Amores Proibidos escrita por Kikyo, SwanQueenRizzles


Capítulo 5
Vou casar com uma gata


Notas iniciais do capítulo

Pedimos desculpas pela demora, boa parte dessa culpa é minha (Cris), mas já adiantamos e agora poderemos postar duas vezes por semana.
:D o/

AVISO IMPORTANTE: Traços de Evil Queen nesse cap

Aqui está o famoso encontro, lembrando que agora eles serão frequentes, mas aqui da pra ter uma boa noção de "certas coisas".
E sobre o passado dos personagens... Será mostrado ao longo da Fic



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  Regina

            A mesa de reunião estava completa, homens falavam em juros, lucros e marketing, enquanto tudo que passava em minha mente eram as várias histórias que ouvi mais cedo, de minha nada incomum cliente. Quando sai do carro após 4 horas de viagens, ao invés de meu mau humor comum, minha barriga doía de tantas gargalhadas que eu havia dado. E realmente não me lembro da última vez que isso tenha acontecido. Meu celular vibrou sobre a mesa, e ao ver o remetente pedi licença, indo ao anexo da sala para atender.

— Ola Srta Swan. - Pude ouvir Emma soltar um suspiro irritado, porém optou por não me corrigir sobre a forma como a chamei.

— Ei

            Após um longo silêncio, sorri ao imaginar Emma remexendo do outro lado da linha, procurando as palavras certas.

— Swan, creio que foi você que me ligou.

 

— Oh! Certo, desculpe, eu... Eu só estava... Pensando... Eu tava...— Mais alguns segundos de silêncio

 

— Você está pensando em me contar seus pensamentos ou apenas me dizendo que os tem?— Perguntei em tom confuso

— Eu só estava ligando para dizer que irei àquele compromisso daqui a pouco.

 

— Qual?— Eu sabia que era sobre as compras, mas estava adorando o nervosismo daquela loira, que com certeza agora estava com uma mão arranhando a nunca e com um sorriso sem graça no rosto.

 

— Compras. Você disse para eu fazer. Estou terminando o salão aqui já... E ... Hey! Um pouco de ajuda nunca é demais, certo? E como você disse que essa tarde estava livre, e eu também estou sozinha, que tal a gente ficar sozinhas juntas?

            Sorri tão largo que usei músculos faciais que eu sequer sabia que tinha, ouvi alguém rir do outro lado, alguém que estava próxima a bola de nervos, que com certeza queria se bater agora. — Sozinhas juntas? – Brinquei, mesmo tendo total certeza que eu ia aceitar. Deus, como é bom provocar ela!

 

— Ok ok... Não saiu do jeito que eu planejava— Ela limpou a garganta e antes que pudesse dizer algo mais embaraçoso, fiz a caridade de evitar mais um embaraço.

 

— Gostaria muito de ficar sozinha com você, Srta Swan.

 

— Ok Srta Mills.— Ela me provocou

 

— Adeus, Emma— Disse suavemente, já prevendo aonde ela queria chegar

 

— Adeus Regina— Sua voz agora era animada.



Desliguei o telefone e dois funcionários meus ficaram me encarando, não entendi o motivo, talvez o maldito sorriso que não saía dos meus lábios tenha ajudado a estranheza daqueles... daqueles seres que seriam despedidos se continuassem ociosos assim.

***


Maura & Emma



Emma sorria para o celular ao terminar a chamada, enquanto seu cabelo era secado.

 

— É, Emma... Regina precisa urgente trabalhar suas habilidades sociais.  – Maura disse ao observar a outra loira que começava a rivalizar com um tomate.

 

— Diz a garota que preferiu chamar uma desconhecida pro salão ao invés da própria cliente. — Emma resmungou por ter sido pega agindo com uma idiota desastrada. Mas gostou de dividir aquele momento com Maura, pelo menos ela não julgava e, gostou do seu encontro... De certa forma incomum na sede de marketing da Adidas.

 

— Tenho quase certeza que você e Jane se darão muito bem. Ela resmunga igual você.

 

— Ela é gente boa? 

 

— Muito, você irá amá-la. Ela é doce, engraçada, determinada e muito, mas muito fofa.— Os olhos de Maura brilharam, Emma reparou esse detalhe desconfiada.— O que foi?

 

— Nada. Você passa muito tempo com ela? 

 

— Não tanto quanto deveríamos. Nossas aulas de etiquetas são na minha casa.

 

— As minhas com a Regina são em um lugar estranho, com cheiro de antigo. Então... vocês são amigas?

— Sempre sou amiga dos meus clientes. – Maura não compreendeu o sorriso no rosto de Emma. Talvez não tivesse percebido o quanto sorria ao citar o nome da "cliente

— Hum... Estou gata. - Emma passou as mãos no cabelo, anelados e mais loiros.— Vamos escolher minha roupa, quero que Regina não desaprove.

 

— Você está ciente que estamos indo comprar uma roupa para você ir comprar roupas, certo? - Maura pontuou, escondendo um sorriso, jogando a cabeça de lado, admirando a beleza daquela menina.

