Enquanto houver nós - 10 anos depois. escrita por sahendy


Capítulo 2
A vida de Elizabeth de la Vega


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Obrigada aos comentários e visualizações. Espero que gostem, a fic é pequena pois é só uma continuação da outra "Enquanto houver nós" que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês!



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... Foi Julio quem sequestrou os meus filhos. Fiquei trêmula com medo do que ele poderia fazer com meus filhos, Gabo e Paola são tudo na minha vida. Carlos Daniel ficou com muita raiva, mal conseguia pensar direito, meu pai Miguel chegou em seguida com Angelica no colégio com dois policiais e depois que eu expliquei tudo a eles, os policiais nos mandaram para casa e disseram que logo Julio entraria em contato e que eles iriam ficar atrás dele. 

Em casa Carlos Daniel pediu para Lalinha trazer sua garrafa de uísque e ficou no quintal perto da onde enterramos Bentley nosso cachorro que havia falecido há 2 anos, ficou de frente para o balanço que as crianças brincavam. Eu fiquei na sala principal esperando um telefonema enquanto meu pai estava sentado de frente para mim e Angelica preparava um chá. 

Julio...

Depois de pegar os filhos de Carlos Daniel e Paulina ao colégio os levei para um local totalmente isolado que havia conseguido com meu amigo Augusto e depois voltei para casa de Elizabeth os deixando com Augusto. Passei aquela semana atrás dos "pirralhos" e nem me dei conta que o meu amor, Elizabeth estava piorando. Quando cheguei em sua casa, a vi no chão desacordada a peguei em meus braços e a coloquei em sua cama, passei a tarde esperando ela acordar e quando ela finalmente acordou ficou comigo mais duas horas e então houve o pior Elizabeth teve uma parada cardíaca. Não liguei para os bombeiros, não liguei para polícia ao contrário eu deveria fugir deles, não liguei para ninguém, dei um beijo nela e saí levando um montinho de roupas minhas. Antes de sair, em cima de sua mesa estava uma carta destinada a mim... Ela previa que iria morrer.

38 anos antes...

Nasci com o cordão umbilical enrolado ao meu pescoço, minha avó dizia que lutei para vir a esse mundo, meu pai sempre foi um bêbado e passava mais noites fora de casa do que com a minha mãe. Por outro lado fui criada por Helena, minha mãe que jamais me deu tanta atenção porque se preocupava mais com seu trabalho do que com sua filha. Minha avó me dizia que o meu nome tinha um significado muito especial. 

— Elizabeth é um nome que se originou a partir do hebraico Elishebba, que significa "Deus é juramento". - Ela dizia com ternura pois havia sido ela quem escolheu meu nome. E eu amava o nome da minha avó também, Madelaine, tanto que aos 14 anos fiz uma tatuagem em sua homenagem com a assinatura claro de minha mãe. 

Quando tinha 10 anos minha avó que era minha melhor amiga faleceu e minha mãe "surtou" não limpava mais a casa, não se cuidava mais e também se envolveu com o álcool. Meu pai, Pedro chegou em casa 1 mês depois que minha avó faleceu e então a noite enquanto eu estava deitada dormindo ouvi um barulho, levantei de imediato para ver o que era e quando pude chegar ao quarto de minha mãe vi meu pai em cima dela batendo muito em seu rosto e ela gritava até que uma hora ela deixou de gritar, eu assustada corri para o meu quarto novamente procurando algo para detê-lo e não encontrei nada, fui para a cozinha e peguei um cabo de vassoura e voltei ao quarto dando uma vassourada em sua cabeça que caiu ao chão e quando olhou para mim colocou sua mão em sua cabeça e depois voltou a olhar para mim, eu estava assustada, minha mãe sangrava na cama. 

