Saving people, hunting things, the family business escrita por Rose Winchester


Capítulo 20
Melhor amigo


Notas iniciais do capítulo

Ooooi, pessoas!!! Foi malzaçooo pela demora, sério mesmo. Vou tentar ser mais regular, prometo ;) Enfim, cap novo!! Espero que aproveitem a leitura ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678691/chapter/20

*Dean*

Vi pelo canto do olho Sam correndo em direção à Rose, e a segurando, já que ela estava praticamente inconsciente. Ela balbuciou alguma coisa depois de Crowley tê-la chamado de filha.

— Do que é que você tá falando? Desembucha, Crowley! – Eu disse a ele, apontando-lhe a faca de matar demônios.

— Eu não vou machucar vocês, esquilo, então faça o favor de guardar isso. – Eu hesitei, mas abaixei a arma. – Rose é minha filha. Há 27 anos, quando eu ainda era um mero demônio de encruzilhada, eu conheci uma mulher. Ela era irmã de um cara que fez um pacto. Tivemos uma noite, e as coisas depois não chegaram aos meus ouvidos. Foi a primeira vez na história que um demônio teve um filho, eu nem sabia que isso era possível. Quando Rose nasceu, essa mulher a abandonou no mesmo lugar onde o pacto de seu irmão foi feito, e a família de Clarisse a acolheu.

— E o que acontece com Rose? – Perguntou Sam.

— Ela vive como um ser humano, e tem uma alma como um ser humano. O problema está em seu coração. Ele tem uma faísca, uma mancha negra, que se crescer e tomar seu coração, ela se torna um demônio. O mais forte e mais perigoso de todos. Enquanto ela tiver vocês e Clarisse, essa mancha não vai crescer, então não se preocupem. Ela é forte, mas não indestrutível, então cuidem dela. Ah, e mais uma coisa, tive que mandar Castiel de volta para o Céu, então... – Ele estalou os dedos, e em seguida aparecemos no hotel em que estávamos hospedados.

Clarisse agachou-se ao lado da cama em que Sam havia colocado Rose. Ela se virou para mim, mas quando ia me dizer algo, franziu o cenho e olhou para algo atrás de mim.

— Quem é ele? – Eu e Sam nos viramos. Demorei um tempo para reconhecê-lo. Havia um tempo que não nos víamos.

— Adam?! Como você... como você chegou aqui? – Eu perguntei. O olhar dele estava perdido em alguma coisa, alguma coisa na mente dele, e então ele começou a gritar, do nada. Depois de algumas tentativas, conseguimos fazê-lo se acalmar e dormir.

Realmente, eu não o culpava. Estar preso numa jaula com Lúcifer e Miguel não era uma coisa fácil ou até mesmo normal. Sam ficou um tempinho lá, e voltou sem alma. Rose não ficou nem uma semana, e vamos admitir, ela é a pessoa mais forte desse mundo, então é de se esperar que ela tenha dado um cacete em Lúcifer e em Miguel. Mas Adam? Adam passou anos preso naquele lugar. Ele é mais novo e nunca tinha passado por algo assim antes. Rose e Sam dedicaram a vida a isso, então já estavam meio preparados, e ainda assim, Sam voltou sem alma.

Tivemos que pedir outro quarto, já que não caberiam 5 pessoas em um só. Colocamos Adam no outro quarto, pois preferimos não deixar ele e Rose em um cômodo só. Depois de ajeitá-lo na cama, fui até o quarto em que Rose, Sam e Clarisse estavam.

— Será que deveríamos levá-la ao médico? Podemos dizer que ela foi espancada na rua ou algo assim. Eu só não quero que ela se sinta mal. – Lissa sugeriu. Eu sei o quanto ela quer cuidar da irmã, mas o hospital não é a melhor opção no momento.

— Lissa, olhe, eu sei que você quer o bem dela, mas não podemos. Por incrível que pareça, ela não vai estar segura lá. Não se preocupe, nós vamos cuidar bem dela, está bem? – Eu disse, e ela assentiu. – Ei, você se importaria em ver como o Adam está? Acho que você é a que entende melhor disso aqui.

— Sem problema, mas que tal se você me contasse quem é esse Adam?

— Ah, eu conto sim, não se preocupe. Sam?

— Pode ir, eu fico com ela essa noite. – Eu assenti e levei Clarisse até o outro quarto com Adam, e contei-lhe tudo sobre ele.

*Sam*

Assim que Dean saiu, eu chequei a temperatura de Rose. Ela estava ardendo em febre, era como se fosse um efeito colateral do seu estado. Eu fiz alguns curativos e tentei deixa-la o mais confortável possível. Por fim, acabei adormecendo ao seu lado.

Acordei com um barulho e um grito. Quando levantei os olhos, vi Rose caída no chão.

— Rose! – Eu corri em direção a ela, e coloquei-a de volta na cama. – O que você estava fazendo? Por que não me acordou?

— Eu só queria um copo de água, e você estava dormindo. Só que a minha perna está meio machucada. Desculpe, eu não queria te acordar.

— Deveria ter me acordado antes de tentar levantar. Você tá bem machucada, sabia disso? E eu... eu não quero que se machuque mais. – Percebendo o que eu havia dito, fui pegar um copo de água para não falar mais bobagem. Olhei no relógio, eram 3 da manhã.

— Eu sei me virar sozinha. – Bem, isso foi grosso da parte dela.

— Eu vou chamar Clarisse, acho que ela queria... – Fui me afastando, mas fui interrompido antes de chegar na porta.

