Quando a distância é grande de mais escrita por CCris


Capítulo 5
Um aniversário inesquecível


Notas iniciais do capítulo

Oié! Mais um pouquinho do desenrolar desse história pra vocês!



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Sara tentou sair do transe e voltar ao planeta terra, segue então para o estacionamento e pega seu carro indo assim para casa, quando chega em casa vê o celular que havia deixado propositalmente em casa e identifica duas chamadas, porém nem uma era de Gil. Apesar de tudo, meio que ainda tinha esperanças de que ele voltasse a lhe procurar.

...

Gil por sua vez estava retornando ao acampamento com uma cara de tristeza que foi percebida por seus colegas, mas que não tinham tanta intimidade assim para indagar o motivo de sua carranca.

Os dias passaram voando e finalmente o aniversário de Sara chegou e mesmo com a dor do desprezo Gil sentia que talvez merecesse já que foi decisão dele o término, mas simplesmente não conseguia se manter longe dela, a essa altura já se arrependeu amargamente pela separação e tentou então reatar um laço de amizade com Sara por mais uma vez. Pegou seu celular e ligou algumas vezes, porém não conseguia sinal, então resolveu mandar um SMS de um celular a satélite que um de seus colegas possuía.

“No dia de hoje deixo as minhas descrenças de lado e peço a Deus por sua saúde, seu bem estar, sua felicidade e mais que tudo que um dia ainda possa te ver e te dizer que ainda te amo! Parabéns meu amor!”

Sabia que sua mensagem poderia ser facilmente ignorada, mas tinha a necessidade de falar o que ainda estava entalado em sua garganta e naquele momento essa era a única forma que ele encontrava de o fazer.

...

Horas antes em Vegas Sara estava aproveitando seu dia no SPA e se preparando para o jantar que teria com Doug, apesar de ter se preocupado em colocar uma boa roupa, arrumar cabelo e unhas, sua maior preocupação era o que a decisão que tinha tomado iria impactar em seu futuro, se de repente iniciasse um relacionamento com Doug será que um dia poderia amá-lo ou pelo menos esquecer-se de Gil?

Afastou esses pensamentos quando ouviu a massagista:

— Querida, preciso que relaxe, está muito tensa. Vou colocar uma música.

Depois de massagem, cabeleireiro e manicure Sara foi ao quarto e se arrumou. Estava com um vestido elegante, mas simples na cor preta, sandálias com salto alto, o cabelo preso no topo da cabeça e uma leve maquiagem, quando estava terminando de retocar o batom vê o celular vibrar. Abre e lê a mensagem de um numero desconhecido e sem identificação, ato que não era necessário pois ela sabia bem quem a enviaria tal texto.

— Hoje não! – Se recusa a chorar novamente e desliga o celular, o joga na pequena bolsa e ouve a campainha tocar logo em seguida. Ao abrir a porta está Doug, alto, forte e extremamente charmoso vestindo uma calça jeans e uma camisa social branca com alguns botões abertos. Sara não podia negar que existia tensão sexual entre eles, mas isso não significa que o ama...

— Oi! – Diz disfarçando.

— Nossa! Você está linda! Sabia que nunca tinha te visto assim.

— Assim como? – Diz rindo do comentário.

— Vestido, maquiagem, cabelo, unhas, salto...

— Posso colocar meus jeans e camiseta se preferir. – Diz falsamente ofendida.

Ele a puxa pela mão.

— Vamos logo.

Na mesa fazem o pedido e começam a conversar animadamente, até que trazem para a mesa um cupcake decorado de lilás com uma pequena velinha.

— O que seria de seu aniversário sem um bolo?

— Meu Deus Doug! Que brega!

— Que estraga prazeres você é! Sopra logo a vela e faz um pedido!

Ela obedece, olha pra aquele pequeno bolinho e pensa:

Se fosse verdade... Eu desejaria que eu e Grissom voltássemos a ter o que tínhamos antes e que Doug encontrasse alguém que o amasse assim como eu amo a Grissom.

Sopra a velinha.

— Ví que você acredita mais do que imagina nessa coisa. – Diz Doug apontando para o bolinho, pega uma colherinha que tinha do lado e arranca um pedaço logo o comento.

— Quem disse que o primeiro pedaço era seu?

— E seria de quem? Do cozinheiro? – Sara ri descontraidamente.

Depois de jantarem entre conversas e brincadeiras sobem os dois, Doug estava hospedado um andar abaixo do quarto de Sara, quando entram no elevador ainda entre conversas descontraídas e brincadeiras ele aperta os botões dos dois andares. Chegando no andar de Doug...

— Então... Boa noite Sara e mais uma vez feliz aniversario! – Foi saindo do elevador.

— Está com sono? – Ele parou próxima a porta segurando-a para que não fechasse.

— Não! – Sara lhe sorriu e saiu também do elevador, ele lhe ofereceu o braço e a guiou até seu quarto de hotel, chegando lá abriu a porta e deu passagem para ela.

Sara entrou ainda sem saber se estaria fazendo o correto, mas já tinha vindo longe de mais. Doug senta na cama.

— Tira tuas sandálias, te conhecendo acredito que deve estar morrendo de vontade de tirar! – Disse rindo

— Tem razão. – Disse e removeu as sandálias, logo em seguida sentou a seu lado e pegou o telefone que fica ao lado da cabeceira da cama.

