Amores Proibidos escrita por Kikyo, SwanQueenRizzles


Capítulo 7
We´ve got tonight... who needs tomorrow


Notas iniciais do capítulo

Só traduzindo o nome do cap: "Nós temos essa noite, quem precisa do amanhã." É uma música antiga que amo muito, e quando novamente a letra dela entrar no titulo, aguarde surpresa.

No último cap uma pergunta foi feita, a maioria optou por "Junto". Então por enquanto não teremos caps separados.
Temos a entrada de um novo personagem nesse cap, fãs de OuaT conhecem, e não se enganem, veio pra balançar!

Queremos agradecer a Fernanda Souza pela maravilhosa recomendação, (infernizei metade dos meus amigos lendo umas 500 vezes sua recomendação, acredito que eles até decoraram.)

Sem enrolação... Vamos ao cap

Espera! Nesse cap vc vai entender o porquê do nome da fic



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678864/chapter/7

Maura

Jane continuava seu monologo sobre basquete enquanto eu dirigia, no começo ela ficou relutante em irmos no meu carro, acho que ela queria me mostrar “o novo brinquedo” que ela comprou, eu vi o carro de Emma, e pelo que sei elas compraram juntas... Fiquei curiosa em saber o que era, mas me contive... Confesso que a curiosidade está me corroendo agora. Se o carro da Emma era daquele jeito, imagina o que Jane comprou!

“Você gosta mesmo desse esporte?” Perguntei e ela sorriu para mim, um sorriso tão fofo e largo.

“Sim, sou apaixonada, você já viu alguma partida de basquete ao vivo?” Me olhou animada

“Não. Vou ser sincera, não gosto de esportes de contato tão brusco. Prefiro patinação no gelo, além de ser um esporte muito benéfico pr’o corpo, é uma arte.”

“Patinação não é esporte, é dança” resmungou com uma careta

“Se vai pra olimpíadas é esporte”

“Quem cospe mais longe já deu medalha na década de 40”

“Esse tipo de cultura você decora né? ... É tão lindo todas as acrobacias apresentadas na patinação e suas... O que foi Jane? Por que está me olhando assim?”

“Você está estacionando em frente ao TD Guarden.”

“E o que tem?”

“Tenho certeza que você não me trouxe aqui pra assistir um jogo de Hóquei porque está fora da temporada. Então porque me trouxe em um estádio de gelo?”

“Mudei nossa rota porque quero te mostrar meu esporte favorito. Tacos fica para o próximo encontro de amigas.”

“Você ia me levar pra comer tacos e trocou tacos por patinação? Isso é injusto.”

“Injusto é você falar que patinação não é esporte”



***


Emma & Regina... e Henry


Emma estava a 15 minutos parada em frente à mansão de Regina, sentia suas mãos suarem e um incomodo no estomago.

“Coragem Emma. Vamos lá! Lembre-se como anda e vá até a porta, só bater, vai lá garota! Esqueça suas pernas bambas. Você é uma mulher ou um saco de batatas?!” Apertou os embrulhos que estavam embaixo do braço, um presente para Henry e outro para Regina. "Merda! Sou um saco de batatas"

Deu alguns passos e se sentiu mais confiante. Tocou a campainha e aguardou enquanto ajeitava pela milésima vez sua calça jeans e jaqueta. Após alguns segundos torturantes ouviu passos atrás da porta.

Regina usava um vestido champanhe curto, com decote em V e salto agulha 15, parecia vestida para receber o Oscar quando abriu a porta e olhou Emma parada a sua frente. Passou a mão sem jeito nos cabelos curtos sem conseguir evitar o sorriso em seu rosto.

— Emma.

— Ei. – Emma não pode se ajudar, o incomodo em seu estomago voltou com força total fazendo suas mãos tremerem e as pernas virarem gelatinas.

