Parte 1: Grande Guanai

Grande Guanai. Uma ilha bem distante do continente onde Leonor ficava. Uma ilha imensa quase sem interferência humana (no caso construções feitas por humanos). As árvores eram imensas. Uma floresta central densa em uma ilha rodeada de água cristalina que por fim entrava em contraste com aquele vasto oceano azul marinho.

No centro da ilha, uma caverna protegida por um arbusto semi-cortado, formando uma cortina de flores e plantas em sua entrada. No centro dessa caverna a luz do sol entrava e pássaros sempre rodeava a entrada da luz solar.

Enfim, essa ilha era o habitat da Kiesza. Uma guilda ambiciosa que sempre buscou pelos Fragmentos de Giama, partes da armadura e arsenal de uma antiga entidade mágica imortal. Partes que estão espalhadas pelo mundo sem localização promulgada.

— Então há um fragmento em Leonor? – perguntou Roman, uma maga linda dos cabelos lisos rosas e olhos claros de mesma cor. Roman estava sentada em uma pedra no meio do lago que estava sendo iluminado pela rajada solar.

— Sim, amor. – respondeu Jack, segurando sua espada sobre suas pernas entrelaçadas estilo ‘borboleta’. – Lindy descobriu que está com uma mulher chamada Momona. Estamos nos preparando para invadir Leonor e roubar a espada.

— Estou cansada de matar pessoas inocentes, Jack. Desde que Lindy assumiu a liderança, roubar não tornou nosso principal objetivo. Até na Aliança Ningirama fomos obrigados a entrar.

Jack ficou pensativo respondendo com silencio, mas sua mão foi posta sobre a mão de Roman.

Um romance lotado de controversas dentro de uma guilda antes ‘limpa’, agora assassina.

— O que estão fazendo aí parados? – perguntou Lindy, com uma voz autoritária e uma postura que irritava o pessoal de sua guilda.

— Estávamos conversando, Lindy. – respondeu Roman, de cabeça baixa com medo de sua líder.

Jack percebeu a intimidação e deu um passo à frente:

— Você não cansa de ser assim?

— Assim como? – perguntou Lindy um pouco intrigada já que percebeu o tom de agressividade de Jack.

— Você depois que tomou posse da guilda e dessa ilha mudou completamente. Antes você lutava pela causa de apenas “roubar sem matar”. Agora você faz a gente matar para roubar. O que aconteceu com você, Lindy?

Os olhos de Roman brilhavam de ver tanta coragem. Mesmo assim, ela estava intimidada.

— Quem você pensa que é para falar assim com sua líder? – perguntou Lindy com o rosto quase colado ao de Jack e com voz baixa.

— Eu sou o próximo líder da guilda. O segundo na lista de posse, depois de você. E tudo isso que você está fazendo não está apenas irritando a mim e a Roman. Todos da guilda estão de saco cheio de você. Essa sua história de Fragmentos de Giama, a Zero e esses tesouros irrelevantes mudaram a sua mente.

Lindy sorriu ironicamente, olhou para Roman e respondeu Jack:

— Eu quero que você prepare as nossas armas. Vamos atacar Leonor. E minha última ordem de hoje é: chega de questionamentos. Eu quero fazer o bem para essa guilda e a Kiesza precisava dessa mudança radical.

Jack pegou nas mãos de Roman e saiu dali furioso. Lindy olhou aquele casal dando as costas e voltou para seus afazeres.

Parte 2: Segredo

Will e Fernanda. Ambos estavam em um barzinho de esquina tomando um chope quando ela pegou um papel dobrado em sua bolsa e mostrou para William:

— Eu tenho uma boa notícia, amor.

Will estranhou tudo aquilo e perguntou:

— O que aconteceu, Fernanda?

Ela pensou bem antes de responder. De repente veio a sua cabeça que há um ano atrás enfrentaram a God-20 e que Will, como líder da guilda, precisava um pouco mais de descanso para saber.

— Eu quero... é... a notícia?

— Sim, Fernanda. Você disse que tem uma boa notícia para mim. Qual é?

Fernanda coçou a cabeça e aproveitou que Will não tinha visto o papel para guarda-lo furtivamente, mentindo:

— Eu quero fazer uma viagem com você em breve.

Will olhou para a cara dela de forma debochada e perguntou:

— Amor, tem certeza que é isso?

— Sim, eu tenho certeza. Você precisa de mais um tempinho para aliviar sua alma. Desde que você reconstruiu a cidade com seu Finale, há um ano atrás, teu corpo vem demonstrado sinais explícitos de cansaço. Uma viagem seria muito bem-vinda.

Will tomou um gole de seu chope e criticou:

— Nandinha. Você só fala para eu descansar. Já se passou um ano. Isso foi tempo suficiente. Não só para mim, como para você e o restante da guilda. Precisamos marcar uma reunião para mudanças.

Curiosa, ela perguntou:

— Quais mudanças?

— Em breve você vai saber. Por enquanto é segredo.

Parte 3: Hexágono

Na montanha mais alta do país, onde o topo era bem mais alto do que as nuvens, estava o Hexágono: uma guilda de seis pessoas com alguns objetivos comuns. Uma guilda neutra, nem registrada pelo Conselho Mundial de Magia, nem membro da Aliança Ningirama.

Cada um dos seis membros estava sobre uma plataforma invisível flutuante. Todos com máscaras sem rosto, sem buraco nenhum, apenas uma forma chapada, sólida e branca. Capuzes brancos sobre um manto preto.

— E o que podemos concluir de tudo isso, mestre? – perguntou um deles.

— Que Kiesza é uma ameaça para os nossos planos.

— Quais serão nossos próximos movimentos? – perguntou outro deles.

— Boa pergunta para você, mestre. – outro. – Desde que matamos o presidente do Conselho Continental de Magia de Siá, a CCMS, estão nos caçando pelo mundo todo. Ir de conselho em conselho matar líderes não está sendo mais útil. Nossa ordem foi divulgada mundialmente.

O líder apontou para o centro daquela ‘rodinha’ e uma imagem distorcida, mas precisa, do rosto de Roman apareceu:

— Essa é a nossa resposta. Essa garota é a chave para que o nosso futuro plano dê certo. Para isso, destruiremos Kiesza, da Aliança Ningirama. Depois forçamos ela a entrar para o Hexágono, evoluindo-nos para Heptágono. Esse é o plano primário.

— E o secundário?

Todos ficaram em silêncio e o líder o quebrou:

— Uma revolução.