Saving people, hunting things, the family business escrita por Rose Winchester


Capítulo 11
Amor ou ódio?


Notas iniciais do capítulo

Hey, folks! Primeiramente, quero pedir um milhão e infinitas desculpas por ter demorado quase um mês pra postar esse capítulo. O meu computador quebrou e eu tive que arrumar. Foi mal, é sério. Bem, mas aí vai mais um. Espero que estejam gostando;)



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*Rose*

Ele me olhou por alguns segundos com seus olhos verdes. Parecia que estava chocado. Eu também estaria, afinal, duas pessoas que eles nunca haviam ao menos ouvido falar fizeram parte da vida de outras pessoas que eram importantíssimas para eles.

Porém, depois de alguns segundos, eu pude perceber uma lágrima escorrendo no canto de seu rosto, bem discretamente. Ah, por favor! Pra quê chorar? Minha vida inteira eu não me permiti chorar, e agora eu tenho que ficar vendo bebê chorando? Poupe-me.

— Pare de chorar! Olha, eu entendo que você fica emocionado, mas não é pra tanto! – Minha fala não fez tanto efeito, já que começaram a escorrer mais lágrimas.

— Ele morreu. – Ele sussurrou com a voz fraca.

— O...O que? – Eu perguntei meio desnorteada. – Me... Me desculpe. Eu... Eu acho melhor eu ir embora. – Eu falei num tom baixo e calmo. Quando me virei para ir embora, senti sua mão segurando o meu braço.

— Não, Rose. Não precisa ir. – Ele enxugou as lágrimas. – Tudo bem, é sério. Mas anda, me conte como você o conheceu. – Eu demorei alguns segundos para processar o que estava acontecendo. A mão dele no meu braço nu era quente e grande e... Argh! O que? Não! O que? Não! Chega! A pergunta só me deixava desconfortável, era só isso. A pergunta.

— Nós, bem, nos conhecemos quando começamos a caçar. Eu e Clarisse. Com quem você acha que eu aprendi tudo o que sei hoje? Ou pelo menos a maior parte?

— Foi... Foi meu pai quem te ensinou a caçar? – Ele perguntou surpreso. Eu já esperava por essa reação.

— Sim. Foi ele. E acho que ninguém poderia ter sido melhor. Além de me ensinar a caçar, ele também acolheu Lis e eu. Ele falava o tempo todo de vocês. Ele nos contou como ele começou a caçar, por causa da sua mãe, e como ele se arrependia de ter colocado você e seu irmão nessa vida. – Mais lágrimas escorreram pelo seu rosto. – Eu... Me... Me desculpe. Eu não devia... Eu não... – Eu comecei a ir embora. Realmente, eu não deveria ter falado aquilo. Com certeza eu estaria chorando se alguém estivesse falando sobre meu pai morto. Mas antes de eu conseguir sair, sua mão segurou meu braço novamente, dessa vez no pulso.

— Não. – Disse ele. – Por favor, me conte mais. – Eu demorei alguns segundos para lhe responder. A mão no meu pulso não havia se soltado, e isso me deixava bem nervosa. Acho que ele percebeu que eu não ia falar muito cedo, então insistiu. – Por favor.

— Eu realmente não acho que seja uma boa ideia.

— Por favor. – A mão que envolvia meu pulso se apertou, e isso me deixou mais desnorteada. – Eu quero muito saber. Você não tem ideia do quanto eu sinto falta dele. Eu larguei Dean e ele por um tempo, e quando finalmente nos reencontramos não durou muito. Então, por favor, me conte mais.

— Ele... Ele falou sobre como ele sentia sua falta. E do seu irmão. E vivia dizendo sobre como você parecia com sua mãe, e sobre como Dean se parecia com ele. Acho que naquele momento ele estava tentando fugir de vocês, mas ele dizia que era pelo bem seu e de Dean. – Eu dei uma pausa, mordendo o lábio inferior. - Nós passamos bons meses juntos – Eu apontei para os alvos destruídos nas paredes. – Foi ele quem me ensinou a atirar. Ele também tentou ensinar Clarisse, mas ela nunca foi do tipo. Então ele a ensinou a se camuflar de demônios e toda a parte “técnica” dos negócios. Se me lembro bem, ele dizia que você e ela se dariam bem, assim como eu e Dean. – Isso não teve uma reação muito explícita. Ele apenas coçou a parte de trás da cabeça, e colocou a mão que envolvia o meu pulso no bolso. – Você sabe, toda essa questão de armas e livros... Ele estava certo quanto a essa semelhança. – Dessa vez, ele me olhou, então um sorriso esboçou-se em seu rosto.

