Entre Livros escrita por Shadow


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oiiii meus amores, quanto tempo!! Minhas sumidas já estão virando rotina, e eu peço pela 12382838483212388 vez descupas!! Bem, eu quero agradecer por todos vocês que acompanham essa fic, e aos que comentaram, favoritaram e recomendaram.
meus lindoxxxx ♥
Boa leitura!



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     Na segunda-feira após os ataques, voltamos a nossa rotina normal. O café da manhã estava delicioso, e várias selecionadas conversavam com falsa animação, tentando fingir que nada havia acontecido.

      Os rebeldes sulistas haviam deixado um mar de destruição pelo palácio. Quando saímos do abrigo nos deparamos com diversos vasos, quadros e cadeiras quebrados e espalhados pelo chão.   

      Eles também haviam escrito em uma das paredes “Vocês serão os próximos” com o sangue de uma criada que estava morta encostada ao lado do aviso.

     Amy, Fiona e Tallulah foram embora após isso. Eu também questionava sobre a minha decisão de tentar ser uma rebelde.

     Mesmo com tudo o que havia acontecido, Maxon era a única pessoa com a aparência perturbada na sala de jantar. Ele nem tinha tocado na comida. Em vez disso, corria os olhos pela fileira de garotas com a expressão séria e concentrada. De tempos em tempos, parava para pensar e parecia discutir consigo mesmo sobre alguma coisa.

     Por poder manipular o livro, sabia o que todos na sala estavam sentindo. Várias selecionadas ainda permaneciam com certo medo após os ataques, mas tentavam mascarar com sorrisos simpáticos. Celeste era a que mais aparentava despreocupação.

      Maxon estava preocupado e indeciso. Ao perceber que eu o olhava, o príncipe me lançou um sorriso fraco. Então ele se levantou. O movimento repentino fez a cadeira chiar com o atrito contra o chão. Esse barulho foi o suficiente para atrair a atenção de todos.

—Senhoritas-saudou Maxon , fazendo uma breve reverência com a cabeça. Ele parecia sofrer demais- Receio que após o ataque de ontem eu tenha sido obrigado a repensar profundamente o funcionamento da Seleção. Como sabem, três garotas pediram para sair ontem, e eu cedi. Não quero ninguém aqui contra sua vontade. Além disso, não me sinto confortável mantendo no palácio, sob a constante ameaça de risco de vida, pessoas com quem estou certo que não terei futuro.

—Ele não vai...-sussurrou Marlee ao meu lado.

—Sim, ele vai- respondi. Havia um clima de tensão no ar.

—Embora me doa tomar essa atitude, conversei com minha família e com alguns conselheiros íntimos e decidi proceder ao afunilamento da Seleção para a Elite. Contudo, em vez de dez, decidi dispensar todas vocês, com exceção de seis- afirmou Maxon formalmente.

—Seis?- pergunta Kriss impressionada.

—Não quero estender o assunto além do necessário. Assim, as seguintes moças que permanecerão aqui são: Senhorita Marlee, Senhorita Kriss...

     Fiquei tensa e comecei a me preocupar.  E se eu saísse? O que eu faria? Percebi que estava gostando mais do que deveria ficar no livro e...Maxon. Se eu saísse sentiria falta dele.

—Senhorita America, Senhorita Celeste...-continuou o príncipe.

—Senhorita Elise e....- prendi a respiração- Senhorita Camilla- completou Maxon olhando pra mim. Senti meu corpo relaxar.

—A todas as demais, peço meu sincero pedido de desculpas. Espero que acreditem em mim quando eu digo que fiz isso para seu bem. Não quero alimentar suas esperanças nem arriscar suas vidas a toa. Se alguma das que estiverem de saída quiser falar comigo, estarei na biblioteca ao final do corredor. Podem me encontrar lá assim que terminarem de comer.

     Maxon se retirou o mais rapidamente possível, sem correr. Após uns 5 segundos um par de ex-selecionadas já estavam correndo atrás do príncipe, em busca de uma explicação.

     Olhei para a mesa e percebi que as únicas meninas que permaneceram foram as que estavam na Elite.  Me levantei. Havia perdido o apetite depois dessa notícia. Estava feliz por ficar, obvio, mas comecei a temer a possibilidade de não querer mais  voltar para a realidade, e o fato de estar gostando de Maxon mais do que deveria me preocupava. E se eu fosse a escolha dele? A ideia parecia quase impossível, mas o fato de eu simplesmente estar aqui também era.  Ou pior,  e se eu não fosse? Será que isso me machucaria? Espantei todos esses pensamentos ao abrir a porta do meu quarto e fiz a cara mais triste que pude ao ver minhas criadas me olharem ansiosas.

