Amores Proibidos escrita por Kikyo, SwanQueenRizzles


Capítulo 18
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Regina & Emma

 

— Achei que você tinha ficado pra ajudar. - Regina falou enquanto sorvia açúcar na massa. 

Emma deu a volta no balcão e passou um dedo provando a mistura que Regina mexia com vontade. A loira provou mais uma vez antes de concordar chupando o dedo, recebendo um olhar nada amigável da morena.

 

— Claro. Diga o que você quer que eu faça que eu faço.

Enquanto batia a massa, Regina deu uma rápida olhada na cozinha até que encontrou o que queria.

 

— Você vê aquela pequena porta à sua direita? Abre e tira algumas batatas. Há um descascador na segunda gaveta aqui do balcão.

Obediente Emma tirou o saco de batatas e começou a descascar. - Elas são pra sobremesa também? - perguntou

Regina sorriu ao perceber que sorrateiramente Emma se aproximava da vasilha da morena, observando a massa com olhos ávidos.

 

— Não, vamos fazer algumas batatas assadas com presunto em cubos para acompanhar. Os taquitos estão na geladeira.

 

— Soa bem. - Emma falou sorrindo para a morena antes de passar o dedo mais uma vez na massa e voltar a tarefa de descascar batatas. Na segunda tentativa levou um tapa na mão.

Seguindo as instruções, Emma ajudou a preparar as batatas enquanto o bolo estava assando. Como em muitas outras coisas, elas descobriram que também eram uma boa equipe na cozinha.

 

— Quem teria pensado que você saberia lidar com si mesma em uma cozinha. - Regina brincou enquanto misturava o molho para as batatas.

— Bem, eu tenho tomado conta de mim sozinha  toda a minha vida. Além disso, Killian me obrigou a assistir alguns programas de culinária com ele. Cozinheiros são bem competitivos ne? - Emma respondeu com uma risada, levando a bandeja de batatas para colocá-la no forno elétrico, já que o tradicional estava ocupado com o bolo.

— Não Emma, coloca no microondas.

A loira virou rápido, encarando Regina com as testas franzidas, claramente confusa.

— E não vaí explodir?

Regina gargalhou - Você precisa assistir mais programas de culinária, ainda não foram o bastante.

— Mas semana passada Jane e eu fomos pregar uma peça no Killian, sabe? - Colocou a bandeja dentro do microondas - Tentamos fazer sangue falso, e quando colocamos os corantes dentro do forno pra esquentar, explodiu tudo. Gastamos horas limpando aquilo.

Regina encarava a mais nova com uma feição chocada. - Quantos anos você tem mesmo? - Fez uma careta.

— Ah! Quem nunca pregou peças nos amigos.

— Eu. Com certeza.

— Você precisa se divertir mais. E agora? O que faço? - Emma perguntou animada, na verdade estava apreciando aquele dia na cozinha com Regina, e embora não ia admitir isso, a morena também estava tendo um bom momento com Emma.

 

— Vamos deixar este bolo esfriar um pouco antes de cortá-lo ao meio e enquanto isso preparamos o recheio. - Regina falou ao colocar alguns ingredientes em outra tigela.

— Você vai fazer outro bolo? - Emma perguntou confusa.

— Não, apenas o recheio.

— Chocolate ne? - Perguntou animada.

— E sua dieta?

— Ainda to de ressaca, tenho que me hidratar com açúcar e chocolate.

— Hidratação é com água e vergonha na cara pra não beber tanto mais. - Regina parou de mexer a tigela - Emma? Obrigado por ... Bem, por ter me convidado pra falsa ceia. Sei que é porque você está aqui e ficou sem graça de não me chamar.

A loira parou e olhou perplexa para Regina.

— Não é por isso. Todos nós tomamos como certo que você viria. Quando eu disse que nós éramos uma família falei sério. Além disso, eu pessoalmente não gosto da ideia de você jantar sozinha aqui.

A campainha tocou, minutos depois duas mulheres entraram na cozinha.

 

***

 

Regina & Emma... Maura & Jane

 

— Por que me chamou tão correndo? - Jane entrou na cozinha encarando Emma - Fomos comprar café e eu ia passar em casa pra me arrumar. Nem tive tempo de secar o cabelo.

— Você seca isso?! - Regina falou mexendo a massa - Achei que apenas deixasse passarinhos brincarem de playground ai.

 — Por que você me chamou aqui mesmo? - Ignorou o comentário direcionando a pergunta a Emma

— Porque temos que ir juntas e você tava com meu carro. - Emma notou a timidez de Maura no canto da cozinha. - E também porque faremos uma sessão de fotos pro casamento amanhã. Ainda não decidimos qual de nós duas vai usar o vestido de noiva?

