Divided escrita por Pat Black


Capítulo 27
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“A barba não lhe incomoda?” Rick perguntou sorrindo, após dar um longo beijo em Sam, seus rostos ainda próximos, seus corpos colados, escondidos no espaço logo abaixo da escada que levava a passarela, sabendo que, aquela hora, o local sempre estava deserto.

“Não.” Respondeu. “Eu gosto.”

Sam sorriu, os dentes muito brancos, os olhos brilhando, uma mão se afastando de seu ombro para tocar em seu rosto, acariciando a barba, feliz quando ele fechou os olhos e deixou o rosto encostar em sua mão, virando logo depois para depositar um beijo em sua palma.

Ela deixou que a mão embrenha-se por seu cabelo, um pouco mais comprido agora, após aqueles dois meses, enquanto sentia os lábios dele em sua face, começando pela testa, passando pelos olhos, a ponta de seu nariz, para terminar tomando sua boca, pelo tempo que puderam, até precisarem voltar a respirar.

“Sinto-me um velho depravado cada vez que estamos assim, juntos.” Ele deixou escapar enfiando o rosto em seu pescoço, depositando um beijo molhado, com uma leve mordida que fez Sam jogar o corpo um pouco mais contra o dele.

“Devia parar de se preocupar com isso, querido.” Sam falou muito baixo, a cabeça no ombro dele, as mãos o cingindo por baixo dos braços. “Não me importo nada que seja mais velho, e até queria que fosse um pouquinho depravado.”

Rick riu por cima de sua cabeça e enfiou o nariz em seus cabelos, um cheiro pungente de morango lhe atingindo e sentiu que se excitava um pouco mais, se afastando ligeiramente dela, com medo que pudesse lhe assustar.

Sam se jogou contra ele e lentamente olhou para cima.

“O que realmente estamos esperando?” Perguntou séria agora, respirando um pouco rápido demais, ao senti-lo reavaliar o movimento anterior e lhe encostar contra a parede, uma mão descendo e agarrando em seu jeans para que se moldassem bem naquele ponto onde latejava contra ela.

“O momento certo.” Ele respondeu rouco e muito baixo. “Não quero apressar as coisas com você.”

Nos últimos meses o relacionamento que possuíam vinha evoluindo aos poucos e muito lentamente. Com beijos roubados aqui e ali, alguns toques mais atrevidos quando se encontravam longe dos outros, principalmente naquela local, nas primeiras horas da manhã.

Não era como se ninguém não soubesse.

Linn e Chase estavam a par de tudo, Carol e Daryl tinham descoberto e Hershel desconfiava. Talvez algumas daquelas pessoas que trouxeram de Woodbury também tivessem percebido, além, é claro, das que encontraram na estrada e abrigaram ao longo daquele tempo. Como Bob, que lhe olhara de um jeito esquisito na tarde seguinte, Sam tinha certeza, depois que ela e Rick tinham parado um momento a conversar no pátio.

Ele ainda se preocupava com Carl, isso era certo, mas havia muito mais questões envolvidas em sua necessidade de que seguissem com calma.

A questão da diferença de idade parecia ser uma delas. Rick sempre tocava naquele ponto, como se ela fosse alguma adolescente, como Beth ou Harley, com esta última tendo se tornado uma pequena stalker, a seguir Sam por toda a parte, imitando seu corte de cabelo e até mesmo como se vestia.

“O momento certo é todo aquele em que estou com você.” Sam lhe soprou muito baixo, enfim. “E não se engane sobre nós, sou eu quem não está apressando você aqui.” Explicou, com Rick ciente de que ela tinha razão.

Ele lhe olhou muito sério, parecendo batalhar contra o desejo que sentiam um pelo outro e algum senso de decência que a Sam não mais cabia. Tinha vinte anos, e o queria, de uma maneira que nunca sentira por qualquer outro homem antes ou depois do mundo ruir.

“Que tal hoje à noite?” Ele perguntou entre envergonhado e desejoso, e Sam riu, se jogando contra seu peito, tomando sua boca, as mãos o agarrando pelo pescoço.

“Onde?” Perguntou se afastando para que se encarassem.

“Não sei bem.” Ele suspirou. “Esse lugar parece menor a cada dia, com o tanto de gente que Daryl e Glenn tem trazido da estrada.”

“Oficina?” Ela perguntou tentando imaginar alguns locais onde poderiam estar a sós.

“Acho que Gargulio e Linnet estão lá.” Rick mencionou também pensativo.

“Torre sul?” Sam tentou.

“Colocamos um ponto de vigia ali há dois dias.” Rick explicou e ela pareceu surpresa. “Você tinha saído com Daryl e Sasha, acabei esquecendo-me de lhe contar.”

“Ideia sua?” Ele acenou que sim, ainda se preocupavam com o governador.