 

— Sou uma garota complicada.

 

***

Jane



            Tirei os fones e resolvi ir beber um copo de água na cozinha. Minha mãe estava varrendo a sala, então resolvi perguntar onde estava minha calça jeans que Maura havia me mandado. E só perguntei isso. Apenas perguntei e só... Eu não bati nela, eu não xinguei minha mãe, eu juro. Mas essa única pergunta foi mais que o suficiente para transformar uma mulher de 52 anos NO DE.MÔ.NI.O.

 

            Olhei pra ela e falei: "Mah, por acaso, e isso não é uma certeza minha, mas assim, se pah, a senhora que cuida aqui da nossa casa... E cuida muito bem. A senhora que me deu a luz e, eu sou muito grata a senhora por isso. A senhora viu minha calça jeans?"

Pronto. Hiroshima explodiu de novo

E nesse momento eu descobri que toda mãe briga igual, independente do lugar que tenha nascido, ela usa sempre as mesmas frases para xingar o filho.

Essa mulher estava de costas, no momento que ouviu: - Mah, você viu minha calça jeans? - Ela já virou puta e gritou

— NÃO VI! OXI!!! Eu cuido de uma casa inteira e você não pode cuidar DE UMA CALÇA JEANS! Olha, você e seu pai NÃO SERVEM PRA NADA! Olha, QUALQUER DIA EU VOU SUMIR!”

Porque toda mãe em algum momento da vida fala que vai sumir, né. Falei em tom baixo, meio implorado — Eu só quero minha calça jeans, mah.

E ela já emendou: - Olha o jeito que você fala comigo, hein, porque eu sou sua mãe, eu NÃO SOU SEUS AMIGO DA RUA NÃO! Porque eu já tô de saco cheio dessa família. Nada que eu faço nessa casa tá bom! Eu não sou a empregada de vocês!

            Respirei fundo, espremi meu pâncreas para não transparecer nenhuma reação, bebi minha água e fui ao quarto. Só escutei o grito “VOLTA AQUI!”  E voltei porque tenho amor a minha vida.

Ela colocou a mão na cintura com a voz já meio embargada  - Olha, eu quero tá viva pra viver o dia em que eu vou MORREEER! Oxii. Eu tô na menopausa já, Tá. Oxi! Eu não vi sua calça jeans. Não vi!


 Fui para meu quarto. Pegando outra calça e me arrumando. Minha mãe apareceu  mansinha perto de mim .

Você vai sair, filha? - Sorria, que mulher que muda de humor, meu Deus! - Você sabe que sua mãe é maluquinha, né? Perdoa a sua mãe, mas você vai sair?

— Vou conhecer minha noiva, mah.

— Ah sim. Sua calça jeans tá na segunda gaveta.

Meu Deus, preciso urgente de uma casa só pra mim.


***


 Emma

            Esperei Regina na porta da tal boutique, e por algum motivo que desconheço, algumas pessoas me cumprimentavam e me chamavam pelo nome. Achei estranho, pois minhas lutas ainda eram quase anônimas.

— Emma, por favor, tire uma foto conosco – Duas meninas de no máximo quinze anos me abraçaram enquanto outra tirava nossa foto. – Ai Emma! Você e Jane são nossas ídolas! Quanta coragem! Sua futura esposa é tão linda pessoalmente quanto você?

            Senti meu queixo quicando no chão, e com fogos de artifícios fui promovida a tomate.  

— Sim. – Foi tudo que me limitei a dizer. Regina apareceu atrás das meninas e senti meus lábios se curvarem em um sorriso.

— Com licença garotas – Regina falou sorrindo com as meninas — Desculpe, precisamos entrar. 

            As meninas concordaram com a cabeça e seguiram pelo shopping. Regina me olhou de cima a baixo e sorriu, acho que gostou da minha roupa dessa vez... E comprei até sapatos novos. Ela passou pela porta, apenas a segui.

— Gostou das minhas roupas Regina?— Falei apontando para mim.

— Quem comprou pra você?

— Eu, quem mais seria?— Ela levantou uma sobrancelha e cruzou os braços.—Tá, a Maura Isles me ajudou.

— Vejo que ela ao menos não perdeu o bom gosto— Seu desdém era evidente.

— O que aconteceu entre você e ela? A forma como você fala dela...

— Eu aconteci.

— Você tem que parar de machucar as pessoas

— Pararei quando elas pararem de me machucar primeiro.  Vou dar uma volta na parte infantil. Qualquer coisa me chama. – disse antes de se afastar de mim.

— Regina, espera. Como essas meninas me conhecem?

— Oh, você não acompanha os sites de fofocas?

— Não. E não acho que você também acompanhe.

— Realmente não, mas tenho meus informantes. Adidas publicou que está patrocinando um casamento homoafetivo, e sua foto, assim como da sua futura esposa, estavam na reportagem. Agora vá escolher suas roupas, depois venho avaliar. – E saiu


 

"Oi" eu disse para três atendentes que estavam atrás de um balcão, e elas me ignoraram. Olhei para mim, pensando que talvez não estivesse apresentável para a loja, mas estava vestida as roupas que a Maura escolheu pra mim, e até onde eu sabia, essa boutique era da Maura.
Resolvi tentar de novo um segundo OI, dessa vez deixando claro que iria gastar ali, e muito, já que aquelas roupas eram carérrimas!

