendo nada do que estava acontecendo, simplesmente deixou a loira desabafar, afinal parecia mais seguro ser apenas um ouvinte naquele momento para evitar um acidente de carro. Emma apenas observou do banco de trás e sorriu.
 






As adolescentes analisavam as fotos

— Mas que vaca! Achei que ela sabia tirar foto. Olha só! Ela só cortou nossas cabeças, e agora como vou provar que beijei a Jane?!”


***


Regina & Henry


            Regina entrou em sua sala jogando a bolsa sobre o sofá. Retirou os saltos e se jogou em uma poltrona massageando as têmporas.
Olhou para o teto e deixou o ar sair devagar. “O que esta acontecendo comigo? Preciso de um Whisky urgente”

Escutou passos batucando na escada e logo um pequeno peso começou a escalar suas pernas e sentou em seu colo.

— Oi meu príncipe. – Regina beijou o cabelo desarrumado.— Você deveria estar dormindo.

— Esperando você. Olha! Sem pés! – Henry levantou os pés coberto pelo macacão de cachorro. Regina agarrou um dos pés e começou a morder, causando uma crise de risos no pequeno homem.

— No maaamiii! Cócegas! Maaamiiii!!!

— Cachorrinho não sente cócegas na patinha. - e imitou a onomatopeia canina enquanto fingia morder o pequeno pé.

— Eu sinto Au Au – Regina atacou o pescoço do garoto com os dedos, que se contorceu enquanto gargalhava novamente, e tentava esconder o pescoço dentro do macacão de labrador.— Maaamiii! Cócegas.

            Regina riu quando Henry aconchegou melhor em seu colo, escondendo os pés e puxando as orelhas de cachorro da toca  para esconder seu pescoço.

— Quando Emma vir? – Henry brincava com o colar da mãe, fazendo Regina corar ao lembrar-se do comentário de uma certa loira sobre aquela mesma peça.

— Amanhã meu amor. Amanhã.

— Amanhã é muito? – Henry sentou e encarou a mãe.

— Não. Bem pouquinho.

— Olha! - Henry apontou para a boca da mãe - Você mostra os dentes quando fala Emma. Por que?

— Porque fico feliz. Agora vamos pra cama que vou te contar uma história com muitos dragões e príncipes.

— E cachorros?


***

 


Jane & Maura... e Emma

— Maura, as meninas falaram sobre minha luta sábado? Que luta?

— Ah é loirinha, tu luta né? Boxe? – Jane virou para trás olhando sua noiva

— Muay Thay.

— Sou sua fã garota! Toca ai! É no pese leve que ficam as gatas. Mas me conta aí, como é que voc...

— Sim Emma, você terá uma luta no sábado – Maura interrompeu — Os ingressos já esgotaram. Sua estreia será patrocinada pela Adidas.

— E só me falam agora? – Emma olhava desconfiada para Maura.

— Sim, possivelmente amanhã você deve conhecer sua treinadora. E o noivado de vocês será daqui duas semanas.

— Por que tudo nessa empresa é assim? Tudo em cima da hora? Você e a alteza lá estão escondendo alguma coisa? – Jane falou áspera

— Estamos apenas seguindo ordens, assim como vocês.


            Jane bufou e a encarou. Maura devolveu o olhar. Emma nunca tinha visto uma conversa silenciosa entre olhares e aquela foi extraordinária. Os olhos de Jane percorreram com rapidez o rosto da Maura, da esquerda para a direita, e de novo para a esquerda. Maura se limitou a sustentar o olhar, calmo e sereno. Era elegante e fascinante, e quase tão interessante quanto o fato de Maura esquecer que dirigia.

— Detesto interromper – Emma anunciou. – Mas acho que há um caminhão de cerveja bem aí na frente.


            Maura levou um susto e freou, bem a tempo de evitar transformar a todos num adesivo no pára choque do caminhão da cerveja Peronni.

— Por isso que prefiro as cervejas pretas. – Emma brincou

— Acredita que essa cerveja que quase nos matou é minha preferida? – Jane sorriu e olhou para a noiva.

            Maura olhou incrédula para as duas se perguntando como elas conseguiam mudar de assunto tão rápido e não estarem com o coração saindo pela boca como ela estava.


***

Jane


            Como era bom sentir aquela pele macia em meu corpo. Aqueles cabelos loiros, macios e cheirosos me deixavam louca. Cada gemido que saia da boca de Maura era como um combustível para eu continuar as minhas caricias naquele corpo que pedi por mais contato.
Meus beijos saíram de seus lábios e foram para seu pescoço, mordidas eram dadas até aquela pele ficar vermelha, mas o sorriso naqueles lábios não parava.
Era tão bom saber que ela estava gostando das caricias, isso me incentivava mais ainda a continuar, meus beijos desceram para seus seios e que seios! Não parava de admira-los, mas onde eu queria chegar estava um pouco mais em baixo, continuei meu caminho de beijos por seu abdômen, ao chegar a sua calcinha fui tirando-a sem desviar nosso olhares. Quando terminei de tirar,  vi aquele sexo pulsante em minha frente... Que seja somente meu, naquele momento! Não importava se eu estava prestes a casar ou não, mas desejava aquele corpo só para mim, a sua voz chamando por meu nome era magnífica. Queria aquela voz gemendo meu nome e pedindo por mais.