Tinham criado um conselho há pouco tempo, mas Sam não gostava muito disso, principalmente por que eles tendiam a ter ideias absurdas, como não querer que as crianças aprendessem a se defender com armas de fogo. Algo que Carol contornara com sua 'hora da história'. Ou trazer para dentro da prisão qualquer gato e cachorro que encontravam vagando por ai.

Apesar de querer ajudar as pessoas, depois do acontecido com o Governador, Sam tinha se tornado mais precavida quanto a confiar, principalmente porque nunca tinha sido de confiar muito em estranhos.

“Aqui?” Ela disse de brincadeira, dando um beijo rápido nele. “Agora?”

“Seria desconfortável e alguém poderia nos pegar a qualquer momento.” Ele revidou sério, mas seus olhos estavam risonhos.

“Onde?” Ela perguntou aflita, sabendo que o dia seria longo e frustrante até que a noite chegasse.

“Pensarei em algo.” Ele lhe disse com muito de certeza. “Temos que ir.”

“Xerife, pai, líder e fazendeiro.” Sam brincou recebendo um último beijo. “Tome.” Falou retirando algo do bolso de trás da calça e lhe entregando.

Rick segurou o antigo ipod, com fones brancos.

“Funciona?” Perguntou sorrindo.

“Daryl usou a bateria de um dos carros para dar carga.” Sam disse envergonhada, era a primeira vez que lhe presenteava com alguma coisa. “Não vai acreditar na playlist.”

“Seria algo de Willie Nelson?” Ele falou colocando um dos fones e ligando o aparelho.

“Estraga prazeres.” Sam se afastou, subindo as escadas.

“Sam.” Ele chamou e ela olhou para baixo. “Obrigado.” Agradeceu antes que ela corresse e abrisse a porta, saindo para a passarela.

Sam pensava, tomando sua posição de vigia, que aos poucos a vida na prisão se acertava. Não estava feliz com tantas pessoas estranhas ao seu redor, algumas que ainda não conseguia confiar, mas, no geral, gostava de saber que tinham alguma esperança no futuro.

Linn ainda era sua amiga e nunca mais tinha dito ou feito nada para atrair a atenção de Rick.

Dois pesos e duas medidas.

Enquanto o homem era casado, ela não se eximira de demonstrar seu interesse, muito por não gostava de Lori, e o outro tanto por que tinha percebido que o casamento deles estava falido.

Mas agora, que ele e Sam estavam se entendendo, de nenhuma forma ou mesmo com um olhar ela demonstrava que ainda o amava. E Sam sabia que os sentimentos de Linn continuavam os mesmos. O que lhe doía como o inferno, por que, pela primeira vez, se sentia egoísta e o queria para si.

Na prisão alguns outros casais surgiram. Karen e Tyrese, que Sam considerava o mais perfeito. Beth e Zach. Bob e Sasha. Axel e Robbie. E esse último fora o mais improvável, mas o prisioneiro era alguém tão calmo e de bem com a vida, que ninguém realmente achou estranho eles se entenderem.

Sam olhou para além da cerca e viu Rick se aproximar da horta, tirar a camisa, no que ela riu, e começar a cuidar da terra, como Hershel estava lhe ensinando.

A aparência da prisão tinha mudado muito desde a batalha contra o governador. Tudo estava mais funcional, organizado, mesmo naquilo que parecia uma bagunça. Havia mais pessoas, o que gerava mais trabalho, apesar de que se organizavam tão bem, que ninguém podia se queixar de estar sobrecarregado. Bem, talvez Daryl, que parecia nunca se cansar de liderar as missões de abastecimento e caça, mas ele nunca reclamava.

Olhou para baixo e viu Beth conversando com Zach. O garoto parecia realmente apaixonado, mas a loirinha seguia um pouco fria. Como não era de sua conta, Sam preferiu não prestar atenção nos dois.

Logo alguém trouxe Judy para o pátio e o coração de Sam se enterneceu a vista da menina.

A ausência de sexo na relação que levava com Rick só tinha um lado bom: conversavam muito.

Por isso ele lhe contara coisas muito pessoais sobre ele e sua vida, sobre o que ocorrera entre Shane e Lori e as terríveis consequências de tudo aquilo. Ele não lhe dissera com todas as letras, mas Sam percebeu que, mesmo amando Judy de todo o coração, ele não se sentia seguro de que fosse sua filha de sangue, o que era um disparate para qualquer um que olhasse apara ele e a menina.

“Ela se parece com você.” Sam lhe dissera segurando sua mão e lhe olhando com carinho.

“Acha mesmo?” Ele lhe perguntara olhando para a filha adormecida no colo.

“Tem seus cabelos e essa adorável covinha no queixo.” Confirmara passando um dedo no local em seu queixo, onde a covinha estava escondida embaixo da espessa barba.