— Oi. Vim comprar algumas roupas.

 
Sem olhar pra mim, uma delas me disse com desdém — A parte masculina fica do outro lado.

— Mas é pra mim. - Me senti sem graça com as risadas de hiena que elas trocaram ao me olharem.

— Por isso mesmo é do outro lado Emma Swan. Não gostamos de gente como você aqui.

 

            Senti meus olhos arderem, eu queria chorar, queria quebrar ela em duas, ou as três em nove. Senti meus lábios tremerem e sai de perto delas, indo em direção à saída, esbarrando em um senhor, ele me olhou com desdém e sussurrou um nome preconceituoso e vulgar, aquilo me magoou mais. Será que Regina fez isso de propósito? Ela sabia que eu passaria vergonha e me mandou comprar roupa aqui?

            Não importa quanto dinheiro eu tenha, será sempre assim? Eu sempre serei rejeitada com piadinhas e risadas de deboche?

Não importava se eu era lésbica ou não, por que não ser respeitada como pessoa? Por que?
Por que sempre acontece isso? Nas escolas que passei sempre foi assim. Eu era apontada, ridicularizada. E agora isso? Lembranças das piadas nas escolas vieram a minha mente. As zuações cruéis de meus "irmãos" adotivos. Tudo! As pessoas eram cruéis demais.

Andava em passos rápidos rumo à saída até sentir alguém me segurando pelo braço.

 
— Onde pensa que vai Srta Swan? Ainda não acab...
 

E ela cortou a frase no meio ao olhar meus olhos.

— O que aconteceu? — sua voz era preocupada, e eu não queria chorar, juro que não queria. Fiz de tudo pra segurar. Mas quando ela me olhou com aqueles olhos chocolate preocupados, as lágrimas começaram a cair. Fechei meus olhos e chorei, chorei naquela loja, não sei por que eu estava tão sensível, mas eu estava, e chorei.

 
            Senti seus dedos quentes tocarem minha pele na tentativa de enxugar minhas lágrimas, me senti tão bem com isso.


— Calma. - Disse gentilmente, me fazendo chorar mais ainda por sua gentileza para comigo. — Me conta o que aconteceu.

            Respirei fundo algumas vezes. Eu queria muito abraça-la, mas me contive. As palavras presas em minha garganta, o ar saindo em soluços.
Abri meus olhos e tentei enxergar através das lágrimas que represaram instantaneamente. Ela ainda estava preocupada. Testas franzidas com rugas de preocupação.

— Conversa comigo Emma. É o casamento? É sobre isso? Essas roupas aqui, elas – olhou para minhas mãos — Por que você ainda não escolheu nada?

— Elas... elas diss... Elas não querem me vender nada. - Soluçei entre as palavras.

— COMO ASSIM? O trabalho delas é tentar te vender a boutique inteira! – Levantou os braços e soltou ao lado do corpo.


— Elas disseram que não gostam de gente como eu aqui.

— Ah é?— Regina arrumou sua bolsa pendurada no braço, e marchou em direção ao balcão que eu estava anteriormente.


— Não. Por favor, vamos embora. Deixa isso pra lá! Já tô acostumada. – Tentei evitar a confusão que eu sabia que ela faria. Eu só queria ir embora e esquecer aquilo tudo.

Tentei convencê-la inutilmente. Ela me ignorava, seu olhar era furioso fazendo aquele olhar que ela me lançou nos correios quando me conheceu, parecer o primeiro beijo da brisa de primavera.

 
— Oi queridas. - Disse ironicamente colocando suas mãos na cintura e olhando para as três moças atrás do balcão.

 
— Boa tarde senhora Mills. - Disseram em uníssono, como se tivessem ensaiado. Elas estavam com o olhar amedrontado, e confesso que gostei disso.

— Em que posso ajudá-la? - A ruiva que havia me dirigido as palavras cruéis saiu de trás do balcão, e veio em nossa direção arrumando sua roupa perfeita. Ela parecia não me ver ali, seus olhos fixos em Regina.

 
— Pode começar chamando o gerente pra atender a Srta Swan aqui.

 
Três par de olhos finalmente me olharam.

 
“Oi" eu disse sem graça e elas ainda estavam estáticas, olhos arregalados em minha direção.


— E-ela? – disse a ruiva

— Pare de gaguejar, isso é idiota vindo de você, recomponha e vá chamar o gerente. Agora! - O seu "agora" foi uma ordem de comando tão forte e fria que até eu senti minhas pernas bambearem.

— Eu-eu posso atendê-la - Insistiu a ruiva.

— Não querida, se não podiam antes, agora vocês não podem mais, afinal, "não gosto de gente como você". - Regina repetiu a frase que aquela ruiva havia me dito. E então notei um senhor parado boquiaberto nos olhando. Era o senhor que eu esbarrei.

