Elementos Noturnos escrita por Srta Silva


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Mais um, boa leitura!!



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Pessoas amarradas, celas de prisão, agulhas, sangue e violência. Era o que eu conseguia distinguir. Através das celas, vi o cabelo ruivo e brilhante de Coretta. Nora sugeriu matar os guardas. Eram poucos. Mas Angela sugeriu algo mais rápido.
—Algumas de nós matam os guardas enquanto as outras libertam as garotas.
—Feito.-Nora disse.
Nora, Juliet, Eva e Briones foram matar os guardas enquanto eu, Angela e George fomos libertar as outras. Um brilho de repente me distraiu. O brilho de um bisturi. Estava longe de mim, mas eu desejei que ele estivesse na minha mão. Involutariamente, levantei os dedos...e os bisturi flutuou até mim. Ele flutuou. Peguei-o sem acreditar. Angela me encarava com a sobrancelha arqueada e um sorriso bobo. Mas não disse nada. As pessoas amarradas gritavam pedindo ajuda, mas sua aparência já dizia que não tinha como eu ajudá-los. Pelos cantos, e sem ser vistos pelos cientistas que aplicavam a imunidade nas pessoas ou sei lá o que eles estavam aplicando, nós chegamos na sela onde as meninas estava. Os cientistas correram, não em direção a nós, mas em direção aonde Juliet estava com as meninas. Entrei em pânico. Então os cabelos de Coretta entraram no meu campo de vista. Ela não mentiu sobre os olhos. Ela vestia uma calça jeans, blusa vermelha e curta e tênis. Atrás dela vi uma menina pequena de olhos azuis e cabelos louros. Por algum motivo já sabia que ela não era uma de nós. A cor de seus olhos a entregava. Não eram da cor dos meus. Vi uma morena com a pele cor de chocolate como a da Nora, com os cabelos longos e pretos, também de calça jeans e uma blusinha marrom clara. Outra garota, com cabelos pretos, olhos puxados e não verdes, mas de uma cor clara, vestia uma blusa preta, cachecol e uma calça jeans com um desenho de um dragão bem maneiro. Por último, uma garota com a pele bronzeada, cabelos castanhos ondulados, um band-aid no nariz, uma daquelas blusas que parecem um maiô, uma jaqueta e calça jeans. Lá no canto tinha um rapaz que não vi direito o rosto porque dormia. Fazendo contato visual com Coretta, peguei o cadeado e tentei fazer o que fiz com o bisturi. Mandei as mesmas ondas de desejo só que com mais força e intensidade. Então o cadeado se abriu em minhas mãos. Abri a porta. A morena com a blusa marrom sorriu e cutucou o rapaz. Então foi até o canto da cela e puxou uma corrente...revelando um zumbi sem braços. Peguei minha arma.
—Mas que porra é essa? Você acha que zumbi é um cachorro?-Perguntei azeda. Que louca!
—Ei, se acalma ai.-A morena de cabelos marrons falou.-Sou Felicity. Ele não vai fazer nada com a gente. Ela está no comando.
—O que isso quer dizer?
Ela respondeu com as próprias palavras.
—Quer dizer que eu mando nos zumbis. Se eu quiser que eles ataquem, eles atacam. Se eu quiser que eles fiquem parados eles ficam.-Então grudou os olhos verdes nos meus.-E ele é o meu marido, e não um zumbi.-E completou.-Vai se foder.
Uau. Eu achando que voar era legal. Mas mesmo assim não fiquei quieta.
—Vai você, rainha da zumbilandia.-Resmunguei.
Ela resmungou um palavrão e saiu da cela. Quando todos saíram da cela, fiz menção de falar com Coretta. Ela me encarou por uns três segundos antes de falar.
—Não imaginei você tão ruiva.
—Não imaginei você com os olhos tão verdes.
Ela se remexeu e sorriu.
—Legal o seu especial. O que mais você sabe fazer?
—Meu especial. Eu consigo voar.
Ela arregalou os olhos.
—Sério?
—Sério. Mas só eu e a Angela temos esse especial.
—Qual é o dela?
—O cabelo mágico. Ele brilha e se estica todo e é sinistro.
Ri ao lembrar da minha cara quando vi aquilo. Angela apareceu na nossa frente.
—Vamos ajudar! Pegaram a Briones e tão tentando dar injeção nela.
—Ah mais que merda!
Parei em frente a uma mesa cheia de agulhas. Levantei as mãos e desejei que as agulhas se levantassem. Então desejei que elas encontrassem as cabeças dos cientistas que estavam ali. As agulhas voaram até seu destino, fazendo os cientistas cairem no chão com a cabeça sangrando. Ouvi um grito de guerra, e imaginei que devem ter chamado mais guardas.
—Para a escada! Anda!-Gritei para todos.
Será que cabe todo mundo no carro? Vai ter que caber. Todos correram em direção as escadas e eu esperei até que todos subissem. Dei uma última olhada e subi as escadas. Quando chegamos lá perto do meu carro, respirei fundo já prevendo a confusão que isso ia dar.
—Eu vou dirigir.-Nora falou.
—Nada disso, quem vai dirigir vai ser eu.-A morena dos cabelos castanhos, Felicity, falou.
—Vai caber todo mundo ai?-Briones perguntou.
—Eu vou na frente.-Juliet disse.
Eu preferi que ela tivesse ficado quieta. Todos começaram a reclamar sobre quem iria na frente, quem iria dirigir, quem poderia ficar, quem poderia ir na mala...
—Gente!-Ninguém ouviu. Assoviei.
—Tá maluca? Vai chamar atenção.-Nora disse.
—Ah, e essa discussão ridícula não chama?-Fui até o carro e o analisei. Se eu colocasse as mais magrinhas sentadas e as outras no colo delas, dava pra ir. Duas pessoas iam na mala e duas iam na frente. Mas tem também o zumbi.-Vai todo mundo ficar aqui enquanto eu procuro uma van. E quando eu voltar, EU vou decidir os lugares de cada um. Juliet não deixa ninguém fugir com o meu carro.
Ela afirmou com a cabeça.
—Eu vou com você.-Coretta falou.-Dante, vigia a Babi.
Saímos a procura da van.
—Quais as novidades?
—Karerina nos quer para montar uma nova sociedade. Ela pretende sacrificar o mundo em prol disso. Está tentando localizar as pessoas que são como nós mas ela não obteve sucesso.
—Meu pai era cientista. Ele me disse que somos dez, e únicas. Temos que pará-la antes que ela acabe com todos.
—Ela é muito forte. Você não tem noção. Ela tem mais poder que a gente.
—E se destruíssimos isso aqui? Jogassemos uma bomba e esperássemos que tudo estivesse destruido para ir embora. Hum?-Perguntei. Aquilo parecia idiota.
—Parece uma boa ideia. Mas acho que devíamos matá-la e destruir isso aqui depois.
Avistei uma van e puxei Coretta pelo braço. Estava aberta.
—Você que a conhece e tal, qual é o especial dela?
—Ela não disse.
Olhei para ela. Essa Karerina é uma vaca mesmo. Puxei os fios e tentei fazer a van ligar. Ela ligou e a cabeça ruiva de Coretta apareceu.
—Todo mundo sabe ligar a porcaria de um carro, menos eu. É brincadeira.
Eu ri apesar das circuntâncias.
—Eu te ensino depois. Vai chamar eles. Anda!
Ela correu e eu dei uma leve inspecionada na van. Então ouvi, um bater de palmas bem familiar.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima gente!! Beijokas



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