Enquanto houver nós - 10 anos depois. escrita por sahendy


Capítulo 1
A notícia


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Por favor, comentem se gostar!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/677926/chapter/1

2010

Meus filhos logo fariam 11 anos e eu logo faria 11 anos de casada com o homem da minha vida Carlos Daniel, iríamos reunir nossos familiares semana que vem seria a comemoração. Mês que vem minha avó Piedade faria 89 anos e ela nessa idade pretendia fazer uma festa ela tinha mais força que eu... Angelica minha madrasta se dedicava apenas em sua casa agora que a pequena filha Maju havia crescido, meu pai Miguel continuava trabalhando em sua empresa para peças de automóveis e nem pensava em se aposentar já que faria logo 63 anos e minha irmã Maju que já estava com 19 anos entrou para a faculdade de Artes Cênicas onde conheceu seu namorado e suposto amor de sua vida Edward que veio de Miami. 

Naquela manhã terça-feira me levantei bem cedo e fui tomar um banho pois logo deveria levar meus filhos para o colégio já que Carlos Daniel acordava mais cedo e ia para a fábrica. Pedro o nosso ex motorista pediu demissão pois havia se casado e se mudaria para o interior com a esposa e então estávamos contratando novos motoristas, depois que saí do banho senti uma tontura horrível e não consegui sentir minhas pernas gritei por ajuda a Lalinha que estava na cozinha com meus filhos os alimentando.

— O que foi patroa? - Ela me pergunta me ajudando a me sentar na cama. 

— Não sei estou muito mal. Me sinto tonta, não senti minhas pernas. - Eu respondo a ela. 

— Quer ir ao médico, a gente pede para Adélia levar Paola e Gabo ao colégio. - Ela replica e eu faço que não com a cabeça.

— Vamos leva-los ao colégio e depois vamos ao hospital, ok? - Eu digo a ela e me levanto ficando um tempinho com os olhos fechados e quando os abri lentamente caminhei até o meu guarda-roupas buscando um vestido para usar. E Lalinha fica parada na porta me esperando para ter certeza que eu estaria bem, quando eu desço as escadas indo para a cozinha onde eles estavam dou um beijo em cada um de meus filhos que estavam brigando pela último pedaço de bolo.

— Não briguem. - Cacilda diz a eles enquanto eu pego um copo de suco. 

— Parem de brigar! Vamos levantem e peguem suas mochilas e me esperem lá fora que já vou ir leva-los. - Eles se levantaram deixando o bolo na mesa e como de costume se despediram de Cacilda, Adélia e foram para fora me esperar. Tomei o suco e encontrei Lalinha lá fora com meus filhos. Coloquei os dois no banco de trás e Lalinha iria me acompanhar e então os levei para o colégio, dei um beijo de despedida neles e os vi entrando ao colégio como sempre o fizeram. A escola sabia que se eu ou Carlos Daniel não os buscasse seria o motorista novo nosso, mas ainda não tínhamos nenhum.

Depois de deixa-los no colégio fui com Lalinha ao hospital e esperando minha vez chegar minha ânsia estava bem alta, fui ao banheiro e coloquei tudo para fora, quando saí fui chamada para fazer os exames e ele estaria prontos depois de 2 dias ao máximo, comentei com Lalinha ao carro para não dizer nada ao meu marido para não preocupa-lo. Quando cheguei em casa fui me deitar e logo acordaria para receber Carlos Daniel...

Julio...

Semana passada falei com os superiores daquela prisão que decidiriam se eu poderia passar o resto da minha condenação pagando favores para a sociedade ou se continuaria na prisão, e ontem eu recebi a resposta que fui aceito e então hoje eu sairia da prisão por bom comportamento. 

Ao 12h pisei no chão de fora da prisão pela primeira vez em 10 anos e 3 meses, meu advogado me esperava lá fora e eu não tinha mais casa, não tinha mais emprego, não tinha mais nada. Pensei em passar na casa da mulher com quem eu mantinha relações, Elizabeth. Que por sorte meu advogado sabia onde ela passava se escondendo de todos desde que fomos presos em público deixando sair aos jornais nossos rostos.

— Julio!!! - Ela me disse assim que me viu parado ali em frente a sua casa.

— Posso entrar? - Eu perguntei a ela que vivia com sua cabeça baixa, abriu a porta e eu entrei era uma casa muito pequena. Ela passava seus dias encaixotando mercadorias, foi o único emprego que conseguiu depois de pagar 2 anos de cadeia. Me sentei enquanto ela fazia um café para nós dois. 

— Como conseguiu sair, quem você teve que matar? - Ela me perguntou num tom irônico, não era mais a mesma Elizabeth por mais irônica que fosse.