 
            Acho que ele era o gerente. Digo "era" no passado, pois o olhar de aço que Regina direcionou a ele me fez ter essa certeza.

— Senhora Mills, tenho certeza que podemos resolver isso da melhor maneira possível.

 
            Regina desviou os olhos dele e mirou em outro lugar, seu olhar furioso tilintava nas três mulheres que agora choravam a ponto de soluçar. Vi um sorriso irônico brotar nos lábios carmim... Essa mulher bota mais medo que o capeta.


— Não há uma maneira melhor. - Disse finalmente olhando o homem, e tenho certeza que ele precisou de cuecas novas quando Regina o olhou, ainda mais furiosa, o sorriso ainda nos lábios.— A Srta Swan sofreu preconceito na BOUTIQUE a qual VOCÊ é responsável, você acha que existe uma maneira melhor de resolvermos isso, que não seja mandando todos pra rua?

— Senhora Mills, compreendo o transtorno, pois ela é da Adidas e...

— Ainda não terminei de falar — Regina me olhou, mas pra mim o olhar era de carinho — Parece que eu terminei de falar Emma?

            Balancei a cabeça negativamente. Ela voltou o olhar o homem pálido, eu podia ver os nós dos seus dedos saltados, enquanto ele esfregava uma mão na outra, oscilando o peso nos pés.

— Escute aqui - Ela olhou o nome no crachá — Phillip Adamastor - Disse seu nome com tanto escárnio que até fiquei com dó daquele homem... Se houvesse como, tenho certeza que Regina arrancaria seu coração fora e o esmagaria. — Eu disse "todos" para rua, e isso inclui você. Não importa se a Srta Swan é da Adidas ou não, preconceito não pode ser aceito nessa loja e em nenhum outro lugar, duvido que a Srta Isles aceite isso na nossa loja. Ela Já sabe que vocês tratam os clintes assim? Será que ela iria gostar de um processo?

— N- não senhora.

— Você irá dar o melhor atendimento da sua vida para a Srta Swan, e depois irá pedir conta... Ou eu te DESTRUO! Você não irá conseguir emprego nem de auxiliar de garimpeiro! Isso te ensinará a selecionar melhor os funcionários que trabalham pra você, e ensinará como respeitar um ser humano.

            Ela ainda mantinha o sorriso nos lábios. Virou-se, ficando de costas para eles, alheia ao desespero que causou.

— Emma, estarei ali sentada naquele sofá aguardando as suas melhores seleções de roupas. - Seu olhar era muito gentil pra mim.

            Olhei para ela, olhei para o gerente, ou ex gerente, olhei de volta para ela e assenti com a cabeça, seguindo aquele homem até os arados.
O gerente toda hora me entregava uma roupa diferente, ele tremia muito, ainda estava pálido, fiquei com pena dele. Acredito que não precisava daquilo tudo. Entendo que ele é responsável pela loja e tudo mais, e que ele também me xingou, mas mandar ele embora por isso, e ainda falar aquelas coisas todas... Parecia-me crueldade.

            Confesso que na hora gostei, mas agora com sangue frio... Eu não gostava mais tanto.


— Está nervoso... Phillip?  - Regina perguntou

— Não senhora Mills.

— Então por que está tremendo? — O sorriso no rosto de Regina fez o homem vestir uma feição de pânico.

            Saímos da loja antes de Phiilp desmaiar. Várias sacolas penduradas sobre nossos braços... Regina exagerou um pouco nas compras.


— Acho que você precisará fazer mais 5 Henrys pra usar essas roupas todas.

— Crianças crescem rápido demais... — Ela engoliu a seco, parecia ansiosa — Você gosta de lasanha, Srta Swan?

— Amo! - Tenho certeza que meus olhos brilharam e ela sorriu.

— Venha jantar na minha casa amanhã, farei uma para nós.

— Conhecerei Henry? - Falei com mais empolgação que eu queria demonstrar e ela sorriu.

— Sim. Na verdade, ele fará a lasanha.

— Futuro cozinheiro? - Ela sorriu e assentiu com a cabeça andando mais alguns passos.

— Na verdade, foi ele que pediu que eu a convidasse. - Sorriu sem graça— Falei de você algumas vezes.

— Henry sabe de mim?! Sabe?!- Parei novamente dando alguns pulinhos involuntários, eu estava muito empolgada sem saber o porquê. E saber que Regina falava de mim, mesmo que fosse para uma criança de três anos... Nossa!

            Talvez as várias narrações sobre ele que Regina me deu, tenha feito crescer essa afeição em mim ou algo assim. E eu amo crianças! Não tenho contato com uma há anos.

— Pensei em alerta-la que ele é um pouco empolgado demais... Mas acho que isso não será problema, vocês dois tem algo em comum. — Ela me deu seu sorriso mais sincero, o sorriso que com certeza era dedicado a Henry.