Ficaram se admirando por alguns segundos, até uma voz infantil gritar “Tô pronto, mamãe!” Regina corou visivelmente pela falta de delicadeza em chamar Emma para entrar.

— Desculpe, entre por favor. Vamos começar a fazer a lasanha agora.

— Cheguei muito cedo?

— Na hora perfeita. Entre. – Regina deu espaço a loira

Emma admirou mais uma vez a linda mulher a sua frente. Regina corou severamente com o olhar sobre si. Nervosa por ter sido pega na inspeção, Emma entregou dois embrulhos de presentes à Regina.— Comprei pra você e Henry.

— Não precisava querida, obrigada. Acredito que esse pesado seja o meu.

— É um vinho tinto. É seu sim. Espero que goste - corou

— Ainda bem que é pra mim, estou tentando tirar a bebida do meu filho. – Regina sorriu e Emma compartilhou o sorriso, surpresa pela tentativa de piada da morena. – Entre.

Emma entrou na mansão pela primeira vez, maravilhada com a decoração elegante. “Realmente a casa reflete o dono” pensou enquanto caminhava pelo hall. Um pequeno ser entrou correndo na sala.

— Tô pronto, mamãe! – Emma ficou surpresa no quanto Henry era pequeno. Seu cabelo escuro bagunçado balançava enquanto ele pulava em frente à mãe, e eram notáveis as tentativas de Regina de pentea-lo. O garoto notou a estranha presença loira na sala.— Ei! Tô fazendo lasanha!

— Ei – Emma disse surpresa pela educação e extroversão do pequeno.

Regina abaixou na altura de Henry — Lembra o que você pediu pra mamãe?

— Pizza!

— Não. Outra coisa. Sobre a amiga da mamãe.

— Chamar Emma! - Emma corou e sorriu ao ouvir seu nome da boca do pequeno

— Isso. Então da oi de novo pra Emma.

Henry olhou confuso para a loira parada em sua sala e depois olhou novamente para a mãe.— Já é amanhã?

Regina sorriu e confirmou com a cabeça. E Emma não pôde conter o sorriso em seu rosto ao ver que Regina falava dela para Henry.

— Olha o que Emma trouxe pra você. – Regina entregou o embrulho e Henry rasgou em segundos. Retirando de dentro uma pelúcia do Hulk. Regina levantou uma sobrancelha e olhou para Emma.

— Você sabe que sou fã dos vingadores. E não achei do Thor. Aposto que o Thor é lindo até em pelúcia.

Regina sorriu e balançou a cabeça, e olhou o filho que abraçava forte a pelúcia verde.

— Brigado, mamãe! – Henry abraçou a mãe.

— Não meu amor. Foi a Emma que deu, agradeça a ela.

O pequeno correu com a pelúcia nos braços e agarrou os joelhos de Emma. – Brigado, Emma.

Emma se abaixou e levantou o menino no colo. – Você já viu o filme? Já viu o Hulk lutando?

O menino balançou a cabeça negativamente. – É cheiroso. – Abraçou novamente a pelúcia.

Emma sorriu. – Então teremos que fazer uma sessão pipoca com você e alguns clássicos. O short dele sai olha...

— Nem pense em ensinar meu filho a tirar short de um boneco. – Regina aproximou dos dois que sorriam um para o outro. Aspirou o aroma da pelúcia. – Esse é seu cheiro Swan! – Falou surpresa

— E voltamos ao Swan. Passei meu perfume nele. – Emma sorriu sem graça, as bochechas ganhando um tom mais rosado.

— É um bom perfume. – Regina virou indo em direção à cozinha. – Me acompanhem, por favor, senhores.





***



Jane & Maura


— Por que aquele guardinha te cumprimentou pelo nome? – Jane perguntou enquanto seguiam o guarda pelos corredores do estádio.

— Porque ele me conhece.

— Isso eu percebi. Nós não estamos invadindo né, Maura? Pelo amor de Deus, eu já tenho problemas com a imigração, se a policia me pegar eles me mandam no primeiro contêiner de iscas que sair desse país.