— Jane... Jane... - Era tão bom estar dando prazer para ela, mas ela não parava de falar meu nome.

— Jane? Acorda minha filha.

 — Não vou parar Maur, pode ter certeza.

 — Mas até sonhando você é pervertida. LEVANTA AGORA JANE CLEMENTINE RIZZOLI!


            Ao escutar meu nome rapidamente levantei assustada da cama. Será que eu estava conversando sonhando? Será que minha mãe ouviu algo?

— Ma, o que você quer? – Passei as mãos frustrada pelos cabelos, sentindo meu corpo suado.

 
— Só vim te avisar que tem uma pessoa ai te esperando. - Meus olhos brilharam de emoção, mas logo minha mah tratou de espancar minha alegria.

— Antes de você ficar com esse sorrisinho no rosto, não é a Maura, seu  pai falou que é outra loira.

 

 


***

Jane & Emma... e Ângela

 

— Nossa! Não me fale que você irá dormir comigo com essa roupa! — Emma fingia surpresa enquanto tentava segurar o riso.

— Você vai casar comigo ou com minha roupa?

 
— JANE! Eu não te dei essa educação! Seja educada com a moça. Desculpe-me ela é rabugenta assim mesmo logo pela manhã... E pela tarde... E quando está sem café... Ou sem almoço... Ou com sono. – Jane balançou a mão para que sua mãe parasse de falar.


— Tudo bem, dona Ângela. — Emma sorriu sem graça - Ou melhor “Sogra” - Ângela ficou assustada ao ouvir a palavra “sogra”, pois Jane ainda não havia apresentado a sua “futura esposa” a sua mãe. E ficou pasma em quanto sua nora era bonita e simpática.

— Mah, essa coisa fofa aí é a Emma, ela será minha esposa.


            Angela limpou a mão nervosamente na blusa e estendeu a  Emma

— Ah sim. Prazer querida, Ângela Rizzoli, sua sogra.


— Prazer, Emma Swan


— Mas vamos deixar desse lenga lenga loirinha.  O que você veio fazer aqui de madrugada? 

— Já são oito horas. Nossa sessão fotográfica começa em meia hora. Vim te buscar porque quero ajuda pra escolher meu novo carro depois.

— Vou comprar um pra mim também.  Maura mandou eu parar de colocar a vida de outros motoristas em risco ao guiar “aquela lata velha” do meu pai – Jane fez sinal de aspas enquanto imitava a voz de Maura.


— Regina ameaçou me denunciar por poluição visual se eu não trocasse meu fusca.


— Não duvido que ela denunciasse.


— Muito menos eu. Ah! Ontem quando cheguei ao hotel recebi o recado sobre minha luta... E não será aqui nos EUA. Então prepare suas malas.

 
— Só iremos nós duas?

 
— Pelo menos a Regina irá comigo, porque teremos dois jantares importantes. Então, acho que sua loira com certeza estará deslumbrante naqueles vestidos dela também.

 Jane sorriu imaginando a cena

— Como assim? Que loira é essa, Jane? – Ângela encarou a filha, desfazendo o sorriso sonhador.


— Ninguém Mah. - Jane sentiu seu celular vibrar, e abriu um largo sorriso ao olhar a tela


— Está vendo? Olha o ninguém ligando. — Completou Emma.


— Alô, Maura? – Jane virou de costas ignorando os olhares curiosos—  Bem e você?.... - Mas você irá comigo?

            Jane, vendo que sua mãe e a sua futura esposa estavam olhando para ela, resolveu sair, indo ao quarto para poder conversar com mais privacidade.
Após alguns minutos Jane voltou sorridente para a sala.

— Hum acho que a resposta foi positiva. – Emma disse enquanto devorava uma broa de milho caseira. E Jane revirou os olhos ao ver as várias porções sobre a mesa.

— Mah!


— Que foi filha? Só queria ser educada com minha nora. Quer mais suco, Emma? Posso passar um café fresquinho pra você

— Obrigada dona Angela, estou satisfeita.— Emma pegou outro pedaço de broa e uma “marmitinha” com mais broa feita por Angela — Jane, se você cozinhar igual sua mãe eu nunca vou te dar o divorcio.