***

Jane & Maura... e Ângela


            Jane estava eufórica na sua casa, não sabia que roupa usava, já que estava indo ao seu primeiro encontro com sua futura esposa, “primeira impressão é a que fica, certo?”
 Ela queria se arrumar, mas quando lembrava que não era para Maura,  desanimava um pouco. Pegou a calça Jeans carérrima que Maura a enviou, uma camiseta lilás ¾ , colocou uma bota de salto, não muito grande, porque ela já era alta e se ficasse mais alta ainda, iria parecer como um boneco de Olinda, deixou seus cabelos soltos, um pouco selvagem e caprichou na maquiagem, realçando seus olhos. Deu uma última verificada no espelho, aprovando seu look e assustou com o grito da sua mãe na sala, chamando por ela.
 

            Quando Jane chegou à sala, Maura estava sentada atrás de uma mesa com milhares de pratos com porções de biscoitos ao seu redor. A loira lançou um olhar de socorro para Jane.

— MAH!!!

— Que foi filha? Só quis ser gentil com sua amiga – Jane revirou os olhos, e por um instante teve vontade de rir da feição de desespero de Maura por não saber o que fazer.

— Mah, nós temos que ir.

— Ah tá bom minha filha. Vai com Deus. E não esqueça de trancar a porta da cozinha quando voltar, porque imagina só entrar ladrão aqui e roubar meu jogo de panela.

— Mah, mas que ladrão que quer fazer feijoada é esse que invade uma casa à noite pra roubar panelas?

— São minhas panelas Jane.

— Oh Senhor

***


Emma & Regina



— Nossas acompanhantes ainda não chegaram?-  Regina falou ao parar perto da mesa.


— Ainda não.-  Emma estava perplexa com tanta beleza a sua frente, o vestido preto com detalhes pratas caiam muito bem nas curvas da morena. A maquiagem um pouco mais pesada acentuava o olhar imponente. Emma levantou, percebendo que a morena estava a sua altura, devido aos saltos que usava, e puxou a cadeira ao seu lado para que Regina sentasse. Sorrindo ao gesto cavalheiresco, a CEO sentou colocando sua bolsa no colo, ombros quase se encostando devido a proximidade das duas.

— Esse conjunto ficou muito bom em você Swan-  Emma arrumou sua gravata feminina e sorriu

— Uma linda senhora Mills escolheu pra mim — Ambas sorriram

— Essa senhora tem muito bom gosto, mas prefiro ser chamada por Regina, por favor, "Senhora" me envelhece. - Regina se perdeu por alguns instantes na imensidão verde que agora brilhava. “Será que esses olhos brilham mais que o dia em que a conheci?” pensou. Emma sorriu mais uma vez e desviou o olhar, passando suas mãos na calça preto giz. Regina olhou para a calça relativamente justa, marcando o corpo da loira... Ela se repreendeu por estar notando coisas que não percebia antes, como a calça que dava forma ao corpo de Emma, ou seu coque tão bem preso.

            A lutadora criou coragem e encarou os olhos chocolates. - Eu pedi uma cerveja pra mim, aceita?”

 - Preta? – Perguntou ao lembrar da brincadeira que Emma havia feito no dia que se conheceram.

— Claro. Ao menos nisso combinamos. - O garçom colocou dois copos sobre a mesa ao perceber uma segunda presença. Elas brindaram e sorriram, saborearam o gosto amargo e refrescante. O colar de Regina chamou a atenção da loira. Regina seguiu os olhos verdes e sorriu.

— Meu pai que me deu quando me formei na faculdade, Gosto muito de usa-lo, principalmente quando estou com decotes assim.

— Muita agradável aos olhos... O colar... Quis dizer o colar. — Emma falou sem graça, um pouco assustada com a frase que não havia como ser revogada. Não quis ser mal interpretada, mas realmente havia achado lindo o colar ónix, foi um comentário inocente.

— Tenho certeza que sim -  Por algum motivo não conseguiam desviar o olhar. Um flash assustou ambas.

— Esses paparazzi... Pode se acostumar a ser perseguida. - Regina ficou sem graça, e bebericou seu copo, perguntando como foi se perder em um olhar.

— Já estou acostumada a ser perseguida.

— Por paparazzi?!

— Não. Cobradores. Mas é bem parecido, ambos querem saber com o que eu estou gastando dinheiro. - Regina gargalhou, mais da forma como Emma disse sendo chacota de si mesma, do que do comentário em si. Como era mais leve estar com aquela loira.

— Henry está muito animado com sua visita amanhã, não para de falar disso. - Emma passou o braço por Regina, o colocando no encosto da cadeira da morena, as duas estavam mais próximas, como em um abraço.

— Guadalupe deve estar louquinha já. Mas ele não é muito novo pra cozinhar?

— Não querida, eu faço tudo, ele só monta. -  Regina bebeu um gole de seu copo, de repente sentindo sua boca seca. Apesar da sensação estranha, de certa forma estava confortável, o perfume Polo Black de Emma, o seu calor, a conversa leve.

— Você parece ser uma mãe tão carinhosa -  Emma segurou a mão oliva e seus olhos se prenderam novamente, por algum motivo aquilo se tornou um habito, parecia algo natural, único e um pouco assustador.  -E esse garoto deve te amar muito - Emma desviou os olhos para os lábios carnudos.