— Calma. O presidente desse estádio já foi meu cliente e agora é um amigo muito querido. E sobre ser deportada, fique tranquila, Emma e você assinarão os papéis do casamento amanhã.

— E você me fala agora que vou casar amanhã?! — Jane parou no corredor, encarando a loira que continuou andando tranquilamente.

— Achei que você já estivesse preparada psicologicamente para se casar. É apenas no papel, a comemoração será...

— Nem fiquei noiva ainda Maura! – Jane aumentou o tom de voz, fazendo o guarda olhar discretamente para as duas

— Você quer ou não ficar nesse país?!— Maura também parou e virou para trás, encarando a morena, nervosa pelo tom usado. - Foi necessário ser adiantado, vocês apenas vão se casar no papel. A festa de noivado e casamento ainda vão acontecer, entende? Só se casarão pra você não ser deportada logo.

Jane bufou.— Por que tenho a sensação de ter entrado numa fria pior que esse gelo ai do estádio ao assinar aquele maldito contrato com a Adidas?!

— Joshua abril o portão da pista, vamos entrar.  – Maura voltou a andar ignorando uma Jane irritada.



***



Emma & Regina... e Henry


Emma colocou Henry no chão, o pequeno subiu uma escadinha infantil em frente a um balcão com vários ingredientes espalhados em potes e vasilhas tapware.

Regina aproximou do balcão e abriu o embrulho. Ficou surpresa ao ver a marca do vinho, seu preferido no quesito tinto. Retirou-o da caixa e olhou para Emma.

— Você o trouxe gelado.

— Foi ideia da Jane.  Cheguei com essa caixa lá em casa e ela colocou na geladeira, disse que era melhor gelado.

— Vamos beber agora. Se importa? Você é maior de 21 anos né?

— Tenho 22. – Emma se aproximou do balcão, onde Regina pegava o abridor. – Desculpe sobre o presente pra Henry. Achei que ele fosse gostar e...

— Não se preocupe com isso. Ele com certeza amou. – Ambas olharam para Henry que conversava com a pelúcia verde em cima da mesa.— A maior parte das coisas que ele ganha eu guardo, porque ou ele não tem idade para brincar com elas, ou não se interessa. Se bem que Henry se diverte demais com as caixas dos presentes, acho que esse é o primeiro brinquedo que ele realmente gosta. Talvez seja o verde... Ou o perfume.

Emma estava olhando para Regina, admirada ao perceber que era a primeira vez que Regina falava tanto com ela, e parecia tão leve.

— Mamãe. Avental favor – Regina foi até a parede e retirou dois aventais. Emma se apressou em pegar o de tamanho infantil e amarrou em Henry.

— Posso ajudar em alguma coisa? – A loira perguntou esfregando as mãos uma na outra.

Regina virou para o fogão, acedendo-o e mexeu o interior de uma panela - Pode começar não mexendo em nada.

— Prometo não mexer em nada. - Emma levantou a mão em promessa

Regina virou novamente para o balcão, Emma estava com um vidro em mãos, olhando seu interior. Balançou o frasco, tentando descobrir se a pequena garrafa era preta ou o liquido em seu interior que era preto.

Regina esperou pacientemente até que a loira cansasse de sua espionagem, observando-a com os braços cruzados sobre o avental. A lutadora nem mesmo percebeu que estava fazendo exatamente o que ela tinha prometido não fazer.

Quando viu Regina parada olhando para ela com uma sobrancelha levantada sorriu com culpa e enfiou as mãos nos bolsos.

— Já está cansada de olhar Swan?

— Acho que vou tentar fazer essa receita na minha nova casa. O que você acha?