— Espere. – Virei-me e fiquei encarando o rosto dela. – Me conte algo bom. – Uff. Eu não esperava por isso. Isso não se parecia nada com Rose. Fui me aproximando devagar, e sentei na beirada da cama.

— Quando eu era mais novo, eu tinha muito mais medo de palhaços do que tenho hoje em dia. E ai, uma vez, Dean me disse que se eu fosse a um circo vestido como uma flor rosa e jogasse purpurina nas pessoas, os palhaços iam parar de me atormentar.

— Por favor, me diga que você não acreditou nisso. – Rose riu.

— Ah, sinto dizer, mas acreditei. Eu roubei a fantasia e a purpurina, e fui sozinho para o circo. Eu acabei jogando purpurina no palhaço, e no final fui expulso do circo. E o pior de tudo foi que eu acreditei que tinha funcionado. – O único som que ouvi depois disso foi a risada de Rose. Era maravilhoso, e fazia com que eu quisesse viver apenas naquele momento. Acho que o motivo pelo qual Rose nunca ri ou sorri é porque nunca falamos coisas boas a ela. Ela sempre fica com as bombas e com os problemas, e nunca tem uma boa história para ser ouvida.  – Ah, eu me esqueci. Clarisse achou um notebook antigo dela, e disse que tinha um vídeo que você iria gostar de ver. Ela disse que queria que você visse assim que acordasse. – Eu peguei o notebook que estava na mesa do quarto, e entreguei para Rose.

— Você quer ver também? – Ela apontou para o espaço vazio na cama. Deitei-me ao seu lado, e esperei ela colocar no vídeo.

A câmera moveu-se dentro de uma casa grande. Era de manhã, e risadas estavam no fundo. Clarisse estava em posse da câmera e havia um garoto ao seu lado. Os dois chegaram a um quarto cheio de livros em que havia alguém dormindo.

— Rose... Rose... – Dizia o garoto num tom de brincadeira a Rose, que era quem estava dormindo. – Levanta, garota, hoje é um dia especial! – Ele disse novamente em brincadeira.

— Sai daqui, Will! São seis da manhã! – Rose tacou um travesseiro no garoto, que riu e tacou nela de volta.

— Rose... Rose... – Ele disse novamente, mas dessa vez cantarolando um pouco.

— Agora é sério, Will, se você não sair daqui eu vou... Ah meu deus! Will, me solta!- Ele pegou Rose no colo e saiu correndo, rindo enquanto ela tentava se soltar. Clarisse ria no fundo com a câmera. – Ah, de novo não. De novo, não! – Mas era tarde demais. Will jogou Rose numa enorme piscina.

— Feliz aniversário! – Gritaram Clarisse e Will em uníssono.

— Vocês dois são muito babacas mesmo. Agora ande, Will, me ajude a sair daqui. Tá muito frio. – Ainda rindo, Will se aproximou da borda da piscina e segurou a mão estendida de Rose. Ela aproveitou-se da situação, e puxou Will para dentro da piscina junto com ela.

— Ah, Rose! Eu não acredito que você fez isso... – Ele disse, com um sorriso no rosto. Seu cabelo castanho claro agora cobria um pouco dos olhos. - Nossa... Você... Tá gata demais aí.

— Babaca. – Ela disse rindo, e socou de leve o braço dele.

— Ei, vocês aí! – Disse um cara da varanda, provavelmente o pai de Rose e Clarisse. – Saiam da piscina, está muito frio. Ah, foi você de novo, não, Will?

— Sempre, sr. Berkenhout! – Respondeu Will com um sorriso largo no rosto. Depois de rirem, Rose e Will saíram da piscina, e o vídeo terminou.

Olhei para Rose, que ainda olhava a tela preta com um meio sorriso no rosto.

— Will era meu melhor amigo. – Ela disse, ainda encarando a tela. – Depois que entrei nessa vida, nunca mais falei com ele. É a única pessoa que ainda sinto falta. Às vezes eu ligo pra ele, só pra escutar ele dizer oi, e saber que ele está vivo. E ele fala comigo, ele sabe que sou eu, mas eu não posso dizer nada, e isso dói tanto, sabe?

— Você só tá protegendo ele. E você sabe que se responder, Will tentará vir até você, e eles irão atrás dele.

— Durante todos esses anos, eu escrevi cartas pra ele contando tudo o que acontecia. Mas eu nunca mandei. Eu ainda tenho todas, desde quando eu tinha 18 anos. E sempre que eu ligo pra ele, ele me conta o que aconteceu com ele, e sempre espera uma resposta, sempre espera que eu diga alguma coisa ou que eu esboce alguma reação, mas nunca acontece. Sinto falta dele.

— Talvez um dia possamos ir visitá-lo. Dizer um oi. Talvez até tomar uma cerveja. – Eu e Rose rimos, mas eu ainda via a saudade no olhar dela. – Olha, podemos pedir para o Cass ir dar uma olhada nele, te dizer como andam as coisas, até tirar umas fotos pra você se recordar.

— É. Talvez. – Um brilho de esperança acendeu nos olhos dela. – Boa noite, Winchester. – Ela fechou os olhos, sem se incomodar de me mandar para outra cama. Mas antes que ela fechasse os olhos, pude ver uma lágrima escorrendo por seu rosto.

— Boa noite, Rose.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?? O que acharam?? Me contem!! Senti falta de comentários :( Mas tenho certeza que dessa vez vcs n vão esquecer, certo? Certo!
Enfim,
Bjsss :);)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Saving people, hunting things, the family business" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.