— Bom comportamento, acredita? - Eu digo a ela e tomo um gole depois que ela me deixou a xícara na mesa. - Você está diferente, o que tem? - Eu pergunto a ela que está sentada de frente para mim.

— Descobri que estou com câncer terminal. É a justiça de Deus sobre mim agora. 

— Que tipo de câncer?

— Isso importa? O médico me deu 6 meses de vida, e adivinha esse mês faz 6 meses. - Eu realmente me importava com Elizabeth porque a amava muito.

— Estava pensando numa vingança contra aquele casal, sabe onde eles moram agora? - Eu perguntei a ela.

— Não sei, e não me interessa. Deixe eles em paz Julio, já fizemos muita coisa e nunca conseguimos nada. Agora deixa para lá. - Aquela não era mais a mesma Elizabeth. 

2 dias depois...

Paulina...

Fui buscar meus resultados no hospital com Lalinha novamente depois de deixar Paola e Gabo ao colégio, e estava com medo de ser algo sério, meus filhos e meu marido são as pessoas mais importantes da minha vida. 

Ao invés de buscar os exames apenas o doutor me pediu para me sentar e já pressentia que algo errado estava por vir, ele enrolou para me falar com todos aqueles termos médico.

— Doutor, o que eu tenho? - Eu digo a ele toda nervosa.

— Senhorita Martins, sendo direto e sentindo muito por isso, a senhora tem aneurisma cerebral. O único jeito de conseguir algum tratamento é fazendo uma cirurgia. 

Passei cinco minutos com ele dizendo sobre os sintomas, as causas e o tratamento, pedi que ele fizesse uma cirurgia rapidamente de urgência me levantei o agradeci e fui para minha casa, no caminho não disse nada a Lalinha do que havia ocorrido, quando cheguei em casa vi que meu marido já havia chegado e então fiquei com ele a tarde inteira. Até a hora de irmos buscar nossos filhos.

Julio...

Soube que Paulina e Carlos Daniel se mudaram e sem que Elizabeth soubesse fui atrás de meu amigo Augusto, e nesses dois dias de liberdade preparei a minha vingança quero a minha Elizabeth de volta que eles a destruíram. E então uma parte do plano já estava bolada, agora era a hora de acabar com eles e eu já sabia quem iria atacar.

Augusto me emprestou seu carro e fiquei de olho para saber como eram suas vidas. Passou uma semana e então já decidi como começar a vingança.

Paulina...

Contei para Carlos Daniel sobre o aneurisma cerebral e ele ficou muito preocupado comigo, me acompanhava em todos os lugares voltando a trabalhar em casa.

— Amor, pode ir para a fábrica. - Eu dizia a ele.

— Não! Vou ficar e cuidar de você. Agora pare de ser teimosa e vá se sentar. - Ele me respondia. Levávamos nossos filhos juntos para a escola, e como faltava dois dias para a comemoração de nosso casamento de 10 anos a preocupação se tornava maior. 

Quando deu 14h fomos juntos buscar nossos filhos, e ao chegarmos lá ao colégio vimos todas as crianças saírem e nada de Paola ou Gabo, comecei a ficar preocupada, Carlos Daniel saiu do carro e entrou na escola comigo para ver o que havia ocorrido, será que estavam de castigo? Conversamos com a coordenadora do colégio, a dona Laura que nos disse que eles foram embora havia 1 hora já.

— O QUE? COMO ASSIM VOCÊS DEIXARAM MEUS FILHOS IREM COM ESTRANHOS? - Carlos Daniel gritava a coordenadora.

— Mas, nós que estamos os buscando, por que os deixaram ir? Quem foi que levou? - Eu dizia a ela e meu coração estava disparado. 

— Os senhores deixaram escrito que o motorista poderia vir buscar. - A coordenadora nos disse toda nervosa.

— Mas, não temos motorista ainda. - Eu respondo e logo minhas mãos ficam trêmulas.

— ISSO É IRRESPONSABILIDADE.- Carlos Daniel gritava. Ligamos para a polícia e para o investigador Sebastian e contamos o que havia ocorrido, a polícia dizia que precisávamos esperar 24h mas, Sebastian já começava a investigar sozinho, meu pai Miguel ligou para seus amigos da polícia para nos ajudarem a encontrar nossos filhos. 

— Como era o rapaz que veio buscar? - Eu pergunto a coordenadora Laura, e ela me deu a descrição do homem e nos permitiu ver na câmera da escola, meu Deus era ele... Chamei Carlos Daniel rapidamente que corre para o meu lado e assiste o vídeo, era Julio. Foi Julio quem sequestrou os meus filhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Por favor comentem.