            Antes que Regina respondesse, ela escutou uma voz conhecida, fazendo uma careta logo em seguida.


— Boa noite, Regina.




****

Jane & Maura


            Jane abriu a porta do carro para Maura entrar. Sorrindo Maura entrou  e colocou a chave na ignição, encantada com o cavalheirismo de sua cliente “Com certeza ela deve encantar muitas meninas por aí com esses gestos” pensou

— Desculpa a minha mãe. Ela ficou eufórica quando ficou sabendo que você viria aqui me buscar. – Jane colocou o cinto e sorriu sem graça para a loira

— Tudo bem Jane. Sua mãe é muito hospitaleira. 

— Minha mãe é neurótica. Milagre ela não ter gritado pra passar a corrente no portão.

— Segurança Jane. É normal.

— Maura, o portão bate na minha cintura. Só um dos sete anões que não conseguiria entrar. – Maura deu partida no carro rindo, Jane com certeza era uma das melhores coisas que aconteceu em sua vida.

            No caminho elas conversavam amigavelmente, havia uma química entre elas que não podia ser negada, na verdade essa química foi desde o primeiro encontro.

— Você não deve ter muito trabalho com os homens,  né? Só mulheres neuradas querem casar.

— Homens também Jane. Mais homens que mulheres me procuram ajuda nesses eventos.

— Não consigo acreditar nisso. Não consigo ver um garotinho sonhando desde criança com casamento. Imagina um rapazinho falando "Quando eu crescer quero me casar! Quero entrar na igreja com minha mãe e quero azaleias! Quero muitas azaleias! Oh! Encham de azaleias!" Esse cara não vai se casar com uma mulher.

            Maura riu com o comentário de Jane, se lembrando do pedido de Emma para ter muitas azaleias no casamento. Qual era o problema com azaleias afinal?
Maura não podia negar que a morena era muito engraçada e que a pessoa que casaria com ela, mesmo sendo de “mentira”, seria feliz ao seu lado. E não pôde deixar de sentir uma pontada de inveja de Emma, com certeza Swan era uma pessoa maravilhosa, mas Jane... Jane era fofa, carinhosa, engraçada, determinada, inteligente e fazia as horas se tornarem segundos.

            Ao chegar ao restaurante e se apresentar ao hostess, ele indicou o caminho, e Maura avistou Regina sentada em uma mesa com Emma. Ficou surpresa ao ver Regina tão leve e sorridente, e tomando cerveja preta! “Deus! Quanto tempo Regina não fazia isso?”
Emma sentada ao lado de Regina, com seu braço sobre a cadeira, como se estivesse abraçando a morena, disse algo que fez Regina gargalhar... Maura não se lembrava como era a gargalhada de Regina... E sentiu o que não sentia há muito tempo... Culpa. As mulheres na mesa quase sussurravam, como um segredo, se aproximando mais, os olhos sem perder a conexão... Maura ficou receosa que alguém tirasse foto daquele momento e interpretasse mal.

            Timidamente Maura chegou perto da mesa e cumprimentou:

— Boa noite, Regina

 

***


Emma & Regina, Jane & Maura



— Essa aqui é a Senhorita Jane Rizzoli, sua futura esposa -  Maura fez as apresentações e Emma levantou para cumprimentar a noiva. No inicio foi um pouco estranho, pois elas não sabiam se cumprimentavam com as mãos, com um abraço e três beijinhos, então decidiram somente um aperto de mão.

—  Vocês parecem mais colegas de futebol do que namoradas-  Regina disparou áspera, cruzando os braços e olhando de lado.

— Como você quer que eu a cumprimente, Regina? Com um beijo de língua?- A mudança brusca de humor da Regina confundiu Emma um pouco.

— Talvez assim alguém possa acreditar nessa farsa -  Emma não conseguia entender a reação inesperada de Regina, e a olhou, a morena sustentou seu olhar como se estivessem apenas as duas ali.

            Jane levantou uma sobrancelha e olhou para Maura que apenas sorriu tímido.

— Regina -  Maura decidiu furar a bolha criada — Vamos fazer uma coisa por vez. Baby steps.

            Maura sentou ao lado de Regina, no antigo lugar de Emma. - Faz tanto tempo que a gente não se fala, Reg.

— Sim, por favor, não estrague isso. - Regina cruzou os braços e olhou em outra direção. Emma sentou ao lado de Jane, ficando de frente a Regina. 

Emma e Jane trocaram um olhar cúmplice e sorriram.

— Vou me casar com uma gata!-  Jane disse animada encarando os olhos verdes.

— Também não fiquei mal. Me casarei com uma gata!

— Você tirou a sorte grande meu amor, sou muito gostosa-   Jane disse e deu uma piscadinha. – Mamãe que fez.

— Vejo que sua mãe te fez muito humilde.

— Minha mãe me fez maravilhosa - Emma sorriu já amando a companhia da sua “futura esposa”.

— Vejo que estão se dando muito bem - Regina interrompeu chamando a atenção de todos na mesa - E então? Quem vai ser quem nessa relação?