— Por favor uma garrafa de vinho... – Ela faz o pedido da bebida, quando desliga o telefone Doug olha pra ela com uma cara de estranhamento.

— Onde está a Sara? O que fez com ela?

— Estou bem aqui! Só resolvi seguir seu conselho e nos dar uma chance... – Responde de forma direta.

Doug sorri sem acreditar que realmente tinha conseguido dobrar a geniosa Sara Sidle, mas não perderia a oportunidade então se aproximou aos poucos e tocou seus lábios nos dela com a intenção de saber se ela o recusaria. Sara retribui o pequeno gesto e Doug vendo sua aceitação aprofunda o beijo.

Por alguns instantes trocaram beijos e leves caricias, mas no momento em que Doug fez aparentar algo mais que isso Sara travou por completo. Doug vendo a reação dela se afasta de forma cautelosa e pergunta:

— Algo de errado?

— Não Doug, não com você.

— E com você?

— Eu pensei que conseguiria Doug, mas não posso! Eu não sei como...

— Sabe o porque nunca disse nada antes sobre como me sinto com você? Nunca realmente fui direto em dizer que sentia algo por você?

Vendo que ela permaneceu em silencio ele continuou:

— Você me diria: Me perdoe, acredite que eu te amo, mas não desse jeito!  - Disse com voz fina para imitar a dela. - Está tudo bem Sara, eu te disse que independente se desse ou não certo eu não iria me magoar com você, a final de contas sou seu melhor amigo não?

— Claro que sim!

— Então? Não iria te forçar a nada, só pensei que de repente o que tivemos a anos atrás poderia acontecer novamente agora... – Sara o agarra pelo pescoço lhe dando um forte abraço.

— Me perdoa se minha falta de reciprocidade te magoa?

— Sara? Você me ama?

— Sim, mas não como você espera.

— Eu sei, mas pra mim é suficiente.

Sara se afasta e olha em seus olhos em busca de identificar se por acaso estaria ele magoado ou decepcionado, mas não consegue identificar nada a não ser serenidade.

— Eu também te amo! – Diz ele e lhe da um ultimo selinho que ela mais uma vez não recusa.

Nesse momento a campainha toca.

— O vinho chegou! – Diz ela quebrando o clima melancólico.

— Sabia que deveria ter esperado primeiro que chegasse o vinho, os bêbados sempre são mais corajosos... – Sara ri com a brincadeira e ele levanta para receber o vinho.

— Podemos tomar vinho e conversar, o que acha? – Diz ele.

— Hum... Claro!

Passam algumas horas conversando e rindo como sempre até que a garrafa de vinho estava no fim, Sara já estava muito alegrinha e sabia que no dia seguinte precisaria trabalhar, então resolveu ir dormir.

— Bem, são duas da manhã e amanhã precisamos trabalhar certo? – Diz ela

— Infelizmente! Nossa noite foi tão boa, duvido que tenha tido melhor companhia em seu aniversário!

— Não duvide, tenha certeza. Vou indo Doug, boa noite! – Levanta e lhe da um beijo no rosto. – Você salvou o meu aniversario.

Sai o deixando com um sorriso de satisfação de rosto e vai ao seu quarto descansar.

No dia seguinte ela acorda por volta das onze da manhã e vai fazer seu chek-out que deveria ser feito até o meio dia, pensou em convidar Doug para almoçarem e assim irem para casa. Pegou o telefone e pediu a recepcionista que fizesse a ligação para o quarto dele, o telefone chamou, mas não foi atendido.

  - Será que a tranquilidade dele ontem foi só para não me deixar triste? Ele pode ter se magoado com a minha rejeição, é melhor eu dar espaço para que ele possa superar isso. – Disse a si mesma.

  Pega sua bolsa que já estava pronta e desce no elevador decidida a antes do expediente tentar falar com ele, ao chegar no primeiro piso a porta do elevador se abre e Sara dá de cara com Greg.

   - Sara? Já voltou a serviço? Pensei que estivesse de folga.

   - E estou, mas que eu saiba é um pouco tarde para que você ainda esteja em seu turno.

    - Pois é, fomos chamados para um caso mais cedo, porém estávamos todos atolado, então estamos dobrando o turno.

    - Sendo assim eu vou te ajudar, me deixa fazer o check-out e pego minha maleta no carro. Me espera?

    - Sim!

    Meia hora depois estavam os dois subindo para o local do crime.

    - Feliz aniversário Sara!

   - Obrigada Greg! A propósito você não me disse do que se trata o caso aqui.

   -Tentativa de homicídio, a vitima era alguém da lei, só não sei exatamente quem é nem o estado em que está, sabe como são misteriosos quando a vitima ou o suspeito usam distintivos né?

Sara não tinha reparado o andar que Greg colocará até descer do elevado.

— Greg? Você disse que era algum representante da lei?

— A chamada foi para um oficial ferido, uma ligação foi feita da suite para a recepção informando que havia uma emergência médica e quando entraram no quarto os paramédicos foram solicitados. A ambulância fez os primeiros socorros e o levou ao hospital...

Sara já não ouvia mais nada, viu a fita amarela na porta do quarto de Doug, quarto esse que ela permaneceu até as duas da manhã. Ela acelera o passo e olha para dentro do quarto deixando Greg pra trás. Sangue por toda parte e no canto da cama a garrafa de vinho com as duas taças que usaram.


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Notas finais do capítulo

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