— Eu acho que sim. O meu pai... Bem, ele era uma ótima pessoa, e foi um ótimo pai. Como todo mundo, ele cometeu seus erros, mas nós o amávamos do mesmo jeito. E eu fico muito feliz em saber que você e Clarisse o conheceram e tiveram uma boa impressão, aparentemente.

— Foi muito bom pra nós conhecermos ele também. Quando começamos a caçar, tínhamos acabado de entrar na faculdade. Acho que tínhamos uns 19 anos, e obviamente não sabíamos de nada e nem conseguiríamos sobreviver sozinhas.

— Que faculdade vocês faziam? – Ele perguntou curioso.

— Nós estudávamos na Universidade de Harvard. Clarisse fazia Medicina, e eu Engenharia. Ela sempre gostou de ajudar as pessoas, sempre foi tão boa. E ela queria ser pediatra, para cuidar das crianças. Eu queria que ela tivesse realizado esse sonho, tido uma vida normal. Talvez até ter se casado e tido filhos. Qualquer coisa menos isso. Clarisse não nasceu pra ser caçadora, condenada à essa vida miserável. Ela tinha de tudo para ter sido o que ela quisesse.

— Ninguém merece isso. Todo mundo merece uma vida normal, inclusive você. – Ele disse se agitando. – Você fala como se não houvesse alternativa pra você, como se toda sua vida tivesse sido predestinada para isso. Mas sabe de uma coisa? Isso não é verdade. Não é só a Clarisse que merecia uma vida normal. Você – ele disse apontando o dedo no meu peito – também merecia. Parece que você nem tem vida. Tudo é sobre a Clarisse.

— Mas ela vem primeiro! – Eu explodi. Eu não iria suportar o ouvir falando desse jeito. – E sempre vai vir! De que importa pensar em vida normal pra mim agora? Eu já sou farol de criaturas sobrenaturais. Nunca vou poder terminar a faculdade, arranjar um emprego, me casar, ter filhos. Nunca! Mas ela? Ela ainda tem chances, por mais que sejam mínimas. A vida inteira ela cresceu com a cabeça no futuro, na vida dela no futuro. Ela queria filhos e um emprego, e merecia tudo isso, e pode ser que algum dia isso possa se realizar. Quanto a mim? Eu nunca sonhei tanto assim.

— Você nunca sonhou em fazer alguma coisa? Nada? – Ele perguntou como se soubesse que eu tinha uma resposta afirmativa. E bem lá no fundo eu tinha.

— Isso não é da sua conta, Winchester. – Eu sibilei, então deixei o quarto de treinamento.

Dessa vez, ele não me segurou.

*Dean*

Eu encontrei Clarisse lendo um livro na mesa. Ela estava concentrada, e fazia anotações em um fichário, que estava cheio, o que provavelmente significava que era ali que ela mantinha seus registros mais importantes.

Ao lado de seu fichário, havia uma garrafa de cerveja.

— Você costuma beber? – Eu perguntei. Ela levou um susto ao me ouvir falar, parece que estava bem concentrada. Após se recuperar, ela deu uma pequena risada.

— Isso não é meu. Eu não bebo. É para a Rose. Daqui a pouco ela vai chegar nervosa e vai querer bebida.

— Como tem certeza disso? Que ela vai chegar nervosa? – Eu perguntei, afinal, não é possível haver um horário em que Rose fica nervosa.

— Porque o seu irmão pediu pra conversar um pouco com ela.

— Continuo não entendendo. E daí que Sam quis conversar com ela?

— Você nunca percebeu como ela fica nervosa com ele? Ela o chama de Winchester, não de Sam. E toda vez que ela me conta alguma coisa que ele esteja envolvido, ela sempre faz um comentário sarcástico sobre ele ou o xinga.

— Sammy costuma causar uma impressão ruim nas mulheres. – Eu disse, caçoando do meu irmão.

