Just Look Out escrita por JP


Capítulo 9
FlashBack: Beijo


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Dessa vez não demorei uma semana para postar esse capítulo kk (Ainda bem!) Eu vim agradecer ao pessoal que veio e que vem comentando até aqui :) Vcs são demais!!
Ah, mudei a foto do meu perfi (Não sou eu, ok!?).. É o Anthony Michael Hall como seu personagem em The Breakfast Club, o Brian Johnson. Filme incrível rsrs

P.S.: Esse capítulo é meio óbvio né? Basta ler o título rsrs



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PDV - Freddie

Acomodei-me naquela poltrona desconfortável enquanto a Sam não voltava. Olhei de relance para a gigantesca janela na sala de estar e reparei que a chuva ainda rolava, sem tréguas. 

 

— Ah... - Suspirei, entediado.

Minutos depois, Sam voltou para a sala de estar. Reparei que ela trouxe uma caixinha de papelão.

— Vamos jogar o "Light House"! - disse ela, animada. A loira se sentou no chão e armou o tal jogo.

Eu saio da poltrona desconfortável e me sentei ao seu lado - no tapete de onça. 

— Sobre o que é esse jogo? - perguntei.

— Você nunca jogou? - Ela ficou espantada. 

Sacodi a cabeça, negando.

— Bem - Sam terminou de montar o "tabuleiro" e de posicionar as peças. - É bem simples, nerd. O objetivo do jogo é fazer com que seu personagem chegue na 'casa iluminada', mas se ele chegar na casa escura, você perde. 

— Meio óbvio... - murmurei.

Ela pegou uma espécie de 'peão' azul de dentro da caixinha e me entregou. No mesmo momento, ela posicionou o peão vermelho dela no tabuleiro.

— Você começa - Ela empurrou os dados para o meu lado. Eu sacudi os minúsculos objetos numa única mão, enquanto a Sam me encarava com um sorriso esnobe. - Vamos logo, Benson, não tenha medo de perder para mim.

Lancei os dados, avancei alguns passos; Sam fez o mesmo, na vez dela. O jogo seguia empatado. Restava apenas duas casas para Sam ou eu vencer, e a decisão estava nas mãos da loira.

— Esta vitória é minha... - Sam comemorou, sacudindo os dados. Ela comorou ainda mais quando os dados apontaram para os números de casas que lhe restavam. - BOOOM! - Ela gritou.

Depois de ganhar, ela espalhou as peças e tudo que correspondia àquele joguinho bobo.

— Parabéns - aplaudi, meio mal-humorado.

A loira percebeu o meu descontentamento e sugeriu uma revanche. Por incrível que pareça, ela venceu todas e, certamente, não se cansava de mostrar que era boa naquilo. 

Porém, eu percebi qual era o jogo sujo dela. Me senti um completo idiota por não ter percebido antes... A Sam estava trapaceando!

Sabendo disso, eu sugeri mais uma revanche e dessa vez ela iria ter o que merecia. 

— Você não se cansa de perder? - Ela não conseguia conter o riso.

— Quem disse que eu irei perder essa? - retribui o sorriso.

Achei uma maneira bem inusitada de fazer com que ela caísse na própria trapaça e até que foi divertido ver a cara dela quando soube que foi enganada, que perdeu para o nerd.

— BOOOM! - gritei bem no rosto da Puckett. 

Ela não achou a menor graça. 

— Só tem graça quando eu faço - Ela disse, convencida. - E você trapaceou! Não vale...

— Bem-vinda ao clube, Sam! - Eu dei uma gargalhada, o que não agradou muito a dona da casa. Ela, para se vingar, me deu forte empurrão. 

Resultado do empurrão: acabei caindo por cima do tabuleiro, cheguei até a me machucar com um dos peões pontudos, mas nada grave.

 

(***)

Passamos a maior parte da tarde jogando aquele joguinho bobo, que até me esqueci de verificar o estado lá fora.

— Ainda está chovendo! - informou Sam, olhando da janela da sala.

Comecei a ficar ligeiramente preocupado, pois estava começando a escurecer e a ficar frio - tanto que a Sam decidiu ascender a lareira da sala. 

Pensei em ligar para a minha mãe me buscar, mas, com aquela chuva, não havia sinal suficiente para transferir a minha ligação. 

— O que vamos fazer agora? - perguntei a Sam. Estávamos cansados de jogar Light House. Cansados também para recolher as peças e o tabuleiro, que estavam espalhados pelo tapete.

— Que tal assistir um filme estúpido? - ela sugeriu, entediada, olhando para a lareira. 

Assenti com a cabeça. 

Sentei-me em uma das poltronas, em silêncio, e esperei a Sam ligar a tevê, sincronizar algum canal legal e se acomodar na outra poltrona desocupada.

— Esse filme é ótimo! - Ela falou antes de se sentar. Realmente não sabia qual era a concepção de ótimo para a Puckett, mas, pelo título do filme, só poderia ser uma porcaria qualquer. 

Reparei que a loira se levantou e se encaminhou para a cozinha, voltando - alguns minutos depois - com uma bandeja de pipoca.

— Quer? - Ela me ofereceu, voltando a se sentar, focando a atenção para a TV.

— Quero... - peguei uma pequena porção, também prestando atenção no filme. No entanto, senti algo diferente na pipoca: murcha e com gosto de velha. - Argh! - Cuspi algumas no tapete.

— Nerd! - Sam reclamou por eu ter cuspido a pipoca no tapete, embora continuasse comendo a pipoca como se não houvesse nada de errado.