— Então você vai morrer de fome. - Jane pegou um pedaço de bolo e mordeu— Espero que você saiba cozinhar, ou vamos morrer de fome. Você vai, porque eu vou rangar na Maura.

 
— Mas pera ai meninas – Angela interrompeu — Não estou entendendo nada dessa situação. Minha filha vai casar com quem?

 
— Será comigo Dona Ângela, mas sua filha esta apaixonada por outra. Ou seja, eu serei uma eterna chifruda nesse casamento. — Brincou Emma e recebeu uma virada de olhos de Jane.

— Emma, até parece que eu também não serei ne?

 
— Esse casamento não vai da certo, já estou até vendo. — Ângela sentou cabisbaixa na cadeira ao lado de Emma.

— Não se preocupe dona Ângela, vai da certo sim, seremos um casal feliz.

— Com certeza principalmente se eu tiver Maura Isles ao meu lado todas as noites.

Ângela olhou horrorizada para a filha.

***


Jane & Emma

— Melhor escolha impossível, Jane! Você com certeza é das minhas. – Emma disse ao admirar o veiculo que Jane resolveu levar.

— Será que Maura vai gostar?

— Se ela não gostar tem sérios problemas mentais. Isso é perfeito! E você sabe que precisa de uma roupa pra combinar certo?

— Já tenho as botas certas. – sorriu— E você não escolheu um carro, escolheu um imã pra mulheres ne? Depois fala que não gosta de mulher.

O celular de Emma anunciou uma mensagem:

“Swan. Seu apartamento já está pronto. Daqui alguns minutos te enviarão o endereço, encaminhe para mim.”


“É bonito? A cozinha é grande? Quero fazer aquela receita que você me falou. =D”



“Ótima ideia! Assim quando eu assistir no jornal que uma casa pegou fogo, saberei seu endereço. ;-)”




Emma olhou receosa para Jane

— Então Jen, quem vai cozinhar na nossa casa?

— Eu sei cozinhar quatro tipos de comida: instantânea, enlatada, delivery e pão com queijo.

— E eu também sei fazer quatro tipos: queimada, congelada, grudada e macarrão com queijo.

— Hum, não estaremos tão ruins enquanto tiver queijo certo?

— Regina me falou de uma receita de torta de maçã. Posso tentar fazer...

— Terei que experimentar?

— Você vai se casar comigo, isso inclui ser minha cobaia na culinária... Acho até que vou colocar isso nos meus votos.

 
— Temos que reavaliar esses votos. Vamos no seu fusca e pedimos pra entregarem nossas escolhas na nossa nova casa. Quero fazer uma surpresa pra Maura.


— Vai chamar ela pra sair?

— Apenas como amigas. — Emma sorriu e olhou mais uma vez o veiculo que Jane escolheu.

— Amigas não dão voltas naquilo sem um belo amasso depois.


***


Regina & Emma, Jane & Maura

 

— Esse closet está muito pequeno. Não gostei. – Maura reclamou.

 
— Maura, ele é maior que a minha casa. E olha que lá mora quatro pessoas – Jane sentou na cama e olhou para Emma em busca de ajuda


— Ah Jane - Emma cutucou a morena com o cotovelo enquanto sentava na cama ao seu lado — Vamos pensar pelo lado positivo, a gente coloca uma cama ai, e quando brigarmos você dorme ai dentro sentindo o cheirinho dos meus sapatos.


— Maura, eu vou dormir com ela?! - Jane olhou apreensiva.


— Não, srta Rizzoli. – Regina estava em pé, encostada na porta de braços cruzados — Esse será o quarto da Swan. O seu é ao lado.

— Mas a Maura pode dar palpites, não? – Jane perguntou olhando para Emma que tentava segurar o riso.

— Ela pode começar dando palpites no seu cabelo, consigo sentir daqui o cheiro de biscoitos dos gnomos que moram ai dentro.

— É um corte selvagem. Faz parte da personalidade da minha cliente — Maura defendeu Jane. - E só estou dando dicas para o quarto da Emma ficar mais agradável.

Regina olhou séria para Maura
 — Deixa que do quarto da minha cliente eu cuido.

— Ok então... - Jane tentou amenizar o clima— Vamos pro MEU QUARTO que deve ser maior e mais bonito do que o dessa loirinha ai... Aposto que meu closet é enorme o bastante pra caber a Jessica Alba de macacão fazendo thai chi la dentro.


— Só ela? Do jeito que tudo é grande aqui cabe o quarteto fantástico completo com direito ao Coisa e o Hulk lutando MMA lá dentro.

— Loirinha, Quarteto fantástico contra Os vingadores quem ganha?

— Ta zuando comigo?! Obvio que os vingadores! Claro, tirando o Gavião Arqueiro. Aquele cara só pode ter parente no RH, não entendo como ele pode tá no filme junto com o homem de ferro, um soldado especial e um filho de Deus liiiindo! – Emma parecia revoltada.

