Weaken escrita por Queen Jeller, Miss Solo, Wellers


Capítulo 22
I'll give my all to you


Notas iniciais do capítulo

Lembram que o Weller havia comprado algo para a Jane? Leiam e descubram o que foi! Achei muito divertido de escrever por saber o que vem depois e espero que vocês tenham se divertido. Vou ficar com muita saudade dessa interação, mas até o próximo capítulo!



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Já fazia algumas semanas em que minha vida havia mudado radicalmente desde que virei diretor do FBI NYO, mas eu estava começando a me habituar com as rotinas. Reuniões, papéis, grandes decisões a serem tomadas a cada minuto. Nos primeiros dias achei que tudo isso ia acabar comigo, mas logo fui me habituando a nova rotina com ajuda de Mayfair. Porém havia uma coisa que estava tirando meu sono: Jane. Não só pela minha falta de coragem para com ela, mas também porque nos últimos dias eu notei que ela havia se levantado com muito mais frequência para ir ao banheiro no meio da noite.

 

Ela sempre fazia isso, mas era no máximo duas vezes na maioria das noites e dessa vez estava acontecendo 4 ou 5 vezes por noite. Na minha cabeça, isso poderia ser os efeitos colaterais de todas as substâncias que haviam colocado em seu corpo, mas ela não me alegava sentir nada, mesmo quando eu a perguntei na noite passada. Era a terceira vez que ela se levantava esta noite e eu a esperei voltar para cama de olhos bem abertos. Eu adorava observar seus passos silenciosos e seu corpo se arrastando lentamente de volta para a cama pois aquilo sempre me lembrava que ela estava ali, comigo, e isso era meu motivo de ser tão feliz.

— Hey, te acordei?  — Ela perguntou deitando novamente na cama ao meu lado

— Talvez.  — Respondi com um sorriso repousando a mão em seu rosto  — Mas eu adoro observar você voltando para meu lado.

Ela me deu um e dois beijos e colocou a mão em meu rosto.

— Obrigada por tudo, Weller. Por se preocupar comigo e por estar aqui.  — Ela começou deslizando sua mão na minha e entrelaçando nossos dedos.  — As vezes quando eu volto pra cama no meio da noite e fico te observando e penso em nós. Nós já passamos por tantas coisas, não foi?  E agora estamos aqui.  — Ela finalizou sorrindo.

Não pude não deixar de sorrir e beijar seu nariz. Ela me deu mais um beijo na boca.

— Obrigada por estar aqui pra mim, Jane.  — Eu respondi. Seus olhos se encheram de lágrimas e eu não sabia como reagir.

— Te amo demais, Kurt.  — Ela disse selando mais uma vez seus lábios nos meus.  — Estou chorando de felicidade em te ter aqui.  — Ela finalizou enquanto eu passava lentamente meu dedo sob suas lágrimas.

— Eu também te amo, meu amor.  — Respondi com o máximo de ternura e sinceridade que havia dentro de mim. Eu não tinha dúvidas que eu a amava e a amaria, para sempre.

 

Nos beijamos um pouco mais, até que pegamos no sono. Jane acabou acordando bem mais cedo que eu e me levantou com um café da manhã na cama e com seu maravilhoso sorriso. Comemos e conversamos, até que o relógio apitou. Tomamos banho juntos e naquela manhã Jane estava me enchendo de surpresas boas. Fizemos sexo no chuveiro até nos atrasarmos um pouco, mas eu adorava me divertir todos os dias com aquela mulher desde a hora que eu acordava até a hora de dormir.

 

Chegamos no escritório e eu logo tinha uma reunião com Dr. Pellington, que me alugou pelo dia inteiro com o pessoal do RH, bloqueando inclusive o sinal de nossos celulares para que não fôssemos interrompidos. Aquilo estava me deixando extremamente irritado pois eu odiava me sentir isolado e pressionado, mas ele nos deu uma folga para o almoço. Agradeci mentalmente pois teria um tempo para ver Jane.