— Quem vai ser quem o que? Como assim? – Jane olhou confusa para Maura que estava sorrindo, olhando para o Menu.

— Temos que decidir o papel de cada uma nessa relação. Quem será o homem e a mulher. Ou sendo mais clara, ativa e passiva. – Regina deu um grande gole em sua cerveja, que chamou a atenção de Maura.

— Hey-  Emma alterou o tom de voz, encarando Regina e ainda não entendendo esse mudança. Regina parecia extremamente incomodada com algo, tão diferente de alguns minutos atrás.

— Sou gostosa demais pra ser a passivinha da Emma. - Jane riu e olhou para Maura, ambas entendendo o motivo da “raiva”  de Regina. E Maura decidiu encerrar aquele assunto.


— Na verdade Regina, eu não concordo com sua pergunta, porque isso é um pensamento retrógrado, atualmente não existe essa necessidade de assumir papéis em um relacionamento. Então acredito que não devíamos muda-las e ou modela-las para um padrão. Não tem quem é o homem e a mulher porque ambas são mulheres. Assim criaremos um bom casamento. 

— Fico feliz em ouvir sobre criação de bom casamento, srta Isles, porque sabemos o quanto você é fluente quando se trata de destruir casamentos. - Regina pegou seu copo, o virou, retornando-o vazio a mesa e voltou a cruzar os braços.

            O silêncio reinou na mesa, Emma remexeu desconfortável na cadeira e Jane tossiu.

— Vamos escolher? - Maura parecia nervosa ao pegar o menu.

—Já pedi o couvert -  Regina pegou o celular da bolsa. -Tenho que fazer uma ligação. - Saiu da mesa, Maura decidiu ir ao toalete, enquanto Emma e Jane se entreolharam confusas.


— Por acaso você reparou algo nessas duas?- Perguntou Emma.


— Além do fato delas serem gostosas? - Respondeu Jane, sorrindo com uma sobrancelha levantada.


— Nossa, é desse jeito que você quer casar comigo?


— Por favor ne Em, não me diga que você não reparou na Regina? Aquela mulher é caliente!


— Não reparei em nada.


— A ta, eu acredito. Eu vi bem quando ela levantou para atender o telefone e você ficou babando, igual cachorro vendo frango assado rodando naquela máquina.

— Eu não fiz isso, você esta enganada. E também, quem é você pra me falar algo? Você também ficou de olho no corpo da Maura. Quase tive que pedir um babador pro garçom. Você tá ficando com ela?


— Não. E vamos parar de falar disso, pois nós temos que nos conhecer.

— E já não estamos fazendo isso? - Ambas riram - Tá, vamos lá. Qual seu motivo de "casar?” - Emma perguntou ao encher seu copo e o de Regina.

— Fui mandada embora do meu serviço de segurança, tive que pagar despesas médicas que não eram minhas. Ia perder meu apartamento, e meu visto de permanência aqui. Então entre ser uma mendiga ilegal ou ser deportada pra Itália viver com minha nona doida, decidi me casar.

— E você optou pela pior escolha, você tem problemas. Aqui, já pensou em tomar banho de sal grosso? Fazer um despacho? Novena ou corrente na igreja? Porque... tipo, o negócio tá preto pra você heim. Evita passar debaixo de escadas.

— É muito azar para uma Jane só, eu sei.

— Pra piorar tudo, só levando chifre. Você tá solteira, né garota? Porque se estiver namorando, eu vou ter que me abaixar pra passar debaixo das portas por aí. - Jane gargalhou e bebeu mais um gole de sua cerveja que não era preta, já adorando a companhia da sua “noiva”.

— Estou solteira. Pode ficar tranquila, não pretendo te trair.— A morena ficou pensativa, olhos perdidos no nada, suspirou e voltou à atenção para seu copo o virando de uma vez. — Mas você quer me trair, né? - Emma observava com olhos desconfiados

— O que? - A morena passou a língua nervosa nos lábios. “Não! Vou não. Vou te respeitar -  Encheu seu copo novamente, o virando pela metade.

            Emma ficou por alguns segundos de olhos estreitos analisando a morena, um sorriso nascendo na boca - Você está apaixonada por outra pessoa, Jane?


  Jane engasgou com a cerveja e olhou novamente para Emma. Mas dessa vez seus olhos se estreitaram, como se ponderando se podia confiar ou não na sua futura esposa.

— Olha Jane, eu falo isso porque... Porque acho que não tem nada a ver você estar gostando de uma pessoa. -  Emma deu de ombros - Não curto mulheres.

— Mas você já experimentou né?

— Sou tão obvia assim?

— Um pouquinho. - Jane gargalhou e cutucou o ombro de Emma com o dedo.

— Já beijei uma única vez, não foi bom e não teve sentimentos. E você tá xonadona na loira lá -  Emma cutucou Jane com o ombro


— Queda por loiras, mas nada que me faça realmente deseja-la, mesmo ela sendo... - O sorriso que deu e a forma como pronunciou já a decretaram culpada no quesito paixão. - Ela é uma pessoa... maravilhosa, inteligente linda e...

— Gostosa - Completou Emma rindo, imitando o jeito de Jane.