— Mas esse não é o problema, você não vê? Rose quer acreditar que o odeia, na verdade, ela... – Mas Clarisse não teve tempo de terminar. Rose entrou no lugar espumando de raiva, assim como Lis havia dito.

— Cadê a cerveja? – Enquanto Rose olhava dentro da geladeira, Clarisse virou para mim e gesticulou um “Eu não disse?”.

— Tem aqui, Rose. Eu já peguei. – Ela disse à irmã, como se fosse uma rotina. – Agora anda, me conta o que aconteceu.

— É o Winchester, de novo. – Ela se sentou ao lado de Clarisse e à minha frente. Em seguida, deu três longos goles em sua cerveja.

—  O que o Sam fez dessa vez? – Eu perguntei à ela. Então, antes que Rose pudesse respondeu, Clarisse a cortou.

— O que você fez, também, Rose? – Ela perguntou acusatoriamente. Quando ouviu isso, Rose fez uma expressão indignada.

— Eu não fiz nada! Tudo estava perfeitamente normal. Depois que eu terminei de falar pra ele sobre o John, ele começou a perguntar sobre minha vida pessoal e sobre como eu me sinto e blá-blá-blá. Idiota.

— Espere aí! – Eu disse repentinamente. – Vocês conhecem meu pai? – Clarisse afirmou com a cabeça, então elas me contaram a história toda. Quando elas terminaram, eu tive vontade de chorar, mas tentei me conter. Afinal, mesmo que eu sentisse muita saudade do meu pai, eu não podia me deixar submeter a isso.

Os meus olhos lutavam bravamente contra as lágrimas que estavam presas por detrás deles. Uma sensação de vazio começou a se preencher dentro de mim, como se tudo tivesse sido levado. Mas eu não podia me deixar levar por isso. Pelo menos, não com provavelmente a pessoa mais corajosa do mundo e a mais carinhosa bem na minha frente, olhando uma com um olhar de desafio e a outra com um olhar de pena.

— Bem. – Rose resolveu quebrar o silêncio. – Eu vou ler, se vocês não se importam. – Ela deu alguns passos, mas voltou de repente. – Não posso me esquecer disso. – Ela pegou a garrafa de cerveja. – Por mais que eu já esteja me acalmando, tenho certeza que o Winchester daqui a pouco vai vir me infernizar.

Logo em seguida que Rose saiu, eu saí também. Fui para o meu quarto. Todos já tinham tomado banho e era quase noite, daqui a pouco iríamos jantar e dormir, já que amanhã iremos atrás de trabalho.

Não deu um minuto que eu entrei no meu quarto, e eu ouvi uma voz doce falando comigo.

— Sabe, você não deveria ter vergonha de chorar. – Eu ergui minha cabeça e a vi encostada-se ao batente da porta. – É natural e perfeitamente normal chorar, principalmente por algo como seu falecido pai. É até bonito. Mostra que você realmente se importava com ele.

— Como sabe que eu queria chorar? – Eu perguntei à ela. Para mim, eu tinha guardado muito bem essa vontade.

— Porque – ela se aproximou de mim – você tem um tique. Você enverga seu lábio quando quer esconder alguma coisa. Bem aqui. – Ela passou o dedo na ponta do meu lábio.

— Ah, é? – Eu disse sussurrando em seu ouvido. – E o que você acha disso? – Depois de uma risada leve, ela finalmente respondeu, sussurrando, também.

— Eu acho sexy.

Depois disso, não houve escapatória. Nossos lábios se encontraram, e o beijo foi ficando cada vez mais feroz. Ela tirou minha camiseta rapidamente, e eu logo em seguida fui tirando suas roupas, até uma hora em que ela ficou seminua. Depois comecei a beijar outras partes de seu corpo, enquanto ela agarrava minhas costas e acariciava meu peito. Depois, nos jogamos na cama e ali fizemos sexo.

E foi muito bom, por sinal.


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Notas finais do capítulo

E aí?? O que acharam?? Não sabia se colocava ou não essa última parte. Não sei se vocês gostam. Se não gostarem, é só avisar, ok? O próximo vai ter um pouco mais de sobrenatural, beleza? Espero que tenham gostado!
Bjs:);)



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