O inesperado escrita por Kika200


Capítulo 6
Capítulo 6- A memória


Notas iniciais do capítulo

As personagens pertencem á J.K. Rowling.
Desculpem ter demorado tanto...tinha a sensação que já tinha posto esta parte da história ontem...mas não se preocupem que em principio, ainda publico outro capítulo hoje ou até mais dois.



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Naquela noite, Snape estava responsável por vigiar os corredores de Hogwarts. Por acaso, Hermione decidiu sair nessa mesma noite para apanhar ar. Ela costumava fazer aquilo sempre que ficava estressada, mesmo na altura em que frequentava a escola.Mas nunca tinha sido apanhada, até àquela noite.

Snape estava a andar pelos corredores.Apenas os seus paços se ouviam a tocar no chão de pedra.Conseguia ouvir uma coruja ao longe.Ele estava a passar por um dos jardins interiores de Hogwarts, quando ouviu um choro.

Hermionie estava sentada num banco de pedra, até que observou uma luz a vir na sua direção, de dentro da escuridão de um dos corredores que davam acesso á área onde estava. Limpou as lágrimas e começou a caminhar á pressa, sem tentar fazer barulho.Fazer as duas coisa era impossível e quando estava prestes a entrar na escuridão do corredor contrário ao de onde vinha a luz ouviu:

“ Fique onde está...” Hermione parou, mas não se virou.

Snape aproximou-se. Apesar da luz da lua, não conseguia perceber quem era. Chegou perto e colocou a mão no ombro da pessoa para a virar, sempre sem tirar a varinha da mão que antes estava iluminada, para, em caso de ser atacado, poder-se defender.

Hermione, quando se sentiu a ser virada por uma mão que estava no seu ombro, agarrou na varinha que tinha no bolso e virou-se logo, a apontá-la para… Espera, é o Professor Snape?

Estavam os uns cinco centímetros de distância com a varinha apontada um para o outro.Permaneceram a olhar um para o outro para de certa forma confirmarem se a pessoa á sua frente era mesmo a que achavam que era. Sim, sem dúvida que aqueles eram os olhos de Snape: escuros e profundos.Porém Hermione reconheceu um tom ligeiramente acastanhado nos olhos dele, uma vez que a luz da lua estava a iluminar os olhos de Snape lateralmente.Os olhos dele estavam bem bonitos com aquela luz...Depois afastaram-se e baixaram as varinhas afastaram-se lentamente.

“Que está aqui a fazer, Granger?”

“ Vim apanhar ar...estava irritada com um certo acontecimento” Hermione fez uma pausa a olhar para o mestre de poções com uma cara que o tentava relembrar do que tinha feito a ela naquela tarde. “ Quando estou estressada costumo vir apanhar ar...faz-me bem!”

“Vá mas é para o seu dorm...quero dizer, quarto! Nem os professores têm direito de andar aqui á noite, por isso não pense que só por ser professora pode fazer o que quer!”

Hermione voltou a ficar irritada. Estava farta, cansada!Então deitou tudo cá para fora.

“Porque o senhor acha que eu só me importo com ser professora e que me acho a maior por isso!”

“ Então ,não se vê? Toda simpática para os outros, a fazer-se de querida. Obviamente que se acha superior por causa do seu cargo!”

“Oiça! Eu sou simpática porque sempre me ensinaram a ser assim e, pessoalmente, nunca gostei de magoar os outros como o senhor sempre fez! Eu sou professora, porque quero e não por causa da fama. Aliás, foi o senhor que me inspirou a querer dar aulas…”baixou a cabeça.

Snape ficou confuso. Sempre foi o mais detestado e no meio dos alunos que teve que se queixavam dele, lá estava uma aluna no meio de milhares que se tornara professora por causa dele. Interessante...

“Eu tenho que lhe fazer um pedido de desculpa…” Parou porque foi interrompido pela ex-aluna.

“ Você não tem que pedir desculpas! Tem que começar a tratar os outros com dignidade, como gostaria que os outros lhe tratassem! Eu sei que você lá bem,bem,bemmmm no fundo sente que agiu de forma errada. Então, pare de guardar isso e aprenda a mostrar aos o que sente. Se está arrependido,irritado,alegre,triste ou mesmo apaixonado, MOSTRE!Mostrar o que se sente não é uma fraqueza, mas sim uma forma de nos tornar mais fortes, Severus!”

Ele achou estranho ouvir a aluna tratá-lo pelo seu nome.