—Senhorita, ficamos sabendo que  Maxon escolheria a Elite hoje...- começou Madeline, cautelosa ao ver minha expressão.

—E a senhorita está...?- começou Andrea.

—Se eu estou dentro?- perguntei com falsa amargura. Minhas criadas se entreolharam preocupadas. Sorri para elas- SIIIIM!!!!!!!!!!

—Eu sabia!!!!- gritou Marina me sacudindo, enquanto Madeline e Andrea dançavam. Me juntei a elas, rindo. Após isso, escutei alguém pigarrear. Olhei para a porta e vi Silvia lançar um olhar reprovador para mim e minhas criadas, por estarmos abraçadas.

—Oi Silvia...-comecei sem graça- veio aqui para...?

—Ah sim- disse ela, se recompondo do choque- vim aqui porque pensei que a senhorita gostaria de avisar para seus pais que está bem, eles provavelmente devem estar preocupados após os ataques de...-Irritada, fechei a porta na cara de Silvia antes mesmo que ela terminasse.

—Uma dama de verdade nunca fecharia a porta na cara dos outros!- retrucou Silvia, claramente brava com meus atos.

—Ah é? Pois uma dama de verdade nunca diria para uma pessoa que é órfã, cujo os pais a abandonaram quando ainda era um bebê, que provavelmente estão preocupados com ela. Se eles realmente estivessem, não teriam me deixado!- gritei.

  Silvia hesitou momentaneamente na porta, até que ouvi seus passos se distanciarem. Me encostei na porta e senti lágrimas escorrerem pelos meus olhos, que estavam fechados. Os abri ao lembrar que minhas criadas ainda estavam ali. Seus rostos eram uma mistura de choque, tristeza e pena. Odiava que sentissem pena de mim.  Abri a porta do quarto furiosa e comecei a andar pelo corredor.

       Estava descendo as escadas quando comecei a tossir. A sensação era a de que meus pulmões estavam pegando fogo, enquanto meu peito era rasgado de dentro pra fora.

     Me curvei e pus as mãos na boca. Senti algo quente as molhar, e quando as tirei, vi um líquido dourado nelas. Com o susto, acabei tropeçando nos meus sapatos, e o impacto com a escada me fez perder o ar por alguns instantes.

     Após isso, senti uma grande dor no pé direito. Olhei para ele e vi que estava quebrado, enquanto mais sangue dourado saia dele.

—O que eu sou?- sussurrei, chocada. Me levantei com esforço e desci as escadas restantes mancando, apoiada no corrimão, torcendo para que ninguém me visse. Comecei a engatinhar para uma porta do corredor seguinte e entrei. Era uma pequena sala de estar que estava vazia.

     Sentei no chão e segurei um gemido de dor. Havia parado de tossir, mas meu vestido e minhas mãos estavam sujas de sangue. DOURADO, completei mentalmente, horrorizada, sem contar com a poça dourada que cercava meu pé. Pus as duas mãos nele e imaginei-o curado.

     Após isso a dor começou a diminuir até meu pé voltar a seu estado normal. Me senti completamente esgotada, e minha visão começou a escurecer.

P.O.V Maxon

     Saí da biblioteca completamente exausto. Gastei minhas ultimas energias tentando consolar ( e falhando miseravelmente) diversas garotas em prantos.

     Enquanto as observava, me perguntava se tinha feito a escolha certa, se eu não havia me precipitado e que talvez pudesse nutrir algum sentimento por elas. Mas no fundo sabia que havia apenas duas garotas com quem eu realmente me importava.

     Antes da Seleção começar, morria de preocupação de acabar não amando nenhuma das garotas que me fossem apresentadas, mas agora,  me partia o coração ao pensar que teria que me decidir entre America e Camilla. As outras garotas da Elite só estavam lá para me dar tempo para eu decidir entre as duas, e isso me incomodava.

     Ambas me conquistaram na primeira vez em que as conheci ( Eu, previsível? Pff magina!), e as duas eram lindas. Não que eu gostasse delas por isso, mas era verdade. A beleza das duas eram totalmente diferentes. America com seus cabelos ruivos e olhos azuis, chamavam a atenção de todos quase de imediato.

   Já Camilla, com suas mechas lilás, pierci no nariz e olhos verdes e desconfiados, encantava aos poucos.

     Estava subindo distraidamente  pelas escadas quando vi que ela estava manchada por um liquido dourado. Franzi a testa ao perceber que havia um rastro desse líquido ( supus ser tinta),  que dava até uma porta.

     Ao abri-la vi um vulto no chão, e tive que me segurar para não gritar ( só não o fiz porque lembrei que era o príncipe e que tinha uma reputação a zelar). Acendi a luz, e quando me aproximei do corpo desacordado, fui tomado pelo choque. Camilla.

 


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Beijinhos!! ♥



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