— Hey, baby.  — Eu disse após me aproximar dela que estava sentada sozinha em uma das mesas do refeitório.  — Onde está o pessoal? Não vieram almoçar com você hoje?  — Finalizei sentando ao seu lado e beijando sua bochecha.

Ela me olhou com rabo de olho.

— Não, eles vieram mais cedo, mas eu resolvi te esperar.  — Ela disse séria.  — Aconteceu algo com seu celular?

— Oh, não. Pellington que nos colocou em uma sala com bloqueador nessa reunião. Burocracias de sempre.  — Respondi sorrindo e ela me abraçou.

— Posso te contar um segredo?  — Ela disse olhando em meus olhos. Seus olhos estavam lacrimejando.  

— Claro, meu amor.  — Disse já apoiando meus dedos em seu rosto e ela me abraçou mais forte.

— Tenho sentido sua falta no decorrer dos dias. Sei que em breve você poderá ir a campo novamente conosco, mas sinto sua falta.  — Ela disse e começou a chorar.

Eu a apertei forte.

— Eu sempre estarei aqui, ok?  — Respondi.

— Eu sei.  — Ela respondeu sorrindo com um meio sorriso.  — Mas ultimamente você tem estado mais no escritório. E nem sequer viu minhas mensagens hoje. Foi algo que fiz essa manhã?

— O que?  — Perguntei incrédulo, mas continuei antes dela responder.  — Eu realmente estava com o sinal bloqueado, amor.  — E num sussurro continuei.  — E adorei tudo que você me fez essa manhã.  — Ela deu uma pequena risada mas logo voltou a chorar.

— Eu morro de medo de te perder.  — Ela disse baixinho.

Eu alisei sua cabeça em meu ombro.

— Isso nunca vai acontecer. Nunca.  — Respondi beijando-a.  — Eu te amo e nunca vou deixar isso acontecer.

Ela se virou, se colocando de frente para mim.

— Tem certeza que não tem algo acontecendo realmente, Kurt?  — Ela perguntou olhando em meus olhos.  — Você tem estado distraído. É algo comigo ou com seu cargo?

— Não, Jane. Não é nada disso.  — Respondi em voz alta, mas em pensamento eu sabia exatamente o motivo disso, e odiava que ela tivesse percebido meu momento de vulnerabilidade.  — Há coisas muito novas acontecendo com minha vida, você sabe e eu não sei como encarar.  — Disse colocando minha mão em sua cintura.  — Mas ainda bem que eu tenho você, né? Meu ponto de partida.

Ela riu e finalmente enxugou suas lágrimas, me dando um beijo.

— Essa fala é minha.  — Ela disse após o beijo e eu ri. Almoçamos juntos e nos despedimos com muitos abraços até que eu fui para meu escritório, decidido que enfim eu teria que tomar uma atitude antes que fosse tarde demais.

***

 

Tardes de quarta-feira eram sempre chatas no FBI. Por incrível que pareça, eram sempre os dias menos agitados em campo e mais burocráticos em papéis e isso me entediava mais que o normal. Eu havia ficado de treinar com a Patterson, mas estava me sentindo sonolenta naquela tarde e mandei mensagem para ela avisando que estava no escritório mesmo. Alguns minutos depois ela chegou.

— Hey, vai chover ou eu estou vendo uma agente do FBI com mais disposição para exercício que uma ex-SEAL?  — Ela disse me cutucando e eu ri.

— Estou apenas cansada, não pode?  — Respondi em deboche e ela se sentou ao meu lado.  

— Pode, mas é estranho. — Ela respondeu me olhando nos olhos. — Algum motivo para estar assim?

Ri lembrando do tempo extra que passei com Weller no chuveiro, que acabou se intensificando e prolongando nosso horário em casa.

— Talvez seu chefe tenha me dado um trabalho esta manhã. — Respondi e rimos juntas.

— Sem comentários. O que está fazendo?  — Ela perguntou se sentando ao meu lado.

— Nada demais. Só relendo uns papéis para saber se algo não me lembra qualquer coisa. E você? E aquele assunto do outro dia?