“ Então se quer que eu mostre o que sinto e o que penso, diga-me: o que estava a pensar quando disse que não se arrependia de algo?”

Hermione parou para pensar.Ficou um minuto a pensar o que havia de fazer.

“Snape, pode ver a minha memória.”

“Desculpe?”

“Eu deixo que o senhor veja a memória, acho que tem o direito.”

“Então vamos para a Penseira.”

Snape voltou a usar o feitiço para iluminar a varinha e mandou a jovem professora segui-lo.

Quando chegaram, Severus levou a penseira para o pé de duas cadeiras onde os dois se sentaram. Nenhum disse uma palavra. Snape puxou o pequeno fio prateado com a varinha  da cabeça de Hermione e colocou-a na Penseira. Olhou um pouco para ela, intrigado e depois mergulhou a cara no líquido que possuía a memória.

 

Regressou á altura em que estava deitado no chão, perto da morte, após Harry e os seu dois amigos terem recolhido as suas lágrimas para levar para a Penseira, revelando assim as suas memórias.

Passado algum tempo, Hermione regressou e ficou chocada ao ver que o seu professor de poções já estava de olhos fechados ( era um mau sinal).

“ Por favor, que eu não tenha chegado tarde demais, por favor!” disse em pânico para si mesma.

Pousou a mão no peito do professor para ver se ainda respirava.O peito movia-se muito lentamente para cima e para baixo.Como era quase impossível sentir esse movimento, Hermione colocou a mão no pescoço dele para ver se tinha pulsação.A ferida que tinha nessa região,feita por Voldmort, ainda deitava sangue.Snape enquanto via aquela memória, sentia-se estranho pela ação e proximidade da aluna com ele mesmo:o professor mais detestado de sempre.Só pode ter sido porque o Mr.Potter lhe contou as minhas memórias.

Ela tirou um frasco com um líquido vermelho da mochila de ombro que transportava.

“Estava á espera de usar isto para outra altura, mas espero que resulte agora!” A seguir ao frasco, puxou da mochila, á pressa, um livro que folheou atrapalhada.Quando finalmente encontrou o que queria, fechou o livro, pousou-o no chão, ao mesmo tempo que se ajoalhava, e abriu o frasco, para, de seguida, obrigar o corpo inanimado de Snape a engolir o líquido que o recipiente continha. Depois, puxou da varinha e começou a fazer o feitiço que acabaria por retirar muita energia dela mesma para a passar para Severus. O feitiço dura em média três minutos, e foi esse o tempo necessário para Hermione passar a sua energia para Snape.As feridas foram desaparecendo e o sangue perdido, onde ela estava ajoalhada, regressou ao corpo dele. Este, abriu um pouco os olhos e reagiu por momentos, mas depois fechou-os, novamente. Então foi aí que eu pensei ter visto a Lilly...

A jovem mal conseguia levantar-se, mas tinha de o fazer, antes que o mestre acordasse. Agarrou no livro, meteu-o na mala, pegou no frasco, agora só com um pequeno resto de poção que fica sempre no fundo, e levantou-se devagar. Porém, ao levantar-se, deixou cair o frasco, que se partiu em bocados no chão.Fez uma exclamação e saiu, devagar, porque não conseguia andar muito bem, devido á fraqueza.

A memória acabava aqui.

 

Quando Snape levantou a cabeça da Penseira, a pessoa que o salvou, já lá não estava.Para além de não estar presente, a porta aberta também indicava que Hermione tinha saído apressadamente.

Ele estava surpreendido.Ela só podia ter feito aquilo porque Harry lhe tinha contado a suas memórias, o que lhe deu pena e a fez regressar para o local onde ele estava, perto de morrer. Não sabia se devia estar contente ou irritado, porque, por um lado sentia-se alegre por alguém que não estava á espera lhe ter salvo da morte, mas por outro, estava irritado porque acabara por “ressuscitar” para viver uma vida infeliz, como sempre teve. A forma como ela tratou dele, a preocupação e o cuidado...Ele não sabia como se sentia em relação àquela proximidade. Pela primeira vez ele não sabia o que sentia. Ele sempre soube o que sentia,normalmente era raiva, rancor,saudade, tristeza, mas guardava para si, mas desta vez não fazia a mínima ideia do que achava da situação. E acima de tudo, como ia agir perante essa mesma situação.


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Notas finais do capítulo

Gostava que me dessem comentários...Obg! :)



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