— Ideia perfeita, assim daremos algum trabalho aos bombeiros dessa cidade. Eles estão muito parados ultimamente. - sorriu

— Eu sei cozinhar viu. Não é assim aqueeeeela coisa, mas me viro bem com as panelas. Temos um diálogo só nosso. Quase um novo idioma.

— Um idioma que se resume a macarrão instantâneo e sucrilhos?

— Estou ampliando meus conhecimentos culinários, calma. Tenho que começar pelo básico. – Regina gargalhou e virou para pegar duas taças no armário.


Henry olhava as duas mulheres com um sorriso no rosto.

— Que foi garoto? – Emma perguntou sentando em uma cadeira ao lado do menino.

— Mamãe ri com Emma.

Regina corou ao ouvir o comentário e encheu duas taças, colocando uma em frente à Emma que bebericou o vinho, apaixonando-se por seu sabor.

— Eu quer café também mamãe. - Henry apontou a taça de Emma, desceu da escadinha e parou sério em frente a mãe, cruzando os braços com uma expressão muito séria.

— É claro que eu não me esqueci de você, meu amor. – Regina abriu a geladeira e tirou uma garrafa de Coca-Cola sem cafeína, servindo em um copo de menino grande antes de entregar a Henry que pegou e carregou cuidadosamente e lentamente até o balcão, muito focado em não derramar nada. Emma segurou o copo para que ele subisse na escadinha.

— Então vamos começar. – Regina desligou a panela e despejou o molho em uma travessa de vidro temperado, trazendo-a ao balcão. – Olha Emma, como ele faz tudo sozinho.

A morena colocou a travessa de vidro em frente a Henry que entregava os ingredientes à mãe, que colocava cuidadosamente, camada sobre camada montando a famosa lasanha Mills. O menino parecia feliz entregando cada novo item sempre supervisionado pelo olhar orgulhoso da mãe. No final, Emma aplaudiu o trabalho árduo de Henry em fazer a lasanha sozinho enquanto Regina colocava a travessa no forno elétrico.




***



Jane & Maura


— Maura, mas cadê o restante do pessoal?  – Jane perguntou ao entrar na pista de gelo, se segurando as barras laterais.

 

— Será somente nos duas. – Joshua entregou as chaves à Maura e saiu novamente pelo mesmo corredor que haviam entrado.

 

— Nos estamos invadindo? - Perguntou a morena assustada, olhando a imensidão branca na pista.

 

— Já disse que não. Veja, tenho as chaves da pista. Não se preocupe, não estamos fazendo nada ilegal

— Essa coisa é muito escorregadia, não da pra coisar direito. – Jane disse agarrada a grade da pista

— Não sei o que significa seu “coisar”, mas já peço desculpas por não ter trago os sapatos adequados. Não programei nossa visita.

Jane estava empacada no mesmo lugar, sem se mover, com medo de respirar e levar um tombo nada bonito.

— Vamos Jane, saia dessa grade e venha ao meu encontro, é fácil.

— Não é não. – Agarrou com mais força a grade - Fácil é para você que já nasceu dançando nesse gelo gelado. Eu não tá, vou cair aqui igual uma fruta podre. Meus pes não vão negoçar nisso aqui

Maura vendo o desespero de Jane foi ate ela, ajuda-la.

— Precisa realmente de muito treino e equilíbrio pra conseguir se locomover aqui com facilidade. Mas também são necessárias muitas quedas. Não precisa se envergonhar ao cair. – Maura segurou no braço da morena

— Podemos pular a parte da queda. Já estou bastante envergonhada por nem conseguir ficar de pé direito – Maura tentou tira-la da grade— Patinação é esporte, agora eu acredito que é. Então vamos pra casa? Em casa é quentinho e não quebrará nenhum osso do meu corpo.

— Vem é fácil. Jogue o peso do corpo pra trás e equilibra com o joelho, com o tempo você vai pegar o ritmo. Se quiser ir pra trás, jogue o peso do corpo pra frente.