Ela sorriu timidamente.

— Eu estava querendo treinar, né? Mas você desistiu, treinadora.  — Ela respondeu rindo e abaixou a cabeça.  — Hoje devo sair com Borden. Nós ficamos na última noite depois de um jantar quando ele foi me deixar em casa. Estou me sentindo tão… segura, amiga.  — Ela continuou e suspirou.  — Uma vez eu sonhei com David me dizendo que estava indo, mas que eu ia ficar bem e que na hora certa encontraria alguém incrível. Pois bem, Borden tem sido tão legal comigo!  — Ela disse super animada e eu sorri.

— Fico feliz que vocês estejam bem. De verdade.  — Respondi abraçando-a.  — Vocês foram as primeiras pessoas que me trataram com humanidade logo que cheguei aqui. Eu me lembro.

A loira sorriu.

— Acho que estou pronta para amar de novo.  — Ela concluiu com um sorriso que não cabia em si.  — Falando em amor, como estão você e Weller? Fiquei sabendo que você não está mais na casa segura.

Ri um pouco.

— Depois do que aconteceu eu acabei ficando na casa dele, mas tecnicamente ainda não somos casados. Eu devo voltar pra minha casa?  — Perguntei com olhar esquisito. Odiava não entender ou lembrar sobre essas coisas. Patterson riu de mim.

— Jesus, Jane! Várias pessoas moram juntas sem se casar. Deixa de bobeira.

 — Eu não lembro das coisas, Patt. E também não quero incomodar o Weller.

Ela riu mais uma vez.

— Duvido que o Weller se incomode com sua companhia quando vai dormir.

Foi a minha vez de rir.

— Definitivamente não.  — Falamos juntas e começamos a rir. O sono tentou me tomar a tarde inteira, mas fui vencida pelo bom estudo e bate-papo com a Patterson.

 

***

 

Era final de expediente e eu ainda estava sentado na minha mesa. Jane estava com Patterson pelo que vi no sistema de câmeras, mas eu precisava vê-la. Eu sabia exatamente o que eu teria que fazer, mas eu não sabia como. Eu apenas olhava pro que tinha para ela, mas eu não sabia como falar, como fazer. Seria um passo grande demais? E se ela ficasse com medo?

 

Meus pensamentos foram invadidos quando Tasha entrou na sala.

— Hey, chefe.  — Ela disse em tom de sarcasmo e eu ri.

— Pode entrar, especial agente.  — Eu disse quando ela revirou os olhos e continuei rindo de sua reação. — Como anda a vida em campo?

— Bom. Terminamos a operação em Brooklyn e Reade conseguiu pegar confissão do principal suspeito. Dei uma folga para Jane, ela parecia cansada  — Ela disse sorrindo.  — Mas eu vim aqui por outro motivo.  

— Pode dizer.

— Eu vim te agradecer novamente pela confiança que você me deu esse cargo.  — Ela sorriu com os olhos lacrimejantes.

— É só o reflexo do seu trabalho nos últimos anos, Tasha. Você é uma boa influência pros outros agentes.  — Eu disse enquanto a via sorrir.  — E por favor não chore, estou cansada de ver mulher chorar na minha frente hoje.  — Eu concluí e ela parou de rir, agora me olhando com rabo de olho.

— Quem chorou aqui mais?  — Ela perguntou curiosa e continuou antes que eu respondesse.  — O que você fez com Jane, Weller?

— Nada  — Respondi.  — E o problema é exatamente esse. Ela tem me notado estranho, Tasha. Hoje ela chorou por isso, mas eu não sei como fazer isso.

— Como fazer o que?  — Ela perguntou até que eu tirei a caixa do bolso e lhe mostrei o anel.

— Faz três semanas que eu preciso pedir Jane em casamento, mas eu não consigo decidir como.


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Notas finais do capítulo

Como acham que ele vai fazer isso? Será que Tasha vai ajudar? Teorias são sempre legais no universo de Blindspot!



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