Saving people, hunting things, the family business escrita por Rose Winchester


Capítulo 19
De volta ao Inferno


Notas iniciais do capítulo

Oooooi, gentee, td bem?? Então, cheguei com mais um cap que vai trazer uma super revelação no final! Estive esperando um tempão só pra revelar isso, e finalmente chegou a hora!!! Espero que gostem!



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*Clarisse*

Francamente, ainda não sei como estou viva. Minha irmã está no Inferno, e acabo de descobrir que ela não é humana. Rose, obviamente, não sabia disso, pois nunca vi alguém matar criaturas sobrenaturais com tanto empenho quanto ela. Isso foi um choque e uma surpresa tanto pra ela quanto pra mim. Isso, contudo, não influencia no quanto eu ainda a amo e no quanto eu sei que ela me ama.

Agora, meu peito se aperta cada vez que eu penso nela presa nas masmorras do Rei do Inferno, um sujeito que conheci faz pouco tempo, e que odeia tanto à mim, quanto à ela. Não quero nem pensar no que ele pode estar fazendo para descobrir o que ela é neste momento. É uma questão difícil para nós todos.

Há uma semana ela desapareceu. Fico ainda mais chateada quando lembro que ela está lá por minha causa, sendo torturada por Crowley, sofrendo, sem saber o que é. Desde que ela se foi, Sam e Dean vêm trabalhando comigo para tirá-la de lá. Eles têm alguns contatos, como Castiel, que também foi nosso amigo e nos ajudou pra caramba durante um tempo.

— Castiel está com tudo em ordem lá no céu. – Disse Dean. – Ele colocou um anjo de confiança para tomar conta enquanto está fora. Ele...

— Então, vocês já conseguiram estragar tudo, não é mesmo? – Disse Castiel, aparecendo repentinamente ao lado de Dean.

— Nossa, cara. Você ainda me mata de susto um dia desses. – Brincou Dean, mas ninguém riu. Não era um bom momento.

— Eu chequei todos os livros e não tem absolutamente nada sobrenatural que Rose possa ser. Pelo menos nada que alguém já tenha visto. Ah, oi, Castiel. – Sam acenou com a cabeça para o anjo.

— Crowley está com Rose. – Contei à Cass. – Ele disse que ela não era humana, e nesse momento a está mantendo presa em seu próprio Inferno.

— Sempre que eu a via, não estava com sua aura humana totalmente nítida, era sempre um borrão, mas eu nunca pensei que ela não fosse humana. Bem, eu posso abrir uma entrada para o Inferno, mas primeiro tenho que ver onde Rose está para poder ver se, bem, vou precisar de reforços.

— E quando você vai fazer isso? – Perguntou Sam. – Cass, a cada minuto que se passa Rose está sofrendo mais nas mãos de Crowley. Não podemos deixa-la lá por muito tempo.

— Eu sei. É por isso que vou agora. Mas preciso que vocês estejam preparados para caso eu precise de vocês.

— Eu vou junto. – Disse Sam. – De qualquer maneira. Olha, ela é muito importante pra mim. Para todos. Eu sou o rosto em que ela confiar quando entrarmos no Inferno. Ela não vai reconhecer um bando de anjos.

— Não posso deixar Sam ir sozinho. Eu vou também. – Disse Dean.

— Peguem armas, vão precisar. – Avisou Cass.

Os meninos se prepararam, prontos para ir. Dean, então, avançou em minha direção. Ele segurou meu rosto com as duas mãos e se aproximou.

— Eu quero que fique aqui, está bem? Esse lugar tem segurança máxima e é disso o que você precisa nesse momento. Você vai ficar bem, ok?

— Só traga ela pra mim de novo. E, por favor, volte vivo. – Eu olhei bem no fundo dos seus olhos quando disse isso. Foi como se pela primeira vez estivéssemos nos olhando. Ele, então, inclinou sua cabeça e beijou meus lábios. Foi doce e suave, perfeito.

— Eu vou voltar. E vou trazê-la comigo. Prometo. – Ele sussurrou pra mim, depois se afastou.

Cass abriu algo como se fosse um portal e os três pularam dentro.