— Há quanto tempo essas pipocas estão aí? - perguntei, curioso.

— Sei lá... - Ela estava focada no filme. - Uma semana?... Duas?... Eu não ligo quando estou com fome.

— Então tá, né? - falei baixinho, dando de ombros.

Agora, dei atenção total ao filme. 

 

(***)

Com o término do filme, tirei algumas conclusões sobre. Bem, era realmente uma porcaria de filme, tanto que a Sam deu várias gargalhadas dos diálogos sem sentido, mas até que era um filme interessante. 

— Foi a coisa mais estúpida que já assisti! - Sam se levantou da poltrona para desligar a televisão, porém, não largou a bandeja de pipoca.

— Já vi piores...

— Ah, qual é? - Ela estava inconformada. - Nada se compara a essa "obra prima". A atriz é muito sem sal...

Sorri, concordando.

— E a cena do beijo! - Ela relembrou, dando altas gargalhadas. - Nossa... Ninguém beija daquele jeito! Parecia até um alienígena - zombou ela.

Eu não achei tanta graça assim do comentário da Sam, pois eu também era meio "inexperiente" nesse assunto. Nunca beijei uma garota para saber se ela 'beija como um alienígena', por exemplo. 

O Brad sempre teve sorte com as garotas e, antes mesmo dele começar a namorar a Sam, ele comentou comigo o que realmente aconteceu no dia em que beijou pela primeira vez.

— ... Você não acha? - Sam estava querendo a minha opinião. 

Eu engoli seco.

— O que disse? Eu não ouvi...

— Eu quero saber o que você achou! - Ela não parava de rir.

Eu tentei forçar um sorriso também, apenas para não soar como um idiota. 

— Ah... Achei... Estranho.

Sam parou de rir momentaneamente e passou a me encarar da cabeça aos pés. 

— Só estranho? - Ela quis saber. Sua expressão era de dúvida. - Apenas isso?

— É... Assim...

— Por acaso você já beijou alguém? - Ela me interrompeu, voltando a por um sorriso no rosto.

— Já! - fiz uma careta, que pudesse me ajudar na mentira. - Faz... Muito tempo, sabe? Mas já...

Ela cruzou os braços e aparentava não estat nada convencida. 

— Freddie...

— Tá! - murmurei, chateado. - Eu nunca beijei ninguém! Satisfeita?

A loira ficou em silêncio e com uma cara de quem não estava nada surpresa ao receber a novidade. 

— Por favor não conta isso pra...

Seu alto suspiro - de tédio - fez com que eu parasse de falar, e talvez essa tenha sido a intenção dela. 

— Vem comigo! - Sam fez com que eu me levantasse da poltrona e a seguisse até a cozinha. 

Logo fiquei assustado.

— Eu não vou te beijar, pateta - Ela revirou os olhos, reparando o meu desespero. - Trata de ficar tranquilo. 

Notei que ela retirou um copo com gelo e algumas frutas (laranja e limão) da geladeira. 

— O que você vai fazer? 

— A pergunta certa é o que você irá fazer! - Ela me entregou o copo de gelo. - Você vai apenas... Treinar um pouco.

— Treinar? - eu repetir, sem entender. Como um copo com gelo iria me ajudar num beijo?

— É... Treinar, nerd! Tente tirar o gelo do copo com a sua língua... Apenas isso. - Ela disse, comendo a metade de uma laranja. E lá fui eu. Na minha primeira tentativa, mesmo com dificuldade, consegui puxar o gelo. 

— Isso é ridículo! - larguei o copo na mesa.

— Bem, foi assim que eu aprendi... - confessou a loira. 

— Meus parabéns! - Expus um sorriso falso para a ocasião. - Mas essa palhaçada de beijo não irá mudar em nada na minha vida!

Sam ergueu as sobrancelhas.

— Então é dessa forma que você pretende conquistar a Carly!? Sem ligar para um simples beijo?

Bufei, extremamente irritado. 

— Não vejo necessidade de falar e discutir sobre o beijo! É apenas um ato e nada mais! - bati com força na mesa. Reparei que o copo quase caiu no chão. - Se acontecer algo entre Carly e eu... Tudo bem, irei ficar feliz, mas...

Naquele momento fui interrompido por algo altamente inusitado, algo que eu nunca pensei que fosse acontecer, e, ainda mais, naquela ocasião. 

 Sam me deu um beijo!

Onde a minha irritação foi parar? Ah, não sei... Por um momento foquei no beijo, que ela estava me dando. Como eu estava despreparado, não usei tanta saliva e lembro apenas de ter dado passagem para que ela adentrasse com a língua. Foi algo realmente intenso... Até acabar. 

— O que você está fazendo! - questionei a Sam quando o beijo terminou.

Mas que droga fizemos!? 

A Puckett está namorando e justamente o meu melhor amigo. Então, esse beijo não deveria ter acontecido, nunca!

— Freddie... - Ela tentou se aproximar, mas eu me afastei. 

Comecei a sentir uma culpa tão grande, que se eu permanecesse por mais dois segundos naquela casa eu iria enlouquecer e - quem sabe - me matar!

— Onde você vai!? - Notei que ela me seguiu até a sala de estar, e quase me impediu de abrir a porta da casa. - Está chovendo, nerd!

Não liguei para esse pequeno detalhe, e, sem dizer um simples "tchau', eu corri para longe daquela vizinhança. 


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Notas finais do capítulo

Então? O que vocês acharam?!?
Freddie fez certo em agir dessa maneira? E quanto a Sam?? O.o
Esperando a opinião de vocês!!!! Rsrs
Até mais :D



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