Os Caçadores: A Última Guerra escrita por Gustavo Ganark


Capítulo 57
Iara


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Uma tempestade forte em Leonor faz com que todos os magos fiquem “presos” no Seed. No térreo, no pátio principal – um lugar bem confortável com mesas, flores, sofás de couro e tudo do mais chique e agradável – estavam os Caçadores.

— Até agora eu peguei nenhum trabalho. – Reclamou Shawn, um dos magos mais novos da guilda, aquele que “usa a ciência para se defender”. – Todo mundo aqui já batalhou contra alguém e eu não. Estou pensando em sair dessa guilda e ir para outra.

— Cala a boca, Shawn. Você sabe que está mentindo. Você pegou várias missões enquanto estávamos fora. – Disse Fairy, dando uma tapinha de leve nas costas dele. – E além do mais, possivelmente entramos na maior guerra que já vimos e com certeza vamos precisar de você.

A chuva começou a aumentar o seu potencial e Shawn saiu correndo até a enorme parede de vidro do térreo. Olhou a cor do céu e viu que não havia tantas nuvens para aquela chuva e perguntou:

— Você está vendo isso, Fairy? Essa chuva toda? Não faz sentido, tem apenas uma nuvem no céu. Ela é grande e cinzenta, isso eu sei, mas não o suficiente para essa tempestade toda. Isso está muito estranho.

Fairy, mesmo não sabendo de ciência, percebeu que havia algo de errado e balançou que sim com a cabeça. Nesse momento, ela sentiu a presença de alguém sem ser da guilda. Alguém forte, com um poder mágico sufocante. Shawn também percebeu e viu uma oportunidade para mostrar o seu verdadeiro poder, então saiu do Seed e parou no meio da rua, olhando para os lados. Viu que, no começo do quarteirão, no meio da rua, estava vindo uma mulher com um cabelo grande e azul, com uma saia preta, top preto e um cajado ondulado azul. Descalça, ela estava.

— Que mulher... linda. - elogiou o tarado do Shawn.

Antes de terminar a frase, Iara se teleportou materializada em água atrás de Shawn, o arremessando rua a frente com seu cajado:

— Muito obrigado, querido, mas não é você quem eu quero.

Ninguém da guilda tinha percebido a saída de Shawn, nem mesmo Fairy, que tinha resolvido tomar um café quente.

Shawn, com a boca cortada por conta da queda, se levantou e apontou o dedo para Iara, lançando uma de suas magias científicas:

Atrito Estático.

Sem conseguir mexer seus pés, Iara perguntou gritando:

— O que você fez?

— Eu uso a ciência como magia. Tudo relacionado a ciência. Com a minha magia, posso controlar tudo que existe. Eu simplesmente fiz com que o atrito entre seus pés e o chão fosse o maior possível, mas de uma maneira equilibrada sem te estourar.

Iara começou a rir. Encarou Shawn e abriu a boca, deixando uma enorme serpente d’água sair. Em seguida, essa serpente se transformou na Iara e a antiga virou água, molhando aquele pedaço de asfalto.

— Isso não foi o suficiente. Pelo visto vou ter que acabar com você antes de eu terminar o que eu preciso fazer.

Shawn correu em direção a Iara, pronto para atacar fisicamente, mas ela pegou o seu cajado e o bateu no chão, fazendo com que uma enorme onda surgisse e o atingisse em cheio.

Por incrível que pareça, a magia de Iara não funcionou contra Shawn, que fez com que seu corpo não atritasse com a água e ficasse no mesmo lugar. A única coisa que ele precisou fazer foi tampar o nariz para não morrer afogado com a onda que passou em cima dele.

Iara estalou os dedos com a mão fechada, nervosa com aquele garoto. Realmente ele era irritante e também me enchia o saco as vezes. Nessa hora eu estava dormindo no colo da Lari, no sofá.

— Garoto, você é muito chato!

— Cientistas são chatos. Isso é trivial. Agora chegou a minha vez de atacar. Controle da Gravidade.

A gravidade alterada ao redor de Iara fez com que seu corpo fosse esmagado no chão, mas ao invés de ela ser estourada, explodiu como uma gota que cai no chão. Os grandes respingos se transformaram em clones dela.

— Quero ver você me acertar, agora!

Shawn começou a lutar contra os clones. Tanto Iara, quanto Shawn, eram elegantes lutadores e todos aqueles golpes bem executados, bem defendidos e bem precisos transformou aquela disputa mágica em uma bela cena de filme de luta.

Enquanto os clones estavam lutando contra Shawn, a verdadeira Iara estava do outro lado do quarteirão, olhando o Seed pela parte de trás:

— É a minha chance de terminar tudo isso. – Iara levantou o cajado e criou uma enorme capa d’água que preencheu todo o Seed.

Do lado de dentro, Fairy cuspiu o seu café e Lari me acordou, preocupada. Todos ficaram assustados ao ver uma parede de água sobrepor a do Seed.

Iara sorriu e bateu o cajado com tudo no chão, comprimindo aquela parede d’água, destruindo todo o prédio do Seed, deixando com que os destroços do prédio caíssem sobre seus clones e sobre Shawn.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo.



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