Don't call me number two escrita por Sasazaki Akemi


Capítulo 15
Adeus Akashi Seijuurou




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Narrativa: Autora 

Passaram-se o final de semana, tendo Hikari viajando em seus pensamentos de como havia adorado seu primeiro encontro com Akashi e com Kotarou no dia seguinte que admitia a si mesma que seu encontro com o ruivo havia sido muito mais produtiva e divertida do que com o loiro, mesmo que Akashi não houvesse acertado seu gosto diferente de Kotarou, ela não divertiu-se naquela tarde. 

Narrativa: Hikari 

Flash Back on 

Kotarou havia me mandado uma mensagem logo que eu cheguei em casa, pedia desculpas por ter-me feito passar vergonha sabendo que meu encontro com Akashi não devia ser comentada por pessoas alheias, mas que nem eu mesma sabia deste encontro com o ruivo que logo foi respondida com palavras sinceras: "Não fora nada, desculpe-me por não ter lhe avisado antes. Mas podemos sair outro dia". Ele respondeu-me com um "Sério?!" Rapidamente, onde eu conseguia imaginar sua felicidade por ter recebido minha mensagem, seu sorriso bobo. E antes mesmo que eu pudesse responder sua mensagem, meu celular vibra com sua ligação: 

Sim? Pergunto ao atender a chamada, que mesmo sabendo quem era a pessoa do outro lado da linha, por costume digo esta mesma pergunta. 

Y..Yuu...Yuuki... Ele gaguejava demonstrando nervosismo, que não era de surpreender-se. 

É a primeira vez que você liga-me, não é? Pergunto-o que tentando não gaguejar, responde-me com um "Sim" Ah, aquela sua pergunta. Sim, estava falando sério. 

E.Então... Era-me engraçado vê-lo daquela forma, por nunca ter visto nada igual relacionado a mim Que...Que tal irmos no... no concerto de música depois de amanhã...? 

Claro Respondi sem hesitar, surpreendendo-me como ele havia acertado o meu gosto, por eu querer ir muito naquele concerto de violino Por favor, venha buscar-me às 14h aqui a frente da minha casa. 

S.SimEle responde, logo nos despedindo e desligando a chamada. Perguntando-me a mim mesma por que eu não havia ficado tão envergonhada quanto estávamos na quadra. 

Chegou rapidamente o dia em que nos encontraríamos, tendo ele tocando minha campainha poucos minutos de nosso horário combinado. Abro a porta sendo recebida pelo loiro que vestia-se simplesmente com uma calça jeans clara e uma camisa verde escura, enquanto eu mesma estava com um vestido que iam pouco acima de meus joelhos da coloração salmão que como na vestimenta da noite anterior, marcava minha cintura com um fino cinto escuto. 

Desculpe a demora e... Ele desculpa-se, não conseguindo terminar sua frase por ver-me e corar rapidamente V.Você está muito linda... 

O.Obrigada... Realmente, pessoalmente eu sentia-me muito mais envergonhada. Agradecendo-o por sua gentileza com minhas bochechas pouco coradas. O local onde se realizaria o concerto ficava pouco mais longe do shopping, tendo ele insistindo que deveríamos chamar um táxi que logo mudou de ideia ao dizer a ele que gostaria de ir andando; trocando algumas palavras, sou surpeendida pelo seu comentário: 

F.Foi uma surpresa descobrir que você e Akashi iriam a um encontro... Nunca imaginaria algo deste tipo entre vocês... 

Eu também não imaginava Sou sincera, soltando um leve sorriso ao lembrar-me da noite passada Nunca imaginei que ele me convidaria para ir ao cinema. 

Vocês sempre estão competindo ou discutindo, foi muito inesperado Sinto que ele escondia sua tristeza por traz daquele sorriso em seus lábios. 

Chegamos Digo aproximando do local. Era imenso e estava bastante movimentada, podendo facilmente se perder entre a multidão e para que não ocorresse isto, Kotarou segura em minha mão, fazendo-me corar bruscamente por ninguém ter feito isto comigo, e arrastou-me para dentro da sala. Aconchegamos bem ao centro do local, um lugar bem apropriado para eu apreciar os violinistas e os pianistas. 

Havíamos dito que era um concerto, porém, estaria mais para um concurso de violinistas. Onde todos os participantes tocam a mesma música que hoje, seria Chopin e os jurados dão-lhe as suas respectivas notas e no final de todas as apresentações, saem o resultado, aqueles que conseguirem ficarem nos melhores continuarão para a próxima fase. 

As apresentações estavam bastante aconchegantes de serem escutadas, mesmo que alguns dos participantes errassem a nota ou não a pegaram corretamente, agradavam meus ouvidos; diferente de Kotarou que já adormecia do meu lado, sendo bastante desrespeitoso com os músicos ali presentes e admitirei que aquilo aborreceu-me. Ao encerrar as apresentações, fingi não ter reparado nas ações do loiro e pedi que me leva-se para casa, que sem reclamar obedeceu-me. 