— Porque ele atira flechas bem pra caramba.

— Então ele tinha que ir pras Olimpíadas, não pr’os vingadores. Na minha opinião, pra entrar pr’os Vingadores tem que saber voar.

— Mas o Hulk também não voa.

— Vai lá falar isso pra ele. – Ambas riram


— Já acabou? Agora podemos falar sobre coisas úteis? – Regina  bufou

— Vai dizer que você nunca assistiu os vingadores? Ou o quarteto fantástico? Eles tem poderes! Queria ter poderes como eles. – Jane falou sonhadora

— O único poder que você tem é de parecer ridícula com esse cabelo.

            Maura saiu pisando um pouco mais forte que o normal, Jane passou a mão pela cabeça e sussurrou pra Emma:
— Da um jeito nessa morena ai. Ela precisa urgente de sexo.


— Eu consigo te ouvir, Srta Rizzoli!

Jane saiu do quarto desejando ir mais rápido do que suas pernas aguentavam

— Poxa Regina - Emma levantou e colocou as mãos na cintura — Jane saiu até cantando pneu daqui. Você precisa aprender a relaxar também, brincar um pouco como eu e ela fazemos.

— Você compartilha a mesma opinião que ela Swan?

— Olha... Eu...

— Cadê suas coisas? — Regina preferiu mudar de assunto com receio de ouvir a resposta.

— Naquela caixa.

— Você tem só isso? Só uma caixa?

— Não me deixaram trazer os moveis. E aqui tá cheio de roupas que compramos.

 - Essas são roupas casuais Swan. Depois vamos comprar as sociais e formais.

— Nossa Regina, vou ter tanta roupa aqui que vou ficar até com medo de abrir uma gaveta e pular um atendente da Dolce & Gabana perguntando "Posso ajudar senhora?"

 

***

Jane & Maura


— Vou mudar pra cá hoje?

— Sim. Suas coisas já estão na sala.

— Obrigada pela TV enorme da sala.

 — Sabia que você ia gostar... hã, Jane... Achei que Gavião Arqueiro voasse, não é gavião?
 
— É que ele enxerga como gavião. Ele só atira flechas e só. Só isso.

— Hum. Fico feliz que você e Emma tenham tantos assuntos legais. - Maura sentou na ponta da cama enquanto tirava dobras imaginarias do vestido. - Vocês se divertem muito juntas.


— Me divirto mais com você.
 

— Regina e Emma sairão daqui a pouco para o Polo... Você quer ir a algum lugar?


— Adoraria ir pra qualquer lugar com você. 

 Maura corou e começou a retirar algumas roupas das malas da Jane e coloca-las no closet. — Tudo bem então. Assim que elas saírem vamos para algum lugar... Só nós duas.

 
— Maura, quando terei as senhas das minhas redes sociais com a Emma?

 
— Nunca. Para isso existe assessoria de imprensa. Não se preocupe, vocês tem muitos seguidores. – Maura se virou para Jane enquanto dobrava uma calça legg — Você quer a senha para ver o que aquela fanzinha mandou no directs né? O tal nudes. - Falou calma, contrariando seus gestos

 
— Gostei desse quarto. Bem melhor que o outro. — Jane olhava ao redor.

 
— Eles são iguais, Jane.

 
— O meu é mais bonito.

 
— Vou pedir pra aumentarem seu closet... E não gostei dessa maçaneta, vou pedir que troquem.

 
— Mas por que? A porta tá abrindo.


— Não gostei. Quer saber, vou pedir pra trocarem a porta.


***

 

POV Emma


 

            Entramos em um grande campo gramado para assistir o tal Polo, quando Regina disse que era um pequeno campo, achei que fosse pequeno mesmo, tipo quadra de vôlei, mas aquilo? Meu Deus! Era enorme. E a grama era tão verde, me deu uma vontade de estar chovendo só pra eu pular e rolar naquela grama que parecia tão macia... Sei que depois eu levantaria toda pinicando, mas valeria a pena.

 

            Um homem com um enorme crachá e um sorriso de tubarão nos pediu uma foto. Regina abraçou minha cintura e posamos para aquela grande câmera, fiquei cega por alguns segundos enquanto seguia Regina rumo a um lugar, que parecia uma arquibancada de jogo de futebol, só que branca e  com confortáveis cadeiras acolchoadas.

 
— Já volto Swan. Fique aqui e evite entrar em problemas.

 
— Não devo conversar com estranhos também, mamãe? - provoquei


— Só se não quiser ficar de castigo "filha". - me deu uma piscadinha e saiu.