— E seu eu quiser ir pra casa, jogo o peso do corpo pra onde? Eu gosto dos meus ossos Maura. É sério, eles nasceram comigo, amo muito eles inteiros.

— Colabora por favor. É muito fácil Jane.

— Nossa como é fácil! Por que será que até agora eu não consegui fazer isso?

— Porque você não esta com vontade de tentar. Venha. - Maura pegou na mão de Jane e foi caminhando com ela agarrada pelas laterais da pista.

— Isso mesmo Jane, tenha confiança que você consegue. – Aproveitando que Jane havia soltado do suporte, puxou-a devagar mais para o centro da pista.

— Eu tô tremendo, mas é pelo frio, não é por medo não. - Jane quase escorregou, e segurou com as duas mãos na mão de Maura  - Vamos pra casa Maura, pelo amor de Deus. – Jane agarrou com mais força a mão pequena que a ajudava.

— Isso Jane. Confiança é tudo.

Maura tentou soltar a mão da morena que desequilibrou e caiu de costas no chão, levando a loira junto que caiu sobre ela. 

— Desculpa. – Maura sussurrou, narizes quase encostados. Corpos colado pela gravidade

— Acho que eu realmente não levo jeito pra patinação... _ Jane sorriu e passou uma mão no cabelo loiro, aproximando mais seu rosto.

Maura tentou levantar, mas Jane a segurou, roubando um beijo.

Um beijo que, surpresa Maura correspondeu no começo, uma surpresa que não durou mais que 3 segundos. A loira levantou sentando ao lado de Jane, passou a mão nos cabelos e olhou a morena que a encarava confusa.

— Jane por favor, eu não quero me machucar

— Eu não vou te machucar, Maura. Prometo.

— Vai sim. Mesmo que você não queira você vai, é isso que todo mundo  faz.

— Eu não sou todo mundo. Sou apenas a Jane.

— Você é a Jane que vai se casar, que vai prometer em frente a testemunhas que aceita Emma como sua esposa e será fiel a ela. Não caibo nesse meio.

— Eu acho que estou começando a gostar de você Maura.

— Então pare.

— Não é algo que podemos parar assim. Não podemos escolher qu...

— Há alguns anos atrás ouvi uma frase que jamais esqueci “O amor é uma opção, a raiva não.” Durante anos não entendi essa frase, mas agora faz todo o sentido.

— Não tá fazendo pra mim Maur.

Maura respirou fundo e olhou a morena ainda deitada no gelo — Quando começamos a nos apaixonar, temos a opção de nos afastar e o tempo se encarrega de nos fazer esquecer... Até o momento que aquele sentimento se torna só uma lembrança. Quando sentimos raiva de alguém, não adianta afastar, só o pensamento já nos dispara o coração e muda nosso humor.  – Maura olhou mais séria— Então é melhor nos afastarmos. Você continuará sendo minha cliente, e nada mais que isso. Prefiro assim a você me odiar por todos os problemas que virão se não nos afastarmos.

— E se eu não quiser aceitar mais me casar? Se eu não for  lá amanhã assinar aqueles malditos papéis?! - Jane levantou e encarou Maura

— Você não entendeu ainda não é? Você não tem essa opção. Por que vocês são o casal perfeito da empresa? Por que você acha que a Adidas em meio a tantas pessoas escolheu logo você e Emma?

— Por que formamos um casal bonito?

Maura bufou e levantou do gelo. Jane fez o mesmo.

— Jane... Emma tem talento e uma história sofrida, foi abandonada pelos pais aos 7 anos e pulou de casa em casa de adoção, se criando sozinha, marketing ama isso, o público ama isso. Ela pratica um esporte em ascensão, e terá uma linha de produtos no nome dela. Ela é a nova menina dos olhos da Adidas. A garota linda, atlética, sofrida, dócil que nunca se entregou as drogas. Há muitas campanhas que ela irá liderar nas periferias do país.