— A pergunta é quem foi que achou que poderíamos ser um casal?

— Você não pensou isso quando beijou ela no carro ontem. – Regina resmungou amassando com raiva o recheio.

— Você o que?! - Maura perguntou cruzando os braços e se aproximando do balcão.

— Tava bêbada e foi um mal entendido. – Jane tentou se desculpar - 20 conto que será você naquele vestido  loirinha. -

— Feito. - Emma aceitou o desafio, fazendo Maura e Regina virarem os olhos.

— Agora podemos voltar ao assunto do beijo? – Maura perguntou se aproximando da bancada.

— Vamos esquecer isso e fingir que nunca aconteceu? – Emma tentou amenizar a situação.

— Não. Também estou interessada – Regina largou a massa e aproximou do grupo.

Emma e Jane se olharam sem graça, envergonhadas. Jane respirou fundo e olhou para Emma que estava sentada em uma cadeira perto do balcão.

— Uma ajuda aqui loirinha. - resmungou.

— Se vira, foi você quem me beijou, então se explique sozinha. - Levantou a mão em defesa - Eu só fui a cobaia dos seus atos.

 

— Não quero mais saber detalhes. - Maura colocou as mãos no balcão, fazendo as duas mulheres respirarem aliviadas, enquanto Regina as olhava desconfiada.

— O jantar é pra forjar uma foto de dois anos atrás?? Então... - Jane olhou para Emma - É essa jaqueta vermelha que você usava há 2 anos atrás? Porque desde que te conheço você usa ela.

— Querida, essa jaqueta já tem vida própria. - Emma brincou puxando a lapela. - To curiosa com uma coisa... Por que você ta de vestido e cabelo liso? - Apontou para Jane.

— Há dois anos atrás eu tava namorando uma garota... E ela não curtia muito meu penteado.

Regina interveio - Vejo que ela tinha senso.

 

— Ah por favor! Que cisma com meu cabelo.

 

— Ta linda assim, Jane. - Maura disse sorrindo e passando as mãos nas costas da morena.

 

— Essa é minha deixa pra vomitar? - Regina resmungou

 

— Mas você não explicou o porquê do vestido. - Emma retirou as embalagens vazias da mesa.

 

— Essa minha ex, ela gostava de me ver de vestido

 

— Sabia que você seria minha passivinha, Jen! - Emma jogou uma embalagem vazia em Jane, recebendo um olhar furioso de Regina pela bagunça.

 

Jane pegou a embalagem no chão, jogando na lixeira mais próxima - Nossa! Que cheiro divino! Avemaria Regina, casa comigo?

 

— Me poupe do suicidio. - Regina respondeu com uma mão de desdém.

 — Oxi, mas eu sou um bom partido. Minha vó sempre me disse isso, e minha vó não mente.

 

— Deve tá caducando a coitada. - Regina resmungou pegando algumas vasilhas.

 

— Só não vou responder porque tem hora que até eu acho isso. Certa vez uma mulher chegou na lanchonete que eu trabalhava com um pau na mão nervosa, sentou na cadeira e eu já fui tentar acalmar, vai que eu mexi com quem não podia e ela tava lá por mim.

 

— Sempre aprontando, mas continua.

 

— Aí ela me contou que tava lá pra comer e quebrar o pau em uma mulher que morava perto da lanchonete, porque essa mulher só fala mal dela, da roupa dela, que o marido não presta, que os filhos não sei o que e tal. Só sei que a mulher tava um dragão soltando fogo pela boca. Aí eu levei o lanche pra ela, do nada ela fala "Olha lá a fulana passando, vou quebrar esse pau na cara dela é agora", olho pra fora, olha lá minha vó passando. A mulher queria pegar minha vó de jeito. Só sei que fiz de tudo pra mulher não quebrar minha vó, falei que ela não ia aguentar, pra deixar pra lá e tal, que era minha vó. Resultado, tive que pagar o lanche dela e ela disse que dessa vez ia passar, mas que se pegasse minha vó falando mal dela de novo, ia quebrar no pau minha vó e eu.

 

— E sua avó?

— Minha vó tava lá sentada falando mal de alguém, aí eu falei com ela que se ela falasse mal de alguém de novo eu e ela ia levar pau.

 

— E o que ela fez?

— O que eu fiz, ne? Vim pra cá porque sabia que minha vó não ia parar de falar mal dos outros.

 

— Meu Deus, sua família é muito louca. - Maura respirou fundo - Regina, nós fomos seguidas hoje.