            Fiquei ali observando, pelo que entendi ao ver uns postes brancos no gramado, aquilo era o gol, tudo bem até aí. Só que eu não entendia o porque de estarem aquecendo os cavalos. Ricos e suas esquisitices.
            A partida começou e continuei sem entender nada. E o pior não foram os nove animais em campo, mas sim os cavalos embaixo deles. Pelo que entendi eram duas equipes com quatro homens cada, e um juiz que só ficava parado com pinta de moça. Eles tinham que bater na bola com uma marreta de madeira. E a cada gol trocavam de lado no campo... E eu não continuava entendendo nada.
Mas até que gostei de estar ali, sentada naquela arquibancada branquinha, na expectativa de minha bunda ficar quadrada enquanto fingia entender tudo ali, me sentia a rainha da Inglaterra numa versão jovem e bonita. Não estava entendendo nada daquele jogo esquisito, mas não importa. Assistiria até uma partida de golfe, só pra estar ali naquelas cadeiras. Novamente o homem tirou uma foto minha, e me perguntei novamente pra que usar flash em um dia com o céu tão aberto e claro?

            Enquanto piscava testando se eu não tinha ficado cega com o flash, avistei um rapaz sorridente vindo em minha direção, ele me entregou um copo com um canudinho. Minha sede me fez quase engolir aquele canudinho, estava muito sedenta e nem sabia.
O rapaz tentando esconder um sorrisinho apontou com a cabeça para três mulheres a uns dez metros de mim. Elas sorriam e acenavam pra mim. Acenei de volta enquanto o rapaz me dizia que "aquelas moças" tinham me enviado a limonada. E que limonada, céus!
            Agradeci ao rapaz e continuei olhando as moças, que não paravam de olhar e sorrir pra mim, acenei de novo. Senti alguém parar atrás de mim e engasguei, cuspindo 1/4 da limonada quando ouvi aquela voz imponente me repreender.

— É assim que você está sendo fiel a sua futura esposa Swan?

            Passei a mão pela minha camisa social vermelha que agora estava encharcada de limonada, e olhei pra cima. Regina bufava, sua mandíbula estava travada e ela me olhava muito séria. A vi dirigir um olhar um pouco pior as três moças... E essas três moças durante o tempo inteiro que eu fiquei ali não me olharam mais, nem pelo cantinho do olho. Regina é má


— Jane é uma boa mulher, a respeite, por favor. - E seu tom não era de deboche ou repreensão, ela realmente estava me pedindo por favor.


            Quando ela colocou desse jeito, com aquele estranho e raro "por favor” balançando no ar, o que eu poderia dizer senão:

— Claro que vou, você me conhece.
Ela me olhou duro, retirando o por favor.

— Não sei, Swan. Não sei nada de você.

            Fiquei surpresa com sua resposta e seu olhar duro. Não consegui entender o que estava acontecendo com aquela mulher. Ela na maior parte do tempo parecia não conhecer a "realidade do outro", e por várias vezes quase tive certeza que ela desconhecia o significado da palavra "empatia". Mas agora ela estava ali, pedindo por uma pessoa que ela nem conhecia direito. Se importando com algo que ela não ganharia nada em troca.
Por que se importar? Ela sabe que não é real.


            Regina colocou a mão na cintura e olhou pra cima, fechando os olhos e respirando fundo. Os abriu, olhou pra mim e sentou ao meu lado, colocando alguns papéis sobre as minhas coxas.


— Swan, olhe essas matérias - Apontava impressões de um site qualquer — Elas falam sobre você, sobre como você parece não se importar realmente com sua futura esposa, afinal vocês nunca foram vistas juntas além da sessão de fotos e o dia no restaurante. Você precisa sair mais vezes com sua noiva.


— Prefiro sair com você. - Ela me olhou por alguns segundos, pensei que iria falar alguma coisa, ela até abriu a boca para falar, mas não disse nada e desviou os olhos para o papel.

             Fiz o mesmo e então reparei bem na foto. Na foto estávamos Regina e eu no restaurante. Nós estávamos muito próximas e ao menos eu estava bonita na foto. Na legenda falava algo a respeito de "Traição antes do casamento ou farsa nupcial?". A legenda podia ser ridícula, mas eu iria guardar aquela foto.

 

— Ao menos estou gata na foto. Olha o lado positivo Regina. — Ela sorriu sem humor e balançou a cabeça em negativo. Olhou para mim e pude ver um relance de tristeza em seus olhos, como se ela estivesse contendo um pensamento triste, o que será que a tinha balançado?

 

— Quando terminar a chukker[lê-se chuca] eu volto. - Se levantou mirando os cavalos no gramado.

 

— Terminar o que?

 

— O jogo tem sete minutos e meio, e o nome desse tempo é chukker, Swan.

 

— Chuca que eu saiba é outra coisa.

 

— Me poupe. - E se levantou indo há algum lugar que não sei onde era.

