Elementos Noturnos escrita por Srta Silva


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais um! Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678549/chapter/3

Dante estava armado. Tipo, armado mesmo! Ele tinha dentro do seu casaco três 38 e munição para elas. Fora as facas que ele tinha também. Em sua mochila tinha comida e aparelhos eletrônicos. Babi não estava ciente do...da situação. E eu preferi não contar por um momento. Ele tive a ideia de roubarmos um carro. Bem, a pé que não iríamos.
Enquanto Dante procurava o carro de algum vizinho, eu dava a notícia sobre a atual situação a Babi.
—Babi, eu sei que parece loucura mas, nós estamos vivendo um apocalipse zumbi.
Eu estava bem séria e olhava dentro de seus olhos.
—Eu preciso que você seja forte e corajosa, porque...nós iremos precisar matar pessoas.
—Matar?
—É.
—Corrie.-Dante chamou.-Vem logo!
—Nós vamos achar um lugar seguro tá?
—E a mamãe?
—Vamos achar a mamãe. Mas nós precisamos fugir. Agora!
Corremos até Dante que sorria confiante diante de um 4runner preto ligado. Olhei pra ele e ergui uma sobrancelha. Ele ergueu uma sobrancelha também. Eu estava prestes a falar uma coisa engraçada a respeito dele quando ouvi aquela gritaria doentia. Babi agarrou minha perna e eu avistei não uma ou duas pessoas, mas um grupo enorme. E estavam correndo.
—Merda!-Dante sussurrou.
Puxei Babi pelo braço e abri a porta traseira do 4runner ela pulou para dentro e eu fechei a porta no exato momento que Dante deu partida. Babi estava paralisada de medo e eu, bem, eu estava apavorada. Dante entrou na Avenida Marcelino e foi em direção a St Patrick. Olhei apavorada pela janela.
—Dante, pega um outro caminho!
—Você acha uma boa?
—É claro!
Dante então começou a virar em um monte de ruas diferentes, em alta velocidade. Logo os zumbis não estavam em nossas vistas. Dei um suspiro meio aliviado e fiquei em silêncio por alguns minutos.
—Aonde você arrumou essas armas, Dante?-Perguntei.
—Meu pai é ex-policial, mas isso não significa que ele não tenha armas em casa.
—Hum, sei.
O tempo foi curto de espera até St Patrick. Babi não se moveu em momento algum, Dante não falou e eu refleti no começo da nossa jornada mortal. St Patrick estava desolada. Carros abertos, janelas quebradas, pedaços de pessoas espalhadas por todo o lugar.
—Eu vou pegar o máximo de gasolina que puder e o que tiver no carro.-Dante falou parando.
—Tá maluco? De jeito nenhum.
Ele virou-se no banco e pegou a minha mão.
—Fica aqui no banco do motorista, eu vejo o que consigo e venho correndo. Você dá a partida.-Ele apertou minha mão gentilmente.-Vai dar tudo certo.
—Vê se não demora falou?
—Sabia que você escondia uma paixão secreta por mim.
Soltei minha mão da dele.
—Anda logo.
Ele saiu do carro e correu até o carro mais próximo. A porta estava aberta. Ele fuxicou e abriu o capô do carro. Virei-me para Babi.
—Babi. Babi olha pra mim.-Ela virou-se para mim. Os olhinhos estavam arregalados e assustados.-Fica aqui, agachada e tenta não fazer barulho.
—Não me deixa sozinha!-Ela disse apreensiva e agarrou meu braço.
—Eu vou pegar algo na mala. Vou estar aqui, fica calma.
Relutante, ela soltou meu braço.
Sai do carro e fui até a mala, tremendo de medo. Por acaso, o porta-malas estava aberto. Abri e encontrei o que eu queria: o galão de gasolina. Estava pela metade. Fechei a mala com o galão na mão e andei até a frente do carro. Baixinho, chamei.
—Dante!
Ele olhou para mim e sorriu.
Olhei para trás, para os lados e para Babi. Ela sorria tensa. Dante veio até mim e pegou o galão.
—Tem gasolina, o tanque tá cheio. Eu não sei se vai caber tudo aqui, mas eu coloco o que puder.
—Tem mais alguma coisa no carro?
—Não olhei.
—Eu não vou poder olhar. Pega lá a gasolina!
Voltei para o carro e Dante foi encher o galão. Sentei-me no banco do motorista e fechei a porta. Virei-me para Babi.
—Tudo ok?
—Sim.
Passou-se uns segundos e Dante entrou no meu campo de visão. O galão estava cheio. Babi de repente gritou e eu vi um zumbi vindo na direção de Dante. Abri a porta do carro e sai.
—Corre Dante!
Ele olhou para trás e correu. O zumbi estava bem perto dele, o que me deixou apavorada. Entrei no carro, me joguei no banco do motorista e abri a porta do carona. Fechei a porta do meu lado e enterrei o pé no acelerador quando Dante pulou dentro do carro. Babi respirava descontroladamente e eu estava com o meu coração acelerado.
—Quando eu gritar pra você correr, você corre, não olha pra trás. Tá querendo se matar?
—Está brava porque?-Ele retrucou.
—Olha só, se você quer morrer você morre. Mas não leva a gente. O zumbi estava a centímetros de você. Se você tivesse só corrido...-Eu estava quase chorando de raiva.
—Não aconteceu nada, fracota, fica calma.
—Vai se ferrar, Dante. Não aconteceu nada graças a Deus e a mim que ainda abri a porta pra você entrar.
—Fica calma Corrie.
—Cala a boca.-Suspirei.-Você é um otário.-Falei e respirei fundo quando Dante pôs a mão em meu braço numa tentativa de me reconfortar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Elementos Noturnos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.