Rick cheirou os cabelos da filha e olhara para ela agradecido, incapaz de ter percebido aquilo sozinho, pelo tanto de bagagem que carregava daquela feia história entre sua mulher e seu melhor amigo, quando todos na prisão não tinham dúvidas que a bravinha lhe pertencia de fato.

Sam gostava desses momentos, em que podia se aproximar de Judy sem o olhar de reprovação e ódio de Carl. Por que, no geral, ela se mantinha afastada, para não aumentar o conflito.

E Carl lhe odiava.

Linn tinha percebido isso uma manhã, quando Rick o tinha enviado com algum recado para as duas no Bloco D e o garoto ignorara Sam o tempo todo.

“Tenho vontade de dar uns dois tabefes nesse moleque.” A amiga lhe dissera, enquanto ele se afastava. “Ele percebeu sobre vocês dois não foi?” Perguntou sentando do seu lado e Sam acenou que sim.

“Não deve ser fácil para ele.” Tentou amenizar, desviando os olhos para o outro lado, tentando esconder o quanto aquele desprezo do garoto lhe afetava e preocupava.

“E o que Rick diz sobre isso?” Linn lhe questionara, verdadeiramente preocupada.

“Ele ainda não percebeu.” Sam riu triste. “Claro que ele percebe que Carl não gosta muito de mim, e até deve acreditar que é recíproco, mas esse menino é esperto e esconde bem o quanto me detesta.”

“Sabe o que deveriam fazer?” Linn se levantou e pegou seu arpão, colocando no coldre à coxa.

“Sei o que vai dizer.” Sam disse suspirando triste.

“E por que não fazem?” Linn estava ficando com o rosto tão vermelho quanto seu cabelo. “Por que não tornam esse relacionamento público, mostram que estão juntos, e pronto?”

“Não é tão simples...”

“É o mais simples hoje em dia.” Linn replicou. “Ninguém tem tempo a perder com convenções, quando podemos morrer a qualquer momento.”

E Linn estava certa. Sam não se importaria que todos soubessem, mas Rick pensava em Carl, e apenas nele, quando analisava aquele assunto, e ela não se sentia à vontade para se impor, quando aquilo não lhe incomodava... Não muito.

Ainda era cedo quando alguém a cavalo apareceu nos portões e Sam ficou feliz quando Michonne deu sinal de vida depois de alguns dias sumida, naquela sua busca incessante pelo Governador.

Ela não contava a razão de seu ódio com muita clareza, mas Sam tinha compreendido que estivera envolvida com um homem chamado Morgan e o Governador causara sua morte

Então, apesar de achar que deveria ser desperdício de tempo ela tentar encontrar um homem que já devia ter fugido para muito longe daquelas paragens, Sam compreendia que agiria da mesma forma se alguém machucasse Rick de alguma maneira.

Daryl saiu logo depois, com seu grupo de coleta, levando Bob, Sasha, Zach e Chase. Aquilo já se tornara tão comum, que Sam não se preocupava tanto como no começo. Mesmo assim foi triste perceber que após trinta dias sem acidentes, perdiam um dos seus para os errantes quando eles voltaram com a triste notícia da morte do garoto.

De certa maneira, já estavam tão calejados, que a perda de mais um foi sentida, mas não os jogou para baixo, algo que certamente seria diferente para Sam, caso algo tivesse acontecido com Chase ou Daryl, no que ela agradecia, sabendo que um lado seu estava sendo egoísta e até perverso, por se alegrar que não tenha sido nenhum dos dois.

Durante a tarde, Sam tinha ajudado Karen a abater os errantes na cerca, junto com David. Patrick, que estava lá durante um bom tempo, se afastou assim que Sam chegara, parecendo muito enjoado.

“É o cheiro.” Dissera sem parar ao lado de Sam, um lenço no rosto.

Ela, que sempre achou o garoto um pouco frágil, resolveu que seria melhor ele sair dali antes que piorasse.

Passou um tempo ao lado dos dois ex-residentes de Woodbury, até que percebeu que Karen parecia enjoada também.

“Você está bem?” Tinha perguntado a mais velha.

“Estou com dor de cabeça.” Karen tinha respondido.

“Eu também.” David dissera do outro lado, passando o braço na testa para limpar o suor.

Pensou em chamar alguém para continuar o serviço ao seu lado e pedir que os dois fossem procurar Hershel, mas Tyrese chegou acompanhado por outros residentes e os renderam.

Ainda deu uma olhada para o casal, achando muito romântico a forma como Tyrese tratava a mulher, desejando que sua relação também fosse pública como a deles.

Suspirando um pouco triste, pensou em Rick, neles pela manhã e na promessa para essa noite e foi procurar Carol, precisava de algo e achava que ela poderia lhe ajudar.