            Continuei ali e me lamentei um pouco pela bebida que desperdicei com meu susto. Olhei ao redor e não vi um garçom nem nada parecido. Aquele rapaz parecia ter evaporado com o calor, "como as pessoas pedem coisas aqui?" pensei. Comecei a ler as matérias, elas falavam que tudo poderia ser uma jogada de marketing da Adidas, devido ao grande tumulto que foi o processo que recebeu há algum tempo atrás, devo bater palmas, eles são inteligentes e dramáticos. Questionavam minha relação com Jane a todo instante. Vi uma foto de Jane e Maura... E tudo que vi na foto foi que elas se divertiam muito, sorriam muito uma para a outra. Elas se sentiam confortáveis na presença uma da outra, assim como eu me sinto bem com Regina.
Ouvi um limpar de garganta perto de mim e sorri ao ver o rapaz da limonada. Pensei em abrir a boca para pedir outra limonada, mas então ele me entregou uma bandeja, sorri ao ver duas limonadas e umas coisas que pareciam pastéis pequenos. Não sei se era gostoso, mas era bonito e cheiroso. Olhei para as meninas e elas não me olhavam, então olhei pra ele confusa.

— Senhora Mills me pediu que lhe servisse. - E apontou com a cabeça para o campo, vi Regina conversando com um homem. Como se ela soubesse que a estava observando, me olhou e cruzou os braços, mas mesmo de longe vi que ela queria sorrir.


— E ela falou mais alguma coisa? - perguntei já atacando um pastel. O rapaz apontou um guardanapo, mas o ignorei, minhas mãos estavam limpas.

— Me pediu que eu não atendesse pedidos de outras pessoas para lhe servir.


— Tiveram outras pessoas?


— Algumas. Algumas moças e um rapaz.


— Um rapaz? - fiquei admirada. Sei que é egocentrismo, mas senti meu ego sendo massageado por saber que algumas pessoas me "faziam a corte".
Olhei mais uma vez para Regina que ainda conversava com o homem de branco. Senti meu estomago embrulhar um pouco, e sei que não era pelas coisas que pareciam pastéis.
 Não me senti confortável ao ver aquele casal conversando. Regina parecia ter intimidade com aquele rapaz. Eles conversavam muito perto um do outro e sorriam muito, ela não sorria daquele jeito pra mim. Vez ou outra ela tocava seu ombro, ela não tocava meu ombro. Percebi meus punhos fechados e resolvi beber limonada, tentando prestar atenção em outra coisa que não fosse Regina e suas mãos, que não paravam de encostar no rapaz, que já odeio com todas minhas forças. Tomara que ele seja gay.


*****

Emma & Jane



Maura me convidou pra sair. Não me espere acordada. ;)”

“Já estou sentindo minha cabeça pesar. T.T“

“Então não se esqueça de abaixar pra passar pelas portas. :p”

“Você vai mostrar seu novo brinquedo pra ela?“

“Já está estacionado na garagem do nosso prédio. Espero que ela goste... Estou usando até couro acredita?”

“Tô sentindo o cheiro de couro daqui. ^^”

“Boba. Iremos sair apenas como amigas, você sabe que tenho que ser fiel a você.”


Muita coisa em jogo, eu sei.”


“Iamos sair depois de vocês, mas ela resolveu trocar de roupa. Seu carro também chegou, não vai dar uma volta com ele?”



***

 

POV Regina


 

— Gostou da limonada Swan?

 
— Obrigada. - Não entendi porque Emma estava daquele jeito. Parecia uma criança de doze anos emburrada. Estava de braços cruzados e não olhou para mim, mesmo quando sentei ao seu lado.


— Gostou do jogo? — perguntei na tentativa de puxar assunto


— Seria mais fácil se eles descessem do cavalo pra fazer gol. São lentos demais.


— Se descessem do cavalo não seria Polo Swan. Esse jogo tem mais de um milênio de história.


— Não me importo.


— Mas que bicho te mordeu? Por que você está emburrada desse jeito? Não resolvi seu problema mandando lhe entregar comida e bebidas aqui?! Quer mais o que? - Sei que não deveria, mas apelei. Me irritou vê-la assim tão mal agradecida.

 
— Já resolveu. Obrigada. Agora pode voltar pro seu namoradinho pompom lá.

 
— Meu o que? - não entendi o porque daquela rispidez em sua voz. E quem ela pensa que é pra falar comigo assim?

 
— Você sabe. Aquele homem de branco lá - apontou para Daniel no campo.

 
— Aquele homem de branco é Daniel. Ele é meu veterinário há mais de 10 anos.


— Nunca vi ninguém grudar e rir tanto com um veterinário assim. - sua atitude beirava a infantilidade. Estaria Emma com ciúmes? Não, aquilo não era possível. Não havia motivos sensatos pra isso.

