Elementos Noturnos escrita por Srta Silva


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Mais um!! Boa leitura!!



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Suspirei e peguei meu arco. Pus alguma armas na cintura e peguei a mochila. Distribui armas extras para todos e a mochila ficou mais leve.
—Vocês vão virar peneiras.-Sussurrei e sai do carro.
Todos saíram também e nós nos posicionamos. Eles eram iguais. As suas armas os diferenciavam um do outro. Olhei para seus rostos destemidos e assustados. A coisa que estava com um machado deu um passo a frente e depois outro e logo nos separávamos para matá-lo. Aí sim, a ação começou. Peguei minha flecha e a pus no arco. Mirei e soltei-a. A flecha entrou em sua cabeça e não atravessou. Entrei em panico. A coisa grunhiu e levantou seu machado. Juliet e Briones miraram na cabeça dele e começaram a atirar. Eva se juntou a elas enquanto Angela e George atiravam na coisa com uma espada estilo samurai. Encarei a terceira daquelas coisas. Parecia me encarar, como se me esperasse. Olhei bem para ele. Em sua mão tinha uma metralhadora. Pensei sutilmente em simplesmente correr até ele e atirar. Foi o que fiz. Saquei duas armas da mochila muito rapidamente e mirei na cabeça dele. Apertei o gatilho e comecei a atirar. Andei para mais perto sempre atirando. Ele não se movia, então pensei que talvez tivesse morto. Peguei minha flecha e o arco, e quando pensei em atirar...a metralhadora me atingiu me fazendo voar pelos ares.
Aí eu senti. Uma força de dentro me empurrando para cima. Meus pés já não tocavam o chão e nenhuma parte de mim. Eu me senti naqueles filmes de astronautas, quando os mesmos chegam na lua e a gravidade é pequena. Me impulsionei para frente sentido-me super bem. Era como andar. Só que não se mexia os pés. É como se a mente já soubesse e a própria comandasse. A coisa olhou para mim de baixo. Mirei a flecha e quando soltei, ela foi com toda a força...na garganta da coisa. A flecha atravessou a garganta e caiu atrás dele. Em seguida a própria coisa caiu dura feito pedra no chão. A essa altura todo mundo me encarava. Quer dizer, elas tinham conseguido matar eles, mas eu estava meio que voando. Angela me olhava admirada. As meninas me encaravam incrédulas e surpresas. Obriguei meu corpo a voltar ao chão. Elas vieram até mim e começaram a fazer perguntas.
—Gente calma. Se aconteceu comigo e com a Angela, vai acontecer com vocês também.
—Mas e se não?-Briones perguntou. Ela pegara o laço e fizera um coque no cabelo.-Eu to muito nervosa. Juliet...o cigarro...cadê?
—Sei lá.-Juliet disse.
—Estamos no apocalipse zumbi e você quer um cigarro Briones?-Eva murmurou.
—Quero.
Suspirei.
—Depois a gente arruma um cigarro pra você. Vamos.
Entramos no carro em silêncio e eu dei partida. Juliet me encarou.
—O que aconteceu?
—Estamos em um apocalipse zumbi. Isso aconteceu.
—Não. Você ficou encarando as fotos antes daquelas coisas apacerem. O que houve? Você não as sente mais?
Suspirando de leve contei a ela minha conversa mental com Coretta. Juliet ficou quieta por uns segundos antes de perguntar.
—Você está indo pra lá agora?
—Estou. É um caminho curto. Em menos de uma hora estamos chegando.

Arfei de leve quando parei o carro em frente ao grande prédio...e vi a multidão de zumbis parados em frente. Olhei em pânico para Juliet. Ela me encarou com o mesmo pânico. A voz de Angela veio a meu socorro.
—Conheço uma entrada atrás do prédio. Papai entrou por lá quando me trouxe aqui.
Sem chamar atenção, dei a volta e parei atrás do prédio. A cerca estava destruída, mas uma entrada escura se estendia. Como um estacionamento subterrâneo. Olhei para Angela, que acenou para eu seguir em frente. Procurei uma arma qualquer e fechei as janelas. Entrei devagar ali. Estava muito escuro e assustador. Estacionei o carro perto de um elevador e respirei fundo.
—Peguem todas as armas. Vamos sair.
Em silêncio pegamos as armas e tudo o que tinhamos e saimos do carro. Um grito reverbou dentro da minha cabeça e eu parei. Logo em seguida ouvi a voz de Coretta.
Loreta?
Estou aqui.,respondi fazendo sinal para que me esperassem.
Não deixe eles saberem que estão aqui.
O que?
Há uma mulher meio do mal aqui. Ela está meio louca e esperando vocês chegarem. Ela nos prendeu.
Você sabe o nome dela?, perguntei apreensiva.
Karerina. Acho que é isso.
Vou tirar vocês daí. E ela não vai nos pegar.
Tome cuidado Loreta. Nós estamos no subterrâneo. Pegue as escadas.
Nós estamos no estacionamento.
Então...
—Prontas pra descer vadias?
Virei-me lentamente. Uma morena alta de dreds, cor de chocolate, usava calça jeans, uma blusa vermelha e um cachecol verde. Ela estava com uma lança em sua mão e uma espada na outra. Seus olhos verdes me chamaram atenção. A voz de Coretta falou vacilante.
Os olhos dela. São da cor dos meus.
Sério?,perguntei incrédula.
Sim. Todas nós na verdade. Menos a Scarlett. Os olhos dela são claros. Venham logo e tragam ela. Fui.
—Quem é você?
—Sou a Nora. Meninas...-Ela fez uma referência antes de passar por nós.-Anda gente, não temos a porra da noite toda...
Me senti reconfortada ao ouvir sua maneira de se expressar. Nós acompanhamos ela, que nos levou a uma escadaria. Ela fechou os olhos e depois os abriu, fazendo sinal positivo para nós. Lentamente descemos as escadas e chegando no subterrâneo, um tumulto de vozes já era ouvido. Uma luz no final das escadas indicava que estávamos perto. Apontei minha arma, assim como as outras e entramos no recinto. Arregalei os olhos.
Aquilo era um caos.


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Notas finais do capítulo

Próximo!!



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