Parte 1: Lari X Kagiso

Com o tamanho dos braços modificados, Kagiso conseguiu se levantar. Olhou para frente e viu as duas caçadoras correndo em sua direção. Parado, ele ampliou mais ainda seus braços. Pegando Lari em uma mão e Fairy em outra, disse:

— Vocês são fracas demais! Nós estamos mais fortes! Desde que a Red Warriors se tornou Império Kalam, ficamos mais poderosos e determinados.

Sem conseguir se mexer, Fairy provocou:

— E daí? Ninguém te perguntou nada.

Kagiso aproximou Fairy de seu rosto e a beijou:

— Você não sabe com quem está lidando. – após isso, com seus braços gigantes, Kagiso começou bater a Fairy no chão com a máxima força possível, até a mesma perder a consciência.

— Fairy!!!!! – gritou Lari desesperada ao ver os danos que Fairy tomou.

Kagiso soltou Fairy e depois Lari, que correu perto da fada:

— Eu me exaltei um pouco. Desculpa, mas o beijo foi bom.

Lari, aos prantos, levantou-se e encarou Kagiso:

— Você machucou a Fairy, seu idiota.

— E você vai ser a próxima! – gritou ele, correndo em direção a ela.

Kagiso tentou um golpe com os dois braços, girando-os, mas Lari deu um mortal aéreo desviando dele. Em seguida, ela congelou as pernas dele e depois deu dois socos, acertando-as. Ele cambaleou um pouco com o golpe, mas ainda estava de pé. Deu um tapa nela que a fez capotar no chão, mas nada que a deixasse muito machucada. Determinada, correu em direção a ele, criou uma bola de neve gigante e arremessou contra ele. O atingiu em cheio. Após isso, envolveu a bola de neve que o prendia por uma grossa camada de gelo, criando uma prisão esférica de gelo e neve. Apenas os braços, as pernas e a cabeça dele era visível. O resto do corpo estava gelo a dentro.

— O que é o Império Kalam perto dos Caçadores de Paz? Vocês têm muito a crescer ainda.

Kagiso, com um sorriso no rosto, disse:

— Tem razão. Temos muito a CRESCER ainda.

A prisão feita de gelo com neve começou a se romper. Kagiso começou a ficar cada vez maior até que atingisse quatro vezes sua altura (aproximadamente sete metros de altura no final).

— Merda!! Agora a coisa complicou.

Um soco de Kagiso quase acertou Lari, mas ela desviou com a máxima destreza possível. Novamente ela desviou de outro. E assim foi durante alguns minutos. Ele tentava acertar e não conseguia. Lari, cansada de apenas se esquivar, criou duas estacas de gelo (uma em cada mão) e começou a correr sobre o braço de Kagiso. Quando se aproximou perto de seu rosto, ela enfiou as estacas de gelo nos olhos dele. Imediatamente ele deu um tapa nela, fazendo-a bater a cabeça em uma pedra, ficando ali, no chão. Aparentemente desmaiada.

Kagiso tirou as estacas de seus olhos e jogou longe. Voltando ao seu tamanho normal, ele se jogou no chão e começou a gritar de dor. Nesse momento Fairy acordou, com muita dor de cabeça e dor no corpo. Quando ela viu o inimigo se debatendo com os olhos jorrando sangue como um chafariz e Lari deitada, ela se levantou.

Fairy se aproximou de Lari e mexeu no corpo dela. Viu que em sua cabeça tinha uma rachadura e ficou assustada, mas novamente sua magia de cura a salvou. Lari acordou e rapidamente se levantou, assustada querendo saber o resultado daquela briga, mas antes mesmo de isso acontecer Kagiso não resistiu. Morreu.

— Que merda. Eu matei uma pessoa. – lamentou Lari, com peso na consciência.

— Às vezes é preciso guerra para ter paz.

— Boas palavras, fada.

— Vamos ficar aqui e descansar um pouco. Estamos exaustas. – pediu Fairy, se jogando em uma parte dali que tinha uma grama fofa.

Lari se deitou e novamente adormeceu, vendo de relance o morto em sua frente.

Parte 2: O Plano de Maju

Depois de ter assistido a derrota de Kagiso, Maju chamou um guarda normal do Império Kalam. Quando ele chegou, fechou a porta e se sentou:

— Olá, Rainha.

— Oi, guarda inútil. Quero que você chame a Jin, o Shepa e o Zonzak. O mais rápido possível. Depois que você fizer isso, quero faça mil cortes em seu corpo e depois se enforque.

— Sim, Rainha. É para já.

O guarda nem esperou ela terminar direito e saiu da sala. Mesmo sem querer, qualquer verbo no imperativo (verbo de ordem, como por exemplo, “chame”, “faça” etc.) que saísse da boca dela a magia se ativava automaticamente e a pessoa que a ouvisse faria o que pediu. Imagina se ela está brigando e manda um “vai se foder”. O que a pessoa faria? Não respondam.

Maju olhou nas câmeras pensando no que queria fazer, até que Jin, Shepa e Zonzak chegaram em sua sala:

— Nos chamou, Maju? – perguntou Jin (cabelo branco e curto, olhos verdes, corpo com ótimas curvas e de tom moreno claro, top branco e saia de três camadas brancas. Um salto alto transparente e com partes de couro branco).

— É lógico. Se eu não tivesse chamado você não estaria aqui.

— Desculpe-me.

— Enfim. Chamei vocês três aqui. Eu acho que vocês já ficaram sabendo que os Caçadores de Paz estão aqui, certo?

— Sim. – responderam em coro.

— Eu quero que vocês tragam todos aqui. Vivos. Na verdade, cada um de vocês irá enfrentar uma dupla diferente. Jin, você vai atrás de Lilian e Faaram. Shepa, atrás de William e Aghata. Zonzak, atrás de Roman e Sagan. Não esqueça que um deles é o meu líder, o qual não posso revelar a identidade aqui e agora, mas por isso eu peço para que tragam eles vivos. Outra coisa... se a coisa apertar, quero que fujam e tragam pelo menos o Anark. Atrás de vocês tem um jaleco branco com o logo do Império Kalam. São protótipos que em breve será o uniforme do meu império. Em cada jaleco tem a foto de cada caçador e o nome. Pensei em tudo isso para facilitar a busca de vocês, já que Hermoni é tão grande quanto um continente. Vão e realizem o trabalho de vocês com sucesso. Não matem ninguém.

Eles balançaram a cabeça que sim, vestiram os jalecos, analisaram as fotos e separaram os “alvos” a serem capturados. Saíram calmamente pela sala e Zonzak fechou a porta, já que era o último.

— Espero que a chefia não brigue comigo. Eu pedi para que não machucassem ninguém, então não vão. Se eles falharem eu assumo a linha de frente. Estou louca para matar uma guilda inteira novamente.