 
— Srta Swan - respirei fundo para não aumentar a voz, minha cabeça começou a latejar.— Sei que você não conhece as regras desse jogo, mas a cada Chukker os cavalos precisam ser trocados, ou quando eles demonstram fadiga. Eu amo meus cavalos, fico lá e peço pra trocarem quando percebo qualquer indicio de cansaço, mesmo que seja mínimo. E o responsável pela troca é ele, o veterinário.


— Você tocava no ombro dele o tempo todo. - Ela ainda não me olhava, e eu me sentia um pouco ignorada e muito, mas muito irritada.

 
— As mãos são minhas, eu toco quem eu quiser quando eu bem entender.


            Ela me olhou, não consegui decifrar seu olhar. Seus olhos sustentaram os meus por alguns segundos, então bufou, soltou um riso debochado e depois virou o rosto, mirando o campo novamente. Decidi mudar de assunto antes de sair dali após voar no pescoço dela.

 

— Vou ao picadeiro, preciso conversar com Daniel. Deseja me acompanhar Swan?


— Meu nome é Emma. Me chame de Emma. E por que você vai no circo?


— Por que eu iria no circo Swan?

 
— Emma. Meu nome é Emma. - parecia irritada— Você disse que iria no picadeiro.


— Picadeiro é o local onde os cavalos são treinados para as olimpíadas, aqui para o polo e para a hipoterapia. - Emma me olhava surpresa quando falei "hipoterapia".


— Surpresa Swan?


— Emma. Meu nome é Emma.

 
— E seu sobrenome é Swan. E tire esse semblante surpreso do rosto. Mesmo parecendo não sou um monstro. Treino cavalos para a hipoterapia de crianças e deficientes, e não cobro nada das instituições por usarem meus animais.


            Notei que Emma me olhava admirada, vi seus olhos marejarem enquanto abria um sorriso maior que o rosto. Corei.


— Você é uma mulher maravilhosa Regina. Nunca deixe ninguém dizer o contrário.

— Não me importo com o que as pessoas pensam de mim querida. - menti me importava sim, e às vezes me machucavam certos comentários.


— Fiquei alguns meses em um lar adotivo que tinha algumas crianças com problemas sabe... Autistas. E elas melhoram muito depois que começaram a fazer hipoterapia. Havia alguma coisa nos cavalos que faziam elas se abrirem, e elas até sorriam. Eu queria muito andar naqueles cavalos, mas eu não podia.

 
— Ainda tem esse desejo Sw... Emma. - ela me sorriu, desfazendo os braços cruzados e se virando para mim

 
— Muito.


— Então venha ao picadeiro. Te darei algumas aulas de equitação básica. - ela  desviou o olhar encarando o chão.
 

— Agora não posso, vou para casa experimentar meu carro novo.


— Entendo. - fiquei um pouco decepcionada confesso, e imaginar ela experimentando o carro com Jane não foi uma imagem que me fez bem — marcaremos outro dia então.

 
— Sim, por favor. - seus olhos pareciam suplicar.


— Que bom você e Jane estarem saindo. Isso é muito bom. Vocês devem ir a restaurantes também. Quem sabe vocês até se apaixonem e o que começou como mentira se torne real. - meu coração se apertava mais a cada palavra.

 
— Isso não é um filme Regina. Pessoas não se apaixonam assim.


— Se apaixonam como? - a pergunta ficou no ar. Nossos olhos grudaram um no outro. Não entendia o porquê, mas senti borboletas em meu estomago. Porém a magia foi cortada quando ela me perguntou qual restaurante deveria levar a "noiva".

 
— Qualquer um que não sirvam pratos apimentados. - provoquei

Me virei pronta para sair e ela me chamou, foi estranho a sensação de esperança em mim.


— Regina ... Eu, eu posso te encontrar depois? Você me deve uma lasanha lembra?

— Eu não, Henry te deve.


— Então posso cobrar?

— Sim. Esteja em minha casa às seis.


***
Jane & Emma... e Maura


— Não faça isso, isso é brega- Emma deslizou sobre as costas do sofá  e estatelou-se sobre as almofadas  enquanto colocava o pacote de pipoca microondas na mesa de centro.

— Não é brega, é significativo -  Jane argumentou, pegando duas latas de refrigerante e colocando-as na mesinha

— Você pode ficar mais clichê do que levar Maura nesse lugar? Você tem dez minutos pra pensar em um plano melhor - Emma bufou com escárnio.

— É fofo - Jane argumentou defensiva, depois ficou com suas sobrancelhas franzidas, pensativa quando ela sentou na ponta do sofá. Após alguns segundos ela mordeu o lábio preocupada. -  É brega?

Emma assentiu desculpando-se.


— Mas eu... Então eu não sei onde levo ela -  Jane disse para si mesma.

Emma sentou-se com os olhos arregalados e bateu na perna de Jane em estado de choque. 
— O quê? Como assim não sabe? Sua mãe me falou que você é pegadora nata.

