Ares desaparece, nós entramos no carro e passamos uns minutos em silêncio.

— Como será que eles conseguiram resgatar Cronos para o trazer de volta? - pergunto.

— Eu não sei Percy, será que eles sabem viajar nas sombras igual ao Nico? - Pergunta Annabeth.

— Não, isso é talento dos filhos de Hades. - Rebato. - De todo o modo não adianta tentar adivinhar o que aconteceu. O que temos de nos preocupar é que não sabemos quantos eles são. Eu sei que é mais de um.

— Ares podia ter-nos dito essa parte. - Falou Grover. 

Seguimos em silêncio o restante do caminho, até chegarmos ao que achamos ser a floresta a qual Ares se referiu.

— Grover você consegue sentir o cheiro deles? - Pergunto descendo do carro.

— Não. O seu cheiro e o de Annabeth estão me distraindo do deles. - Ele diz.

— Mas Grover você não sente o cheiro de mortais? - Annabeth pergunta. 

— Sim, mas não estou sentindo cheiro de mortais, vai ver os filhos de Ares estão usando algo para disfarçar o cheiro.

— Então vamos ter de caminhar pela floresta a procura deles? - Questiono.

— É o que parece. - Fala Grover.

— Tudo bem então. - Fala Annabeth jogando a mochila sobre os ombros.

— Para que levar a mochila? - Pergunto.

— Ambrosia, o Néctar acabou, mas se algum de nós se ferir ainda teremos isso. - Ela explica. Eu assenti.

Nós entramos na floresta e caminhamos por um tempo que, não sei ao certo quanto tempo foi. Tirei Contracorrente do bolso e removi a tampa. 

— Estou ouvindo barulho de um riacho, ou coisa parecida. - Diz Grover, apontando o caminho. 

Recomeçamos nossa caminhada, e seguimos na direção do barulho, agora eu também o ouvia. Nos escondemos atrás de árvores quando avistamos uma cabana. 

— Só pode ser essa.- Falo. Annabeth fez que sim com a cabeça. Ela pega o boné na mochila e o coloca, sinto a mão dela tocar o meu braço. 

— Fiquem aqui, vou ver o que está acontecendo lá. - Ela diz. 

— Tenha cuidado. - Eu a alerto.

Grover e eu ficamos ali escondidos por pouco mais de um minuto. 

— Cuidado! - Ouço um grito e podia jurar que era a voz de Aquiles.

Espreito de trás da árvore, mas tudo o que vejo é a cabana. 

— Percy... - Ouço a voz de Grover, me viro para olhar para ele e vejo um garoto com capacete e armadura com uma adaga no pescoço dele.

— Solte a espada Percy ou eu mato o seu amigo. - Eu jogo a espada distante demais para que o garoto a pegasse. - Agora ande em direção a cabana devagar. 

Eu faço o que ele mandou. Torcia para que Contracorrente reaparecesse o mais rápido possível no meu bolso. Paro ao chegar a frente da cabana.

— Continue andando até a parte de trás. - Diz o garoto. Ele não parecia ter mais que uns quinze anos.

— Tudo bem. - Sigo andando. Eu paraliso ao ver a cena que se passa ali. Alex o garoto que estava no meu casamento estava com a espada apontada para Annabeth, mas havia sangue escorrendo pela blusa dela. Havia outro com uma adaga no pescoço de Aquiles.

— Percy, foi uma armadilha, não tinha ninguém vigiando ele, eu tentei tirar ele de lá, mas ele ficou com medo então tirei o boné. - Disse Annabeth.

— Não se preocupe, está tudo bem. - Eu digo. - Aquiles não tenha medo eu vim salvar você.

— E quem vai salvar você Percy? - Falou Alex. - Brendon onde está a espada dele? 

— Ele a jogou longe. - Falou o garoto que tinha uma adaga no pescoço de Grover.

— Seu tolo, a espada dele reaparece no bolso, você deveria ter pego ela. - Falou Patrick um garoto que tinha provavelmente a minha idade. Ele nos ajudou na batalha contra Cronos.

— Patrick, por que está fazendo isso? Você nos ajudou a derrotar Cronos na primeira vez. - Falo.

— Sou filho do deus da guerra, eu gosto de guerras, e já que não temos nenhuma guerra a cinco anos eu estou organizando a maior guerra de todos os tempos.

— Você sabe que não vencerá essa guerra então pare com isso. - Eu estava gritando.

— Quem dá as ordens aqui sou eu Percy, me entregue a espada ou eu mato sua esposa. - Eu notei um movimento na espada que estava apontada para Annabeth, o rosto dela se contorceu.

— Tudo bem. - Eu falo e retiro a caneta do bolso, jogo-a aos pés de Patrick.