— Sua vagabunda! - Meu pai disse a mim, eu fechei meus olhos e dei mais 7 vezes vassouradas em sua cabeça o deixando com um grande machucado, quando me dei conta do que fiz corri para debaixo da cama e meia hora depois os policiais invadiram a casa porque uns vizinhos chamaram a polícia preocupados conosco. E então, descobri que minha mãe faleceu e meu pai foi preso depois de levar 20 pontos em sua cabeça e eu acabei indo para o lar adotivo, fiquei lá por 2 anos quando uma família muito rica que havia perdido sua filha de 12 anos num acidente procurava alguém para substitui-la e depois daquele dia em que quase matei meu pai, deixei de acreditar em Deus. Onde Deus estava quando ele socava a minha mãe até ela ter hemorragia interna e várias fraturas em seu crânio? Não foi Deus quem o deteu, foi eu. A família de la Vega que me adotou me deu tudo o que eu quis e que eu nunca tive. Um lar de verdade! Com eles me sentia protegida, mas soube que naquela noite algo em mim mudou, eu deixei de me importar com os outros e foquei em me cuidar. Me cuidei tanto que por onde passava os homens me adoravam, me davam coisas, me elogiavam. Eu ia para uma boate toda noite aos 20 anos quando saí da casa de Magdalena e Heitor os meus pais adotivos, e toda noite na boate eu encontrava alguém com quem eu pudesse passar a noite, transava sempre. E então, descobri estar grávida e eu nem sabia quem era o pai foi quando eu abortei o filho ou filha, e parei de ir na boate e conheci Carlos Daniel num jantar de alta classe de uns amigos do meu pai e da minha mãe. Começamos a namorar e em 9 meses fui pedida em casamento por ele, ainda não queria mas essa poderia ser uma chance de reconstrução da minha vida, e eu aceitei. Quando casamos em pouco tempo ainda não me sentia a mulher mais feliz do mundo e conheci o amigo dele 1 ano depois, Julio. Era ele. Eu havia me apaixonado por Julio Enrique, mas era um romance proibido. Quando meus pais adotivos morreram de uma infecção de uma cirurgia que eles passaram, eu já era de fato uma mulher pior e eu sabia disso. Não amava o homem com quem transava quase toda noite, amava o seu melhor amigo. E eu fiquei com a fortuna de meus pais, mas sempre quis mais. Eu almejava por isso, foi quando eu num ato de desespero e tentação transei com Julio e começamos um relacionamento secreto. Mas, também havia conhecido Donato que me dava jóias e pintava um quadro meu totalmente nua em troca de favor sexual. Eu havia virado uma escrava sexual dele. Quando Carlos Daniel descobriu, era tarde demais porque eu não queria ir embora mais, e então fiquei lá o incomodando e sendo traída por ele que ia a boates e transava com uma mulher chamada Lola, fui embora e ele rompeu com ela. Só tive notícias dele tempos depois, viajei com minha prima Estephanie que era minha única amiga, mas eu não era fiel a ela, pois uma vez dormi com seu marido Willy Monteiro, e quando rompi com ele tive de pagar todo mês um valor a ele pois ele ameaçava de contar a minha prima e ela era a única pessoa que estava comigo direto. Sem dinheiro algum soube de Paulina Martins e então sabia que deveria voltar. Meu coração ao ver Julio ainda ficava acelerado, adorava o sexo selvagem com ele, o jeito que ele me olhava e tudo nele me encantava. 

Depois de tentar matar Paulina Martins três vezes e roubar 1 milhão e 850 mil da fábrica de Carlos Daniel fui presa e fiquei 2 anos na prisão, e passei os outros 8 anos trabalhando e nunca havia feito isso na minha vida. Já não era a mulher bela que os homens adoravam. Trocava cartas com Julio depois que saí. E então, um dia me levantei e fui usar o banheiro de repente me deu muita dor no estômago, fiquei tonta e comecei a vomitar, demorei para ir ao hospital e quando fui, descobri estar com câncer linfático, que nada mais é do que o câncer onde o sistema linfático, órgão responsável pelas defesas do corpo, encontra-se comprometido.

Sei que vou morrer e tenho pouco tempo de vida, mas ainda amo Julio com a mesma intensidade da primeira vez e me arrependo muito de ter feito o que fiz com Carlos Daniel que nada me fez do que me amar e eu o traia. E adorava e sentia falta de minha prima Estephanie.

Julio...

Depois de ler toda a vida de Elizabeth que ela jamais contou para alguém pude compreender um pouco mais de toda a raiva e rancor que ela guardava dentro de si, dois dias depois que ela faleceu e eu ainda estava com os filhos de Carlos Daniel e Paulina presos num local isolado ela foi enterrada e somente eu compareci ao seu enterro. Foi quando nessa hora decidi ir ao local de isolamento e ligar para Carlos Daniel e Paulina...

Paulina...

Dois dias se passaram e eu não tinha notícias de meus filhos, não dormia e nem comia, não conseguia sentir nada a não ser raiva, porque ele não ligava, a noite perto da 23 horas o telefone toca e os policiais e investigador estavam na sala, Carlos Daniel se levantou para atender, mas como ele era muito bravo para falar, eu que atendi.

— Alô? - Eu digo e ouvi a voz de Julio. - TRAGA MEUS FILHOS PARA MIM POR FAVOR.

— Nós vamos fazer um jogo primeiro. Vocês tem 48 horas para encontrar o filho de vocês antes que eu meta uma bala na cabeça deles. E se acalme que eu darei dicas... Nada de policia Paulina Martins ou eu os mato e depois fujo... - Julio me disse, meu coração havia parado naquela hora.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Bem diferente ne? Sei que nada justifica o que Elizabeth faz na vida de Carlos Daniel e Paulina, mas isso foi um pouco para vocês tentarem entender o porquê de tanta maldade. Obrigada, e por favor comentem.