Jane olhou para o tapa em sua coxa, mas não fez nenhum movimento para puxar as pernas para trás.
 - Preciso ter conversas sérias com minha mãe.

— Eu acho que você gastou mais do que tempo suficiente enrolando pra sair com a Maura, mesmo que seja só como amigas-  Emma argumentou enquanto deitava novamente no sofá, e escolhia um filme no netflix

Jane mordeu o interior de sua bochecha pensando. Não era como se ela estivesse levando Maura para um encontro, só duas amigas saindo um pouco. "Inferno! " Os pensamentos ficaram como cartas expostas na mesa para que todos pudessem ver, mas ela queria fazer isso direito. Nunca tinha se sentido assim antes, nunca tinha tido a confiança total e absoluta em outra pessoa e nem tanta atração assim. Ela tinha tomado um risco enorme ao se aproximar mais de Maura, e apesar de seus tropeços  na estrada, ela sabia que Maura realmente se importava com ela e sua família. Então, por que Maura  não poderia talvez se apaixonar? Afinal ela só estava se casando de mentira...
 Mesmo que terminar esse casamento a levaria a deportação e a prisão de Emma. Se Jane era honesta consigo mesma, ela poderia  admitir que estava um pouco assustada, mas a maior parte dela, a parte que se divertiu tanto ao lado da Maura, disse a ela que estava sendo boba e apenas perdendo tempo. Seu passado sempre lhe tinha ensinado que o tempo era a essência e todas as coisas foram fugazes. Por que ela deveria esperar mais?


            Com um determinado aceno para si mesma, Jane deslizou da cadeira e pegou seu telefone no seu bolso de trás digitando o número de Maura.


— O que você está... — Jane cortou a frase de Emma com um levantar de mão quando atendeu e a voz familiar de Maura foi ouvida.

 
— Oi Maura - Jane cortou o cumprimento da loira. - Eu sei que você está ocupada agora se arrumando, mas eu queria dizer uma coisa. - Jane encolheu seu corpo quando Emma bateu nas suas pernas em emoção. — Ow, Emma, pare.


— Olá para você também, querida- Maura riu. - Na verdade, estou  aqui, do lado de fora do seu apartamento.


            Com uma mão no ombro, Jane empurrou Emma de volta para o seu lado do sofá antes de virar a cabeça para a porta. - Você está ai fora? - Jane perguntou em voz alta, seu coração batendo rapidamente e a coragem momentânea escorrendo pelos seus dedos.


            Em vez de uma resposta verbal, Jane recebeu  três grosas batidas na porta. Com um sorriso reconhecedor Emma jogou a perna por cima do encosto do sofá e correu para abrir a porta. 

— Hey, Maura!  - Emma abriu a porta sorrindo.

            Jane terminou a chamada quando se levantou, revirando os olhos para a noiva nitidamente animada. Maura entrou no apartamento com sua bolsa e alguns equipamentos pendurados em seu ombro e nas mãos.

 
— Olá, Emma -  Maura cumprimentou educadamente. - Oi Jane-  Ela virou a cabeça a tempo de Jane  cumprimentá-la com um beijo rápido na bochecha. Maura mal registrou que a morena tinha tomado rapidamente o equipamentos e bolsa, indo para a cozinha.


            Emma apenas ficou lá sorrindo, mãos pra trás, e balançando sobre seus calcanhares. Assim que Jane saiu da cozinha Emma bateu palmas. - Eu tenho que ir. -  Sem nenhum outro adeus, Emma vestiu o casaco de inverno vermelho e saiu do apartamento.

— Ela está bem? - Maura perguntou confusa.


— Ela é estranha.-  Jane confessou atravessando o corredor até Maura, para lhe dar um abraço. Ela sorriu quando Maura não a afastou - Eu pensei que você iria demorar mais, um cliente não te chamou?

 
— Não era um cliente. Trouxe fotos de alguns arranjos para o seu casamento.- Maura sorriu e afastou o pacote de pipoca para se sentar no sofá

 
— Jane não gosta dessas coisas.- Jane juntou as sobrancelhas e sentou de braços cruzados no sofá.

 
— Sua noiva só exigiu azaleias, Regina não gosta de se envolver nessa parte, sobramos só você e eu. E eu realmente não quero fazer isso sozinha.

 
— Maura, podemos sair antes, e depois olhamos isso ai?

 

— Sim. Vamos. Já sei exatamente onde podemos ir- Maura sorriu 


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Notas finais do capítulo

Temos dois caps prontos, um 100% Swanqueen e outro 100% Rizzles... A pergunta é:

Você prefere que o próximo cap (7)seja Rizzles e o seguinte(8) Swanqueen?
ou que misturamos os dois? Mostrando os dois lados da moeda como estamos fazendo até agora