A morena olhou por alguns segundos para o nada, foi a pia lavando suas mãos.
— Está na hora delas receberem a assistência de seguranças. Assuma o recheio, farei uma ligação. - Disse a Maura, saindo da cozinha.

— Por que isso tudo? - Emma perguntou, ainda observando a porta por onde Regina saiu.

— Vocês são páginas de destaque de alguns sites de fofocas hoje.

— Que?! -  Jane falou assustada.

— Não bebemos tanto assim pra fazer tanta besteira - Emma  falou recebendo um olhar desconfiado de Jane. 

— Vocês receberam algumas ameaças na última semana. Regina quis pedir por assistência, eu achei que era exagero. Deveria lembrar que ela nunca erra sobre essas coisas.

— Deveria lembrar? - Emma perguntou confusa - Como assim? Há quanto tempo vocês se conhecem?

 

— Pelo que eu entendi... - Jane começou - Elas eram amigas de infância, Regina gostava de Robin, aquele fortão que seguiu a gente, sabe?  Maura gostava de Regina e Maura casou com Robin. Em resumo, Maura casou com o namorado da Regina.

— Ah! Coisas do dia a dia. - Emma ironizou - Acontece sempre.

Jane percebeu que os lábios de Swan se tornaram uma linha fina, sua testa franzida. Ela havia ficado com raiva, ou seria ciúmes?

 

***

 

Regina, Emma, Henry, Maura e Jane chegaram a casa Rizzoli.

Assim que a porta se abriu, a frequência cardíaca de Maura foi até 500 batimentos por minuto. 
Maura pôde sentir os olhos de Ângela colados em seu rosto, e sorriu tímida, ao lado de Jane, agradecendo a Deus por Emma e Regina estarem na frente. A loira decidiu apenas evitar todo e qualquer contato visual com a mãe de sua "amiga/cliente/amante", afinal, Ângela já sabia da relação com benefícios das duas.

 

—Hey, sou Henry - O jovem rapaz estendeu a mão a mulher mais velha, sendo quase inevitável o "own" geral.

— E eu sou Ângela, rapazinho. - Angela abaixou e pegou sua mão, ansiosa por um abraço.

— Não rapazinho, sou menino grande. - disse orgulhoso e Angela não resistiu, puxando o pequeno dois anos para um forte abraço.

Soltou o garoto e se levantou, arrumando o vestido, tímida por encarar a mãe do menino grande após o momento "louca por um neto."

— Boa noite, sra Angela. Obrigada pelo convite. - Regina falou cordial estendendo a mão a matriarca. A outra segurando a travessa com batatas.

— Você é sempre bem vinda. Você e seu menino grande.- aceitou a mão estendida - fiquem a vontade, entrem. - Angela deu espaço e assim que Regina passou, segurando a mão de Henry,... Angela puxou Emma para um abraço forte e depois a soltou admirando os olhos jade.

— Saudades minha nora - sorriu - Vê se não some tanto oxi, não sou uma sogra má.

— Obrigada por estar nos ajudando.

— Querida, to fazendo um jantar de ação de graças no meio do ano, não podia ta mais feliz. Podemos fazer isso todo ano. - disse animada e Jane bufou logo atrás.

— Oi mãe, Frank já ta ai?

— La dentro - puxou para um abraço mais apertado que o de Emma. e depois a soltou, se virando para Maura.

A loira sorriu educadamente quando a mulher se dirigiu a ela calorosamente e depois recitou sua frase tão ensaiada 'Obrigada pelo convite. Estou muito feliz por estar aqui de novo. " 
Ela soou verdadeiro. Ela foi genuína ...

 

Maura estendeu a garrafa de vinho que ela trouxe para o sua anfitrião, Angela sorriu, então puxou a mulher em um caloroso abraço.

— Claro. Você é sempre  bem vinda, querida

Maura, é claro, se assustou e sentiu seus músculos paralisarem. nervosamente deixou-se relaxar. Ela não podia estragar tudo. 
Ela não poderia decepcionar Jane, agindo como uma idiota completa.

 

— Você não precisava trazer nada. Será que Jane disse pra fazer isso? Não dê ouvidos a ela. Venha querida. 

 

Angela riu calorosamente e pegou a garrafa de Maura, indo em direção a cozinha.

A loira caminhou lentamente em direção a sala, vendo Frank dar um abraço apertado em Regina, que com certeza se sentiu desconfortável. Então seus olhos cruzam com o do Rizzoli.

— A primeira e única Maura Isles, senhoras e senhores!- Frank anunciou em voz alta.

É claro que ela corou, mas a forma como Frank brincou com ela, mesmo sem conhece-la pessoalmente, por algum motivo não fez ela se sentir desconfortável. 
Maura apenas balançou a cabeça e sorriu.