Foi muito divertido, obrigada pela tarde Digo chegando a frente de meu apartamento. 

Eu também adorei ter sua companhia hoje... Ele dizia pouco corado e com a voz trêmula, ainda nervoso Obrigado por aceitar sair comigo. 

Eu que agradeço. 

Despedimos ali mesmo e adentrei em meu apartamento. "Preferi muito mais assistir o filme ontem a noite" 

Flash Back Off 

Faltavam poucos minutos para o sinal ressoar para dar início as aulas do período da manhã, quando a forte presença de Akashi era anunciada pelas gritaria das alunas no corredor, enquanto eu aguardava o começo das aulas em minha carteira. Trocamos os mesmos olhares, logo tendo Akashi ir em sua carteira pouco afastada da minha. 

O céu já permanecia alaranjada, tendo o sinal do encerramento das aulas ter ressoado há alguns minutos. Onde eu permaneci sozinha em minha sala para fazer a lição de casa que haviam mandado, quando fui interrompida por um dos membros do time de Rakuzan: 

—Yuu-chan – Reo chamava-me, recebendo minha atenção que parei de fazer meus deveres para escuta-lo – Tem um minuto? 

—Claro – Respondo com um sorriso nos lábios, tendo-o aproximar-se – Aconteceu algo? 

—Bem, o Sei-chan não apareceu ainda no treino – Aquelas palavras surpreenderam-me por saber muito bem que o ruivo não havia faltado as aulas e que não faltava a nenhum dos treinos. Digo para o moreno voltar ao ginásio que eu o procuraria, recebendo sua confirmação, ele retira-se da sala, enquanto guardava rapidamente meu material. 

Não importei-me com minha bolsa, deixando-o sobre a carteira e corri para procurar o Capitão do time de basquete de Rakuzan. Os corredores estavam vazios por causa do horário, facilitando minha locomoção, primeiramente, fui a frente do colégio para certificar-me que sua limousine preta não estava lá, aliviada por saber que ele não havia ido embora, volto aos corredores do colégio. "Como sou burra...!" Penso admitindo minha idiotice por não ter ido àquele local antes. 

—Akashi...? – Chamo-o sem ao menos bater para adentrar na sala do Grêmio que logo avisto o ruivo sentado a sua mesa como cargo de Presidente, fazendo seus deveres. Um sorriso aliviado surgia em meus lábios ao receber sua atenção, tendo o suor escorrendo pelas minhas franjas longas que já estavam encharcadas – Todos estão preocupados por você não ter comparecido ao treino – Digo a ele que ignorando minhas palavras volta a fazer seus deveres, enquanto eu aproximava-se. Ele fazia as mesmas tarefas que eu fazia em sala, estando bastante concentrado nelas, não desviava seus olhares a mim – Akashi, isto é... 

—Não toque-me – Ele diz com a voz agressiva, quando sentiu-me tocar em seu rosto que em um rápido ato, afastou minha mão de seu rosto. Fita-me furioso, recebendo apenas meus olhares inconformados, porém, preocupados. 

—Akashi, isto é maquiagem? – Pergunto-o, vendo que saíra um pouco de base e pó em minha mão, mostrando o vermelhidão em seu rosto. 

—Retire-se – Ele ordena, recebendo apenas um balançar de cabeça em negação, recusando-me a mexer-se dali. 

—Seu pai lhe bateu novamente? 

Narrativa: Akashi 

—Como é que... – Tentava pronunciar a pergunta, fitando-a com olhares confusos. Perguntando-me como ela sabia daquele fato. 

Ninguém além de mim – pois eu não havia contado a ninguém – sabe sobre minha infância, um passado que mantém-se rigoroso até hoje. Sendo membro e único herdeiro de uma família que há muita influência, fui muito bem educado, estudando particularmente com uma professora que meu pai contratara, aprendendo a tocar violino forçadamente – que hoje, tornou-se meu instrumento predileto, junto ao meu gosto musical clássico – e sendo punido por meu pai caso algo não esteja correto. Não tendo tempo para divertir-me, o único momento em que podia esquecer por um instante minha rotina rigorosa era ao lado de minha mãe, quem apresentou-me o basquete... Ah, como eu sinto falta dela. 

—Talvez você não se recorde – Hikari dizia-me com um sorriso gentil e confortante, olhando fixamente em meus olhos – Nos conhecemos desde nossos dez anos. 

—Nossos dez anos? – Pergunto confuso. Sim, eu não recordava-me. Não lembrava-me de tê-la encontrado naquela época... claro, obviamente não a encontraria, não era este eu. 

—Sim, você e Seijuurou podem ser bastante diferentes, mas a teimosia é a mesma – Ela comenta mantendo seu sorriso – Lembro-me que ambos escondiam suas feridas – Aquelas palavras fizeram-me corar bruscamente, ao saber que ela notara todas minhas ações e reações – Sabe, não precisa aturar tudo sozinho. 

