Kiss Kiss escrita por Miris


Capítulo 10
Capítulo 10 – Segunda-feira


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pela demora... O capitulo sai e acordo com minhas emoções, que não estão positivas. Ai junta com o bloqueio e não sai NA-DA!
Aproveitem!



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Acordei cedo com o despertador tocando no meu ouvido. Procurei o despertador com a mão até que eu encontrei e desliguei. Espreguicei-me e alguns raios de sol que passavam pela cortina cor de rosa batiam em meu rosto. Levantei, arrumei minha cama e corri para debaixo do chuveiro, tomando um banho rápido. Como ainda fazia frio eu coloquei uma roupa quentinha, correndo em seguida para a cozinha. Precisava me abastecer. Tomei meu café e sai do apartamento.

  Quando cheguei na escola, pude ver Richard se esgueirando entre as pessoas, sempre olhando de um lado para o outro. Parecia estar fugindo de alguém. Depois de um tempo o seguindo, finalmente ele chegou ao armário. Richard o abriu, mas logo pulou de susto. Xavier havia o batido com tanta forçar que todo o corredor ficou em silencio de repente.

— Olha só galera, se não é o Richard. – Xavier disse rindo com os amigos. – Eu não te vi na festa perdedor. – Ele empurrou Richard tão forte, que o mesmo caiu no chão e ficou por ali.

— Talvez seja por que você estava ocupado demais vigiando sua vadia. – O sorriso de Xavier foi substituído por uma carreta. Xavier puxou Richard pelo colarinho o fazendo ficar de pé.

— Como é? – Ele estava furioso.

— Vamos ser sensatos Xavier. Se você não vigia a vagabunda da Raquel, ela dá para o primeiro que aparecer. – Richard disse de forma bem debochada. Eu só pude ver Richard no chão, sendo chutado e agredido por Xavier e seus comparsas. Ele apenas olhou para mim e piscou, me mostrando um sorriso, cheio de sangue escorrendo pela boca.

— PROFESSOR! – Alguém gritou e Xavier e seus amigos saíram correndo, assim como todos voltaram a fazer o que faziam antes da confusão. Eu fui até Richard com o coração partido.

— Richard. Você está bem? – Desci seu capuz, ele apenas sorriu com um dos olhos fechados.

— Aham. – Ele puxou o capuz de volta, com dificuldade.

— Consegue levantar? – Perguntei preocupada. Ele tentou, mas acabou caindo.

— KORY. – Olhei para trás e vi Mel, Ray, John e Michael correndo até mim. – O que houve? – Ray olhou Richard.

— Foi Xavier. – Meus olhos se encheram de lágrimas. – Ele bateu muito em Richard.

— Sozinho? – John levantou a sobrancelha. Richard apenas balançou um pouco a cabeça.

— Ele teve ajuda dos amigos. – Disse passando seu braço por cima dos meus ombros e o ajudando a se levantar. Ray e Mel me ajudaram. – Vou levá-lo a enfermaria. – Richard gemeu.

— Não precisa. – Ele sorriu para mim. – Isso é pouco comparado com que já apanhei. – Ele se apoiou nos armários. – Vá, senão perde a aula.

— Mas e você? – Eu perguntei preocupada.

— Vou ficar bem. – Ele sorriu de novo. Ele apenas me deu as costas e foi embora, mancando. Sem dizer nada, mas meu coração ainda estava partido.

— Isso é tudo sua culpa. – Olhei para trás e vi a mesma garota que tinha me ameaçado outro dia.

— Como? – Eu olhei para ela sem entender.

— Se você não tivesse chegado perto de Richard, ele não estaria assim. – Ela ficou frente a frente comigo. – Fique bem longe dele, Anders. – Ela passou do meu lado esbarrando com bastante força e correu em direção há Richard.

— Não fica assim Kory. – Ray disse me abraçando.

— Vamos para sala Kory, senão vamos nos atrasar.

  Fomos em direção á sala. Mel e John estavam se evitando, já Ray e Michael, andavam de mãos dadas conversando bastante. Estavam felizes. Será que já estavam em um relacionamento sério? Entramos na sala e nos sentamos, faltava bastante tempo para a primeira aula começar, enquanto meus amigos conversavam, eu apenas fitava a porta. Era para Richard ter chegado. Afinal, temos aula de matemática juntos, não é?

— Kory? – Olhei para o dono da voz e vi que era John.

— Diga. – Ele suspirou.

— O que você sabe desse cara?

— De Richard? – Meu coração voltou a ficar apertado ao me lembrar de seu estado. Ele apenas assentiu. – Ele nasceu aqui, mas morou em Gotham com seu padrasto. Ele voltou para estudar faz um ano, mas desde então sofre agressões de Xavier. – Todos ficaram quietos.

— Ele podia andar com a gente. – Michael disse. – Pelo menos, Xavier não mexeria mais com ele.

— Toni não deixaria. – Mel disse olhando para o chão.

— Quem? – Eu perguntei. Mel suspirou.

— A garota que te ameaçou no corredor. O nome dela é Toni Monetti, ou Argenta. Ela é a única amiga de Richard. E eu penso que ela é um pouco afim dele. Ela é durona e um pouco ciumenta. – Mel parou. – Mas eu não vejo motivo para ela ter raiva de você. Afinal, Richard não gosta de você, certo?! – Gelei. Por algum motivo eu me lembrei do selinho que havia me dado.