Depois de cinco minutos embaraçosos com a mulher de Daryl, Sam pegou roupas e tomou um longo banho, imaginando por que não se sentia com medo com o que aconteceria em poucas horas, quando tudo seria uma grande novidade? Mas preferiu não se preocupar com isso, Rick seguia experiente pelos dois.

Quando entrou no pátio do refeitório todos pareciam menos agitados que pela manhã, claramente em razão da morte de Zach. Mas a vida continuava e alguns contavam histórias engraçadas sobre o garoto, piadas sobre os tempos idos e, aos poucos, um clima menos pesado tomou o lugar.

“Chase.” Chamou ao ver o amigo sozinho, apoiado em uma das pilastras, com um copo de café nas mãos.

“Não te vi antes de sair.” Ele lhe disse oferecendo um gole de sua caneca que Sam prontamente tomou, fazendo uma careta, por que estava insuportavelmente amargo.

Apesar do tempo decorrido desde que estavam sozinhos pela estrada, certos hábitos, como o compartilhar de tudo, nunca tinham sido deixados de lado por eles e Linn.

“Por favor, não parta meu coração assim novamente.” Sam lhe disse com um pequeno sorriso nos lábios, o que sempre deixava Chase feliz.

“Prometo que não vai mais acontecer.” Ele respondeu olhando em torno e procurando por Linn.

“Ela está na torre norte.” Sam respondeu.

“Tinha me esquecido.” Ele tomou um longo gole do café.

“Queria te avisar que...” Sam parou e passou a mão no cabelo, sem graça, desviando os olhos e Chase estreitou os olhos.

Sam não desviava os olhos e quase nunca, ou nunca, ficava sem graça.

Ela mordeu o lábio então e olhou na direção em que Rick estava sentado, ao lado de Carol e Daryl, com Judith no colo. Depois voltou a lhe encarar, um muito de decidida.

“Não se preocupe.” Chase lhe disse imaginando que aquela seria ‘a noite’ e que tinha demorado demais.

“Você é capaz de ler pensamentos?” Sam perguntou segurando seu braço e encostando a cabeça em seu ombro, de lado, os olhos em Rick, com este erguendo os dele e sorrindo.

“Não é difícil perceber.” Chase disse lhe dando um beijo na testa.

Rick entregou Judy a Carol, levantou-se de um pulo e caminhou na direção onde Sam estava.

“Acho que vou sobrar se ficar aqui.” Chase murmurou se afastando pouco antes de Rick chegar até eles.

Tocaram no ombro um do outro e seguiram em direções opostas. Sam percebeu que o cabelo dele ainda estava levemente úmido e que as roupas estavam muito limpas.

“Oi.” Disse encostando-se a pilastra, no mesmo lugar onde Chase estivera.

“Com ciúmes do Chase?” Ela brincou.

“Um pouco.” Ele respondeu muito sério, lhe olhando daquele jeito muito concentrado, puxando-a pelo braço para colocá-la à frente de seu corpo e lhe abraçar com imenso carinho.

Sam sentiu o rosto queimar, sabendo que devia estar enrubescida, ao perceber o que ele estava fazendo e o que isso significava.

“Não podemos fazer amor essa noite como clandestinos.” Ele lhe dissera em um sussurro.

“Não seria.” Ela lhe disse virando o rosto em sua direção.

“Seria.” Ele rebateu lhe beijando rapidamente, o rosto levemente corado também, por que estavam muito expostos e ele era um homem muito discreto. “Pedir que escondêssemos isso não foi o certo, nem justo com você Sam.”

“Não me machucou.” Ela esclareceu, por que o rosto dele estava contrito e demonstrava a decepção consigo mesmo.

“Você não sabe mentir querida.” Retrucara encostando o queixo no topo de sua cabeça e a embalando levemente.

Sam viu as pessoas lhes encarando, algumas surpresas e outras com um sorriso de encorajamento nos lábios. Harley estava com os olhos arregalados e virou a cara envergonhada quando Sam olhou na direção dela. Maggie fez um sinal de positivo com o dedo e Glenn sorriu acenando.

Estava feliz e sabia que ficaria ainda mais antes da noite acabar.

“Não jantou, não foi?” Rick questionou segurando sua mão.

“Um gole de café amargo.” Sam brincou, sabia que não conseguiria comer nada por enquanto.

Ele ficou em silêncio um instante, depois baixou a cabeça e sussurrou bem próximo a sua orelha.

“Vamos?”

Sam sentiu o que as pessoas chamavam de ‘borboletas no estômago’, por que não havia outra expressão para explicar aquela sensação de medo/expectativa/desejo/felicidade que se apoderou de seu corpo.

Incapaz de falar, acenou que sim e ele se afastou a levando pela mão, sob o olhar de quase todos os moradores da prisão.


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