"Em carne e osso", deu de ombros e caminhou para os dois homens, sentados no sofá. Frank pai e filho.

Frank junior se levantou, deu-lhe um abraço ocasional e cumprimentou-a docemente.

'Ei.' Ela suavemente disse e depois, claro, seus olhos cairam sobre o outro Rizzoli.

A loira engoliu a seco nervosamente e lambeu os lábios pronta para as apresentações, como se estivesse conhecendo os pais de sua namorada.

— Pah- Jane falou com orgulho e sorriu olhando com expectativa na direção de Maura. - Esta é Maura.

Claro que ele sabe quem é. E claro que é realmente desnecessário dizer. Mas mesmo assim, Jane queria dizer em voz alta, fazer uma apresentação formal.

Maura é sua amiga e por isso ela deve ser introduzida como tal. Mesmo desejando introduzi-la a familia de outra forma

— Ah sim. A mulher da TV que você ligou.
Maura olhou confusa para Jane, mas logo voltou sua atenção ao homem a sua frente

— Maura, é uma honra conhecê-la. - A voz quente do homem encheu a sala como um cheiro de bolo de cenoura quente é capaz de fazer qualquer um se sentir em casa.

Sentindo os nervos de Maura, o homem decidiu que ela poderia preferir um simples aperto de mão ao invés de um abraço caloroso no momento. 
Naturalmente, isso é exatamente o que ele ofereceu.

 

— A honra é minha senhor. Muito obrigada pelo convite. Ela sacodiu a mão, esperando desesperadamente que a palma da mão não estivesse suando muito, sabendo que estava.

 

— Você é sempre bem vinda aqui Maura - Ele sorriu e acenou com a cabeça.

— Onde está minha cunhada? - Jane perguntou olhando ao redor da sala.

— Ela tá trabalhando até as onze. Mas não se preocupe, logo ela aparece. - frank sorriu

Regina colocou a mão na parte inferior das costas de Emma, sussurrando sobre a sobremesa no carro.

— Eu deveria ir buscar a sobremesa no carro - Jane falou ao escutar o sussurro - Esqueci que estava lá. Eu já volto.

— Você trouxe a sobremesa? - Os olhos de Frank cintilaram do interesse óbvio.

— Oh, Regina quem fez. - Emma rapidamente disse e logo em seguida esperou que não tivesse parecido muito ansiosa em revelar o quanto maravilhosa estava a sobremesa.

— Sobremesa de que? - Frank jr sorriu largamente.

— Absurdo. Eu volto já. - Jane murmurou antes de sair da sala.

— Cara de sapo, o que é para a sobremesa?- Frank Jr gritou indo atrás dela.

— Pra você? Nada. Eu avisei o suficiente sobre ficar me chamando de cara de sapo

— Eu não tenho ideia do que você tá falando, você adora quando eu te chamo de cara de sapo, cara de sapo.- frank sorriu

— Não ... eu odeio e odeio você.

— Você me ama cara de sapo.

— Maaaahhh!

— Princesinha da mamãe. - Frank jr esnobou

— Invejoso.

Maura estava segurando o riso ao lado de Emma e Regina.

 Frank levantou uma sobrancelha muito intrigado. — Sobremesa de que, cara de sapo?

— Maaahhh.

— Frank junior. Pare de importunar sua irmã.

— É tão fácil mah.

— Eu sei. Mas da uma pausa. Ela quer impressionar as amigas. - Angela gritou da cozinha.

A fim de manter a sanidade, Jane decidiu não entrar em uma discussão mais aprofundada, 
fechou os olhos, respirou lentamente e continou seu caminho para fora buscando a sobremesa.

 

— Venha aqui e sinta-se útil Frank jr. Eu tenho uma toalha e ela tem seu nome nela. - Angela gritou novamente da cozinha.

— Não, não tem. Tem "Bon Appétit" nela. Meu nome é "Bon Appétit"? E por que não pode ser a cara de sapo? 

— Cala a boca e limpa isso ai.
O homem  de trinta anos se levantou, e gemeu como um adolescente, enquanto arrastava os pés para a cozinha.

Frank pai riu baixinho e balançou a cabeça.

— A julgar pelo comportamento dos dois  vocês acham que eles devem ter metade da  idade de vocês. - Ele sorriu para Regina e Maura.

Regina apenas concordou com a cabeça.

— Eu acho que é lindo - Maura disse sorrindo.

— Dois adolescentes discutindo? Ele inclinou a cabeça. - Um pouco.


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Notas finais do capítulo

Interação da ceia baseada na história "not a virgin anymore"