Jane olhava incrédula enquanto Maura continuava

— E você é a italiana linda e charmosa que assumiu ser lésbica, que recebe o apoio da família em tudo, muitas garotas sonham ser você. E você veio morar em nosso país... Jane,  você e Emma cometeram um crime ao pedir a licença para casamento sem se conhecerem. Você assinou aquele papel de patrocinio afirmando ter certeza que quer passar a vida com ela, que se apaixonou por ela há muito tempo e que queria a ajuda da Adidas para mostrar ao mundo o amor de vocês. Você assinou uma mentira, Jane!  Então se você desistir agora ou depois, a Adidas ou qualquer outra pessoa pode falar que tudo foi um golpe que vocês duas praticaram contra a empresa... Não há nada que prove que a Adidas escolheu vocês duas aleatoriamente, ela não fez campanha à procura de meninas pra patrocinar, vocês duas que a procuraram.

— Willian me indicou.

— Como você vai provar isso? Vocês afirmaram por escrito que se amam há anos, e que por isso querem se casar e defender a causa GLBTQ+ Jane, eles escolheram você porque se você quiser sair, é muito fácil provar que tudo que você queria era enganar a imigração para não ser deportada, um crime federal! POR ISSO VOCÊS SÃO O CASAL PERFEITO! - Maura aumentou a voz, e se assustou com todas as palavras que disse, com o olhar magoado de Jane.

— Eu quero ir pra casa. - Jane falou saindo cuidadosamente da pista de gelo





***




Emma & Regina... Henry & Hulk

— Você dormir aqui, Emma?  - Henry perguntou casualmente, tomando seu segundo “café” em seu grande copo de menino crescido.

 

Os olhos de Emma se arregalaram comicamente, e depois trocou um olhar hesitante com Regina. Se aproximando em seguida do rapazinho que continuava saborear seu refrigerante.

 

— Não, tenho que voltar para casa - disse em tom de desculpa enquanto cortava mais um pedaço de lasanha.

 

— Você tem? - Regina perguntou de repente.

 

Emma olhou para Regina que a encarava fixamente. Se Emma não estivesse enganada, ela podia jurar que viu uma pitada de decepção nos olhos chocolates. Então encolheu os ombros

— Bem, quanto mais tarde ficar, pior a estrada fica.

 

Regina a olhou durante alguns segundos e depois consentiu, pintando o rosto com um sorriso fino que não mostrava os dentes. Um sorriso que Emma só a viu usando com funcionários ou nos deveres de empresária. Nunca antes havia o usado na presença de Emma, o que deixou um gosto amargo na boca.

— Claro. Entendo Swan.

 

E Regina voltou aos talheres. Agora brincando com a comida no prato.


***


Jane



Jane estava sentada no sofá com um pote de sorvete, aproveitando que Emma não estava para enfiar  a colher enquanto ela comia, quando bateram na porta. Olhou para o relógio para ver se era hora de Emma retornar do jantar com Regina. Bufou xingando a loira mentalmente por esquecer a chave de novo, deixou o sorvete de lado e pulou do sofá para ir abrir a porta. Não era Emma, era uma mulher jovem e muito, muito bonita em seu jeans colado e cabelo ruivo solto, com o rosto angelical.



Jane permaneceu na porta aguardando a mulher a sua frente que parecia surpresa. A ruiva virou a cabeça olhando o número ao lado da porta para confirmar se estava realmente no apartamento certo.

— É cobertura, não tem como errar. Posso ajudar? – Jane perguntou

— Olá, eu ... ammm ... só ... Eu fui ..... É que...

— Desculpa, não quero parecer grossa, mas como você passou pelo porteiro sem me avisarem?

— É que o Sean da Adidas marcou para eu vir aqui. Sou a treinadora da Swan. Se quiser te mostro minhas credenciais... Eu... - A ruiva falou rápido, abrindo a bolsa em busca das credenciais, derrubando alguns papeis e maquiagem no chão. Jane ajudou a pegar o que havia caído, e ficou surpresa quando a ruiva colocou o cartão e crachá bem em frente ao rosto da morena.