*Sam*

O Inferno continuava o mesmo. Escuro, iluminado apenas por um fogo ardente, com vozes de almas condenadas berrando e implorando por misericórdia. O lugar era como se fosse um grande castelo, e nos encontrávamos na parte mais inferior, onde os prisioneiros eram mantidos em milhares de fileiras com celas, como uma prisão. Mas ao invés de irem para o pátio ou para o refeitório, esses prisioneiros eram torturados ao menos uma vez por dia. Eternamente.

Nem precisávamos checar as celas. Rose, com certeza, não estava em uma cela comum. Provavelmente estava sendo mantida perto de Crowley e de outros demônios, para constantes testes para saber o que ela era.

Passamos por algumas filas de celas, quase todas iguais, até chegarmos finalmente diferente de grades e gritos. Uma porta enorme feita de madeira nobre e fechaduras de ferro estava bem à nossa frente. Imponente, grande, amedrontadora. Castiel virou-se pra nós.

— Ela está aí dentro. Posso sentir. Mas eu não posso entrar. Tem proteção contra anjos. A partir daqui, é com vocês. Cada um te pelo menos uma lâmina angelical, certo? – Assentimos. – Ótimo. Vou esperar aqui. Boa sorte.

— Vamos precisar. – Disse Dean. Então entramos.

O lugar por dentro era enorme, condizendo com a porta. Exibia tons escuros, praticamente tudo preto e cinza. A sala tinha objetos de valor, demonstrando a riqueza e o luxo desses demônios. Um trono encontrava-se num degrau mais alto, vazio. Havia uma porta, dentre algumas outras menos importantes, em que se dizia na placa “Tortura”, e uma porta ao lado com uma placa “Prisioneiros”. Rose estava aí.

Seria legal ter entrado, pegado Rose e saído. Mas as coisas tinham que se tornar mais difíceis. Três demônios saíram por uma das portas que consideramos menos importantes, e nos notaram rapidamente, nos deixando sem tempo para nos esconder ou sair dali. Nenhuma palavra foi trocada. Eles avançaram em nossa direção. Sacamos as lâminas e nos preparamos para a defesa. Mas eles eram rápidos e fortes demais. Tentamos desferir alguns golpes antes deles conseguirem nos imobilizar e nos levar para a porta onde se dizia “Tortura”.

— Agora, vamos ver o que o Rei do Inferno vai querer fazer com vocês, Winchesters. – Um dos demônios disse, e os dois outros riram em seguida. – E só para vocês saberem, já que vão morrer mesmo, sua amiguinha sofreu bastante, sabiam? Enquanto não estava sendo torturada por Crowley, estava sendo torturada por Lúcifer na jaula. Garanto que ela recebeu tratamento especial. – Os demônios riram de novo. Uma onda de raiva cresceu em mim.

— Seus desgraçados! – Eu tentei pegar minha lâmina para mata-los, mas isso fez apenas com que me apertassem com mais força. Um deles abriu a porta, e os outros nos empurraram lá para dentro. Eles nos amarraram em cadeiras, de costas para a porta. As paredes, podíamos ver, estavam lotadas de instrumentos de tortura. Senti uma gota de suor escorrer pelo meu rosto.

Em seguida, a porta de abriu de novo, e mais pessoas entraram. Provavelmente era um torturador, ou Crowley.

— Cale a boca. – Disse um demônio.

— Não vejo a hora de arrancar o seu pescoço fora! De todos vocês! – A voz era fraca, mas ainda firme. Seu dono não tinha medo de dizer o que queria, e mostrava-se firme diante à essa situação em que se encontrava em desvantagem. Mesmo estando de costas para a pessoa, era fácil reconhece-la.

 Era ela. Rose.

—Dean! – Chamei meu irmão de maneira baixa, para ninguém mais escutar. – Olhe só quem é. – Ele assentiu, com determinação nos olhos.

— Eu tenho um plano. Não se preocupe.

Então eu pude vê-la. Bem ali, na minha frente. Suas roupas estavam rasgadas, seu corpo coberto de cicatrizes, o cabelo sujo e bagunçado e o olhar amedrontado, mas com orgulho e coragem.

Tudo isso mudou quando ela nos viu. Foi como se tudo acabasse naquele olhar. Toda a bravura, todo o ódio, toda a raiva, todo o medo, sumiu. Eu sustentei o olhar, pois era ele que aliviava tudo o que eu estava sentindo também. Tudo o que eu queria naquele momento era poder levantar daquela cadeira e poder abraçar Rose, sentir seu cheiro e a pressão suave de suas mãos em volta do meu pescoço.