— Kory?! – Ray me chamou. – Não me diga que você...

— Não. Somos apenas amigos. – John olhava para Mel, mas a mesma ignorava o moreno.

— Ele parece ser um cara legal, eu não vejo problema se vocês começassem a sair. – Todos olharam para John. Ele normalmente era super protetor em relação a caras que chamassem qualquer uma de nós para sair.

— Mudando de assunto. – Olhei Ray e Michael. – Estão namorando?

— Bem... – Ray corou.

— Sim. – Michael disse todo orgulhoso de si mesmo. – Ray agora é oficialmente minha garota. – Ele pegou a mão dela e exibiu um anel de prata com três pedrinhas brilhantes.

— Ele me pediu ontem, lá em casa. Na frente do meu pai. – Ray disse, com os olhos brilhando. Mel apenas riu.

— Hey, Mel. – Todos olharam para a porta e Deh estava lá.

— Ah, to indo Deh. – Ela se levantou e foi até a mochila. Não pude ver o que ela pegou, só sei que era dinheiro, pois ainda a ouvimos dizer. – Aqui está o resto do dinheiro que te devia.

— Valeu Mel. – Deh sorriu. – Quando precisar de mim novamente, só falar.

— Ok. – Deborah saiu e Mel voltou para o fundo da sala, neste exato momento, o professor entra em sala. E ainda, nada de Richard.

  Quando a aula acabou, eu sai correndo em direção ao seu armário e fiquei ali. O sinal tocou avisando que a próxima aula começaria, mas eu não sai dali. De repente, vejo Richard no final do corredor. Corro e vou atrás dele. O vejo entrar por uma porta, a qual nunca tinha percebido. O sigo e noto que ele estava indo para o terraço, onde era estreitamente proibido ficar. Ele vai até um canto bem escondido e fica ali. Vou atrás dele e me abaixo, para ver o que ele fazia. Richard tirou o moletom e pude ver que ele estava sangrando mais ainda. Havia um corte feio em sua cabeça. Saio de meu esconderijo e vou até ele.

— Kory?! – Ele se assusta. – O que está fazendo aqui? A aula já começou.

— Eu estava preocupada. – Retirei a bolsa das costas e me sentei em sua frente. O olhei em seus olhos, estavam vermelhos e lacrimejando.

— Por quê? – Ele tentou abrir a mochila, mas sentia muita dor. Pego sua mochila e tiro um kit de primeiros socorros dali.

— Por que você é meu amigo. – Sorrio e abro o Kit, logo cuidando de seus ferimentos. Ficamos em silencio por alguns instantes.

— O que ela ta fazendo aqui? – Olho para o lado e Toni me puxa para cima logo me empurrando para longe de Richard.

— TONI. – Richard grita com ela. – Deixa a Kory em paz, ela só está me ajudando.

— Mas aqui é o nosso canto e... Eu sou sua amiga. – Ela diz brava. – Sua ÚNICA amiga!

— Para com isso Toni. – Richard estava bravo. – Que droga! O que você tem contra a Kory?

— Eu só sei que depois que ela começou a falar com você, a Raquel e o Xavier ficaram mais em cima da gente do que antes.

— Não é culpa dela. – Richard debateu.

— Tá bom. – A garota saiu brava.

— É verdade? Xavier e Raquel estão em cima de vocês por minha causa? – Richard negou com a cabeça.

— Eles não podem encostar nos nerds, então só sobra eu e a Argenta. – Me sento na sua frente. – Na verdade, sobro mais do que ela. Argenta ainda tem amigos do clube do livro, eu só tenho ela e... Você. – Senti meu coração se apertar e, por impulso o abracei.

— Eu nunca vou te abandonar Richard. E se depender de mim, Xavier e seus amigos jamais irão encostar em você de novo. – Ele retribuiu o abraço e ficamos assim por algum tempo, até eu voltar a fazer os curativos. Quando terminei, Richard pôs a blusa novamente e sorriu para mim, ainda sentia dor. – Tudo bem?

— Sim. – Ele se levanta com esforço. – Só dói quando eu me mexo.

— Porque não conta para o Diretor? – Ele gela.

— Não dá. – Richard olha para o chão.

— Por quê? – Chego perto dele.

— É necessário provas e testemunhas.

— Você tem todos daquele corredor como testemunha e seus machucados como provas. – Ele ri.

— Já tentei, mas... Ninguém nunca me ajuda e, quando ajuda, sou eu quem leva punição. Xavier não sofre as consequências, por mais errado que esteja. – Richard pega a bolsa. – O Diretor me odeia.

— Sério?

— Sim. Ele é terrível. – Nós descemos para o primeiro andar e, saímos segundos antes do sinal bater.

— Qual o nome dele? – Eu pergunto. – Apesar de estudar aqui, eu não sei. – Parei para pensar. Na verdade, quase ninguém sabia o nome dele.

— Seu nome é Slade. Slade Wilson, mas a maioria o chama de Diretor Wilson. Por medo e respeito, por isso ninguém vai resolver nada com ele.

— Entendo.

  Passamos o resto do dia juntos. Ele até passou o intervalo comigo e meus amigos. Acredito que tenha feito bem a ele. John não o criticou nem nada, eles ficaram conversando, junto a Michael, enquanto eu e as meninas conversávamos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

TAMTAMTAAAAAAAM!

Kory:
http://www.polyvore.com/kory_cap_10/set?id=196756369



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