— Hey, mais respeito quando você fala da Maur viu?

— De quem? Repete o nome ai, por favor, que não escutei direito? - Brincou Emma.

— Maur, Foi um apelido carinhoso que dei a ela, mas ela ainda não sabe e que você fique de boca calada, porque se não vou falar pra Regina que toda vez que ela anda pra algum canto você não tira o olho da bunda dela, mas também ne, ela tem umas ancas, não tem como não olhar. Aquilo é tipo uma força jedi que puxa o olho. -  Disse Jane com um olhar pensativa, ao perceber que Emma estava a fuzilando com olhar ela continuou. - Eu sabia. Você esta afim da Regina! - Bateu as mãos, chamando a atenção de algumas pessoas próximas


— Tá louca! Não! Jamais!  Só estou reavaliando se da tempo de trocar de noiva... Seremos o casal mais esquisito que já existiu. - Emma apontou para si e depois para Jane, as duas gargalharam, e talvez o nível do álcool no sangue estivesse ajudando nisso.

— Isso que dá juntar duas ativas e colocar duas gostosas pra tomar conta da gente..

— Você é lésbica, Jane?

— Pensei que meus comentários tinham deixado isso bem claro. Já namorei homens, mas não me sentia bem sabe. Na verdade era assim... Eu os namorava e ficava de olho nas minhas cunhadas. -  Jane se sentia completamente  relaxada, sentia que tinha encontrado uma aliada.

— Eu não acredito que você fazia isso. E como elas se sentiam?

— Isso ai eu não sei, porque com certeza elas reparavam que eu não parava de olha-las, mas nunca me disseram nada, só teve uma que uma vez me beijou.

— Como? Ela te beijou? Assim do nada?

— Na verdade, havia ido a uma festa com ela e meu namorado, que era seu irmão, ai nisso ela disse que estava passando mal, me pediu que a levasse embora, já que já tinha dado perdido no ficante dela. Então dei perdido no meu namorado, peguei e levei-a embora. Ao chegar na sua casa, ela pediu que a ajudasse ir pro quarto, porque havia bebido demais e que estava tonta. Como não tenho vocação pra santa, prontamente atendi, quando chegamos em seu quarto ela me agarrou e me beijou.

— E você fez o que?

— Really? Eu retribuiu, e você pode ter certeza que de bêbada ela não tinha nada, até hoje acho que ela se fingiu de bêbeda para me beijar.

— E depois?

— Depois? No outro dia fui a casa dela para conversarmos sobre o acontecido, ela simplesmente estava normal, parecia que nada que envolvia língua tinha rolado, como se não lembrasse de nada , então deixei quieto.

— E o seu namorado? O irmão dela.

— Larguei ele. Ela beijava melhor.

— Meu Deus, você é terrível!

— Eu não tenho culpa se minha mãe me fez gostosa. - Jane passou o braço por Emma, o colocando no encosto da cadeira da loira. Um flash assustou ambas.

— Que isso?! - Jane estava assustada olhando ao redor.

— Paparazzi. Regina disse que é normal.

— Falando nela... - Jane disse ao ver que Regina retornou a mesa - Oh Regina, seu copo vai dar dengue ai.

 Regina olhou a forma como Jane estava relaxada com Emma. O braço sobre o encosto da cadeira da sua cliente. - Srta Swan. Vou me retirar. Boa noite e com licença. - Pegou sua bolsa indo em direção à saída. Emma levantou indo atrás. Saiu na portaria e avistou Regina entregando o ticket para o manobrista. 

— Regina, fica mais um pouco. Está divertido - Duas adolescentes pediram para tirar fotos com a loira, que ficou sem graça em dizer não. 
            Quando terminou, foi correndo e parou ao lado da janela do motorista, Regina já havia dado partida no carro.

— Regina - Emma bateu no vidro

— O que eu tenho que fazer pra você voltar lá pra dentro Swan? - Regina abriu o vidro.

— O que eu fiz pra você ir embora assim? O que você quer? - Regina olhou Emma por alguns segundos, a preocupação era evidenciada pela ruga de confusão que estava na testa da loira. - Me fala o que está acontecendo Regina. Você tá indo embora por que odeia a Maura? Escolha não odiar então.

Regina sorriu sem humor  - Ódio não é uma opção, amor sim.

— Você não odeia Regina, você tem um coração bom que perdoa, e eu vou provar isso. - Assim que terminou a frase, novas adolescentes pediram por mais fotos.



— Vou embora Swan, fica ai com sua noivinha “gata” como você mesma disse, e essas adolescentes que ficam suspirando por você.

— Regina, fica.


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Notas finais do capítulo



o/ é aqui que vcs nos xingam ou nos da um beijo.

Próx Cap, Emma conhece Henry, com direito a parque e tudo.
A noite do "encontro" ainda não terminou para Maura e Jane.
E teremos o novo endereço do futuro casal Adidas
Como muitos já perceberam, a fic leva um humor e drama leve. Não teremos humor pastelão(estilo a praça é nossa), e nem novela mexicana(ou shonda).



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