Jane piscou rapidamente algumas vezes confusa  e levantou. 

— Bom. Ok. Sim, claro, muito prazer. Sou Jane Rizzoli. -  respondeu, estendendo a mão para a ruiva, que balançou com um leve sorriso. A morena olhou para ela esperando que também se apresentasse.

— Oh, eu sou Ariel. Ariel Mermaid. - Disse nervosamente, aparentemente sem perceber que ainda estava apertando a  mão da morena.
Jane desfez do aperto de mãos tentando não ser grosseira. Um silêncio constrangedor entre elas.

— Bom e ... Vocês já se conhecem? Você e Emma?-  perguntou para preencher o silêncio, o único pensamento era sobre o sorvete derretendo em cima da mesa.

— Sim. Nosso primeiro treino foi hoje de manhã.

Novamente o silêncio entre elas, enquanto alguns passos para fora do elevador foram ouvidos. Emma se aproximou com a mochila pendurada em um ombro e uma vasilha tapware com lasanha em uma das mãos. Sorriu para Ariel e encarou Jane

— Jane, eu te disse mil vezes pra você usar calças!

Jane olhou para baixo e percebeu que usava a samba canção do bob esponja que usa para dormir. Após Maura deixá-la em casa, tudo que era queria era sofá, sorvete e Netflix.

— Você não estava  em casa mesmo. - Jane deu de ombros

— Mas deixa as pessoas desconfortáveis. - Emma acrescentou apontando Ariel com a cabeça.

— Claro que não! - Jane disse ofendida, então olhou de soslaio para a ruiva e  adicionou - Talvez um pouco ... Eu não fiz você se sentir desconfortável, fiz?

Ariel abriu a boca, pega de surpresa naquela pequena conversa doméstica, e olhou a camiseta branca colada e samba canção com tema infantil de Jane,  sem saber o que dizer.

— Está vendo? - triunfante Emma disse com um meio sorriso.

Jane colocou o braço em volta dos ombros da loira, prendendo-a bruscamente.

— Emma esta é a Ariel, sua treinadora.

— Já nos conhecemos Jane. — Emma empurrou a morena para desvencilhar do abraço forçado - Nós vamos treinar um pouco agora na academia. Se você jogar Aliens x Cowboys sem mim de novo eu vou quebrar sua cara quando eu chegar! Só tenho 3 estrelas.

Ariel olhou de Jane para Emma algumas vezes, estranhando a forma como as namoradas se tratavam. Elas se entre-olharam percebendo a gafe.

— Amor, vou tomar banho, faça a Ariel confortável. - Emma pediu apontando para trás com o polegar e sorrindo forçadamente — Ah, eu trouxe lasanha.

— Emma... bebê, mas você não perdeu a mania de pobre de ir nos canto e trazer potinho pra comer depois né. – disse pegando a vasilha de plástico da mão da loira, abrindo e sentindo o cheiro bom de comida caseira.

— Essa lasanha esta divina Jane... Amor. E não venha me pedir pra guardar suas vasilhas quando formos a alguma festa então. Sua mãe disse que você não pode ver bolo de festa que já vai com a vasilhinha pedir um pedaço pra levar pra casa.

— Nunca mais deixo você com minha mãe  sozinha nem por dois segundos. - Jane fechou a cara

— Já volto Ariel, fique a vontade - Emma beijou os lábios de Jane e sorriu com força, tentando não parecer forçada enquanto subia as escadas. Afinal tinham que manter a aparência de apaixonadas.

— Bem, não precisa se preocupar, posso aguardar no carro. - Ariel sorriu sem graça olhando Jane.