Mas eu não podia fazer nada disso porque eu estava amarrado na porcaria da cadeira, e ela estava sendo segurada por um demônio imbecil.

— Winchester. – Ela suspirou. Aquele suspiro fez todas as minhas forças e minha coragem voltarem. Mais do que nunca, eu queria tirá-la daquele lugar.

— Eu prometo que vou te tirar daqui. – Eu murmurei para ela.

Ela, então, tentou se soltar do demônio, inutilmente. Ela gritou e tentou vir em minha direção, mas o demônio agarrou seu pescoço com força e lhe deu um soco na barriga.

— Quieta! – Ele então a amarrou. Não numa cadeira, mas numa cama, só que na vertical. Ele arrastou um carrinho com algumas lâminas e instrumentos que eu não conhecia. – Agora me diga: o que você é?

— Já disse que não sei! – Ele então, pegou uma faca do carrinho. – E mesmo que soubesse, não te diria!

— E quanto à sua irmã? Clarisse. Onde ela está? – Como Rose não respondeu, ele apertou sua garganta. – Responda! – Ao invés de responder, Rose cuspiu na cara do demônio.

— Nunca, desgraçado! – Ela disse com os dentes cerrados. Mas o demônio perdeu a paciência. Ele começou a socar o rosto de Rose. Aquilo doía mais em mim do que nela. Mas esse não foi o pior. O pior era quando ela gritava de dor quando ele dava choques nela, ou a cortava. Aqueles gritos estridentes exalavam dor e desespero, juntamente com medo. E parecia que quando eu gritava para o demônio parar, ele nem sequer ouvia. Ele continuava torturando Rose, fazendo-a gritar de dor, e sofrer. E a cada grito dela, eu sentia as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, e sentia a vontade de arrancar cada pedaço daquele demônio por fazer aquilo com ela.

Foi então que eu vi sua cabeça começar a pender para o lado. Ela estava perdendo a consciência. Estava morrendo.

— Rose, Rose! Está tudo bem, fique comigo, ok? – Eu dizia desesperado para ela. – Olhe nos meus olhos, se concentre na minha voz. Vai ficar tudo bem, escutou? Vai ficar tudo bem. Ei, eu estou aqui, não vou te deixar.

Vi, então, que Dean havia se soltado. O demônio estava tão preocupado em machucar Rose que não dava a mínima para mim e para Dean. Senti suas mãos mexendo no nó da corda que me amarrava, e depois senti a corda se soltar. Dean, então, pegou a faca de matar demônios que aquele demônio havia tirado dele e posto numa mesa e a apertou contra o seu pescoço.

Deixei Dean cuidando do demônio e me preocupei com Rose. Ela estava quase inconsciente e inteiramente machucada. Aquele demônio havia quebrado sua perna e o braço, além de todos os cortes, os choques e os hematomas, de modo que ela não conseguia nem se mover.

— Eu estou aqui, ok? Sou eu, sou eu. Não precisa mais ter medo. Eu não vou deixar que te machuquem. – Eu segurava seu rosto, então senti sua mão apertando a minha.

De repente, a porta escancarou com um estrondo. Olhei para Dean, ele ainda não havia matado a porcaria do demônio. Então, quando olhei para a porta, vi um Crowley muito furioso entrando.

— Senhor, eu estava torturando-a. – Disse o demônio para Crowley. – Eu que fiz todos esses estragos! – Ele ria enquanto dizia isso.

— Afaste-se, Winchester! – Disse Crowley à Dean, então tomou a faca da mão de meu irmão e enfiou no peito do demônio, que começou a brilhar.

— Devia ter pensado duas vezes antes de machucar minha filha!


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Notas finais do capítulo

E aí?? O que acharam?? Que tipo de pai será Crowley?? Me digam o que acham!! Vcs não sabem o quanto eu estava ansiosa pra revelar isso. Tem sempre umas coisas que a gente fica muito ansioso pra postar, né? Sabe tipo o primeiro beijo daquele casal especial? Então, é tipo isso. (P. S.: Isso ainda vai acontecer!!!)
Bem, espero que tenham curtido.
Bjs :);)



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