—O que isto quer dizer...? – O que eu diria a ela, após ela ver-me em uma situação como esta? Tendo alguém vendo-me pela primeira vez nesta minha situação... É realmente humilhante, principalmente por esta garota... 

—Quer dizer que você deve confiar em determinadas pessoas – Seu sorriso e sua voz eram gentis e bastante suave, nunca vendo-a com um sorriso como este. Admitindo a mim mesmo pela primeira vez que ela estava realmente bonita – Eu mesma aprendi a confiar mais nas pessoas, após conhecer Shinta. 

Ela sabia de todas as dificuldades que eu havia passado durante minha vida por causa de ser herdeiro de minha família, porém, algo que eu não sabia fora dito-me com um sorriso, que pela primeira vez notei ser falso, demonstrando muita dor e tristeza ao explicar todos os fatos que passara: 

"Eu e Shinta entendemos como é ter pais rigorosos e que quase não importam-se conosco, o pai mesmo dele tratava-lhe como o seu pai lhe trata e minha tia não importa-se até hoje comigo, após o falecimento de meus pais e de minha irmã em um acidente de carro e, meu irmão mais velho acabou tornando-se servo de toda nossa família. Fui abandonada por toda minha família em um pequeno apartamento em Tóquio aos meus onze anos, quem ajudou a superar todos estes maus tratos fora Shita, lembro-me que passava a maior parte de meus meses naquele ano em um hospital por intoxicação alimentar. 

Mas sabe, eu nunca fui tão feliz mesmo junto a minha família que no momento não estão mais presentes. Meus pais não importavam-se muito comigo, dando sempre mais atenção a minha irmã por a escolherem como a herdeira das riquezas de meu pai que agora estão nas mãos de sua irmã, a que tratou-me como fosse nada todos estes anos, mas ninguém tratou a herdeira com tanta brutalidade ou rigorosamente. Apenas eu que nunca fora vista como alguém, sempre fui a segunda opção de meus pais, a famosa Número Dois que muitos conhecem-me. Por isto que, quando descobri que minha irmã faleceu, fiquei feliz por eu poder ser a número um, mas claro que não fora como eu esperei e eu realmente arrependome por todas as coisas que eu não a lhe disse e pelas coisas que devia não ter dito. 

Escondime por trás de amargura e arrependimento com um sorriso falso em meus lábios e olhares frios e amedrontadores para afastar todos a minha volta, mas algo fez perder este olhar em Teiko e consegui ser um pouco mais de mim. Admitirei que quando transferi-me a Escola Mizuki e ao Colégio Seirin, apenas queria esquecer os momentos de Teiko, mas Shinta fez-me notar uma coisa: eu não admitia perder a você porque fora o primeiro a superar-me após tantos anos, e fiquei chateada por isso" 

A escutei atenciosamente em silêncio, sem interrompe-la, vendo-a desabafar a meio dos soluços por relembrar de momentos difíceis que apenas gostaria de esquecer e seguir em frente. 

—Mas sabe – Após respirar um pouco e desculpar-se por ter falado tanto, ela continua mantendo seu sorriso falso – Eu entendo o motivo de seu pai não querer que você fique próximo a mim. 

—Como você... – Ia pergunta-la como ela sabia estas coisas sobre mim, sabendo até mesmo o fato de meu pai ter discutido e me punido por conta de eu ter saído com ela. 

—Porque nem mesmo o pai de Shinta deixava andar ao meu lado – Ela responde, recebendo apenas a surpresa de minha parte, por saber que ambos os jovens não desgrudavam na época de Teiko – Mas após o casamento entre seu pai e minha tia, a relação fora aumentando cada tempo. E eu tenho a certeza que ainda são contras a aproximarem de mim. 

—Não entendo o motivo disto – Finalmente consigo pronunciar uma frase, não entendendo o motivo de nossos pais não permitirem que tenhamos uma amizade ou qualquer outra relação com esta garota. 

—Como eu posso dizer – Seu sorriso falso desfazia-se lentamente, tornando-se um sorriso pouco alegre – Eu não sou mais herdeira de nenhuma riqueza e como seus pais apenas pensam em futuros financeiros, não faria sentido ter relações comigo – Ela dizia esta frase em meio as risadas. 

—Isto é ridículo – Digo pouco inconformado com este assunto. 

—Mas está tudo bem, acostumei-me com isto – Ela ria – Então hoje, eu despeço-me de você Akashi. 

—Como...? – Eu havia realmente escutado aquelas palavras? 

—Fora você que fez-me agir como eu realmente sou, parar de ser alguém que eu não sou – Ela fitava-me fixamente em meus olhos e com um sorriso suave nos lábios – Eu te agradeço por isto, então vou lhe deixar em paz. Irei transferir-me novamente a outro colégio, provavelmente a Shutoku. 

—Por que você faria algo por causa disto? – Não entendi-a, o que aqueles olhos escuros escondiam-me? Vi-a ir em direção a porta da sala, enquanto eu levantava-me do lugar. 

—Porque seu pai não gosta de minha presença, então despeço-me aqui. 

"Adeus Akashi Seijuurou"


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