— Bobeira, senta aí. Tô fazendo uma maratona de House, já estou me sentindo pronta pra fazer uma traqueostomia, se você se engasgar deixa que te salvo com uma caneta. Aceita algo pra beber? - Jane perguntou enquanto sentava novamente no sofá.
 

— Obrigada. Não quero nada. Você gosta de série assim? Médica.

— Até que não, eles matam os personagens que gosto. Nossa! Um cara quase morreu porque comeu ervilha. Minha mãe devia assistir essas coisas pra parar de me encher pra comer legumes.




***


Jane & Maura... Emma & Regina


— Emma! Volte aqui! - Jane gritou, ela estava perseguindo Emma em torno de seu condomínio, a loira tinha arrebatado uma das fotos de bebê de Jane e ameaçou colocá-lo no Twitter e Instagram.

 

— Nãoooo! É muito bonito! Você era fofinha! - Emma riu enquanto corria com a imagem, passou por Maura lixando suas unhas e por Regina sentada em um banco de pedra analisando mais uma vez seus E-mails e enviando mais exigências de horários de Henry à babá Guadalupe. As quatro aguardavam a chegada de Ariel para a viagem.

Emma começou a correr em volta dos canteiros ainda rindo da falta de fôlego da noiva. Olhou para trás para zoar mais uma vez a morena suada quando bateu em uma mulher, a derrubando no chão.

— Desculpa. – Emma ficou aliviada ao perceber que derrubou sua treinadora.

— Ao menos você estava fazendo algo útil ao seu corpo. Desculpa o atraso.— Ariel sorriu e foi ajudada a levantar enquanto Jane sentou no chão com a mão no peito tentando recuperar o fôlego. – Você está bem Jane?

Ariel foi ao seu encontro, passando uma mão em suas costas.

— Tô bem. Valha-me Deus, por que fui inventar de correr atrás dessa loira que acorda todo dias as 4 da madrugada pra correr igual louca pela cidade?

— Esperança? – Ariel disse e sorriu sem graça, sentando ao lado de Jane.

Maura se aproximou com braços cruzados, e limpou a garganta ao se aproximar do trio.

— Essa é minha treinadora. A Ariel, ela é muito boa. – Emma se apressou em falar. Ariel olhou rápido para Maura e voltou a atenção a Jane, passando mais uma vez a mãos em suas costas e oferecendo uma massagem.

Maura bufou— Já não está na hora de irmos? Todas estão aqui mesmo.

— Soube que sua poltrona é ao lado da minha Jane!— Ariel falou empolgada.

Não deveria ser ao lado da poltrona da Emma, já que estamos indo nessa viagem pela luta dela e você é a treinadora? – Ariel ignorou a pergunta ríspida de Maura.

Eu trouxe muitos biquínis, ouvi falar que as praias lá são ótimas, fora que a piscina do nosso hotel é maravilhosa!  – Ariel disse mais empolgada ainda, Jane sorriu. – Ficaremos com marquinhas lindas!

Regina se aproximou do grupo, olhou para Ariel sentada confortavelmente ao lado de Jane e para Maura vermelha de raiva em pé com os braços cruzados no peito.

Estou sentindo que essa viagem promete” Regina pensou e passaram pelo portão do condomínio luxuoso.

— Tenho que confessar uma coisa— Jane anunciou quando esperavam a van estacionar. – Tenho muito medo de altura e qualquer coisa que tire meus pés do chão firme.

“Deus, vou amar essa viagem!” Regina sorriu


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo


*Os personagens avançam de acordo com suas personalidades*


Vou ser sincera, sou louca com esse Henry, muito fofo gente!

Próximo cap teremos piscina, claro que teremos Maura furiosa (isso que da juntar Ariel, Maura e Jane)
Teremos Regina caindo na real em relação a uma coisa importante, e Emma... Bem, Emma estará mais... Hum, Vcs verão.

Por favor, deixe-nos saber o que você pensa sobre esse cap ou a história



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amores Proibidos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.